Chapter fifty two
Desde o momento que o julgamento iniciou, todos os dias quando o juiz dava a sessão daquele dia como encerrada, eu me fazia a mesma pergunta, como eu fui me meter nisso? Ainda mais eu, alguém que se esforçava ao máximo para se distanciar de assuntos ou mesmo lugares que poderia me estressar, e aqui estava fazendo os dois de uma só vez.
Meu sangue fervia nas veias, e só de olhar para o desgraçado saindo do tribunal com aquelas lágrimas de crocodilo após argumentar depois de dois longos dias dizendo que foram as crianças que o seduziram, que viam para o seu colo, que o provocavam pedindo para brincar, para dar banho, e mais uma variedade de justificativas ridículas, mas que, por não termos controle 100% sobre o júri, alguns ainda estavam pensando nos pormenores. – O que, em minha opinião, nesse caso, por cegueira absoluta. – Contudo, hoje o infeliz depois de trazermos com mais afinco o caso de sua primeira vítima, não pode usar o mesmo argumento. Afinal, como um bebê seduz um homem adulto? Como ele poderia dar ideias absurdas a um homem sem nem mesmo ter consciência sobre si mesmo, ou ao menos conhecer o seu corpo ou qualquer coisa desse mundo?
Obviamente, a casa caiu. Todo aquele argumento fajuto, e que, de certo modo, eu até entendia parte do júri ficar indecisa, afinal, James não era o único filho da puta por aí. Muitos venderiam os próprios filhos, ou os manipulariam para fazerem o que quisessem, desde que eles tivessem o prêmio maior, mas agora não tinha mais essa justificativa. Eles eram os pais, e era impossível afirmar contra a inocência do bebê. O que, apesar de um pequeno trunfo para nós, tinha sido um inferno para mim. E agora entendia um pouco mais o desejo de Cath pela morte do pai, e o trabalho de assassinos dados a justiceiros. Talvez eu mesmo estivesse um pouco inclinado a matar o maldito.
Já conhecia o caso. Já sabia, e tinha visto não apenas as fotos, mas também cada gravação realizada. Porém foram as lágrimas nitidamente falsas do desgraçado, que fez toda merda em meu estômago se revirar, enquanto ele chorava ao dizer que o pequeno bebê que havia despertado toda aquela podridão dentro dele – claro que ele não usou essa palavra –, e mais um monte de coisa fodida que eu preferia não lembrar.
No entanto, ao me perguntar mais uma vez o porquê de estar aqui, meu pensamento me levava aos outros dois dias quando cheguei em casa, e parte do meu gramado estava destruído, alguns objetos de decoração tinham sido quebrados, e aqueles que deveriam estar ali para protegê-la, já estavam quase que completamente arruinados. Isso era por ela. E se ela estava fazendo o seu melhor para controlar o inferno dentro de si, – o que eu conhecia bem – eu também poderia fazer algum sacrifício.
- Dia cansativo, não? – Me segurei para não suspirar com desânimo ao escutar a voz do procurador. Ele era outro que me atormentava todos os dias, e parecia estar gostando bastante disso.
- Pensei que já tivesse se acostumado. – Alfinetei com rispidez, escutando o descarado do Léo ocultar uma risada em meio a um desengasgar fingido.
Hoje Apolo e Hades não estavam para grandes amigos – não que algum dia estivessem –, e, de modo inteligente, meu ex-colega de turma manteve uma distância ainda maior de mim. Agradeceria aos dois cães se não estivesse com minha mente tão perturbada para fazer mesmo que o mínimo gesto de carinho.
- Oh, sim, claro. – O palhaço recompôs a sua postura, desviando de algumas pessoas no corredor, e só me preparei para uma de suas besteiras. – Mas você não está. Então pensei se não gostaria de se juntar a nós para um drinque, e convidar sua namorada. – Olhei para Léo apenas para alertá-lo, e estava mais do que correto.
Assim que direcionei os olhos para o garoto, ele já abria a boca para rebater, mas não precisava disso. Eles simplesmente, na verdade, precisavam parar de tomar as dores que eu não tinha.
Estava irritado com toda essa insistência em conhecer a minha "tal namorada"? Estava. Contudo, não gastaria os poucos neurônios conscientes que me restavam em uma briga inútil como essa. O que era óbvio, e não me iludia, que o convite não era por cordialidade da profissão...
