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Chapter eleven

Isso certamente era um presságio ruim, algo dentro de mim estava estranho, e não era o tipo estranho de sempre, ou mesmo aquele que precedia os dias ruins. E apesar de ter tomado as merdas dos remédios corretamente, eles não adiantaram nada. Fiquei dissertando comigo mesmo sobre a maluca e sua insanidade da vez.

Afinal, que caralho de trabalho era aquele, que ela precisava ir vestida daquele jeito? Estava claro para qualquer um ver, que aquele não era o tipo de roupa que ela gostava, muito menos o modo como se arrumava. E sua maquiagem então? Era quase como se gritasse que tudo aquilo era uma máscara, apenas uma fachada para esconder algo.

- Luca? Filho? Ei, você está me ouvindo? – Firmei os olhos no meu pai que balançava os braços na minha frente como um boneco de posto de gasolina.

- Que tipo de trabalho a sem noção estava fazendo ontem?

Cazzo, Luca. Não era para externar sua maluquice, inferno.

- Como? – Meu pai perguntou sem entender porcaria nenhuma, mas como poderia? Eu era o único louco aqui.

- Nada pai. O que o senhor queria? – Olhou estranho me analisando.

- Você deveria estar tomando cafeína? Isso não vai te deixar mais agitado?

É óbvio que não deveria, eu evitava essa coisa maravilhosa, que para mim agia como um veneno, como o diabo foge da cruz. Mas aqui estava, mesmo assim.

- Noite ruim. – Fui ríspido, não queria que o assunto se prolongasse.

Nina e Nick entraram no local, mostrando uma cabisbaixa Nini. Não esperava isso para hoje, não logo pela manhã.

- O que foi, algum problema com a festa? – Perguntei arrogante, mas em meu interior, torcia para que essa merda fosse para o inferno.

- Na verdade... Minha amiga vai se atrasar. – Começou entristecida e com cautela, porém isso não impediu que eu explodisse.

- Não diz que aquela sem noção não vira mesmo depois de você ter me enchido o saco, ou eu mato você Nina. – Fui grosseiro, e dois pares de olhos me encararam com desgosto.

Dei de ombros, não dando a mínima para eles. Os três sempre faziam da minha vida um inferno, por besteiras que eles queriam, e agora isso?

- Ela vai vir Luca, pode ficar tranquilo. – Droga, eu deixei uma exalação profunda escapar? Mas que porra estava acontecendo? – Só vai se atrasar um pouco, Cath teve um imprevisto no trabalho.

Parei o que estava fazendo, deixando minha comida de lado e encarando Nina. Maledizione, porque meu coração estava palpitando dessa forma. Porcaria, uma crise não poderia estar começando, poderia?

- Pensei que sua amiga estivesse de férias filha, que tipo de trabalho ela estava fazendo? – Meu pai perguntou. E até parece que isso era da conta dele, bando de gente enxerida.

- Não sei ao certo, você sabe Nick? Já trabalhou algumas vezes com ela quando estava no exército. – Nini indagou e amaldiçoei quando me peguei atento ao que as mexeriqueiras de plantão estavam falando.

- Não sei, mas não é novidade alguma que esteja trabalhando em seu período de férias. Todos que a conhecem minimamente, sabem a workaholic que pode ser.

Isso é um sim, ou um não, caralho? Se todos falam, isso quer dizer que dizem sobre o que ela faz nesses períodos também? – O quê? Mas que droga Luca, isso não é da sua maldita conta.

Comecei a organizar as coisas para me levantar, esse café já tinha acabado para mim. Não tinha comido praticamente nada, mas também não estava com apetite algum.

- Como vocês se conheceram mesmo, filha? – Ia me levantar, quando meu pai me olhou com aquela cara de repreensão, enquanto falava. Malditas etiquetas à mesa.

- Você sabe muito bem disso papai. – Nini até iluminou o olhar, para falar da pirada.

Talvez no fim, minha irmã fosse a mais maluca entre nós. Ri com essa observação, me servindo de mais uma dose de café.

