Chapter three
- Estamos indo. – Não dou o trabalho de virar para encarar a Jonhson, apenas continuo com minha tarefa.
- Boas férias para vocês.
- Acredito que Brown deseja falar com você antes de sair.
- Não há necessidade.
Arrrr... – Hades soltou um rosnado de aviso a Jonhson. Ele detesta que atrapalhem quando estou cuidando deles. Na verdade, Hades odeia que qualquer um tente roubar a minha atenção quando estou com eles.
- Você sabe que isso não o impedirá. – Revirei os olhos claramente entediada com a conversa.
Continuei com os meus cuidados aos três companheiros de combate. Hades sempre era o primeiro a receber sua vasilha de petiscos, uma vasilha limpinha com água nova, e uma bela escovada no pelo. Nem sempre posso dar banho neles após uma missão, e como Hades é o mais impaciente dos três, costumo cuidar dele primeiro, não que isso signifique que os outros dois tenham bons temperamentos também.
- Acho melhor você ir. – Aconselhei após Hades soltar mais um de seus rosnados e ser seguido por Tânatos e Kratos.
Jonhson não perguntou, apenas deixou uma exalação profunda escapar, se retirando do local. Continuei a cumprir com os cuidados dos três, chegamos tem pouco tempo e eles estão cansados da viagem. Terminado o trabalho com Hades, segui para Tânatos e por fim Kratos, o mais sociável dos três.
Quando conclui a tarefa que era necessária para eles, e guardei tudo que eles usaram para proteção quando saímos em missão, segui para o quarto.
- Você sabe que não precisa cuidar deles sozinha né? – Revirei os olhos, será que ninguém vai me deixar em paz hoje?
- Eu os criei e treinei desde filhotes, logo eles são a minha responsabilidade.
- Os três estão com a equipe, desde filhotes. – Frisou, recebendo um olhar mortal de mim.
- Pense o que quiser. – Não ia entrar em uma discussão agora, ainda mais uma inútil como essa.
- Você não confia em mais ninguém além de você para cuidar deles. – Zombou, mas essa era a mais pura verdade, eu não confiava mesmo. – Irônico não? Somos da mesma equipe, confiamos nossas vidas na mão um do outro, mas você não confia a nós a vida e necessidades de seus cães.
Gargalhou e eu foquei somente em retirar todo o meu uniforme e proteções para entrar no banho.
- Me desculpe sobre hoje, eu...
- Não há nada para desculpar. – O interrompi sem muita paciência, só queria entrar no chuveiro logo.
- Há sim, não deveria ter te abordado daquela forma.
Sim, ele não deveria. Mas o que passou, passou. Olhei para Brown o analisando por alguns segundos, contudo, só consegui observar sua musculatura tensa, já que o mesmo ficou de costas pra mim assim que me viu começar a retirar as peças de roupa.
- Deixe isso e vá para sua família, você está atrasado. – Destaquei olhando o relógio e seguindo para o banheiro, fechando a porta assim que entrei. Se ele disse algo depois disso, eu não faço ideia do que seja.
Não tive pressa no banho, fiquei no chuveiro até os meus dedos enrugarem e um pouco mais. Ao sair, me enxuguei e fiquei mais um bom tempo de frente ao espelho secando os fios que atualmente estão em tom loiro, quase branco. Fiquei o que pareceu ser mais algumas horas ali, depois segui para o quarto e me sentei na poltrona puxando logo em seguida uma garrafa de uísque e um copo da mesinha ao lado.
- Você sabe que a água do mundo está acabando, não é? – Prasad zombou apoiado no batente da porta.
Em resposta, apenas dei de ombros levando a bebida aos lábios mais uma vez. Acho que preciso de algo mais forte, ou mais caro talvez.
- Pensei que não fosse dizer nada, afinal, você está aí a algum tempo. – Ressaltei olhando para a pequena janela acima da minha cama, observando o entardecer chegar.
- Você não deixa uma passar em? – Eu sei que ele está me enrolando e tentando me distrair, mas isso não vai rolar. Nem mesmo Prasad consegue esse feito.
Desviei os olhos para encará-lo por alguns segundos, porém logo voltei a encarar a janela novamente.
