Chapter seven
Não estava acreditando no que meus olhos viam. Aquilo tinha que ser uma brincadeira. Não poderia realmente ter uma mulher estranha na minha sala, com o meu cachorro com a cabeça em seu colo. Não, Apolo. Não o mesmo cachorro que odiava a todos, e não deixava nem mesmo os mais íntimos se aproximarem. Ele não poderia estar recebendo carinho de uma completa estranha, ou poderia? – Isso tinha que ser uma ilusão de óptica.
Olhei atentamente para desconhecida, e não sabia o que fazer, ou mesmo acreditava que aquilo tudo era real. Ela declarou ser a "reunião da tarde", mas isso só podia ser mentira. Não tinha possibilidade alguma de Nina estar relacionada a uma garota que mais parecia pertencer a algum clube de motoqueiros, não a certinha da família.
Averiguei a mulher da cabeça aos pés quando se levantou, sem me preocupar se ela poderia me pegar olhando. Era ela a intrusa aqui.
Vestindo uma calça de couro no estilo jogger, que deixava claro que a ela não era nenhuma sedentária, desejei que aquelas pernas torneadas estivessem rodeadas em meu pescoço, enquanto eu trabalhava da melhor forma.
Subindo os olhos por seu corpo, me deparei com um body que mais parecia uma segunda pele de tão justo, o que me fez ter inveja daquele pedaço de pano que fingia cobrir os peitos que estavam completamente em evidência, gritando que a desconhecida estava sem sutiã e não se importava com isso. Não era capaz de ver os bicos de seus mamilos por causa do tecido escuro, mas conseguia imaginar perfeitamente onde eles se encontravam. E em apenas milésimos de segundos meu corpo correspondeu a tal constatação, começando a sentir coisas que iam contra o modo de vida que escolhi.
Balancei a cabeça tentando espantar os pensamentos impróprios e a vista maravilhosa que tive, porém foi inevitável não dar uma segunda olhada, e mais uma vez me deparar com aquela delícia de cabelos com a raiz castanha, mas todo o resto loiro, caindo em ondas. Seu olhar era tão determinado e ao mesmo tempo tão despreocupado, que sem se esforçar, conseguiu despertar desejo e escuridão na mesma proporção.
Não era sensato ficar perto de alguém que causasse isso em mim, contudo, o idiota que deveria estar ao meu lado, resolveu se comportar como um traidor, assim como o meu próprio cachorro ingrato, que no lugar de estar bem aqui do lado de quem o alimentou desde bebê, escolheu ficar do lado de uma intrusa desconhecida e folgada.
O bastardo do meu filho ingrato, cheirava a mulher e se esfregava nela, como se desejasse deixar sua impressão sobre ela. O maldito estava marcando território, no lugar de estar protegendo a sala ou principalmente estar fazendo o que foi adotado para fazer, espantar as pessoas.
Fixei os olhos no infeliz mal-agradecido, mas ele pouco se deu ao trabalho de me olhar por muito tempo, colocando sua cabeça novamente no colo da desconhecida. Observei bem, e acreditava que não poderia culpá-lo por isso. Em seu lugar eu também estaria mais focado em estar com a cabeça nas pernas da mulher, bem pertinho do paraíso, do que ficar olhando para outro macho. – Agora, até inveja eu sentia do felizardo.
Meneei a cabeça mais uma vez tentando focar os pensamentos, lembrando-me do início dessa discussão toda.
- Você disse que estava salvando o meu cachorro, o que isso significa? – Me concentrei no assunto mais importante nesse momento, observando o pequeno traidor sem vergonha.
- Não está óbvio? – Respondeu afrontosa, como se estivesse entediada.
Folgada e atrevida, as coisas só pioravam. – Respirei fundo para não pular naquele pescocinho delicado e apetitoso.
- O ar-condicionado estava desligado senhor... Se não fosse pela Senhorita King, Apolo estaria em estado de risco ou pior.
Scarlet respondeu temerosa, mesmo que a pergunta não fosse para ela. Claramente tentava ajudar a mulher que não deu a mínima para o esforço da minha secretária. Mal-educada e ingrata, onde Nina conheceu essa mulher mesmo?
Olhei para Nick exigindo respostas, porém o infeliz apenas deu de ombros sem se importar. Precisava de outro segurança urgente. Talvez até um novo irmão.
- Traga o inútil que me garantiu que tinha arrumado esse problema. – Ordenei para Scarlet que não pensou duas vezes para sair da sala, respirando fundo.