Nick olhou torto para mim, sabendo que não deveria e não era comum tomar tal bebida, porém Apolo atrapalhou a sua repreensão visual, ao rosnar para meu segurança quando ele fez um barulho estridente com a cadeira. Onde estavam os modos dele e de Nina?

Revirei os olhos, passando a mão na pelagem de Apolo. Ele estava tão agitado quanto eu, mas lidava melhor com isso.

- A conheci depois que ela convenceu Nick a voltar para casa. – Suspirou, sorrindo com a lembrança. – Implorei para o pai dela nos colocar em contato, e depois de meses esperando, um dia aconteceu de nos encontrarmos. Ainda não sei o que ela viu em mim, mas mesmo após nos conhecermos, ela ainda topou ter essa amizade estranha onde ela apenas fica calada me escutando. Porém sempre estava por ali para me ouvir, mesmo não dispondo de interesse algum nas minhas besteiras de garota ingênua. – Completou um pouco triste, mas era perceptível o tom de nostalgia em sua voz.

- Você faz bem a ela maninha, só não sabem como isso se encaixa. – Nick confortou nossa irmã, mas duvidava que fosse real.

Tentei me preparar para sair mais uma vez, a conversa estava entediante.

– Quando encontrei a General pela primeira vez...

Passei os olhos pela mesa novamente, e peguei um pãozinho da cesta, talvez fosse bom me forçar a comer algo, durante o dia era certeza que não comeria.

- Todos falavam que ela era uma vadia sanguinária e sem coração, mas não foi isso que vi em nossa primeira missão juntos...

Desviei os olhos para Nick, apenas para constatar que seu olhar estava escuro, era sempre assim quando ele falava de seus dias no exército. Não tínhamos ideia do que aconteceu lá, no entanto, tinha certeza que nada de bom poderia ser.

- Ela me salvou aquele dia. Salvou toda minha equipe. E a única coisa que disse quando fui agradecê-la, era que pessoas como eu não deveriam estar ali. Que terminasse o trabalho e voltasse para casa. – Seu olhar ficou distante, como se revivesse a cena agora, isso teve minha total atenção. – No início não compreendi o que ela quis dizer, e fiquei irritado por ela desdenhar do meu trabalho. Coisa que ela pouco se importou. Mas depois de algumas missões juntos, entendi o que ela quis dizer naquele primeiro momento, e ela não poderia estar mais enganada.

Mas que merda de história foi essa? Deixei o resto do meu pãozinho sobre o prato. O infeliz não disse nada.

Levantei da mesa irritado pelo tempo que perdi escutando essa baboseira de criança, e fui para o meu quarto, sem importar com as exclamações do meu pai.

Apolo me seguiu, hoje infelizmente não seria possível que ele ficasse comigo o dia todo, e acho que ele sabia disso. Porque desde o momento que acordei, ele me seguiu atento como se a qualquer momento fossemos nos separar. Quase uma criança quando sabe que os pais vão sair.

Entrei no closet para me vestir, já tinha tomado banho quando acordei. Escolhi um terno mais casual, sem gravata. Já bastava ser sufocado por um bando de abutres, não precisava ter uma gravada para ajudá-los.

Me vesti, passei perfume, tomei meu remédio e guardei o restante no bolso interno do paletó, e por último calcei meus sapatos.

Mas antes de descer, me sentei na cama para fazer uma das técnicas de respiração que aprendi quando criança para controlar o inferno dentro de mim. Puxei e soltei o ar profundamente, repetindo o processo dez vezes. Contudo a agitação em meu peito não diminuía, e o estranho aperto no peito, não ia embora de modo algum.

Respirei fundo mais uma vez, não queria ir a essa festa, e muito menos desejava que todas essas pessoas estivessem em meu território. No entanto, parece que essa era uma das principais obrigações de quando crescemos. Fazer o que não queremos.

Deixei a merda de meditação para tentar me acalmar, saindo do quarto a passos largos e firmes.

- Uau, está bonito maninho. Quem sabe...