- Não vai pra casa hoje?
Ele estava cansado de saber que não, todos eles estavam, eu simplesmente não suporto viajar em voos comerciais. Nem olhei pra ele, mas isso só o fez soltar uma risada alta. Palhaço.
- Ainda com medo de matar alguém no voo? – Gargalhou realmente achando sua fala engraçada.
O encarei irritada, mas não disse nada. Enchi meu copo até quase a borda novamente, e o levei aos lábios. Acredito que já bebi pouco mais de meia garrafa, e essa droga não deu resultado algum.
Me levantei da cadeira indo em direção a janela, não dá pra ver muito através dela, mas isso não faz diferença alguma agora.
- Você precisa beber menos.
Argumentou após ficarmos alguns minutos em silêncio, e senti ele se aproximar um pouco mais de mim. Estamos a um passo e meio mais ou menos de distância, ambos agora em silêncio.
Enchi o copo pela metade, virando-o de uma vez só na boca. Minha garganta parecia estar anestesiada após tantas doses.
Soltei a respiração, acabando com a distância entre nós, e apoiei minha cabeça em seu peitoral, permitindo que ele me abraçasse.
- Vamos deitar?. – Não era uma pergunta, estava mais para uma afirmação, de todo modo não respondi.
Nos guiei para cama, onde ficamos até que em algum momento da noite eu consegui dormir. Acordei algumas horas depois e me sentei na poltrona tomando mais algumas doses de uísque.
- Acordada a muito tempo? – Prasad perguntou ao sentar na cama me analisando atentamente.
- Não muito. – Menti, mas ele me conhecia o suficiente para saber a verdade.
Com semblante decepcionado, ele se levantou da cama pegando a camisa que estava no chão ao lado, onde ele tinha jogado, e caminhou até a porta do quarto.
- Quando vai ser o voo? – Perguntou sem demonstrar muita coisa, porém eu poderia lê-lo até de olhos fechados.
- Ainda tem tempo.
- Vou tomar um banho, e logo nos encontramos. – Sem esperar resposta, ele abriu a porta passando por ela e rapidamente saiu da minha vista.
Não esperei muito após sua saída, deixei as minhas malas sobre a cama, saindo do quarto também. Andei pelo corredor, que neste momento estava agitado pela troca de equipe. Algumas pessoas me cumprimentaram, e apenas acenei com a cabeça em resposta, continuando meu trajeto até meus parceiros.
Antes mesmo de chegar ao canil, os três cachorros já anunciaram minha presença. Balançando o rabo freneticamente, Hades, Thanatos e Kratos, me receberam alegremente. Fiz carinho em suas cabeças, seguindo para alcançar os seus coletes.
Conferi cada peça atentamente para ver se não tinha alguma falha ou diferença, alguém poderia ter alterado para colocar a vida deles em risco. Invejosos era o que não faltava.
Com os coletes verificados e seguros para uso, vesti cada cão com sua devida peça, equipando-os com os itens necessários para uma missão. Com tudo ordem, limpei o canil onde eles ficam e me retirei junto com eles. Precisava buscar minhas coisas antes de irmos para o voo que estava quase saindo.
- Podemos ir agora, estamos quase atrasados. – Revirei os olhos. Como se o voo fosse sair sem nós.
- Vou só buscar as minhas coisas.
- Não será necessário, busquei para você. Espero que não se importe.
Olhando ao redor, encontrei minhas malas juntas com as dele em um canto qualquer.
- Ok, só vou pegar alguns dossiês que estão comigo e podemos ir.
- Muito trabalho por fora dessa vez?
- Apenas o de sempre. – Menti mais uma vez, mas eles não poderiam nem imaginar o que estava realmente acontecendo.
- Tudo bem. – Afirmou meio cabisbaixo, sabendo que não me abriria para falar, mesmo que fosse apenas parte do assunto.
- Aguardo você no avião, levarei as malas. – Comunicou pegando os objetos, e sem pedir por permissão, deixei Kratos com ele.
Agora deixando as interrupções de lado, me direcionei para buscar os documentos tão importantes em meu cofre. Eles iam viajar comigo em uma maleta altamente tecnológica e auto destrutiva.
