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Capítulo 3

🎤 Eu plantei uma flor que não pode florescer
Em um sonho que não pode se tornar real 🎶

Suga

Quando me buscaram no aeroporto, no carro o caminho todo foi em total silêncio.

Não prestei muita atenção na passagem, estava me sentindo muito cansado e morrendo de sono.

Quando avisei aos meus amigos que vinham para o Brasil, todos ficaram bem animados, alegando que aqui é o lar de belas mulheres.

Meu pai parou o carro em frente a uma enorme mansão, tinha um guarda no portão e percebi alguns empregados circulando por lá.

A empregada avisou pra minha madrasta, que a filha dela havia acabado de chegar.

Meu pai se casou com uma mulher que nunca falou sobre ela pra mim, ter a engravidado e agora soube que vêm mais uma garota no pacote.

- Filho, quer comer algo? - Meu pai perguntou.

- Não, só quero descansar um pouco - respondi indiferente.

- Tá bom, filho - concordou.

- Pai, onde é o meu quarto? - perguntei.

- Subindo essas escadas e virando a direita, tem uma porta azul - respondeu.

- Obrigado - agradeci.

Fiz o que ele mandou, não tive dificuldade pra achar o meu quarto, apesar da casa ser enorme, tenho certeza que não irei me perder.

A decoração não combinava com o meu estilo, mas amanhã irei mudar tudo, deixar a minha cara.

Estava muito cansado, vai ser difícil me acostumar com esse maldito horário, o pior de tudo era esse calor que estava me fazendo derreter.

Resolvi ir tomar um banho rápido pra poder refrescar um pouco, saio com a toalha enrolada na cintura e procurei o meu pijama na mala e me vesti.

Me deitei na cama que, pelo menos macia, iria dar pra mim descansar muito bem.

Lisa Teige

Tomei um banho rápido e vesti um pijama que era uma cropped de mangas longas com estampa das meninas poderosas e um calças da cor lilás.

Ainda bem que a minha mãe mandou arrumar as minhas roupas no meu closet do jeito que gosto.

Pego na estante o meu livro "A princesa perdida das sereias", faltava poucas páginas pra mim chegar até o final.

Resolvi dar uma olhada no meu Whatsapp antes de colocar o celular pra carregar, vi que tinha uma mensagem de foto de um número desconhecido, entrou na conversa e baixo a foto, vejo que era o meu namorado Bruno beijando a minha inimiga Maitê.


Bloqueio o número e coloco o meu celular pra carregar.

Maitê por algum motivo, não gostava de mim desde da pré escola, vivia brigando comigo, então aprendi a odiá-la com o tempo.

Meus olhos começaram a arder, as minhas lágrimas iam começar a cair, mas percebi que não valia a pena chorar por homem nenhum.

Pego uma caixa que estava no meu teclado, o montei e depois comecei a tocar, ignorando o horário.

Escuto fortes batidas vindo da porta do meu quarto, parecia que queriam arrombá- la, ignorei e continuei tocando, até que a porta foi aberta bruscamente.

Vejo a figura de um coreano que era igual ao meu padrasto, mas de uma maneira bem jovem.

Seu rosto ficou vermelho por estar muito irritado, parece que o meu piano o incomodou.

- ACABEI DE CHEGAR DE VIAGEM, PRECISO DORMIR PORRA - gritou se aproximando de mim, ele segura uma das minhas mãos impedindo que eu terminasse de tocar.

Usando a minha mão livre, segurei na sua mão impedindo que ele segurasse e lhe acertei um forte tapa.

- POR ACASO VOCÊ ESTÁ FICANDO LOUCO? SE TOCAR EM MIM DE NOVO VAI SE ARREPENDER - gritei.

- VOU VER O QUE IRMÃZINHA? - gritou num tom desafiador.

Meu padrasto e a minha mãe entraram no meu quarto rapidamente.

- Que gritaria toda é essa? - Minha padrasto perguntou irritado.

- Pai, estava dormindo tranquilamente até essa garota desafinada começar a tocar teclado - Coreano falou todo bravo.

- Não estou desafinada, toco muito bem - falei olhando brava para ele.

- Tenha calma, tenho certeza que a Lili não fez isso por mal - Meu padrasto falou com uma voz calma e serena.

- Que intimidade toda é essa comigo? - perguntei irritada, sem obter nenhuma resposta dele - Para o senhor é Lisa - falei firmemente.

- Filha... - Minha mãe ia falar algo, mas acabou a interrompendo.

- Nada de filha, mãe, esse senhor não é nada meu para me chamar pelo apelido que o meu falecido me chamava - falei.

- É o seu padrasto, melhor tratar ele bem - Minha mãe falou levantando um pouco a voz.

- Deixe ela amor - Meu padrasto falou - Lisa esse é o meu filho Min Yoon-gi, mas conhecido como Suga - lhe apresentou.

- Pai, não sou mudo sei muito bem falar - Suga falou irritado.

- Senhor esquentadinho sabe falar sem gritar, que milagre em - falei com uma expressão divertida.

- Senhora desafinada - Suga falou com uma expressão debochada.

- Cada um para o seu quarto, vão descansar amanhã, teremos um passeio em família - Meu padrasto falou.

- Pai, deixe a minha irmãzinha me levar para conhecer a cidade, nós poderemos marcar outro dia - Suga sugeriu.

- Mais filho... - Meu padrasto ia falar, mas a minha mãe o interrompeu.

- É uma ótima idéia, bom que eles irão se conhecer melhor - Minha mãe falou saindo do meu quarto.

- O que lhe faz pensar que irei te levar para sair comigo? - perguntei confusa.

- Não quero ficar dormindo o dia todo - Suga falou saindo do meu quarto.

- Qualquer coisa que precisar, me chame tá bom? - Minha mãe avisou.

- Ok, mãe - concordo.

Vejo a minha mãe e o meu padrasto saírem do quarto, tranco e resolvi dormir um pouquinho para tirar aquela foto horrível da minha mente.

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