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XII. But Man, I Can Hate You Sometimes

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Alaina entendia perfeitamente agora o motivo para Emma um dia ter odiado tanto Atsumu, afinal, Alaina estava com uma vontade imensa de o socar até não poder mais. Todas as vezes que tentava chegar perto de Osamu para conversar com ele na escola, Atsumu sempre estava lá para a atrasar e a impedir de fazer exatamente isso, dando tempo o suficiente para Osamu desaparecer e evitar Alaina a todo custo. Nem mesmo ter ficado dias esperando o treino do clube de vôlei acabar na porta do ginásio tinha adiantado, pois Atsumu sempre parecia muito disposto a arruinar a vida de Alaina.

Com muita frustração e irritação, ela decidiu que se Osamu iria a evitar na escola a todo custo, bem, não restava muitas escolhas que não ir atrás dele onde não poderia fugir dela, pois Alaina definitivamente não desistiria de falar com o Miya. Mesmo que Osamu quisesse a odiar para o resto da vida, ainda assim, Alaina iria dizer para Osamu tudo aquilo guardado em seu coração, nem que fosse a última coisa a dizer a ele. Se sentia uma grande idiota por ter deixado as coisas chegarem onde chegaram, mas agora não restava mais nada que não tentar dar um jeito de resolver isso.

Com um suspiro cansado, Alaina terminou de dobrar algumas roupas para colocar em sua mala. Em apenas algumas horas, ela iria para Miyagi passar as férias de agosto com sua família, ou seja, o mês inteiro longe de Osamu e de todo aquele caos entre eles. Tinha o lado bom, mas também o lado péssimo. O lado péssimo sendo não poder estar perto de Osamu e, dependendo de como as coisas se desenrolassem entre eles, bem, Alaina passaria agosto inteiro angustiada. Sabia que ia precisar muito mais que um pedido de desculpas fofinho para Osamu a perdoar, mas ainda assim, ela precisava no mínimo tentar.

-Já arrumou suas coisas, Alaina? - a mãe dela perguntou, observando sua filha perfeccionista separar todas as roupas por cor, as dobrar milimetricamente e colocar cuidadosamente dentro da mala. A senhora Mikan apenas piscou, desistindo de entender Alaina. -Vamos em alguns minutos para chegar lá no fim da tarde, então se quer mesmo ir na casa do Osamu, sugiro que vá logo. A mãe dele já me disse que Osamu está lá. Só tentem não brigar, nem ela e nem eu aguentamos mais esse drama todo de vocês dois. - Alaina torceu o nariz, desejando nunca ter contado nada a sua mãe. Agora, precisava aguentar ela e a senhora Miya fazendo fofocas sobre Alaina e Osamu todos os dias. Bem, havia sido assim desde o dia que Alaina e Osamu viraram amigos, mas ainda assim, era bem irritante.

-Eu já vou. - Alaina resmungou, fechando sua mala depois de conferir pela milionésima vez se não estava esquecendo nada. Pelo menos os Miya moravam há dez minutos de caminhada da casa de Alaina, o que facilitava muito a vida dela. E era o tempo que Alaina precisava para acalmar a ansiedade em seu peito para aquela conversa que ela sabia que seria dolorosa o suficiente.

Alaina tinha plena consciência de que as coisas não estavam exatamente boas para seu lado. Osamu podia até não ter a bloqueado, mas fazia questão de ver todas as mensagens de Alaina e ignorar lindamente, o que só fazia a dançarina se sentir a pior pessoa do mundo. Alaina sabia que tinha dito a coisa errada, mas como ela sequer poderia prever aquele desfecho? Não era como se também fosse aceitar de bom grado o fim de sua amizade de anos com Osamu, sem nem mesmo tentar lutar por isso. Não fazia parte de quem Alaina era, afinal.

Respirando fundo, ela pegou sua chave de casa e saiu, se perguntando durante o caminho se aquela era a melhor escolha. Até mesmo seu primo, aquele que ela iria visitar em Miyagi, havia feito questão de dizer o como Alaina era uma idiota por ter feito o que fez. Não que seu primo fosse o exemplo de pessoa mais simpática do mundo, muito pelo contrário, na verdade. Mas ela precisava admitir que dessa vez, de fato, Alaina estava completamente errada. Se arrependia amargamente de não ter escutado MeiMei e Kiki no começo, pois agora, talvez fosse tarde demais para resolver algumas situações.

Sua mão estava tremendo quando ela a argueu para tocar a campainha da casa dos Miya; já tinha estado lá tantas vezes que conhecia cada detalhe daquele lugar, mas agora, Alaina se sentia uma completa estranha e totalmente deslocada. Ainda se sentiu sem graça, mesmo quando a senhora Miya abriu a porta e ofereceu a Alaina um meio sorriso.

