Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Prólogo

   

    No Solisticio de Verão, durante o fenómeno raro da Lua de Sangue, a filha mais velha da rainha das fadas fora brutalmente assassinada.

     Nessa mesma noite, junto do corpo da princesa, a sua irmã mais nova chorava, as mãos encharcadas de sangue, o corpo coberto de manchas negras, os resíduos físicos de magia negra. Com o coração a bater por vingança, a rainha declarou-a culpada, vendo com desgosto o choro desesperado da princesa, enquanto era levada para as profundezas da Terra, onde o ar é escasso e a solidão é grande.

     Durante dez anos, a rapariga sofreu as torturas que os lacaios da mãe lhe faziam, enquanto a rainha procurava uma maneira definitiva de vingar a sua herdeira. Durante dez anos, pois o tempo das fadas é eterno e paciente, a rainha ponderou, com o coração frio e indiferente ao sofrimento da filha. Por fim, a sentença foi decidida e a rainha, sentada no seu trono, ergueu-se, ordenando aos seus súbditos que trouxessem a culpada para a superfície.

    No reino dos humanos, na floresta densa, o povo feérico aguardava. Era raro saírem do reino das fadas, escondido noutra dimensão, por isso traziam cada um uma lança, o medo daquela raça impura e mortal a encher-lhes o peito. Murmúrios foram ouvidos quando a rainha apareceu, majestosa no seu vestido branco, os cabelos apanhados num penteado formal, a coroa perfeitamente equilibrada no topo da sua cabeça. Ao seu lado, a sua terceira filha vestia-se igual à mãe, ainda uma criança, que se esforçava por ignorar os gemidos de dor provenientes da irmã, que era arrastada à força por dois soldados mesmo atrás de si.

    O povo formou um círculo à volta da acusada e da rainha, ambas posicionadas no centro. A princesa, irreconhecível pelos cortes e sangue que a cobriam, forçou-se a erguer a cabeça, enfrentando o olhar frio da mulher que outrora fora sua mãe. O ódio fervia no seu peito e cuspiu os restos de sangue seco na direção da mulher, pequenas gotas atingindo o seu vestido branco. Ignorando-a, a rainha ergueu o pescoço, falando para os seus súbditos, que aguardavam ansiosamente para saber o que iria acontecer com a princesa.

- Esta é Ella, a assassina da princesa e minha herdeira Nadika. Nadika era uma fada honrada, viria a ser uma excelente rainha, não merecia o destino que teve.- a audiência urrou em concordância, fazendo a mulher endireitar-se ainda mais, encorajada- Esta rapariga à minha frente estava presente quando a minha filha morreu. Alega que não se recorda do que aconteceu.- fez uma pausa, olhando quem outrora foi sua filha- Mente com todos os dentes que tem na boca. O sangue nas suas mãos e as manchas de magia negra acusam-na. O sangue da minha filha foi derramado por esta criatura...

- Já disse que não me lembro do que aconteceu, quantas vezes mais terei de repetir o mesmo?- rosnou a acusada, tentando levantar-se- Não tenho qualquer memória do que aconteceu a Nadika e nunca lhe faria mal, era a minha irmã!

    O som da rapariga a cair no chão ecoou pela floresta silenciosa. A mão da rainha fervia, a marca dos seus dedos na cara ferida de Ella. A criança, angustiada, fechou os olhos e encostou-se à sua ama, escondendo o rosto nas suas vestes.

- Nem mais uma palavra, mentirosa.- recompondo-se, a rainha alisou as vestes e olhou para o seu povo, o rancor bem presente nos seus olhos- A sentença está decidida. Ella, que outrora foi minha filha, aqui traço o teu destino: pelo poder que me foi concedido pela Mãe Natureza, expulso-te do reino das fadas para toda a eternidade. Irás viver entre os humanos, rodeado por eles e sentirás a sua dor. Sou a balança entre o mal e o bem e como tal, chamo a Magia Negra para este círculo e entrego-lhe a minha filha.

    Ella gritou. O seu corpo magro retorceu-se e sentiu a escuridão envolver-lhe o peito, manchas negras cobrindo-lhe o corpo. No pulso, uma árvore negra surgiu-lhe, cheia de espinhos e folhas negras.

     Um ruído denso envolveu o povo, o mal presente entre eles, reclamando a acusada para os seus domínios.

- Essa árvore representa a dor que irás sentir. Sempre que falares, a tua voz marcará quem estiver a ouvir-te e sentirás toda a sua dor. Uma folha, uma pessoa. E como vês, as folhas são infinitas. Partilharás o sofrimento de quem marcares, sentirás cada arranhão, cada dor, física e emocional. Tudo o que terás é dor, dor e escuridão.- aproximou-da rapariga, que se sentia a ferver, os olhos arregalados de dor- Fadas não perdoam, Ella.

    O coração de Ella parou de bater, inundado de escuridão. Exausta, a rapariga caiu ao chão, dirigindo um último olhar à sua irmã mais nova, a única que iria sentir a falta naquele reino mesquinho e traidor. Sentiu-se afundar, as trevas rodeando-a como uma sombra. Pouco a pouco, o seu coração voltou a bater mas nunca mais bateria da mesma forma.

     O corpo de Ella desvaneceu aos poucos, o mal levando-a para longe dali, cuidando da sua nova princesa.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro