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❆ - ⌞ harvest day ⌟ - ❆

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No dia seguinte, em uma segunda-feira, o clima estava extremamente agradável. O chão de madeira da casinha dos Han's estava menos gelado do que vinha sendo há duas décadas. Pela janelinha do quartinho de Jisung era possível ver o sol nascer - Jisung adora isso - e neste dia não estava diferente, o azulado esperava ansiosamente sua mãe acordar para poder comer a torta de nozes feita na noite anterior.

Como há alguns anos atrás, a neve não caia mais em abundância, o que significava menos flocos de gelo no gramado, significando mais ainda menos trabalho para os duendes e fadas.

Jisung estava com a cabeça deitada no parapeito da janela, vendo o sol radiante brilhar pelo horizonte entre as grandes árvores que haviam em seu reino.

A criança sempre ficou indignada, desde cedo, com o tamanho gigantesco das árvores, comparado ao tamanho de todas as fadinhas do reino. Era tudo muito grande.

A porta de seu quarto era aberta, visto que apenas tinha alguns enfeites que tampava a visão de dentro e de fora do quarto. Virou-se quando escutou as pedrinhas das fitinhas da porta balançarem.

Pedrinhas essas que eram Ágata Azul, Quartzo Azul, Sodalita, Ônix Azul e Azurita.

ㅡ Filho, acordou cedinho mais uma vez? ㅡ Perguntou - mesmo que não precisasse de resposta - se aproximando de sua criança.

ㅡ Bom dia, mamãe. É que eu quelo muito comer a toita de nozes! ㅡ Pulou da cama, correndo até sua mãe, que logo o pegou no colo.

ㅡ Ah sim! Esquentei para você. Escove os dentinhos primeiro ㅡ Passou pela porta com Jisung e o deixou em frente à porta do banheiro. Han foi escovar os dentes e sua mãe foi pôr a mesa ㅡ Marido, bom dia ㅡ Viu o mesmo sair do quarto, após alguns minutos.

ㅡ Bom dia, princesa ㅡ Selou a boca de Nali e em seguida deixou um beijo em sua testa, fazendo um carinho em sua cintura.

ㅡ Eca! ㅡ Jisung falou ao entrar na cozinha ㅡ Adultos são nojentos ㅡ Fez carinha de nojo e revirou os olhos, sentando-se em sua cadeira de sempre.

ㅡ Quando tiver nossa idade irá entender ㅡ Gyuk deu de ombros, levando um tapa de sua mulher ㅡ Foi mal, não está mais aqui quem falou ㅡ Piscou para o filho, que soltou um riso gostoso, tapando a boca.

Sua mãe o olhou, e ele fingiu não ser com ele, balançando as perninhas, como de costume.

ㅡ 'Tô de olho em vocês dois! ㅡ Semicerrou os olhos.

ㅡ Nada não, mamãe ㅡ Negou, rindo para seu pai, que veio em sua direção e beijou-lhe o topo de sua cabeça ㅡ Bom dia, papai.

ㅡ Bom dia, duendinho ㅡ Sentou-se ao lado do filho. A esposa logo colou a sobremesa em frente ao azulado e colocou um pão com geleira - que havia pegado o que sobrou na noite anterior, já que eles dividiram a comida que restou.

ㅡ Eba! Toita de nozes! - Não demorou para pegar a cumbuca e colher, começando a comer. Seus pais sorriram, vendo o desespero por nozes. Jisung era mesmo um esquilinho no corpo de um fada.

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ㅡ Lixie! ㅡ Viu o amiguinho perto de sua árvore, o que indicava que ele estava a sua procura ㅡ Bom dia!

ㅡ Jijico! Você não vai acreditar, minha mamãe disse que em uma semana voltaremos a ter aulas ㅡ Contou, animado, fazendo Jisung pular.

ㅡ Como assim, Felix? ㅡ Indagou Nali, curiosa sobre o assunto. Gyuk vinha logo atrás, também querendo saber sobre a conversa.

ㅡ Mamãe Sarea conversou com a tia Serena. A fada do clima disse que em uma semana voltaremos a ter sol, plantações e finalmente vamos nos livrar de todo o frio ㅡ Abraçou Jisung de lado, que fez o mesmo, ambas as crianças olhando para os adultos Han's.

ㅡ Sério? Que boa notícia! ㅡ Nali bateu uma curta palma ㅡ Vou falar com as mulheres. Tchau, Gyuk. Tchau crianças, não aprontem e obedeçam. Hoje é sexta, quer dizer que vocês precisam ajudar com a colheita das frutas dos mais idosos ㅡ Lembrou os garotinhos.

ㅡ Se cuida ㅡ Disse o senhor Han, que se afastou, indo para onde os duendes iam sempre.

Os homens ficavam encarregados de caçar por toda a floresta algum rastro de frutas, iguarias, plantas e flores.

ㅡ Mamãe, antes de você ir... E-Eu... Posso visitar o M-Minho? Pufavo! ㅡ Pediu juntando as mãos.

ㅡ Não. Lembras-te que Althea os proibiu de entrarem lá? ㅡ Lembrou Jisung, que fez uma carinha de choro ㅡ Filho... Tentarei falar com ela, ok? ㅡ Han sorriu feliz, era sempre bom ser filho único, era sempre mimado pelos pais.

ㅡ Vamos ajudar a tia Nuru a colher Kiwi para Seungmin comer ㅡ Felix puxou Jisung, que foram correndo com suas curtas perninhas até a casa dos Kim ㅡ Tio Suno ㅡ O pai de Seung, que provavelmente estava de saída para ajudar os outros duendes.

