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Prólogo

Suspirei frustrada, os dentes rilhados.
     Atravessando as portas francesas que davam para o jardim, arrumando o casaco da forma mais rápida que pode depois de tirá-lo do cabideiro com muito custo. Deveria estar agora fazendo alguma coisa na sala dos Harvey, desenhos, bagunça.

    Mas não.
     Ali estava ela, procurando algo mais agitado, sentindo o frio cortar a sua pele, como pequenas navalhas. Suportará olhar para os pais da sala dos Harvey por meia hora mais ou menos, ela viu a mãe frequentemente sorrindo e conversando animadamente como se fosse a melhor noite da sua vida.

       Então o tédio se abateu sobre ela e, de uma maneira impulsiva conseguirá dar um jeito de roubar o próprio agasalho do cabideiro.  Foi um verdadeiro milagre ninguém a ter visto quando o fazia.

     Caminhei pelo jardim, essa era uma das noite em que Quinn tinha que acompanhar os pais durante seu jantares fora, ela odiava isso com seus onze anos de idade, não se imaginava muito feliz com isso é, nem no futuro se imaginava com um largo sorriso.

    A noite fria de fazer qualquer um querer  dar meia volta,  já estivera na casa dos Harvey há   muito tempo. Por isso sabia enquanto forçava as pernas trêmulas a continuarem mesmo com o frio que no final da trilha havia um balanço de madeira talhada, sentindo a atmosfera de mistério encobrindo o lugar.
      Era o início do inverno, embora fosse pouco comum no Alabama parecia que Montgomery quebrava suas regras, sempre nevava no inverno ou talvez nevasse desde de que ela se entendia por gente, ela não era uma exata do clima.

      Poderia passar metade do jantar ali, ninguém daria sua falta. Caminhei chutando as pedrinhas do chão enquanto via minha respiração se condensar a minha frente, apertei a jaqueta branca esfregando o braço repetidas vezes tentando conseguir calor. Poucos coisas eram visíveis com aquela camada branca espessa no chão.
       Resmunguei, olhando para o vestido rosa ridículo que minha mãe havia escolhido descartando qualquer possibilidade de Quinn se aquecer de forma adequada.  Como uma garotinha poderia saber o que era melhor para si? Na opinião da mãe dela, nada.

         A conversa que os adultos tinham não a atraiam muito, Astrid Harvey estava dormindo na casa da melhor amiga e ela não quis esperar para ver Lare, o filho mais velho dos Harvey, apesar de terem o sobrenome Faythom, família do governador, Aleksander Faythom.

       Se bem que os dois sequer se conheciam, nunca tinham se visto, sempre que ia a mansão Harvey ele simplesmente desaparecia. Quinn nunca se importou muito se isso significava que os dois poderiam permanecer desconhecidos. Afinal ela já tinha Jean Breaker como amiga por que precisaria de mais amigos?
         Talvez em algum dia os dois viessem a se conhecer, ela esperava bem lá no fundo que esse encontro demorasse a acontecer ou que de preferência acontecesse quando os dois fossem mais velhos e ela não se visse obrigada a acompanhar os pais.

        Mal esperava para quando não tivesse mais de fazer isso, acompanhar os pais como estava fazendo agora com o jantar dos Harvey. No futuro ela poderia simplesmente dizer que não estava bem e a deixariam em casa.
          Só que ainda era um futuro muito, muito distante.

        Parando ao lado de uma árvore onde sabia que havia um balanço de madeira, suspirei, contornando a árvore que ele estava amarrado. Limpei os poucos resquícios de neve que havia no balanço, me sentei fechando os olhos, deixando que o vento levasse meus cabelos, comecei a me empurrar para frente e para trás.
        Ignorando a parte minha que dizia para que ela parasse e virasse para trás, continuei assim, para frente e para trás. Parando de repente quando ouvi um barulho atrás do arbusto, dele saiu um garoto.