- Bom dia Senhora, podemos decolar? – Um dos soldados me perguntou, assim que dei entrada no avião e me acomodei com meus cães próximos a mim.
- Onde está o Prasad? – Indaguei ignorando sua pergunta anterior, Prasad e eu temos origem na mesma base de treinamento, dessa forma quase sempre estamos nos mesmos voos juntos.
Ao escutar a minha pergunta, outro soldado presente na aeronave, deu um sorrisinho malicioso.
- Algo a dizer, Soldado?
- Não Senhora, me desculpe.
O encarei por um tempo decidindo se lhe dava uma lição ou simplesmente deixava passar, essa não era a primeira vez que faziam julgamentos sobre mim. Do meu lado, Hades detectando minha mudança de humor, já estava em posição para receber suas ordens.
Acariciei seu pelo liberando um pequeno sorriso camuflado por minha cabeça inclinada na direção do cachorro, depois voltei a minha postura habitual exibindo perfeitamente meu uniforme e as insígnias presentes no mesmo.
Por um segundo o soldado boca grande ficou sem respirar, mas assim que me viu olhar em outra direção, foi audível a lufada de ar que soltou.
De outra área do avião, Prasad e Kratos se aproximavam. O cachorro assim que me viu, foi rápido em deixar seu posto ao lado do homem, e veio para perto de mim. A bufada que soltou e olhar maligno na direção de Prasad, deixava claro sua insatisfação em ficar com o homem por alguns minutos. Sem conseguir me conter, deixei mais um pequeno sorriso escapar enquanto acariciava a cabeça do cão revoltado.
- Um sorriso genuíno logo cedo assim, isso deve ser um recorde. – Prasad zombou, mas ao ver o olhar de espanto dos outros homens presentes, julgo que eles imaginavam que eu nunca seria capaz de tal feito. Não estavam completamente errados, contudo.
Sem dar atenção a esse drama todo, tranquilamente voltei a minha postura de sempre. Depois dei a ordem para que partíssemos. Em algumas horas estaríamos no Estado da Virgínia.
O voo foi razoável, cada um no seu canto. Prasad dormiu o tempo todo, e me perguntei de onde ele tirava tanto sono? Mas talvez estivesse apenas se preparando para as noitadas que viriam.
Os soldados idiotas mais preocupados com a vida alheia do que as próprias, não vieram conosco. Fiquei grata com isso, mulher maria fifi já era foda, mas homem também? Pelo amor. E olha que eles são os piores.
Os pilotos obviamente tiveram sua atenção mais voltada para a cabine, e eu passei todo o tempo analisando os dossiês um pouco mais distante dos outros. Missões dos piores tipos, aquelas que eu costumo detestar, mas todos precisamos fazer nosso papel.
- Seja bem vinda Senhora, todos sentimos sua falta. – Eu duvidava disso. Ah, como eu duvidava.
- Como vai Muasau?. – Não era exatamente uma pergunta, já que não tinha o interesse de saber realmente a resposta, porém era o que a etiqueta exigia.
O garoto que apesar de apenas eu o considerar um garoto, sendo que temos a mesma idade, me saudou devidamente como a hierarquia exigia e depois abriu um largo sorriso em minha direção. – De onde surgia tanta alegria?
- Ah, eu estou muito bem obrigado. – Respondeu empolgado, por aparentemente eu me importar.
Acenei com o semblante sério, começando a caminhar com meus cães ao meu entorno, enquanto conduzia as malas.
Muasau e Prasad fizeram uma série de cumprimentos esquisitos, gargalhando sobre alguma idiotice, e não demoraram a falar de mulheres e suas belas bundas. Héteros.
- Senhora, o Almirante está à sua espera no escritório. – Droga, eu mal cheguei.
- Sabe o que ele deseja, quero deixar os meus cães confortáveis primeiro.
- Imagino que queira senhora, no entanto, o Almirante foi preciso em dizer que assim que colocasse os pés em solo, era para eu levá-la diretamente para sua sala.
- E desde quando eu preciso de escolta? – Perguntei irritada.
- Desculpa senhora, essas são as minhas ordens.
- Não mate o mensageiro, Cath.
Fuzilei Prasad com os olhos, mas ele estava certo. Muasau não tinha culpa. Era apenas um sargento, não tinha chance alguma contra o primeiro na hierarquia por aqui. Certamente não contra um Almirante quatro estrelas, subordinado apenas ao próprio Secretário da Marinha.
- Tudo bem, mas não preciso de escolta. Leve minhas malas para casa, e você Tenente – Me virei para Prasad – vá caçar algo para fazer e pare de me irritar.
- Sim senhora. – O idiota bateu uma continência desleixada, e saiu gargalhando.
Bastardo. Sorte a dele que não voltará ao serviço, do contrário o faria pagar por seu desrespeito. Muasau me saudou formalmente antes de sair, e seguiu para cumprir com a nova ordem. Ele não era louco como o Prasad, para cometer uma barbaridade daquelas.
Sem pressa, andei lentamente pela base. Não estava com vontade alguma de falar o que quer que o Almirante desejava falar.
O dia estava ameno, nem quente demais, nem frio, agradável para dar um bom mergulho. Algumas aves desciam até a água buscando alimento, mas logo levantavam voo novamente.
Andei observando tudo, e aspirando o ar litorâneo. Depois de todos esses anos, o mar se tornou algo mais do que confortável para mim.
- Ficou sabendo? A vadia da CIA está de volta.
- Quais missões você acha que ela está fazendo atualmente?
- Deve estar dando para algum suspeito que estão investigando. – A primeira voz se pronunciou novamente.
- Eu não sei o que ela anda fazendo para a CIA, mas sei que a vadia covarde explodiu um prédio inteiro com pessoas inocentes em sua última missão. – Uma terceira voz falou.
- Ora, ora, parece que uma certa pessoa está fudendo com alguém de cargo importante. – Debochei. – Talvez a vadia aqui seja você, não?
As três desocupadas me olharam completamente desesperadas. – Falar dos outros pelas costas é fácil, assumir na cara aí sim é pra poucos.
Tânatos, Kratos e Hades, rosnaram parecendo compreender o ataque das megeras, e ficaram mais perto de mim.
- Desculpe senhora, não sabíamos que estava aí.
A segunda voz irritante que ouvi, mas que se mostrava estar mais curiosa do que realmente julgando, se manifestou com a cabeça baixa. Na verdade, as três estavam de cabeça baixa.
- Isso quer dizer que nas costas vocês podem falar o que quiserem de mim? – Perguntei me aproximando da que parecia ser a líder desse grupo patético.
- Não é culpa minha se você anda matando criancinhas e mulheres inocentes por aí.
A mulher que claramente não sabe onde está se metendo, me confrontou erguendo a cabeça. Eu até poderia ficar abalada com suas palavras, mas pouco me importava o que elas ou qualquer um pensavam de mim.
- Pelo que vejo, ou você deu pouco, ou o sexo não foi bom, afinal, você teve o relatório incompleto.
Disse com superioridade, mas antes que ela tivesse a chance de rebater, encurtei ainda mais a distância entre nós.
- Agora faça um favor ao mundo, e cala essa boca asquerosa que ao que tudo indica anda provando algum membro de alto escalão por aí, e vá fazer o seu maldito trabalho. Ou será que você está sendo paga para divertir os fuzileiros... – Afirmei pensativa, fingindo estar refletindo sobre o assunto que não me interessava nem um pouco, por mim ela pode cavalgar sobre qualquer um aqui.
- Você... – Ela tentou vir pra cima, mas em seus olhos eu via as lágrimas da humilhação se formando.
- É senhora para você. E se você não quer ser tratada como uma qualquer, não trate outras mulheres dessa forma. Faça seu trabalho e pare de fofocar sobre o que não lhe diz respeito.
- Nos desculpe senhora. – A dona da segunda voz, veio mais uma vez em socorro das amigas.
- Voltem ao trabalho, a punição de vocês será limpar o canil dos meus cães, e nem pensem em se aproximar deles ou das coisas deles, vocês certamente já escutaram alguma história sobre eles. – Comuniquei maligna.