- Sei que você não bebe, – deu um sorriso curto, e aí estava exatamente o que eu estava pensando. De cortesia, o gesto não tinha porra nenhuma. – mas poderíamos ter uma conversa relaxante, e posso convidar a minha namorada também. – Nessa eu ri. Ri realmente de gargalhar.
Só de imaginar a maluca sem noção em um encontro duplo, me deixou de fato tentado a ver ela destruir todo o psicológico dos dois acompanhantes da mesa, assim como ela vinha destruindo o daqueles soldados treinados. Mas não me enganava que depois toda sua dedicação não poderia se voltar em meu favor, e sinceramente, hoje eu não tinha certeza nem se estava animado para esfolá-la como aconteceu nos outros dias.
- Ele não mostrou problema com isso, quando esteve no bar do meu amigo. – Estreitei os olhos em direção a Léo, observando o idiota do Nick apenas concordar com meu novo segurança, sendo mais falso que nota de 500.
Nick odiava mesmo a menção de que coloquei um copo de bebida na boca. Mas talvez ele tivesse aprendido algumas coisas com o desgraçado do James nos últimos dias.
- Ah, bacana. Outro motivo, então. – Olhei para o relógio em meu pulso, observando que ainda estava cedo. A sessão do dia tinha terminado antes devido a toda aquela encenação e o pedido do filho da puta do advogado para um pequeno recesso para seu cliente se estabilizar, porém, só não fiquei mais irritado, porque eu mesmo mal via a hora de ir embora. Mas talvez fosse bom espairecer um pouco.
- Quem sabe outra hora. – Contudo, não com ele, claro. Jamais beberia perto de quem eu não confio.
Segui para fora do tribunal sem esperar que ele retrucasse em qualquer outro argumento, pesando na balança se valeria realmente a pena visitar Veterano em pleno meio da semana, ou se deveria ir direto para casa.
Tinha os animais para alimentar, e sem falar que Cath depois de destruir aquele bando de Maria mole, provavelmente estava tão entediada que a esse ponto já teria colocado toda minha casa abaixo. No entanto, acima de tudo isso, o que mais me convenceu a seguir para casa foi a necessidade de um banho – por mais que este não fosse tirar o nojo que sentia das palavras de James, e de cada cena que revivi do caso de Cath hoje – e com sorte cair na cama depois de tomar meus remédios e dormir até amanhã.
Léo dirigiu para casa, por incrível que pareça, sem dizer muita coisa. Nick continuava meio mudo desde a chegada do Médico e da equipe de Cath. Ainda não tinha me dado ao trabalho de compreender o que acontecia ali, – já estava com problemas demais na cabeça – contudo, começava a perceber que não demoraria para ser preciso alguma intervenção. E Apolo e Hades apenas se deitaram no banco traseiro, sentenciando Nick a um trajeto apertado junto à janela, parecendo tão exaustos quanto eu psicologicamente.
Hades então, o pobre cachorro tinha passado boa parte do dia de tribunal, preso em uma outra sala, porque não conseguiu engolir a falsidade de James, e parecia querer comer o homem vivo. E para não ter mais problemas hoje, esperava que Cath não descobrisse sobre tal assunto tão cedo.
Olhei para a janela, permitindo que o distanciamento da cidade, e consecutivamente a aproximação da área mais preservada, levasse um pouco do peso que sentia e do sangue agitado em minhas veias, agradecendo mentalmente pelo longo trajeto. Cheguei em casa uma merda, mas ao menos tinha esfriado um pouco a cabeça.
Entrei no hall escutando sons divididos entre animação e muitos grunhidos vindo da sala de jantar, e estava tão cansado, que por um instante apenas cogitei passar direto, e deixar que Cath fizesse o que bem entendesse, porque não tinha dúvida alguma de que ela estava metida naquilo.
Gastei mais tempo no hall de entrada, não ligando para Léo que, curioso como era, e Nick a Maria fofoqueira que mesmo calada não deixava o seu posto, logo seguiram rumo ao barulho, e não demorei para ouvir um palavrão daqueles bem sujos ser exclamado por Léo.
Passei a mão no rosto, cansado, mas antes que percebesse, já estava seguindo os dois cachorros que, como esperado, abanavam as caudas peludas seguindo rumo a risada perversa que eu passei a conhecer bem.
Ignorei o bando de pessoas seminuas sentados à minha mesa, me concentrando apenas na única infeliz vestida, que segurava algumas cartas na mão e mantinha a sua superioridade. De duas, uma. Ou todos eram tão incompetentes quanto pareciam, ou ela tinha no mínimo uns três baralhos embaixo de si. O que, por seu sorriso arrogante em minha direção, tinha certeza de que era a segunda opção.