         Cabelos pretos, olhos verdes musgo me encaravam, vestia uma jaqueta preta que mal lhe servia, uma camisa branca e uma calça preta moletom. Me agarrei as cordas do balanço, o observando sair detrás do arbusto.
        Lare, pensei. Como não estava sentindo frio?
         Aquele garoto só podia ser Lare Harvey.

    ── Pensei que não tinha ninguém aqui. ── disse mais para ele mesmo do que para mim.
       Franzi o cenho.
   ── Também pensei que era a única aqui. ── resmunguei.
    Ele deu de ombros, descontraído.
── Deve ser a filha dos Jane. ── apontou, virando o rosto para que não visse seus olhos.

   Como se ela pertencesse a outra família, apenas os Jane e os Harvey estavam jantando, talvez imaginassem que os dois havia conhecido e se dado bem. Já que ninguém ainda tinha vindo atrás dela, o que por si era um milagre.

     Conhecia muito bem a mãe, para saber que daria um escândalo mas por enquanto, ainda não havia notado á sua ausência. Seria algo vergonhoso demais. Estremeci, parando o balanço para ter uma visão melhor de Rune.  Minha mãe não se importava com a opinião dos outros e, apenas a do meu pai, na maioria das vezes quando se tratava dela.

       ── Lare. ── disse timidamente, vendo seus olhos vermelhos e inchados. ── Você está bem? Algo aconteceu?
       Ele balançou a cabeça. Negando.
       ── Nada. ── respondeu, por momento desconfiei. Vendo virar o rosto, levantei do balanço de madeira.

       Não tinha ideia do que faria. Não controlava meu corpo,  nem as minhas ações, ergui os olhos para o céu estrelado. Os pontos brilhantes acima das nossas cabeças, me aproximei lentamente de Lare, uma ideia surgindo em minha mente. De repente a noite não pareceu assim tão fria.
       Ele ergueu o rosto para mim, a boca aberta...
        Ela simplesmente o abraçou, foi praticamente um puxão, Quinn agarrou seu pescoço e tentou abraçá-lo. Lare Harvey parecia naquele instante, um gatinho arrisco que a qualquer demonstração de afeto mostrava as unhas.

          Lare não retribuiu o abraço, lutou contra ele e ao mesmo tempo não deixou que ela o soltasse, a confundindo, então a abraçou de forma desajeitada, foi mais como um agarre. Então finalmente se afastou, olhando para ela com os olhos brilhando numa fúria contida.

        ── Não me abrace. ── pediu.
       Arqueei uma sobrancelha, ele havia me abraçado também?
      ── Não gosta de abraços? ── perguntou curiosa.
      ── Não é isso. ── respondeu, o olhar perdido na neve.
      ── O que é então?

       Ele não respondeu.    Se manteve em silêncio baixando o olhar para os próprios pés, os olhando como se a sua vida dependesse deles.  Suspirei frustrada. Era difícil saber como ajudar Lare quando ele agia daquele jeito, eles mal se conheciam e ela estava assim. Peguei a caneta que tinha esquecido no meu bolso, puxando uma das mãos de Lare, lembrando de algo que minha mãe sempre fazia.

      Desenhei uma carinha feliz. Minha mãe fazia aquilo comigo quando estava triste na esperança de que eu parasse de chorar, sempre funcionou. Lare puxou o braço como se meu toque o queimasse e olhou para o desenho.

     ── O que?
     Apenas sorri para ele. As vezes pensava que recordava minha mãe, sempre tentando ver algo bom em uma situação ruim, realmente funcionava.
    ── Pronto. ── ele a encarou sem entender. ── Quando estiver triste; quando tiver com medo; ou quando simplesmente não conseguir dormir. Desenhe isso e olhe, vai fazer com que você esqueça do que estava pensando.

     Repetiu as mesmas palavras da mãe, as exatas palavras que ela disse pela primeira vez quando desenhou aquilo na mão dela. Lare tocou o desenho, como se ele tivesse algum tipo de poder e talvez tivesse. Sempre dava certo.
     Ele sorriu passando os dedos por cima do desenho, por instante a tristeza presente em seus olhos desapareceu. O mesmo estendeu a mão pedindo silenciosamente pela caneta que ela ainda segurava firmemente consigo.