Parei Nini com um aceno de mão, não querendo ouvir o que viria a seguir. Já tinha escutado palhaçada demais da minha família por um dia, e não tinha ideia de por quanto tempo ainda conseguiria segurar a pressão em meu interior. Precisava continuar com meu plano de evitar coisas estressantes, e me controlar para evitar acidentes nessa maldita festa.

Segui o percurso que tinha em mente, levando Apolo para o canil. Ele odiava ficar preso, mas seria o mais seguro no momento. Não poderia arriscar mais problemas deixando ele solto.

Com Apolo preso e entristecido, fui para droga de festa me amaldiçoando. O gramado estava mais cheio do que desejava e sabia que ainda tinha mais pessoas para chegar. O tumulto, a conversação, os flertes, a falsidade, tudo estava me deixando mais agitado. Me sentia oprimido em minha própria casa.

Andei até o bar desejando tomar uma garrafa inteira de qualquer bebida alcoólica, mas essa era apenas mais uma de minhas proibições. Pedi uma soda com limão, desejando que a terra me engolisse. O lugar que me trazia paz, agora só me trazia ansiedade e temor.

Virando meu drink todo até que acabasse, observei uma garota de cabelo cor de chiclete cumprimentar Nina ao longe, e não precisaria perguntar quem era. Estava óbvio que era a menina que tinha alguma associação com a maluca.

A analisei tomando uma nova bebida que a mulher me entregou. A garota era nova, e não parecia em nada com a sem noção. Porém, estava perceptível a influência que a mulher tinha sobre a pobre garota. A escolha excêntrica de cores para o cabelo, por exemplo, era uma delas. Já que agora a mulher que antes estava loira, está com os fios roxos.

Meu coração de repente se apertou mais, e temi que tudo que mais tentei evitar nesses dias, acontecesse. Precisava me distrair, e sabia quem me ajudaria. Mesmo me irritando, ela acabava me distraindo.

Puxei meu celular do bolso para ligar, e não foi uma ligação longa, nem mesmo estava surtindo o efeito que tinha pensado. A maluca parecia estar desconfiada, e não lhe julguei por isso, eu também estaria desconfiado. Não era o nosso tipo de assunto. Sem jogo de cintura para continuar ou trazer a conversa para os eixos que desejava, apenas desliguei, não tinha sentido continuar.

Pedi uma terceira bebida buscando esconder os espasmos que meu corpo começava a proferir, tentando lembrar de algo que me trouxesse paz – outra técnica inútil. Comecei a respirar rápido, passando os olhos pela multidão vendo a merda que daria. Ao longe meu pai me encarava preocupado, Nina estava alheia ao que acontecia, e Nick nitidamente tentava me alcançar, mas as pessoas interrompiam-no em seu trajeto. Droga de segurança.

Me virei para sair apressado, no entanto antes que tivesse a chance de sair do lugar, esbarrei em alguém, sentindo o apoio em meu peito logo a seguir. Não precisei olhar para baixo ou focalizar em seu rosto, sabia bem de quem era esse cheiro e o calor característico do toque.

- Calma aí Docinho, não precisa atropelar as pessoas. – A desgraça de apelido novamente, amaldiçoei abaixando o olhar para encará-la.

Cath se afastou apenas o suficiente para me olhar por completo, enquanto revezava entre me estudar e procurar alguém entre a multidão atrás de mim.

- Apressado por quê? – Demonstrou ter encontrado a pessoa que procurava, ficando com os ombros relaxados no mesmo instante. Porém o meu incômodo interior, começava a chegar a um nível cada vez mais alarmante.

Não consegui impedir que meus olhos a varressem por completo também. Não sabia o que procurava, mas seja o que for, parece ter me acalmado uns 1% quando vi que a maldita estava inteira e visivelmente normal. Sua típica segunda pele e a pouca maquiagem de sempre, olhos marcantes, caralho de boca vermelha, e um cheiro de melancia que não faço ideia de onde vinha, tinham retornado.