Observei a confusão no rosto dos soldados que a garota inteligente tinha enviado, eles obviamente não conheciam a rata à frente deles, e analisei a revolta na equipe de Cath – com exceção de Jin – por mais uma vez estarem perdendo. Meu velho e a garotinha da sem noção pareciam apenas assistir o que acontecia. E o primeiro estava com uma carranca enorme no rosto, mas, por sorte, não tinha cadeiras vazias. Ao menos Nina não estava participando dessa bagunça, e não precisaria me preocupar em ceder algumas horas com a minha terapeuta para ela. Porque coitada, ficaria escandalizada se estivesse por aqui.
- Joguem se quiser, estou subindo. – Afirmei para Nick e Léo. Nick, para minha surpresa, mostrando estar muito confortável com a jogatina. Provavelmente já tinha participado de alguma em seu tempo com a equipe de Cath. E não passou despercebido, o sorrisinho do amante da sem noção, quando me escutou falar.
- Que isso, cara, joga com a gente.
- Estamos na fossa, mas ainda conseguimos virar o jogo... aí. – Os que tinha reparado serem os mais fanfarrões do grupo, Liam e Marcus, se pronunciaram quase que ao mesmo tempo, com Marcus levando uma cotovelada não tão discreta quanto eu imagino que Jin tenha tentado ser.
- Ele não parece ser do tipo que gosta de jogar. – Essa era certamente outra coisa que não estava disposto a me envolver, e apenas olhei para Nick que já se preparava para responder.
Acenei uma despedida já de costas, não me dando ao trabalho nem mesmo de conferir o que Cath tinha pensado do seu casinho tentando marcar território. Se o idiota pensasse, saberia que eu também não passava de um caso. E a única diferença, era que enquanto ela estivesse perto de mim, não tinha perigo algum. O único que foderia os seus buracos era eu.
Segui direto para o quarto recebendo a troca de guarda canina, sentindo Tânatos e Kratos me cutucarem com os focinhos e chorinhos contidos, e não consegui segurar o sorriso. Cath provavelmente me mataria se visse os cães de serviço com comportamentos tão dóceis, e talvez até mesmo domesticados.
Entrei no quarto, deixando minha pasta no lugar de sempre quando em raras vezes estava sobrecarregado o suficiente para passar direto para o quarto, depois me encaminhei para o banheiro, arrancando quase de modo desesperado a roupa do corpo, jogando-a no cesto de roupa suja, e fui escovar os dentes ainda sentindo o gosto da bile que precisei conter durante boa parte do meu maldito dia.
- O que houve? – Cazzo, fechei os olhos por alguns segundos. Estava tão na merda, que pela primeira vez, pelo que me lembrava, tinha sido surpreendido com sua chegada.
- Dia fodido. – Declarei sem rodeios, não adiantaria mentir mesmo. Isso só despertaria mais sua curiosidade, e ela logo descobriria toda a droga que aconteceu. – Nada de novo. – Garanti, e ainda não estava mentindo. Os outros dias também tinham sido um caralho de aturar. Só não tinham sido sobre ela.
- Vá para o box, vou ligar a banheira. – Me virei, olhando bem para ela. Éramos dois desobedientes que não seguiam nada que um ou outro falava, mas no final, se contabilizássemos, era eu que saía vencendo e mandava nessa porra.
A olhei por mais um tempo, porém estava cansado demais para qualquer discussão, e com a cabeça sobrecarregada de imagens que neste momento me impediam de colocá-la de quatro e mostrá-la quem realmente mandava aqui. Então somente acenei em concordância e caminhei para o chuveiro.
Lavei aquela merda do meu corpo, mas nem todo sabão do mundo, seria capaz de limpar a desgraça daquelas imagens que me perturbavam, e não tinha ideia de como a infelice all'oscuro (infeliz sem noção) que jogava qualquer porcaria enquanto a banheira terminava de encher, conseguia.
Desliguei o chuveiro, puxando a toalha para secar apenas o necessário para não molhar o chão, e segui para o objeto que raras vezes utilizei, mas sabia que como em todas as outras vezes que o fiz, dessa vez não estaria sozinho.
Assim que entrei na banheira de imersão, sendo recebido pela água quente, espuma, e mais sabe Deus que droga ela tinha jogado aqui, logo vi Cath tirando a pouca roupa que vestia, se juntando a mim na água quente.
