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❆ - ⌞ Nali is wise ⌟ - ❆

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Sábado chegou. Jisung e Minho dormiram até a hora do almoço. Os Han's mais velhos puderam descansar também, mas tiveram que acordar para preparar a casa para a visita da tarde.

Minho havia chamado Saemi para jantar com sua família. Uma coisa extremamente clichê. Eles não eram um casal, apenas eram amigos. Mas, bem, Lee confessava internamente que queria namorar com aquela garota, ainda mais porque seus sentimentos estavam à flor da pele.

Jisung não sabia de nada até então. Ele havia chamado Felix e Lucas para passar a tarde com ele. Eles iriam brincar e fazer um trabalho.

Nali e Gyuk se esqueceram completamente de que haviam dois compromissos. Um com Minho, onde eles iriam ficar com os pré-adolescentes e um com Jisung, onde os ajudariam com os trabalhos.

Então a casa estava uma verdadeira bagunça. Nali queria que tudo saísse perfeito e que nenhum compromisso atrapalhasse o outro.

Às quatro da tarde Jisung estava com seus amigos. Eles corriam animadamente pela casa.

O jantar com os Hwang seria às sete, pois como moravam longe, tinham que ir e voltar mais cedo.

ㅡ Meninos ㅡ Nali entrou na frente, tapando a passagem da porta, fazendo um trombar nas costas do outro ㅡ Que tal fazermos o trabalho agora e aí vocês brincam até bem mais tarde? Hm? ㅡ Sorriu convincente.

ㅡ Poxa, mãe! Agora? ㅡ Jisung, que havia caído no chão, perguntou ㅡ Estava tão legal! ㅡ Lucas e Felix concordaram balançando a cabeça.

ㅡ Sim, eu entendo. Mas se vocês fizerem o trabalho sem procrastinação, ele se sairá melhor e a nota na escola será ótima para passarem de ano ㅡ Ajudou os meninos a se levantarem ㅡ E quando ficar de noite, pode ser que não achemos os ingredientes.

ㅡ Verdade, tia ㅡ Lucas disse, com sua voz baixa. Ele era, e conseguia, ser até mais tímido que Han.

ㅡ Certo. Então vamos fazer? ㅡ Os meninos concordaram em uníssono ㅡ Já volto, podem ir para a sacada, vamos fazer o trabalho lá.

Um lugar que poderia ser sujado e não faria diferença nenhuma. A sacada falada fica no terceiro andar, no andar dos quartos de Minho e de Jisung. As crianças obedeceram e subiram

ㅡ Nunca foi tão fácil convencê-los.

ㅡ Estamos começando os preparativos ㅡ Gyuk estava usando o avental de sua esposa ㅡ Os duendinhos foram tão obedientes assim? ㅡ Estava mexendo em uma panela no fogão a lenha.

ㅡ Duende apenas o Lucas. Eu já disse que Felix e Jisung são fadas, fadas fêmeas. Entendeu? ㅡ Cruzou os braços.

ㅡ São homens. Homens são duendes ㅡ Revirou os olhos. Aproveitaram a deixa para parar de falar, Minho estava voltando para a cozinha ㅡ Então, o que achou? ㅡ Perguntou para Lee, que havia ido buscar alguns temperos.

ㅡ Alecrim, orégano e sálvia ㅡ Mostrou os diversos em cumbucas ㅡ Será possível fazer algo…?

ㅡ Não sei, me diga você. Tu que és bom na cozinha, invente algo ㅡ O Han mais velho cortava alguns tomates e brócolis.

ㅡ Sim, cozinhe algo especial para uma pessoa especial ㅡ Nali piscou para Minho. Ele sorriu tímido ㅡ Vou ajudar os meninos, vocês dão conta? ㅡ Eles murmuraram um "uhum" ㅡ Sei. Não estraguem minha cozinha.