Em um primeiro momento as mulheres ficaram com nojo, depois seus olhos pularam em terror.
- Eu vou... – A atrevida que se achava a última bolacha do pacote tentou dizer, mas a impedi com um aceno de mão.
- Não diga coisas insignificantes, ninguém vai tirar essa punição de vocês. Porque é ela, ou eu mesma farei vocês pagarem pelo desacato. – As três tremeram, mas nada disseram.
Gritei perguntando o que elas estavam esperando, quando vi que não sairiam de seu transe sozinhas. Deixei as escrotinhas correndo feito baratas tontas à procura de suas mesas, e fui para sala do Almirante.
Sua secretária, que é uma boa senhora de meia idade, me cumprimentou com um belo sorriso no rosto e uma continência perfeitamente executada.
- Será que um dia você chegará à minha sala sem brigar com alguém? – Ezra perguntou, se levantando de sua cadeira para me cumprimentar.
Bati continência em respeito a autoridade, depois deixei que ele me puxasse para o abraço que desejava me dar. - Não teria outra escolha mesmo.
- Quem sabe se o senhor treina melhor seus subordinados? Talvez esteja na hora de aposentar, não acha? – Respondi com a voz firme, me sentando onde ele indicou.
Como de praxe, Ezra me ofereceu mais um de seus sorrisos genuínos, mesmo sendo grosseira com ele. Para ele nunca importou o que eu dissesse ou fizesse, ele sempre me receberia com um abraço reconfortante e um sorriso caloroso.
- Talvez seja preciso treiná-los melhor mesmo, afinal, fui eu que te treinei não foi? – Alfinetou com um sorriso irônico no rosto, mas logo este se tornou o sorriso mais fraternal de todos.
Ezra sempre fora um ótimo homem, me trata como se fosse sua filha de sangue, mesmo com toda minha resistência. Ele é um pai nato, mas por alguma piada bizarra do destino, nunca pode gerar seus próprios filhos.
- Do que você precisa? – Fui direto ao ponto, se ele me chamou aqui, alguma coisa deve desejar.
- Não posso querer abraçar a minha filha depois de 6 meses sem vê-la? – O analisei por alguns segundos, mas isso era a cara dele.
- Exagerado, nos vimos a pouco tempo.
Era verdade, em minhas folgas de alguns dias, sempre dava um jeito de visitar Mia. Uma cobrança que o próprio Almirante exigiu, e se aproveitava dela para fazer encontros de família surpresa.
- Nunca é o suficiente querida, você sabe. – Sim eu sabia. E se não soubesse, veria em seus olhos emocionados, neste exato momento.
- Mas me diz, posso ver que tem mais.
Não estava desprezando os sentimentos dele, mas o conhecia o bastante para saber que tinha mais coisa.
- Ela precisa de você. – Deu uma pausa suspirando fundo. – Precisa de nós.
Seus olhos brilhavam em fúria pelo ocorrido, mas também em tristeza pela nova agregada à família.
- Talvez esteja na hora de socializar, viver com uma família.
- Concordo com a primeira parte, mas a segunda, ambos sabemos que é melhor que ela fique com você.
Ele sabia muito bem o que eu tinha dito. Mia precisava de um lar, estava na hora, e isso seria muito mais fácil com Ezra e sua mãe Noemi.
- Dessa vez você está enganada filha, ela precisa de você. Precisa da... – Não deixei que ele terminasse, isso era loucura da sua cabeça.
- Vamos deixar isso de lado por hora. Mia já está em sua casa?
- Sim, chegou ontem a nossa casa. – Desnecessário, mas não adiantaria discutir.
Conversamos sobre alguns dos dossiês que estava estudando durante o voo, em seguida fomos pra casa juntos.
Nota do Autor
Oi pessoinhas, tudo bem com vocês?
Gostaram do capítulo?
Por favor não se esqueçam de votar e comentar, ajuda muito..
E me desculpem pelos erros que provavelmente ficaram para trás.. Não sou profissional, mas amo escrever, e faço como todo carinho..
Um grande abraço, e uma ótima semana para todos.. Beijos..
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