A ajeitei conforme ela mesma mostrou querer ficar recebendo-a sentada em meu colo, de frente para mim. Deixei, mesmo tecnicamente sendo desnecessário, porém ainda sentindo o meu corpo e mente sujos de maneira repugnante, que ela me levasse novamente, sentindo seus toques leve – nada além de uma carícia – por meu corpo, e alguns beijos igualmente calmos, em meu peito, pescoço, rosto, e por fim, boca.
Quando Cath considerou que o trabalho estava bom o bastante, ela se virou, sentando-se entre minhas pernas, apoiando as costas em meu peito, sentindo sem dúvida alguma, as batidas fortes do meu coração. Realmente me surpreendia que uma droga de crise não tivesse me atingido.
Ficamos assim até a água esfriar, talvez um pouco mais. Recolhi-a em meus braços sem me importar com o rastro de água que ficaria ou com a bagunça que faria em minha cama. Só queria dormir, e ela iria comigo.
Nos deitei, ficando como eu descobri me acalmar quando estava perturbado, praticamente a amassando com meu peso, com o rosto entre seus seios, e nada mais que o tecido que cobria a própria cama, cobrindo nossos corpos ainda nus e molhados.
- Pronto para dizer o que está acontecendo? – Já havia um tempo que despertamos, mas nenhum dos dois tinha feito menção de se mover ou dizer alguma coisa até agora.
- Não tenho nada para dizer que você já não saiba. – Era uma meia verdade, no entanto, eu torcia para que ela aceitasse com todas as minhas forças.
Ninguém que tinha passado por aquilo merecia ver, ou mesmo saber com detalhes o que tinha acontecido. Se pudesse, eu mesmo apagaria essa parte da minha memória depois que o caso acabasse, mas sabia que havia ficado marcado para sempre.
- Em algum momento, vou descobrir. – Contrapôs, com calma, mantendo os braços ao redor do meu pescoço e fazendo movimentos que tinha certeza serem involuntários em minha nuca exatamente como tínhamos caído no sono, e não duvidei nem por um segundo de sua afirmação.
Era mais que esperado que em algum momento ela iria confrontar todo o inferno que era o seu passado, e só esperava que fosse bom como foi para mim enfrentar a ida a casa aos meus pais, mas sabia que ela não tinha o mesmo suporte, e isso me preocupava. Ela realmente não precisava descobrir que, apesar do pai ter desistido depois da primeira vez de não ter conseguido entrar em sua vagina, ele descobriu um modo de entrar em seu ânus sem deixar tanta destruição no processo.
Eu não tinha sido seu primeiro, como vi que ela pensava ter sido, e isso fodia com tudo dentro de mim. Aquele homem era um miserável que nem a morte merecia.
Ainda não havíamos descoberto como ele conseguiu, mas era certo que a ajuda que teve para praticar sua perversão – mesmo que ele não pudesse fazer tantas vezes quanto gostaria – tinha vindo de um outro grupo tão desgraçado quanto, onde eles usavam os mesmos estimuladores no abuso de animais pequenos.
Passavam a substância nos orifícios pequenos, permitindo que, por um tempo, o local se dilatasse para que uma parte fosse inserida sem causar danos internos – já que obviamente as vítimas eram fisicamente menores e seus canais também –, mas a substância não poderia ser usada com frequência, a não ser que não se preocupasse com a morte do indivíduo. O que, no caso dos animais, os malditos não se importavam. Mas com James e a porra da sua aparência, isso não seria fácil se acontecesse uma perícia, e principalmente, porque ele não estava disposto a simplesmente perder o seu brinquedo recém adquirido. Cazzo, a morte era realmente pouco para ele.
- Não me iludo quanto a isso. Mas existem coisas que talvez seja melhor ficarem como estão, ou como é o caso, deixar que alguém de confiança resolva por você. – Olhei bem para ela, fazendo que meu ponto fosse realmente recebido e não apenas ignorado. – E você, melhor do que eu, conhece a importância de delegar. Então me diga por que é tão difícil fazer isso quando se trata de seu próprio bem-estar, se você nunca pestanejaria, se fosse para proteger qualquer outro?