      ── Nada mais justo que lhe retribuir o favor.
      Sorri lhe entregando a minha mão. Ele a puxou, começando a desenhar a carinha sorridente na minha mão, um pequeno sorriso nos lábios, apesar de não estar na mesma situação que ele não pode evitar ficar feliz com o gesto.
      ── Pronto.
       Encarei o desenho na minha mão. Ninguém além da minha mãe o desenhava, ninguém, Lare tinha sido o primeiro.  Esperei a tinta da caneta secar para traçar com os dedos o desenho sorrindo abertamente, o momento oportuno enquanto o silêncio preenchia o lugar, apenas os dois no jardim coberto de neve, observando as estrelas esperando que alguma delas desse para fazer um pedido.

     ── Nosso segredo daqui em diante. ── murmurei.
    Ele fungou, erguendo a mão como se fizesse um juramento, entrelaçando seu dedo mindinho com o meu.
    ── Segredo. Ninguém nunca vai saber dele. ── prometeu.
     Estreitei os olhos em sua direção, mas ergui a mão.
     ── Nunca.

      Me virei, pronta para entrar na casa. E por longos minutos ela conseguiu andar até em casa, sorrindo enquanto olhava para o desenho na palma da mão, demoraria a tirar, sempre imaginou Lare como um garoto arrogante.  Todas as vezes em que seus pais e ela visitaram sua casa, ele nunca deu o ar de sua graça mas agora ela já não pensava a mesma coisa. A mãe de Lare, a senhora Harvey, sempre era descrita pela mãe como uma mulher doce,  havia morrido no parto de Astrid devido complicações, mas o senhor Harvey, bom ele era outra história.
        Mal se deu conta do que estava acontecendo até sentir algo gelado lhe atingir no pescoço, seus pensamentos estavam em outros lugares. Se virou para ver Lare segurando um punhado de neve na mão, um pequeno sorriso no rosto. A atmosfera de antes triste desaparecendo dando espaço para o divertido.


     Se agachou, enchendo a mão com a neve e fazendo uma bola. Ela sempre gostou de guerra de bola de neve, brincava com Esmeray praticamente em todos os invernos, os pais nunca reclamaram.
      Mas ela podia ser competitiva.
      Se erguendo, mirou, e depois jogou esperando que  acertasse o alvo.

     ── Era brincadeira! ── Lare gritou, se abaixando para se esquivar de seu acerto.

        Bufou, se agachando e fazendo outra.
    ── Agora é questão de honra. ── rebateu ela jogando outra, que ele desviou com facilidade.
         Então foi a vez dele, se agachou e começou a fazer uma bola de neve mas ela não esperou antes de sair em disparada. Se escondendo atrás de uma árvore qualquer do jardim, o frio de antes desaparecendo completamente.
        Se ajoelhou, começando a fazer uma pilha de bolas de neve atrás da árvore, torcendo para que Lare não a encontrasse antes dela ter terminado porque ela só tinha uma única coisa em mente.

        Vencer a guerra de bolas de neve.
         Ela contornou a árvore, com duas em mãos, quando foi atingida no pescoço, algo gelado fazendo com que seu corpo arrepiasse imediatamente se virou na direção de onde foi atacada nada. Lare não estava ali, ele tinha desaparecido tão rapidamente quanto apareceu. No entanto ela não deixaria ele ganhar, girando nos calcanhares correu se escondendo atrás de uma roseira.  Sentindo o aroma floral enquanto esperava que Rune passasse á sua frente, nunca havia perdido antes e não seria para ele que iria perder.

        Então viu, de relance por entre as folhas da roseira, uma cabeleira preta passar segurando não uma, não duas, não três, não quatro mas cinco bolas de neve nas mãos. Rune começou a chamar seu nome, caminhando de um lado para o outro.

