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❆ - ⌞ three years later ⌟ - ❆

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Três anos se passaram num piscar de olhos.

ㅡ Bom dia, mãe ㅡ Jisung desejou ao ver sua mãe preparando o café na cozinha. Sabia que era bebida do grão pois o cheirinho inundava toda a casa na árvore.

Em três anos tudo mudou. Não só as crianças, mas as fadas e duendes cresceram em sucesso. Descobriram novas comidas, aprenderam a fabricar novas coisas, novas palavras foram aprendidas e os costumes desenvolvidos.

As casas, antes em troncos, agora ficavam ao alto das árvores. Mas também não era um problema para os duendes, já que Nuru descobriu uma poção que faz qualquer um voar, é só apenas ingerir um gole do líquido mágico de cor amarela.

Basicamente consistia-se em olhos de caracóis roxos, duas pétalas de girassol, dente-de-leão e, o principal, asas de borboleta amarela e mestiça.

ㅡ Bom dia, meu amor ㅡ Viu o garoto se aproximar e foi de encontro a ele, deixando o café no coador ㅡ Dormiu bem? ㅡ Beijou a testa do mesmo.

ㅡ Sim, dormi ㅡ Sorriu, sem mostrar os dentes ㅡ Café? O que mais? ㅡ Indagou, indo até a mesa com a companhia de Nila.

ㅡ Bom, eu estava esperando Minho acordar... Ele disse que ia preparar um tal de bolo de cacau... ㅡ Voltou para sua tarefa anterior e Jisung se sentou na cadeira. Han deu de ombros ㅡ Inclusive, vá lá acordá-lo, por favor, Ji.

ㅡ Ahh mãeee... Ele já é grande, pode acordar sozinho! ㅡ Debruçou sobre a mesa, bocejando.

Minho e Jisung andavam se trombando, eles pareciam verdadeiros irmãos, sempre com insultos e coisas do tipo, isso não muito tempo depois que começaram a conviver juntos.

ㅡ Mas ele pode ter se esquecido, filho ㅡ Nem mesmo a própria Nali entendia porque todo aquele afastamento. Talvez porque Minho fosse mais velho - mesmo que seja pouca coisa a mais que Jisung - e tenha novos amigos mais velhos ㅡ Por favor.

ㅡ Tá bom, mamãe ㅡ Bufou, levantando-se da mesa, resmungando subiu para o terceiro andar da casa na árvore e foi até a porta do quarto de Lee, nem batendo na porta e já entrando ㅡ Minho. MINHO! ECA ㅡ Fechou a porta rapidamente ao vê-lo deitado. Até aí tudo bem, ou não, o moreno estava só de cueca e sem coberta alguma.

ㅡ Jisung, seu idiota! Bate na porta! ㅡ Minho gritou de dentro do quarto ㅡ Você por um acaso não tem bunda não? ㅡ Esbravejou. Han nem ao menos ficou ali para escutar, logo voltando para a cozinha.

ㅡ O que foi aquele grito, Ji? ㅡ Colocou as xícaras meio tortas, feitas de cerâmica sobre a mesa. Pouco sabiam usar a massa de modelagem recém descoberta.

ㅡ Minho estava só de cueca ㅡ Novamente voltou ao seu lugar. Nali soltou um riso ㅡ Ah. Bom dia, pai! Eu devo ter acordado o senhor com meus gritos... Perdão ㅡ Viu o pai encostado no batente de madeira.

ㅡ Tudo bem. Você é meu despertador particular ㅡ Beijou o topo da cabeça do filho e sentou em seu lugar na mesa ㅡ Bom dia, Nali ㅡ Sua mulher sorriu e lhe mandou um beijinho no ar.

ㅡ Parem de ser assim ㅡ Alcançou uma noz aberta que ficava dentro de um recipiente ao centro da mesa ㅡ Isso é nojento. Não gosto de ver meus pais fazendo isso.

Um riso, era Minho entrando na cozinha.

ㅡ Cara, para de ser assim, deixe eles ㅡ Deu um tapinha na nuca de Jisung.