- E aí Docinho, vai responder ou não? E aproveita e me diz que bebida é essa. – Provocou com o maldito apelido, apontando para a bebida com cara de nojo.

Entendi o que ela estava fazendo, contudo isso não impediu que eu desejasse apertar aquele pescocinho esguio e apetitoso. Um dia a agradeceria pela ajuda. – Isso se não a matasse até lá.

- Você gosta dele, né? – Como ela sabia disso?

- Mas isso não vai me impedir de torcê-lo. – Já tinha sido pego mesmo, não faria sentido negar.

- E aí, qual é a dessa bebida nojenta? Não toma álcool? – Acabei rindo da careta que ela fez, parecia odiar mesmo a bebida em minha mão.

- Nunca fui do tipo que bebe, mas hoje admito que me sinto tentado por algo mais forte. – Mais uma vez, inutilmente tentei controlar a agitação dentro de mim.

- Aqui. – Me entregou uma das duas taças que pegou do garçom, mesmo depois que afirmei não beber.

Era uma sem noção mesmo. Desviei os olhos da bebida para um lugar qualquer, e acabei parando para a movimentação atrás de mim. Agora entendia o relaxamento e o olhar afiado desviando sempre naquela direção. Cath estava com o olhar de mãe coruja, que tantas vezes vi em minha mãe.

Balancei a cabeça espantando as memórias, me mexendo desconfortável.

- Toma. – Quase jogou a bebida em mim, obrigando que segurasse. – Faremos o seguinte. – Disse decidida, e olhei para ela com o cenho franzido.

Quando será que essa peste ia entender que não mandava em nada que era meu? Donna infelice.

- Nenhum dos dois quer estar aqui, então vamos fazer da vida dos seus ilustres convidados, o mesmo que estão fazendo conosco.

- Que seria? – Desdenhei, como se não tivesse incomodado com o rebanho de idiotas.

- Unhum. – Declarou irônica, com um sorrisinho ladino. – Mas voltando a realidade – debochou – vamos fazer da vida desses imbecis o mesmo inferno que estão fazendo com a nossa.

- Eu não diria um inferno...Tá bom, o que você tem em mente?

Claro que não ia confessar que esses idiotas estavam me incomodando tanto, mas estava ciente de que não adiantaria discutir com a maluca. Ela sempre fazia o que queria mesmo.

- Simples.

É claro que ela sairia rebolando essa bunda gostosa coberta por um vestido tudinho que deixa tudo evidente. Oh, meu pai. Me recusei a seguir a sem noção feito um cachorrinho sem bolas, mas isso não adiantou muito. Quando percebeu que não estava a seguindo, ela voltou me alertando que seria melhor eu estar ao seu lado para impedi-la de ultrapassar os limites, do que deixá-la sozinha. Obviamente ela estava correta. Participaria de seu planinho, mas faria do meu jeito.

Começamos a andar entre os convidados cumprimentando e desequilibrando cada um deles. Confesso que estava até divertido, e não demorei a entender o que a maluca estava fazendo. Saímos espalhando a discórdia entre os convidados e seus parceiros. Despertamos ciúmes, possessividade, sentimento de incapacidade, provocamos a autoestima exacerbada de alguns, e no fim eu deveria estar envergonhado por ter contribuído com tais atos. Porém, estava longe de ser algum santinho.

- Parece que fomos bem. – Disse com um sorriso divertido, olhando os semblantes cheios de sorrisos, mas os corpos evidenciando o desconforto.

- Parece que sim. – Bati minha taça na dela, em um brinde divertido.

Acho que acabei me deixando levar pelo seu sorriso sincero, não era sempre que ela deixava transparecer. O aperto em meu peito e a agitação tinham diminuído, o que me deixou mais tranquilo para ficar um pouco mais no meio dos engomadinhos.

Passeei os olhos pela multidão, encontrando Nini conversando com um grupo de pessoas, provavelmente presa em alguma conversa de trabalho. Meu pai estava mais ao longe conversando com um casal, porém seu olhar parecia estar focado em outro lugar. Nick o bastardo e péssimo segurança, tinha me abandonado com a mal-educada para curtir preguiça às minhas custas.