       ── Quinn! ── gritou seu nome, ela se encolheu ainda mais na roseira tentando passar despercebida. ── Quinn apareça. Vamos terminar esse jogo de uma vez.
         Rastejando pelo meio da neve, percorreu uma curta distância até a árvore do balanço, se escondendo atrás dela. Segurou as duas bolas de neve nas mãos como se a sua vida dependesse disso.
        ── Não. ── gritei, correndo o mais rápido. ── Não acaba até eu vencer Rune. ── disse, me escondendo atrás de outra árvore.

         Tentei controlar a minha respiração, ela me denunciaria facilmente se ela deixasse, baixei o olhar para o rosto sorridente na palma da minha mão. Uma onda de ansiedade me tomou, espiei, vendo ele andar desnorteado.
        ── Quinn já chega. ── ele bufou. ── Sabemos que quem vai vencer essa guerra de bolas de neve sou eu.
      Presunçoso.
      Nunca. Enquanto dependesse dela não, jogando uma bola de neve na direção da sua nuca corri na direção da árvore do balanço me escondendo atrás dela, pedindo mentalmente que ele não tenha me visto.
      Ninguém nunca tinha ganhado dela.

      Ele não seria o primeiro.
      Ouvindo um resmungo, vi o exato momento em que seus olhos se arregalaram  ao olhar para trás da árvore do balanço, ele abriu a boca depois a fechou sem saber o que dizer. Aproveitei esse momento para lhe jogar outra bola de neve.
      Bem em seu rosto.
       Essa o derrubou diretamente no chão.  Sorrindo vitoriosa, saiu para ver seu maior triunfo largado no chão.  O rosto coberto ainda com um pouco de neve, os olhos estreitados em sua direção.
    Dei de ombros.
  ── Nunca perco.

*⁀➷

    Perdi.
    Mas perdi completamente o chão. As palavras duras e impiedosas ainda ecoavam na minha mente, como uma música que gruda na sua cabeça e não te deixa em paz. O ginásio parecia refletir o caos que se instalara dentro de mim, o ar pesado e o ambiente tenso.

     Embora estivéssemos sozinhos agora, a presença das pessoas que testemunharam parte daquilo parecia pairar no ar, tornando a atmosfera insuportável.
    A lembrança de como nos conhecemos se instalou de repente, como uma brisa fria que fere a pele. Mal sabia eu que seria a única lembrança boa que teria de Lare. O nó na garganta apertava, e suprimi a vontade de chorar, de começar a soluçar e me entregar ao desespero que rasgava meu peito. Segurava uma garrafa de água entre os dedos trêmulos, usando uma calça de moletom preta e uma regata cinza. O moletom de Lare ainda estava sobre meus ombros, pesado demais, como se queimasse minha pele.
Então, sua voz quebrou o silêncio.

    ── Há quanto tempo está aí? ── Sua voz soava tensa, temerosa. Que bom, pensei, dando um passo adiante enquanto sentia que cada movimento abria um buraco mais profundo no meu coração.

Arqueei uma sobrancelha, sentindo o gosto amargo da decepção e a dor da traição se enrolando dentro de mim, aguardando para se manifestar. Dei outro passo, diminuindo a distância entre nós. Dizem que os olhos são as janelas da alma, e agora, pelos olhos de Lare, eu conseguia ver tudo.

   ── Quer saber quanto tempo eu estava aqui ou o quanto eu escutei? ── Ele engoliu em seco. Me aproximei mais. ── Ouvi tudo, Lare. ── confessei, soltando uma risada amarga, cada palavra mais afiada que a anterior.

     ── Quinn, não é... ── Eu o interrompi antes que pudesse dizer mais uma mentira.

    ── É sim. Você é igual a todos os outros. Não, espera... Você é pior. ── Dei ênfase no "pior", o veneno transbordando nas palavras, fazendo-o recuar. ── Eles, pelo menos, têm a decência de falar que sou esquisita na minha cara. Você... você fala pelas minhas costas.