-Oi, querida. - ela disse, conduzindo Alaina para dentro. -Sua mãe me avisou que estava vindo. Espero que consigam se resolver, Osamu está no...

-Ele não tá aqui não! - a voz de Atsumu se fez ser ouvida, fazendo Alaina e a mãe dele se virarem para fitar o garoto que possuía uma expressão de deboche no rosto. Para a perplexidade de Alaina, Emma estava ali, bem ao lado de Atsumu. -Alaina, você pode ir embora e nunca mais voltar, de preferência.

-Atsumu! - a senhora Miya ralhou, mas Atsumu nem mesmo pareceu abalado, cruzando os braços e olhando para Alaina como se quisesse atirar uma bola de vôlei na cabeça dela. Bem, no fundo ela sabia que essa era a real vontade do falso loiro. -Pare de agir assim, pessoas brigam, Atsumu, você vive brigando com seu irmão! E não vai se meter nessa história.

-Mãe! - Atsumu só faltou dar um gritinho. -Ela fez o Samu chorar! É ridículo ficar chorando por mulher! Humilhante!

-Como se você nunca tivesse feito isso, me poupe. - a mulher mais velha retrucou e Atsumu ficou vermelho que nem um pimentão, principalmente quando Emma começou a dar risada. -E pare logo de ser um mentiroso e vai chamar o Osamu no quarto. Agora, Atsumu.

-Não vou não! - Atsumu chiou, como uma grande criança. Alaina revirou os olhos.

-Vai sim. Vamos. - a mãe de Atsumu agarrou ele pela orelha, fazendo o garoto choramingar enquanto era arrastado para o andar de cima.

Por um instante, Emma e Alaina apenas se olharam.

-Nem diz nada. - Emma suspirou e Alaina não conseguiu conter a risada.

-Ódio, né? - Alaina zombou, apenas para ganhar uma careta como resposta. -Fica tranquila, eu não vou fazer nenhum comentário, porque se tem alguém se fodendo na vida, essa pessoa sou eu.

-Ainda bem que sabe, Lala. Atsumu parece querer atirar você pela janela. - Emma zombou e Alaina bufou.

-Atsumu é um maldito idiota, mas não posso ficar brava com ele por querer defender o irmão. Tipo, eu realmente errei, Emma, mas não é como se eu fosse um monstro! - Alaina reclamou e Emma suspirou, dando um tapinha no ombro de sua amiga.

-Relaxa. Você já se encrencou com Osmau bem mais do que isso e no final se resolveram, não vai ser diferente dessa vez. - Emma garantiu. Alaina queria muito acreditar nisso, e estava prestes a dizer isso para sua amiga quando novamente a voz de Atsumu se fez presente.

-Você não precisa falar com essa chata ridícula, Samu! Deixa ela ai!

-Eu vou matar ele, sério. - Alaina resmungou irritada, observando os gêmeos brigarem enquanto desciam a escada, a mãe dos dois parecendo bem perto de um colapso nervoso.

-Não se mete nisso, Atsumu! - a mulher mais velha praticamente gritou no ouvido do loiro. -Vai para o seu quarto logo, você e Emma não estavam estudando? Pois então vá estudar e para de ser um pé no saco!

-Mãe! - Atsumu choramingou e Emma riu, não dando espaço para Atsumu continuar a falar antes de agarrar a mão dele e o obrigar a voltar para o andar de cima, sendo seguida pela senhora Miya, deixando Alaina sozinha no andar de baixo.

Ou quase isso.

Naquele momento, Alaina se viu obrigada a fitar os olhos cinzas de Osamu. Diferente de todas às vezes que ele olhava para ela, não existia nenhum tipo de calor ali. Nenhum tipo de afeto na expressão em seu rosto, apenas a mais pura e verdadeira mágoa e cansaço. Aquilo fez Alaina se sentir mal, mas o que ela poderia fazer? O que poderia dizer a Osamu que já não tivesse dito nas milhares de mensagens de voz deixadas para ele? Ela não sabia. Por isso, abriu e fechou a boca algumas vezes, sem conseguir dizer nada. Osamu estava parado bem na sua frente, mas ao mesmo tempo, estava há quilômetros de distância de Alaina. E ela não sabia se poderia o alcançar.

-O que você quer comigo, Alaina? - Osamu disse com um suspiro exausto, cruzando os braços e olhando para o fundo dos olhos de Alaina. Ela sentiu como se tivesse acabado de tomar um soco no estômago.