ㅡ Olá baixinhos, Minnie ainda está dormindo... ㅡ Contou, não era o foco, mas os meninos se sentiram meio tristonhos ㅡ Mas não foi só isso que vieram fazer aqui, certo? Contem-me.

ㅡ Viemos ajudar pegar os kiwis ㅡ Jisung respondeu, balançando seu corpinho. Lee, ao seu lado, concordou positivamente.

ㅡ Ah sim, sexta-feira, dia de colheita ㅡ Sorriu. Os melhores amigos são sempre tão educados e atenciosos ㅡ Mas... Os príncipes e a princesa já estão aqui, que tal vocês ajudarem os Yang?

ㅡ Os Bang's estão aí? ㅡ Felix arqueou as sobrancelhas, Jisung acompanhou o ato.

ㅡ Sim, vieram bem cedinho, até ajudaram a preparar o café da manhã ㅡ Com aquela resposta os garotos fizeram bico, mas concordaram ㅡ Tudo bem?

ㅡ Sim, tio. Vamos indo. Tchau, boa colheita ㅡ Han acenou um tchau, Felix fez igual.

ㅡ Tchauzinho, titio.

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ㅡ Olá, garotos ㅡ Kossy. Yang Kossy, ele é pai solo de Jeongin. Sua esposa adoeceu após ter Jeongin. Culpa do inverno, que congelou o corpo da mulher ㅡ Como estão?

ㅡ Oláaa, titio Ko ㅡ Felix acenou animado ㅡ Viemos ajudar a colher.

O mais velho sorriu. Adorava a companhia de crianças, tirava um pouco do peso da solidão de mais pessoas em sua casa.

ㅡ Claro, entrem, por favor ㅡ O mais velho liberou passagem para os jovens e eles logo entraram no tronco dos Yang ㅡ Vamos colher algumas bananas hoje, quem sabe eu faça um suco, um bolinho ou uma torta.

ㅡ Uaaau! Aí sim, tio ㅡ Han fez um beleza e piscou um olho ㅡ Innie! ㅡ Correu para abraçá-lo quando o viu.

ㅡ Olá pessual ㅡ Sorriu, deixando seus olhos miúdos. Havia puxado aquele traço de sua falecida mãe, com certeza ㅡ Vielam nos ajudar na coleita?

ㅡ Sim, fofuxo ㅡ Respondeu Felix, acariciando o bebê raposa. Jeongin é mais um dos fadas que pareciam ser animais em sua vida passada, pois o mesmo sempre teve a aparência meio... Raposa.

ㅡ Bom, vamos? ㅡ Chamou as crianças, passando pela sala coloridamente amarela.

ㅡ Tio, sua casa parece uma banana ㅡ Comentou Jisung. Lee soltou um risinho baixo.

ㅡ Meu papai ama banana, não é papai? ㅡ O senhor Yang arregalou os olhos, mas piscou, ainda paralisado ㅡ Papai?

ㅡ Sim, eu gosto da fruta ㅡ Deu ênfase, as crianças olharam sem entender.

Em cinco minutos estavam fora do tronco, na área com plantações de banana. A maioria das frutas que as famílias haviam, eram aquelas que facilmente davam em época de frio. Os jovenzinhos ajudaram o senhor Yang pelo resto da tarde, colhendo alguns amontoados de banana.

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ㅡ Talam, eu de novo, Minho ㅡ Jisung saltou até sentar-se na caminha, ao lado do moreno. Esse que estava bem, ou nem tanto. Tudo indicava que ele estava saudável, mas seu corpo estava com as articulações frágeis por conta do frio - afinal, ele havia passado uma noite e manhã inteira no rio congelado, com pouca roupa e exposto à neve.

ㅡ Olá, Jisung ㅡ Minho abriu um sorriso, claramente ficava mais feliz quando via o azulado, nem mesmo entendia porque seu coração ficava quentinho e sua pele parecia ficar imune ao frio. Talvez porque Han não o olhou com pena, nem conversou com ele por dó ㅡ É bom lhe ver de novo.

ㅡ Sélio?! Fico feliz em saber que gosta da minha pesença ㅡ Sorriu casto ㅡ V-Você cholou? ㅡ Perguntou ao ver um resquício de lágrima seca na bochecha do mais velho.

ㅡ Não... Eu... ㅡ Parou, respirou fundo e prosseguiu ㅡ Eu tenho saudades da minha mãe e eu não gosto de ficar aqui sozinho ㅡ Foi verdadeiro.

ㅡ O que aconteceu com sua mamãe? ㅡ Perguntou, fazendo um carinho no cabelo escuro de Minho.

ㅡ Eu não sei, um dia ela estava me contando histórias de ninar e no outro eu acordei nessa cama ㅡ Contou, sentindo falta de sua mãe, ela era a melhor, sempre lhe dava atenção; tudo do bom e do melhor; carinho e afeto, assim como mimos.

ㅡ Eu sinto muito pui não poder ajudar ㅡ Continuou com os carinhos, estava copiando a forma que sua mãe o fazia carinho quando estava triste ㅡ Mas vamos descobir como veio palar aqui. É um reino de fadas, tem mulos, poitões e guardas.

Minho ficou quieto por muito tempo, seus olhos estavam fechados para apreciar o carinho. Ele acabou dormindo.

ㅡ Minho ㅡ Chamou Jisung. ㅡ Minou... Você está dormindo? Ah... Boa noite ㅡ Deixou um beijinho em sua testa e devagarinho saiu da casinha curandeira.