     As memórias voltaram como uma tempestade. Cada gesto, cada toque, cada palavra que um dia me fez sorrir agora me feria. A dor do arrependimento era sufocante, como se uma faca tivesse sido cravada em minhas costas. Lare parecia querer protestar, mas nada do que ele dissesse agora faria diferença.

     ── Quinn, eu posso explicar... ── Ele deu um passo em minha direção. Recuo instintivamente, erguendo a mão como uma barreira. O desespero era evidente nos seus olhos, mas por quê? O fingimento tinha acabado.
Não havia explicações. Nenhuma.

    ── Explicar o quê? ── Minha voz saiu alta, rouca, embargada pela emoção. Puxei seu moletom pela cabeça e o joguei em sua direção, sentindo o tecido queimando minha pele. ── Não há nada para explicar. Não depois do que eu ouvi. Não depois disso.

    Ele então largou tudo que segurava, como se não houvesse mais nada no mundo que importasse. Correu em minha direção, a urgência em seus movimentos me assustando. Dei mais um passo para trás, tentando ao máximo manter a distância, mas a velocidade com que ele vinha era desesperadora.


   Se eu conseguisse chegar à outra quadra... talvez houvesse uma chance. O desespero em seu rosto não fazia sentido para mim. Ele parecia despedaçado, mas eu era quem deveria estar ferida. Eu era quem carregava as cicatrizes daquela traição. Mesmo assim, ele não desistiu. Seus gritos ecoaram pelo ginásio vazio, cada palavra reverberando nas paredes.

    ── Não pode fugir, Quinn! Temos que conversar! ── A aflição em sua voz fez com que um arrepio percorresse minha espinha. ── Não pode fugir de mim, e se o fizer, eu vou te encontrar! Precisamos conversar!

       Já estava na última fileira da arquibancada. Lágrimas queimavam meus olhos, ameaçando escapar, mas eu as contive, segurando o soluço que subia pela minha garganta. Nada do que ele dissesse apagaria o que eu havia escutado. Absolutamente nada mudaria a verdade impiedosa que agora me feria como uma lâmina.

     A tinta esfarelada da parede entrou sob minhas unhas enquanto eu me agarrava a ela, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Caminhei pelos assentos, com cuidado, pisando devagar. Se conseguisse chegar à outra porta do ginásio, a que dava acesso à piscina, teria uma chance. Lá, só precisaria correr para o corredor e me misturar com os outros alunos.

     Finalmente desci os degraus com cautela, sentindo a sensação sufocante de estar sendo observada. Cada passo me levava para a saída e para longe do passado.
        Parei por um momento ao ver a carinha sorridente que Lare desenhara na minha mão naquela manhã. Era uma memória que, minutos atrás, ainda me fazia sorrir. Agora, apenas me lembrava da falsidade. Olhei para trás.
Lare estava parado no meio do ginásio, me observando. O desespero em seu olhar havia desaparecido. Agora, havia algo diferente. Uma intensidade que eu não compreendia, como se ele esperasse que eu voltasse.
Esperando.

    ── Não temos nada para conversar! ── Gritei, correndo em direção à porta, o coração martelando no peito.

      Quando finalmente alcancei a saída, senti como se o peso do mundo estivesse sobre meus ombros. No fundo, queria acreditar que tudo o que ouvi era mentira. Que aquela pessoa não era o Lare que eu conhecia. Mas as correntes da verdade me prendiam ao chão, me impedindo de fugir completamente.
Ele se virou para mim, o olhar fixo no meu. E, mesmo à distância, ouvi o sussurro carregado de uma intensidade que me assustou.

    ── Você não pode fugir de mim.
Meus pés se moveram mais rápido, me tirando daquele lugar. Atravessei a porta, o deixando para trás, mas as palavras dele se fixaram na minha mente, como uma promessa. Uma promessa que eu sabia que ele cumpriria.













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