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ㅡ Precisa de orelha de rato ㅡ Fez cara de nojo e as crianças imitaram ㅡ Asas de barata ㅡ Outra face em desgosto ㅡ Loção de gambá e duas unidades de carrapato.

ㅡ Que nojo, eca. O que isso vai virar? ㅡ Jisung perguntou tampando o nariz, fingindo sentir o cheiro do gambá. Sua voz acabou ficando engraçada, Felix e Lucas riram.

ㅡ Não sei… Temos que descobrir ㅡ Nali respondeu, dando de ombros ㅡ Só quero ver onde vamos achar essas coisas todas.

ㅡ Eu acho que é sonífero ㅡ Lucas disse, após ficar concentrado ㅡ Talvez seja isso… O cheiro de gambá diz tudo… ㅡ Fato, Lucas - assim como toda a família Bang - são inteligentes demais. Então havia uma possibilidade dele estar certo.

ㅡ Pode ser que sim ㅡ A Han respondeu ㅡ Mas isso é conteúdo para criança? ㅡ Arqueou as sobrancelhas. Nuru estava passando receita de coisas perigosas para crianças? Teria que falar com a mulher depois.

ㅡ É na aula de defesa, tia ㅡ Felix respondeu ㅡ Nós já entendemos que essas coisas são perigosas, estão nos ensinando pois é para autodefesa ㅡ O Lee explicou e lentamente Nali concordou.

ㅡ Bom, então tudo bem… Olhem, tem aqui os locais onde podemos achar tudo isso que citei ㅡ Apontou para a folha que segurava, havia números de casas e lugares próximos ㅡ Podemos encontrar rato e barata próximo ao lago. E o restante das coisas com Althea.

ㅡ Então vamos logo! Antes que escureça! ㅡ Jisung se levantou, animado com a ideia de ter uma missão para uma criação de poção.

Os outros levantaram-se. Nali seguiu os garotos que corriam para o andar de baixo.

Passaram pela cozinha. Lucas e Felix saíram pela porta, mas Jisung sentiu o cheiro de algo ser feito. Ele olhou para seu pai e Minho, ambos conversando enquanto cozinhavam.

Han ficou triste de repente. Ele via Minho sorrir. Ambos viviam na mesma casa, mas há um bom tempo eles não se davam bem. Vez ou outra sim, mas tinha dias - até semanas - que ficavam sem se falar.

ㅡ Vamos, Ji! ㅡ Felix sentiu a falta do amigo e voltou, vendo ele parado na porta. Minho e Gyuk notaram a presença de ambas as crianças e só então Jisung desviou o olhar e saiu de sua casa na árvore ㅡ O que foi, Jiji?

ㅡ Nada não ㅡ Negou descontraído ㅡ Vamos logo, não podemos deixar Lucas esperando ㅡ Mudou de assunto.

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Em uma hora Nali, Jisung e seus amigos acharam tudo que era necessário. Fizeram e testaram a mistura várias vezes até que desse certo, pois não havia instruções de como fazer, apenas os ingredientes. Por sorte tinham Lucas em seu grupo.

ㅡ Ufa… Acabamos! ㅡ Jisung se jogou no chão da área ㅡ Nem sei se quero mais brincar ㅡ Estava cansado.

ㅡ Mas eu quero! ㅡ Felix, ainda lotado de energia, disse. Ele queria aproveitar bastante com os amigos, já estava no pé da noite.

ㅡ Ai Lix, estamos tão cansados ㅡ Lucas falou baixinho. Jisung concordou em silêncio.

ㅡ Mãe, estamos com fome ㅡ Jisung olhou para a mais velha, que se levantou de onde estava sentada e estendeu a mão para o filho de levantar ㅡ Vamos, gente.

Chegaram rapidinho na cozinha. Minho e Gyuk ainda estavam ali. As crianças, de forma curiosa, olharam para o banquete que estava sendo posto à mesa. Jisung lambeu os beiços, estava morrendo de fome.

ㅡ Uaaau ㅡ O azulado balbuciou ㅡ Eu quero! ㅡ Antes que pudesse se aproximar da mesa, Minho o parou ㅡ Ei!