ㅡ Aí, seu chato ㅡ Passou a mão por onde não doía, mas Han fingia doer ㅡ Mãe, pai, olha ele, olha ele.

Os mais velhos nem ligavam mais, muito menos se intrometiam, estavam cansados de avisar e mesmo assim eles continuavam.

ㅡ Meninos... Minho ㅡ Gyuk passou a mão no rosto e pegou uma xícara de café, servindo-se ㅡ Vamos dar um tempinho, ainda é cedo.

ㅡ Desculpa, tio Gyu ㅡ O moreno abaixou a cabeça. Apenas fingia se sentir culpado e depois voltava a fazer. Não entendia o porquê, mas amava irritar Jisung, chamar a atenção dele, de alguma forma, era engraçado ㅡ Uma fada esquilo comendo nozes ㅡ Balbuciou para Jisung quando viu os Han's se entreterem em um assunto.

ㅡ Te odeio! Seu chato, feio ㅡ Falou de boca cheia, deixando as bochechas maiores ainda. Depois de rapidamente engolir ele mostrou a língua ㅡ Hm! ㅡ Voltou a atenção para suas nozes.

Minho sorriu.

Han achou que Lee estava debochando de si.

Mas, na verdade, Minho estava apreciando a cena de Jisung sendo um fofo sem nem se esforçar. Sempre foi assim, gracioso, cheio de luz, e isso sempre iria arrancar um riso sincero do mais velho.

ㅡ Tia Nali, desculpa por não ter acordado mais cedo... Eu disse que ia fazer bolo e não honrei meu compromisso, perdão ㅡ Ainda sim era um jovem educado, a senhora Han havia ensinado direitinho - ou nem tanto.

ㅡ Tudo bem, querido ㅡ Fez carinho em seu ombro ㅡ Bom, comam logo. Em alguns minutos vocês precisam estar na escola ㅡ Os lembrou.

ㅡ Eba! Eu amo ir pra escola ㅡ Jisung se levantou e deu alguns pulinhos. Uma mania fofa que ele tinha. Minho soltou um riso alegre, até que gostou da ideia de ir para a escola naquele dia. E ele odeia a escola.

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Pela tarde, beirando as cinco horas, Minho e Jisung estavam sozinhos, como de costume, em sua casa. Eles pareciam se dar bem melhor quando não havia um adulto por perto. Nali estava trabalhando em sua loja de roupas enquanto Gyuk estava fazendo a ronda do portão principal do reino. Era sempre assim quase todos os dias.

ㅡ Jisung, Chris está vindo aqui, não faça bagunça ㅡ Disse para o azulado, que deu de ombros não se importando com a notícia ㅡ Também me ajude a preparar um bolo... Logo seus pais estarão de volta e quero lhes recompensar.

ㅡ O que eu tenho a ver com isso? ㅡ No chão da sala, fazendo suas tarefas escolares, ele falou em desdém.

ㅡ Pare de ser chato, poxa. Me ajude e terminarei rápido ㅡ Parou em frente a Jisung, colocando as mãos na cintura. O azulado fingiu não escutar ㅡ Faço sua tarefa ㅡ Han o olhou.

ㅡ Faz mesmo...? ㅡ Semicerrou os olhos, desacreditado das palavras de Lee. O mais velho acenou positivamente ㅡ Então eu te ajudo ㅡ Rapidamente se levantou.

ㅡ Faço depois que terminarmos o bolo, pode ser? ㅡ Caminhou para a cozinha, Jisung o seguiu em passos largos, acompanhando o ritmo de Lee.

ㅡ Táh... Vamos fazer de que jeito... Isso que você está falando? ㅡ Perguntou, arqueando minimamente as sobrancelhas.

Esse tal "bolo" era algo novo, Minho só havia feito uma vez e havia sido escondido de todos. Lee ama criar novas receitas.

ㅡ Pegue os morangos e o Chantilly. Eu farei a massa e você fará a cobertura e o recheio ㅡ Colocou dois recipientes sobre a mesa.