Era difícil para ela, que tinha o controle nas mãos, deixar isso simplesmente passar, mas se sua própria memória fotográfica – outro detalhe que Ezra me contou em uma de suas histórias sobre a filha – tinha ocultado esse fato dela, tendo em visto que tais abusos aconteceram até quando ela já seria capaz de se lembrar, certamente tinha um motivo. Mesmo que nesses momentos ela tenha sido drogada duas vezes. No orifício anal e de modo oral, deixando-a completamente letárgica.
Cath ficou em silêncio por mais tempo do que eu esperava que ela fosse ficar, e considerei por melhor deixar que refletisse sobre o assunto, voltando a mesma posição que estava quando dormimos, ficando pele com pele, mas agora mais aquecidos do que na hora que nos deitamos.
- Eu seria um puto se dissesse que quero fazer amor com você agora? – Expus meus pensamentos depois de um tempo, erguendo a cabeça logo após, quando sua resposta demorou um pouco mais para vir.
Suas lágrimas corriam silenciosas, e ela chorava tão calmamente, que se não tivesse olhado para ela agora, nunca teria notado o que acontecia.
Continuei a observando em silêncio, apertando mais os nossos corpos um no outro, deixando leves beijos como pequenos sussurros em sua pele.
Eu sabia que era um doente por desejá-la em um momento como este, mas tudo que eu queria agora que já conhecia melhor o seu passado, era marcar o seu corpo com carícias e mais carícias, até que ele fosse obrigado a esquecer tudo que tinha acontecido no passado, e todas aquelas memórias horríveis fossem substituídas por carinho e cuidado. Porque agora ela era minha, e enquanto estivéssemos assim, era isso que ela teria mesmo nos dias de sexo mais selvagem.
- Per favore. – Seu italiano saiu baixinho, mas com um sotaque que a cada dia ficava melhor e mais parecido com o nativo. Porém, só consegui notar mesmo por sentir a pouca vibração que seu corpo fez ao declarar.
Me posicionei sobre ela, nos encaixando melhor, só percebendo quando vi uma gota cair sobre seu peito que eu também estava chorando.
Ninguém merecia o que ela tinha passado. Definitivamente ninguém. E era por este, e tantos outros motivos que ficavam mais fortes a cada nova descoberta, que eu a amei com todo meu afinco e determinação, fazendo novas lembranças em cada pedacinho de sua pele, incluindo seus ânus, onde a comi com tanta calma, que tudo que eu queria era que seu corpo lembrasse, – por mais que sua memória não o fizesse – que aquele lugar era meu, e seria unicamente meu, pelo tempo que ela desejasse. E ela desejou...
Desejou mesmo quando estávamos em mais um round na cozinha depois de nos alimentarmos, e fomos pegos por seu antigo amante, que não me enganou mesmo tentando disfarçar, que não estava ali por perversão ou por ser adepto ao voyerismo, mas por algo bem maior.
E o silêncio de Cath quanto ao assunto, também não me enganou, me fazendo imaginar que ela estava gostando daquilo, ou mesmo que ela queria provocá-lo. Um significado maior também estava ali. No entanto, esse não era o momento, e muito menos o foco. Tudo era por ela e para ela. Então empurrei... e empurrei... sentindo suas paredes me apertarem... o som de nossos sexos se chocando... o esfregar de seus seios expostos na bancada que neste instante já não deveria estar tão fria quanto antes... até que...
- Cazzo, bambolina.
- Delizioso, gradazione.
Nota do Autor
E aí bebês, o que acharam?
Estava como imaginavam?
O que acharam desse colega de faculdade do nosso Chefinho? Estão com raiva como Léo e Nick?
E o que sentiriam se chegassem na casa de vocês, e a pessoa que estão pegando, estivesse com uma mesa recheada de pessoas seminuas? Surtariam?
Nosso bebê realmente estava para baixo em? 😭.. Gostaram de como Cath lidou com a situação?
E sobre essa intromissão de Jin, o que será que vai acontecer em? A maluca vai deixar passar batido?
Ah, e já estava me esquecendo, gostaram dos novos apelidos? 🥹
Me conte tudo meus amores, quero saber de cada detalhe..
Tenham uma ótima noite, até o próximo 😘..
Obs. Se tiverem alguma duvida, o personagem que aparece como Marcus, é o De la Rosa. O que aparece como Liam, é o Grenier. E Jin, o Prasad. De la Rosa, Grenier, e Prasad são sobrenomes, assim com Turan é o sobrenome de Ayla. Brown o sobrenome do Jake. E Johnson o sobrenome de Anthony. Qualquer dúvida, não hesitem em perguntar..
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