Voltei a olhar para a mulher do meu lado, ficando atento. Cath tinha perdido toda sua postura descontraída, seus ombros estavam tensos, e seus olhos pareciam lançar facas na direção da pessoa focada.

Segui seu olhar, lembrando assim de outro olhar, que nada mais era, do que mais um semelhante aos que minha mãe dava. Aquele "vou matar o desgraçado se continuar atormentando o meu bebê", via isso quando minha mãe encontrava um dos pais falando mal de mim.

Voltei a atenção para a maluca novamente, e antes que ela saísse para matar o cara, porque de algum modo não tinha duvidava que era isso que ela queria fazer, segurei seu braço puxando para bem perto de mim. Cath revezou o olhar entre meu rosto e onde estava segurando, mostrando estar indecisa com algo. Não esperei que tomasse qualquer decisão, não permitiria que ela fizesse um escândalo na minha casa.

Estreitei a distância entre nós, apoiando minha mão em sua coluna. A megera indomada tentou me afastar, mas não permiti aproximando ainda mais os nossos corpos.

- Olhe, meu pai já resolveu. – Apontei com a cabeça, após sussurrar em seu ouvido.

Não sabia o que meu velho estava fazendo lá, e nem como ou porque ele tinha atravessado a muvuca de gente tão rápido, mas lá estava ele colocando o marmanjo imbecil que usava de mão boba, e claramente tentava forçar algo.

- Eu vou matá-lo. – Sussurrou igualmente baixo, seguindo o homem com os olhos.

Em algum momento o idiota teria problemas com a mamãe urso aqui, mas quando isso acontecesse, não seria mais problema meu. Eles não estariam em meu gramado.

Fiquei ao seu lado mesmo precisando de distância, porque tinha certeza que se a deixasse sozinha, logo meu gramado estaria pintado de vermelho. A atrevida pediu uma dose dupla de uísque no bar onde estávamos novamente, e quase a repreendi por beber algo tão forte ainda cedo, mas seria hipocrisia da minha parte.

Passamos um tempo em silêncio, apenas deixando a festa passar, até que vi a doida eriçar inteira, olhando fixo para uma direção. Ela estava pronta para atacar, e em seus olhos a promessa vibrante de morte, estava delineada.

Olhei para a mesma direção encurtando o espaço entre nós para segurá-la se fosse preciso, porém não estava preparado para o que eu via.

- Eu vou matá-lo. – Vociferei encarando o mesmo idiota que minutos atrás tentava forçar algo com a menina da sem noção, e agora tentava subjugar a minha irmãzinha.

Figlio di puttana, não permitiria que a nossa menininha perdesse o BV assim. Caminhei a passos duros em sua direção, não me importando em quem esbarrava. De canto de olho, percebi meu pai tentando argumentar algo com a garota de cabelo chiclete, e Nick empurrando todos que entravam a sua frente tentando me alcançar. Quase clamei aos céus para que ele conseguisse, mas estava enxergando vermelho, sedento por sangue.

Uma parte bem fundo dentro de mim, queria que meu irmão me alcançasse e impedisse qualquer merda de acontecer, mas não estava consciente para pedir socorro, e muito menos para parar minha ação.

Sentia o sangue fervendo dentro de mim, a fúria crescia a cada passo que aproximava de Nina, e ouvia o cara dizer coisas grosseiras para ela. Eu queria despedaçá-lo. Queria despedaçar tudo ao meu redor.

Bufei como um touro bravo, quase chegando em meu alvo, porém antes que colocasse as mais nele, alguém pulou em meus braços. – Ela era louca, essa era a única justificativa. Ela não sabia o que estava acontecendo?

Envolvi meus braços em sua cintura, segurando-a involuntariamente. Não sabia até o momento que queria ou sentia falta de um abraço, mas o fio de consciência que ainda havia em mim, desfrutou daquele gesto. Contudo eu não queria machucá-la, e era isso que o inferno que crescia dentro de mim, ia fazer.