ㅡ Ok ㅡ Fez um belezinha ㅡ É só o morango e esse chantilly? ㅡ O famoso chantilly era feito de leite congelado e pózinho açucarado, batido muito bem com uma um garfo de galhos.

Minho soltou um risinho triste. Há muito tempo Jisung havia aprendido a falar as palavras corretamente, ele não errava mais a pronúncia. Então era meio difícil escutá-lo pronunciando o morango e não se lembrar do "molango". Estava ainda em fase de negação.

ㅡ Vamos colocar corante de flor rosa e glitter de joaninha vermelha também ㅡ Pegou ambos os ingredientes que ficavam em uma prateleira que Jisung não iria alcançar ㅡ Cortarei os morangos. Misture essas coisas por enquanto.

ㅡ Está bem ㅡ Han fez o que lhe foi pedido. Primeiro ele pegou o chantilly de dentro do potinho de vidro, em seguida jogou uma colher de glitter de joaninha. Misturou tudo e depois pegou o corante extraído da flor Rosa-Chá ㅡ Uau, está ficando bem bonito!

Quando foi colocar o potinho na mesa, notou ter manchado os dedos de corante.

ㅡ Olha, Minho ㅡ Caminhou até o mesmo, que virou em direção a Jisung e o mesmo passou o dedo em sua bochecha ㅡ Hehe!

ㅡ Que? Jisung! Vou te matar ㅡ Passou a mão sobre a bochecha, sentindo-a molhada e vendo a ponta de seus dedos rosados.

ㅡ Desculpa! ㅡ Riu e voltou para seu lugar, voltando a mexer o recheio. Minho resolveu não devolver na mesma moeda. Han até estranhou.

ㅡ Cortei os morangos ㅡ Colocou a cumbuca ao lado de Jisung e ele prontamente pegou e colocou no pote principal. Voltando a mexer.

Enquanto isso Minho preparava a massa. Farinha - que foi extraída dos grãos plantados -, ovos, leite e pózinho açucarado. Uma mistura perfeita que em seguida foi adicionada a uma forma redonda feita de madeira lixada.

ㅡ Ei, Jisung, olhe aqui ㅡ Chamou a atenção do menor, em seguida jogando um pouco de farinha em seu rosto ㅡ Haha -ah. ㅡ Sua risadinha sincera era sempre quando tinha um "ah" no final.

ㅡ Aiai, Minhooooo! ㅡ Alcançou a farinha no potinho e jogou em Lee, acertando-o no rosto e cabelo ㅡ Eu sou melhor que você ㅡ Mostrou a língua.

ㅡ Seu anãozinho! ㅡ Correu atrás do mesmo pela cozinha. Ficaram girando em volta da mesa até Jisung trombar na cadeira e cair no chão ㅡ Haha -ah! Fadinha boba.

Han fez bico, mas logo foi ajudado a se levantar.

ㅡ Tudo bem, Ji? ㅡ Perguntou, observando se o azulado havia se machucado, mas nada indicava ferida.

ㅡ Sim, estou ㅡ Acabou soltando um riso pela cena engraçada.

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Uma hora se passou. Chris e Minho conversavam sobre algo que Jisung não estava entendendo, o mesmo estava desenhando algo na cozinha enquanto também ficava de olho no bolo. Os amigos estavam na sala, um cômodo de diferença de Han.

ㅡ Minho! Estou saindo ㅡ Avisou Jisung, se levantando e calçando seus sapatinhos que ficavam em frente a porta.

Os sapatos agora eram feitos de flores e cordinhas finas que eram costuradas com espinhos. Espinhos eram as agulhas no reino. Nali quem havia inventado os sapatinhos magicamente lindos.

Jisung caminhou alegremente até a casa de Felix, que ficava de frente para a sua. Han puxou uma corda que havia um sino, como se fosse uma campainha. O de cabelos roxos logo apareceu na janelinha.

E juntos ficaram conversando. Eles verdadeiramente se entendiam e sempre seria assim.