O técnico tinha garantido que o termostato automático havia sido arrumado. A porra do aparelho estava desligando sozinho e acabava desativando o ar automatizado junto.
- Quais procedimentos você usou com Apolo, você é veterinária ou chamou alguém?
Não queria ser acusatório, no entanto meu tom de voz acabou saindo mais questionador do que agradecido. O que fez a mulher me olhar com a mesma expressão afrontosa de antes, e se recusar a me responder, como se minha pergunta fosse ridícula.
Quem essa atrevida pensava que era mesmo? Ela estava na merda da minha sala.
Olhei para Nick quase perdendo a cabeça, e o desgraçado enfim resolveu fazer o trabalho.
- Apolo é importante para Luca.
Por algum motivo a sem noção deixou uma sombra de sorriso escapar de seus lábios quando escutou o meu nome. Ela estava zombando de mim, era isso? Arrancaria aquela cabecinha linda, se ela continuasse com isso.
- Cath chamou o veterinário do Apolo, Luca. – Nick explicou me trazendo de volta para terra, ficando entre mim e a atrevida, falando baixo para que a intrusa desnecessária não escutasse.
Então era esse o nome da sem noção, Cath.
- Você é fluente em russo clássico e japonês arcaico?
Mais uma vez fui direto ao que interessava para conversar com ela. Precisava de alguém que realmente falasse russo e japonês, e não alguém que sabia gírias e conversar com esses adolescentes sem cérebro da atualidade.
- Sim. Para os dois. – Respondeu hesitante, e fiquei sem entender. Ela sabia ou não os idiomas com eficiência?
Endireitando o corpo no sofá, ela ficou em uma postura como se fosse a dona dessa porra toda, pensando sabe se lá Deus o quê.
Olhei indignado para Nick, porém ao observá-lo, notei que algo deveria estar errado. Meu segurança e irmão, estava em alerta, atento a qualquer ordem que a mulher pudesse lhe passar. Eu tinha perdido o controle da minha própria sala, já não bastava da minha vida?
- Pensei que fosse apenas uma empresa disputando por esse contrato. – Declarou o que parecia estar confuso em sua mente.
- E é, mas o proprietário é descendente de ambas as partes. Pai russo, mãe japonesa. – A tal de Cath refletiu sobre o que falei, porém na hora que ia se pronunciar, demonstrou ter mudado de ideia.
- Depois continuamos com esse assunto, agora temos algo mais importante para ver. – Declarou com sua pose de dona do mundo, levantando-se e andando na direção da porta, como se fosse a proprietária do lugar.
Dei um passo em sua direção na intenção de colocá-la em seu devido lugar, e com sorte apertar por uns bons segundos aquele pescocinho, mas o idiota do meu segurança parecia realmente ter voltado a cumprir com seu trabalho. Maldita hora maninho, maldita hora. O encarei com cara de poucos amigos, quase perdendo o fio que prendia minha sanidade. Temos é o caralho.
- Senhor, o técnico chegou.
Scarlet salvou a atrevida de ter o pescoço enforcado, batendo na porta e colocando a cabeça levemente para dentro. Ela sabia que não atenderia o telefone em um momento como este, não tiraria os olhos da mulherzinha folgada na minha frente.
Com um sorriso um tanto diabólico para o meu gosto, a sem noção estagnou no lugar, voltando logo em seguida para o sofá onde se encontrava antes. Apolo que a seguia feito um cachorrinho com as bolas arrancadas, a acompanhou de bom grado até o sofá, colocando a cabeça em suas pernas novamente.
Olhei para Nick tentando entender o que se passava, já que eu parecia ser o único por fora do assunto, tendo em vista que agora Apolo estava mais atento que o normal olhando para porta, mas o idiota que deveria obedecer a mim, mais uma vez se comportava feito o meu cão traidor, e aguardava atentamente o próximo passo da mulher. Desgraçados, ia deixar os dois sem comida.
Nick colocou a mão nas costas por baixo do terno, revezando o olhar entre Cath e a porta. Assim que o homem entrou, Cath olhou para ele despretensiosamente, mas seus olhos não me enganavam. Ela estava igual um animal observando sua presa.
Intervi, essa sala era minha e o cachorro também, então seria eu a colocar esse idiota para correr. Voltei meus olhos para o incompetente, chegando bem perto dele.