Tentei afastá-la, mas ela se agarrou mais em mim, me abraçando mais forte. – Cazzo, minha parte lúcida, amou isso.

- Com raiva, Docinho?

Sabia o que ela queria, e não estava gostando disso. Cadê o infeliz do meu segurança? – Era desesperador ficar preso dentro de mim mesmo.

Olhei para o lado tentando afastá-la, e só aí notei que mais da metade da festa nos olhava com atenção. Nick, aquele maldito desgraçado, estava indo para a puta que pariu, mas não estava vindo mais na minha direção. Meu pai tinha agarrado o miserável que estava perto de Nina. E pelo que conseguia entender das pessoas nos olhando, pareciam pensar que éramos um casal.

Eu a encarei raivoso, pronto para devorá-la por inteiro, por não me deixar fazer o que queria.

- Com raiva de mim, Docinho? Duvido que consiga fazer algo em relação a isso.

Pronto, a merda estava solta. Praticamente sumi dentro de mim, só conseguia ver os vultos da maldita saindo rebolando na minha frente, tomando uma distância antes que fosse perseguir minha presa.

Senti um sorriso macabro crescer em meu rosto, e tinha certeza do que aconteceria agora. Fiquei desesperado, queria gritar chamando pelo bastardo do Nick que não estava fazendo o seu trabalho, ou mesmo por meu pai. Sabia que ele já estava velho para se meter em uma briga comigo, mas certamente seria melhor do que uma mulher que tinha a metade do meu tamanho. - Figlio di puttana, eu a mataria.

Claro que eu sempre disse que faria isso, e já até cogitei alguns cenários, mas em todos eles o meu amiguinho estava envolvido. A mataria de prazer, depois quebraria aquele pescocinho delicioso. Maledizione.

Os vultos ficaram mais nítidos novamente, mostrando minha sala, e agora eu já encarava a sem noção que sorria debochada na minha frente. A peste não tinha senso algum de segurança. Avancei em sua direção, observando minha mão pegar o seu pescoço e jogar todo o seu copo com força na parede. O baque foi grande, era impossível que não tivesse se machucado. Porém, antes que conseguisse entender o que estava para acontecer, ela deu um golpe em meu braço, fazendo ele fraquejar tempo o suficiente para ela girar e abraçar o meu pescoço com seu corpo atrás do meu.

Ela era louca, por que diabos não fugiu? – Não que isso fosse ajudá-la. Percebi meu corpo indo para trás, e com um peso enorme na consciência, vi impulsionando o seu corpo com tudo na parede atrás de mim. Escutei o vidro que protegia a foto se quebrando, e tinha total certeza que com aquele vestidinho do caralho, ela não sairia daqui sem diversos cortes.

Fiquei ainda mais aflito, e minha consciência fugia de mim cada vez mais. Não sei o que aconteceu nos segundos ou minutos seguintes, quando consegui focar novamente, estava escutando sua voz em meu ouvido.

- Me desculpe, docinho. Me perdoe por isso. – Sua voz parecia afetada, e senti o líquido queimando ao entrar na minha veia.

Não fazia ideia de quando ela pegou o tranquilizante que ficava com Nick, mas sentia o calor de seus braços me soltando, e suas pernas largando a minha cintura.

- Você precisa... – Tentei balbuciar quando a vi na minha frente.

- Não. – Declarou com a determinação e atrevimento conhecidos por mim, colocando a mão gentilmente sobre meu rosto.

Cath olhou atentamente em meus olhos, como se tentasse ler tudo que se passava ali. E nesse momento senti uma coisa que não conseguia nomear no momento, mas o medo me dominava.

- Estou aqui, não te deixarei sozinho. – Exalei profundamente, e não sabia que era isso que queria. Mas a partir do instante que ela nomeou, soube que realmente não queria ficar sozinho. No entanto, não poderia colocar a vida de ninguém em risco estando ao meu lado em um período como esse. Só que alguém teria que explicar isso para ela, porque a teimosa insistia em fazer tudo que desse na cabeça. 

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