ㅡ Não é pra você, Jisung ㅡ Bufou. Soltando os ombros do menor ㅡ Nem pra vocês ㅡ Apontou para Felix e Lucas.

ㅡ Por que? ㅡ Os três falaram em uníssono, com biquinho nos lábios.

ㅡ Porque não! ㅡ Voltou para a mesa, ajeitando os pratinhos de vidro ㅡ Fiquem longe pra não bagunçar.

ㅡ Minho, não seja mau com os meninos, deixe eles experimentarem ㅡ Nali, de braços cruzados, repreendeu de forma calma.

ㅡ Mas, Nali…

ㅡ Pshiu ㅡ Colocou o dedo em frente a boca. Lee revirou os olhos e as crianças evitaram soltar um risinho ㅡ E vocês, não debochem.

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Foi péssimo.

Jisung e Lucas foram dormir na casa de Felix, antes mesmo de Saemi e sua família chegarem. Minho agradecia.

Os Hwang's chegaram, cumprimentaram e conheceram os "pais" de Minho, e até tiveram assunto para conversar.

Na hora da janta todos se sentaram em volta da mesa. Serviram-se e começaram a comer. Não estavam em silêncio. Era sempre um converseiro.

Saemi, Hyunjin e os Hwang's mais velhos estavam ali. Yeji, como era muito novinha e era capaz de fazer uma bagunça imensa, ficou na casa de um coleguinha da escola.

O que realmente estragou a noite foi Nali, que propositalmente ficava empurrando Minho para Saemi, que se sentiu desconfortável tanto quanto o Lee. A Han estava sendo chata, de fato, mas tinha um propósito.

Ela não achou a garota agradável. Ela foi educada, mas de forma forçada.

O clima pesou no fim do jantar. Nem sequer teve sobremesa. Gyuk tentou induzir a mulher a ser educada com as visitas - em sigilo, óbvio, mas ela negou de todas as formas.

O senhor Han queria que Minho tivesse uma namorada, ela era mais velha e certamente mais responsável. Mas, Nali, como uma boa mãe que sente quando se é necessário agir, evitou que Lee continuasse com aquele assunto torto com uma menina mais velha.

ㅡ Nali! Poxa, por que você fez isso? ㅡ Se jogou no sofá, emburrado. Queria xingá-la com todos os palavrões que havia escutado na escola, mas era educado, pelo menos com a mais velha.

ㅡ Quando estiver mais velho vai me entender ㅡ Parou em frente ao garoto ㅡ E ainda vai me agradecer! ㅡ Abaixou em frente ao garoto ㅡ Ela não é uma boa pessoa, filho ㅡ Sempre com sua mania imensa de chamar o garoto de progenito ㅡ Ela foi totalmente debochada, e em certos momentos nos olhava torto… Não quero que fique com alguém que não honra o respeito ㅡ Acariciou os fios escuros de Minho ㅡ Me desculpe, ok…?

ㅡ Nali, você não tinha esse direito ㅡ Gyuk surgiu atrás de sua esposa ㅡ Eles iriam ser um casal bom, ela é uma fada de linhagem boa, a família dela é!

A fada ali presente ficou boquiaberta, desacreditada com as palavras do marido, visto que ele era sempre o primeiro a negar uma namoradinha ao filho.

ㅡ Tudo bem, tio Gyu… Nali está certa. As fadas sempre estão. Elas sabem de tudo ㅡ Sorriu sem humor, apenas para mostrar que compreendia sua figura materna. ㅡ Mas me consulte antes, tia, eu fiquei meio desconfortável…

ㅡ Seria confortável se o destino os quisessem juntos ㅡ Nali contou.

Por Minho tudo bem. Pelo tempo que ele estava ali, via como as fadas entendiam bem do futuro, elas muito sabiam e as previsões impostas sempre estavam certas. Confiaria cegamente em Nali.