Ele era imprestável, mas não lesado. Logo ele recuou alguns passos mantendo uma distância entre nós. No entanto, isso não impediu que ele quase se mijasse de medo, quando o ameacei dizendo que acabaria com a carreira dele caso isso se repetisse.
- Só um minuto, meninos, que já encontro vocês. – Meninos?
Essa mulher estava tirando a pouca paciência que não tenho, o que ela ia fazer agora? E melhor, por que eu deveria esperá-la?
Olhei com brasas de fogo saindo de meus olhos, porém a coisinha que tem não só uma excelente comissão de frente, mas reparando bem, uma majestosa comissão traseira, não deu a mínima atenção pra mim, saindo rebolando sobre seus saltos.
Me virei para Nick mais uma vez, perguntando mentalmente por que eu ainda estava tolerando essa palhaçada, mas o idiota estava branco como um papel.
- General. – Afirmou com a voz mais alta, como se tentasse colocar juízo na cabeça da maluca folgada. Ele sempre fazia isso comigo.
A mulher mais uma vez não deu a mínima para nada, continuando o desfile pela minha sala, atravessando a porta logo em seguida.
Nick estava em choque, parecia que ia desmaiar a qualquer momento. No entanto, ele não teve tanto tempo assim, como fora dito ou até em menos de um minuto, Cath chegou na porta novamente, afirmando que poderíamos ir.
Meu irmão barra segurança, observou a mulher por algum tempo, contudo mesmo desconfiado, saiu atrás dela como um cachorrinho. E o meu cachorro que aparentemente realmente perdeu as bolas, também foi até a mulher todo animadinho.
- Essa mulher não vai conosco. – Rosnei quando alcancei Nick.
- Você vai dizer isso a ela? – Perguntou no mesmo tom baixo que tinha falado com ele, mas antes de responder, passamos pelo técnico que minutos atrás estava na minha sala.
O homem se esquivou da atrevida que se acha uma deusa, como se acabasse de dar de cara com o próprio diabo. Tinha certeza que ele se borrou todo agora.
Me virei para Nick com a promessa estampada em meus olhos. Quem essa mulher pensava que era para entrar no meu território e amedrontar os meus funcionários?
Isso era tarefa minha, e eu cumpria muito bem por sinal.
Rosnei, praguejando atrás deles, mas a infeliz não se incomodou nem por um segundo sequer. Apenas continuou rebolando aquela bunda gostosa, que me senti tentado em dar umas palmadas.
Chegando na área externa da empresa, a sem noção pediu o endereço da clínica, mesmo depois de ter falado que ela não iria. A desgraçada me ignorou na maior cara dura, escrevendo o endereço que o defunto do meu segurança passou para ela e a coisinha com as pernas maravilhosas, que só ficaram mais desejáveis naquela maldita moto, seguiu para o destino informado, saindo acelerada.
Entrei no meu carro quase arrancando a porta de tão forte que bati, esperando Nick colocar Apolo no banco de trás e entrar no banco do motorista. Observei as vagas na frente da minha empresa, praguejando por aquela mulher ser folgada ao ponto de parar em uma vaga reservada, e não como as pessoas normais, no estacionamento.
Claro que não, folgada como a sem noção era, ela tinha que estacionar na área reservada para o setor de segurança do prédio e policiais, caso esses fossem chamados. Mas se achando a dona do mundo, ela tinha que pensar que poderia fazer o que quisesse. Uma sem noção mesmo.
Bufei respirando forte, clamando aos céus, para que todo esse descontrole do meu corpo e a confusão nos meus pensamentos, não trouxesse repercussões indesejadas.
Nick entrou no carro me analisando calmamente, ficando nitidamente descontente e preocupado com o que via. Eu também estava, mas não conversamos sobre isso. Nunca falamos sobre esse assunto.
Deixando uma respiração pesada escapar de seus lábios também, ele ligou o carro saindo em disparada. Não levaríamos muito tempo para chegar no veterinário.
- Avise ao veterinário do Apolo que estou aqui. – Pedi com a voz ríspida de sempre.
- Claro, senhor Andreeva, mas ele está em um atendimento. Se o senhor quiser, eu posso ir avaliando o seu animalzinho.
Será que um dia ela desistiria disso? Fazia anos que frequentava a clínica com meus animais, e sempre era a mesma tentativa falha. Eu obviamente não deixaria alguém despreparado colocar as mãos em qualquer um dos meus bichos.
- Você sabe a resposta para isso, então faça o seu trabalho.