-Osamu, eu, olha... - ela começou, sem saber ao certo o que falar. Osamu apenas arqueou a sobrancelha. -Me desculpa! Eu não queria te magoar. - era sincero. Nunca havia feito parte dos planos de Alaina fazer seu melhor amigo sofrer. Ao perceber que Osamu não diria nada, Alaina ficou ainda mais perdida. -O que eu disse foi idiota e nem foi toda a verdade! O que eu falei para Kita, foi porque eu estava com vergonha e raiva, muita raiva. Ele estava me cobrando algo que nem deveria ter direito de cobrar, e eu me senti humilhada. O que eu disse foi zoado e foi uma merda, mas Osamu, não era pra você ter escutado! Eu nunca quis magoar você, você é meu melhor amigo!

Osamu riu, sem nenhum tipo de humor, fazendo Alaina se encolher.

-Realmente, Alaina. Pode até ser que eu não tenha direito de ficar bravo com algo que você disse com raiva ou que nem era para eu ter escutado, mas quer saber de uma coisa? Eu tô cansado de ser feito de idiota por você. De entrar nessas drogas de planos malucos que você cria só pra te ver feliz, mesmo que eu saia magoado no processo! Achei que com o tempo, com esse seu plano estúpido, você ia perceber que eu gosto de você e ia me escolher. Mas sempre foi o Kita, né? Nada do que eu fiz foi o suficiente pra você. - Osamu disse, tão magoado que fez lágrimas encherem os olhos de Alaina.

-Osamu, não é isso! - Alaina retrucou, tentando se aproximar, mas Osamu se afastou. Aquilo apenas serviu para fazer o coração de Alaina se apertar um pouco mais. -Eu...

-Você o que? - Osamu retrucou, balançando a cabeça. -Eu não quero te escutar agora, Alaina. Sim, eu sei que eu disse que ia aceitar qualquer coisa de você e que nunca ia deixar de ser seu amigo. Mas até eu te esquecer, parar de querer você, me deixa em paz.

-Osamu! - ela protestou, mas Osamu não queria a escutar de jeito nenhum. -Me deixa falar como eu me sinto!

-Eu não quero te escutar falar sobre Kita-san, Alaina! - Osamu parecia bem perto de surtar e Alaina fez uma careta. -Já não basta todos esses anos, sério, que coisa mais chata! Agora que ele tá namorando a Azula você vai dizer que não gosta mais dele e que gosta de mim? É isso que você ia falar, né? Eu li suas mensagens, sabe. E eu não vou ser sua segunda opção.

-Não é isso não! - Alaina protestou, contrariada. -Me deixa falar!

-Não quero.

-Isso aí, Samu, não deixa essa sonsa falar nada! - a voz de Atsumu no andar de cima fez Alaina e Osamu apenas piscarem os olhos, perplexos.

-Cala boca! - aquela definitivamente era a voz de Emma. Alaina não sabia se chorava ou dava risada, mas Osamu bufou ainda mais irrritado por eles estarem escutando tudo.

-Cala boca, Atsumu! - Osamu gritou para o irmão. -Cuida da sua vida!

Alaina abriu a boca, se para surtar com Atsumu ou dizer o que sentia por Osamu, ela não sabia dizer, mas a campainha tocou antes disso, fazendo com que a casa ficasse em silêncio completo.

Osamu apenas passou por Alaina sem sequer olhar para ela, indo em direção a porta. Aquela atitude apenas contribuiu para sentir um vazio dentro de seu peito, pois nem mesmo quando estava bravo com ela, Osamu tinha sido tão frio e distante.

-Bom dia, senhora Mikan. - a voz de Osamu fez Alaina se virar para ver sua mãe parada na porta. Ela quase deu um gritinho desesperado.

-Oi, Osamu. Espero que esteja se sentindo melhor. Alaina, precisamos ir, depois vocês conversam mais.

-Mas mãe... - ela começou, sentindo o desespero crescer no peito.

-Você deveria ir mesmo. - Osamu retrucou e Alaina sentiu claramente a dispensa. Sem poder fazer mas nada, Alaina assentiu, passando por Osamu e seguindo sua mãe em direção ao carro.

-Talvez eu devesse nunca mais voltar de Miyagi. - Alaina resmungou, infeliz.

-Isso, deveria fazer isso mesmo! - Osamu gritou atrás dela, irritado. Alaina se virou para o olhar com raiva e mágoa.

-É, vou fazer isso mesmo! - ela gritou de volta, as lágrimas queimando nos olhos. E sem esperar por resposta, entrou no carro e bateu a porta.

-Ai, vocês dois sempre me irritam quando ficam brigando. - a mãe de Alaina comentou, suspirando.

Mas ela sequer prestou atenção. Não quando chorou baixinho e em silêncio ao som de Fine Line que tocava no rádio do carro (quase como se para intensificar seu sofrimento). E Alaina continuou chorando até dormir e acalmar seu coração partido.

Data: 06/06/24

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