Tirando os olhos da tela do aparelho celular, a mulher indesejada que nos seguiu sem ser convidada, olhou para mim de um jeito estranho, contudo preferi não dar atenção para isso, estava cheio dela.
- Por favor.
Completei o que falava para a atendente, recebendo a sombra de um sorriso da sem noção sentada não muito distante de mim. – Essa mulher só podia ser maluca.
- Andreeva. – Minutos depois o veterinário chefe da clínica chegou me cumprimentando.
- Você sabe por que estou aqui, então vamos direto ao ponto. – Mostrei Apolo que como o traidor castrado que vinha sendo, estava todo desmanchando perto da mulher.
Cath desviou os olhos para mim mais uma vez quando me ouviu falar, e novamente lá estava o olhar esquisito. Precisaria de um banho de sal grosso depois que saísse daqui. – Isso se eu acreditasse nessa coisa.
- Você coloca nele?
Peguei a focinheira que foi estendida para colocar, mas antes que tivesse a chance, Apolo se esquivou olhando para a mulher que nem deveria estar aqui. Segui o pedido de súplica do cachorro, eu sabia que ele odiava essa coleira, porém nunca teve muito que eu pudesse fazer.
Chegando meus olhos em Cath, vi que ela encarava o veterinário com uma expressão entediada, como se dissesse: já não conversamos sobre isso? Ela encarou o homem por mais alguns segundos, até que o mesmo suspirou derrotado.
- Então, segure-o. – Ordenou grosseiro, contudo, acredito que se arrependeu assim que as palavras saíram de sua boca.
Em um milésimo de segundo, a mulher que antes estava sentada em uma das cadeiras de espera, completamente à vontade, demonstrando que não pretendia sair dali tão cedo, estava agora do nosso lado lançando facas pelos olhos.
Vi o veterinário que aparentemente era tão brocha quando meu cachorro e meu segurança quando estavam perto da mulher, engolir em seco, se afastando um passo para trás.
Nick se aproximou mais de onde estávamos ficando do lado de Cath, e por incrível que pareça, Apolo continuou deitado na maior calma. Pensei que justo ele mal-humorado como é, iria defender o que ele está acreditando ser a sua fêmea escolhida, mas ele simplesmente continuou na mesma posição de antes só que mais relaxado por ter as mãos da mulher de novo em sua pelagem. Maldito cachorro ingrato e sortudo.
Observando que a intrusa não faria nada contra ele, o mais novo sem bolas da turma, começou a fazer o atendimento.
Apolo rosnou de início só para provocar – o que surtiu muito efeito – contudo, nem se deu ao trabalho de olhar na direção do veterinário.
- Ele chegou sem a bolsa de soro, que presumo ter acabado.
Me virei para a atrevida que certamente deveria ter me contado que meu cachorro estava no soro, e ela assentiu levemente, concordando com o homem, mas como tem se mostrado desde que a conheci, não demonstrou dar a mínima para a minha revolta.
A encarei com os olhos ardendo em chamas. Ela estava tão pertinho, que dava para sentir o seu cheiro delicioso. Era só pegá-la pelo pescoço e prensar na parede mais próxima. Meus olhos ficaram nebulosos por alguns segundos, e só conseguia apreciar a maravilha que seria isso acontecendo.
Cath tirou os olhos de Apolo me observando por um tempo, deixando mais uma sombra de sorriso escapar e um olhar estranho me percorrer. Essa mulher não tinha medo da morte mesmo.
Tentei não aspirar mais daquele perfume e aura das trevas que estavam sendo tentadores para mim, mas falhei miseravelmente.
Um item caiu da mesa me despertando do meu torpor, e me vi depois de anos, clamando aos céus para que a infeliz continuasse se comportando como a merda da dona do mundo folgada, e não desse uma de boazinha agora. Mas como tudo tem dado errado para mim hoje, já era de esperar que ela abaixaria deixando aquela bunda empinada quase encostando em mim. Por Deus, meu corpo entraria em colapso.
Me senti tentado a erguê-la pelo braço e questionar se ela estava ficando maluca ou não tinha aprendido a ter pudor, porém duvidava que conseguiria me segurar se a tocasse. Porque de duas uma, ou enforcava-a até seus olhos que não combinavam com ela perder a vida, ou simplesmente apertava seu pescoço até ver seus olhos revirar quando eu a pegasse com força. Oh merda, que bunda gostosa.
Conferi com gosto, mais uma vez me segurando para não dar um bom tapa nessa bunda que estava me fazendo perder os sentidos desde o momento que enchi meus olhos com ela.
- Tudo bem pra você, senhor Andreeva?
Voltei minha atenção para o desgraçado que me incomodou, chegando à conclusão de que não fazia a mínima ideia do que ele tinha perguntado.
Permaneci com minha típica expressão fechada de sempre, olhando fixamente para o homem que mostrava estar duvidoso com a própria pergunta.
- Apolo não vai passar a noite aqui.
Era isso que o desgraçado tinha perguntado? Era óbvio que meu cachorro não passaria a noite aqui. O encarei com um olhar mortal, desconfiado de sua real competência. Apolo parecia bem, não via motivo algum para que passasse a noite aqui.
- Você está realmente familiarizado com a fisiologia desse animal?
Cath, parecendo ler meus pensamentos, perguntou com a melhor cara de deboche que já vi em minha vida. Ela também não acreditava no veterinário.
- Óbvio, ele é um cane corso. – Rebateu presunçoso.
- Essa não foi a pergunta, mas por sua resposta já sei que não. – Desdenhou sem se importar que na verdade era eu que determinava qualquer coisa sobre o meu cão. – Apolo.
Convocou o cachorro mostrando o chão, e em segundos ele estava de guarda entre nós dois, com uma cara nada agradável para o veterinário que recuou alguns passos, ao notar o animal obedecendo tão prontamente o comando. Até eu me surpreendi com essa parte, Apolo costumava ser um pouco mais preguiçoso, mas obviamente não temia ao meu cão e muito menos a mulher que mal chegava aos 1,70 de altura.
Cath pegou um papel em uma mesa próxima retirando uma caneta de sabe-se lá Deus de onde, rabiscando um número nele.
- Ligue para essa clínica. Ela é boa de verdade, não uma porcaria como essa que só quer tirar dinheiro das pessoas.
Pressionou o pedaço de papel no meu peito, parecendo realmente irritada com a situação. Essa era a primeira vez hoje que ela expressava alguma emoção que parecia real.
Fiquei parado parecendo um idiota sem compreender ou acreditar na cena que tinha acontecido, mas o calor que ainda sentia em meu peito onde sua mão repousou, me despertou mostrando que aquilo deveras tinha acontecido.
Fiquei boa parte da tarde pensando em um modo de me livrar da praga da sensação, e era só isso que eu tinha que fazer, não era? Seja o que isso queira dizer, e que tenha acontecido para ela ficar brava. Eu precisava descobrir.
- Me ligue quando precisar de mim. Isso se realmente for querer a minha ajuda. O que aconselho a aceitar, porque não tenho certeza se você sabe realmente onde está se metendo.
Agora eu a mataria. Ela estava mesmo, me menosprezando como profissional?
Dei dois passos rápidos para alcançar a miserável, no entanto, dois traidores entraram na frente para me impedir. Nick estava sério, e Apolo mostrava-se entristecido pela recente falta da desgraçada, me olhando da mesma forma de quando quer ir para sua cama.
Não, isso não podia ser verdade. Meu cão, a merda de um cachorro de cobertura premiada, ia chorar as pitangas por causa daquela maldita? Eu estava perdido mesmo.
Praguejei irritado, e ordenei que Nick pagasse o imprestável, ao mesmo tempo que caminhava para fora da espelunca, furioso com a ideia da folgada com a bunda deliciosa e as pernas majestosas, ter escapado das minhas mãos.
Abri a porta do carro para Apolo entrar, prendendo-o logo em seguida. Depois fui para o banco do passageiro, inclinando um pouco o banco e deitando com os olhos fechados. O caminho para casa seria longo, e só queria relaxar antes de poder cuidar dos meus bichinhos buscando a paz que tanto necessitava.
O dia tinha sido difícil, mas por incrível que pareça não tinha sido um dos piores. E talvez eu devesse agradecer e me parabenizar por não ter matado ninguém, mesmo com a folgada e toda essa situação perturbando minha pouca sanidade. – Isso realmente não daria certo. Não tinha como dar.
Nota do Autor
E aí, o que me dizem desse casal?
Por que Nick ficou temeroso e até pensou em pegar sua arma?
O que será que Cath disse para o técnico?
E pergunta que não quer calar...Ah deixa, quero descobrir se notaram 🤭..
Conte tudo que estão pensando da história, e não se esqueçam de comentar e deixar seu voto..
Milhões de beijos, uma ótima semana 😘.
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