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Capítulo 17

    A noite escura realçava as luzes da cidade, enchendo a paisagem de pontinhos luminosos. O quarto requintado de Lydia tinha uma boa vista, o que era útil quando não se conseguia dormir, como era o caso de Ella.

    A alcateia de Scott estava fragilizada. Alan Deaton estava internado no hospital, com algumas costelas partidas e uma concussão na cabeça. Chris Argent estava seguro em casa, junto de Melissa, a sua perna engessada e obrigado pela mulher a ficar quieto. Os Hale, incluído Malia, que Lilith despejada no meio da floresta quando levara Ella, Stiles e Lydia para o Nemeton, tinham os três decidido ficar no loft de Derek a repousar, sarando as feridas e o orgulho de ter levado uma tareia por mortos vivos. Scott e Lydia tinham ido para casa dos Stilinsky ajudar Stiles e Noah, que ainda estava muito confuso e fraco pelo coma.

    Com falta de alternativa, Ella tinha aceitado ficar na casa de Lydia. A mãe da ruiva estava fora da cidade e Lydia ficaria ao lado de Stiles, independentemente dos problemas mal resolvidos entre os dois. Assim, a fada acomodara-se, vestindo mais um pijama de renda da Banshee, desta vez um azul que achara no fundo do armário e que parecia intocado. No piso de baixo, alguém se juntara a ela: Isaac. O loiro tinha-lhe trazido comida, a qual a jovem tentara engolir, apesar do nó no estômago que sentia ao descobrir que não era filha da rainha das fadas. Não que a surpreendesse; de alguma forma, Ella sempre soube que não pertencia àquela família. Somente Nadika a amara verdadeiramente, a sua irmã mais velha que praticamente a criara. Mais tarde, a pequena Alya também a amara no pouco tempo que tiveram juntas, antes de Nadika falecer e Ella ser presa e torturada.

    O bater na porta desviou-a dos seus pensamentos, focando-a na realidade. Enquanto abria a porta, pensava no seu próximo passo, no plano da mãe, nas peças que faltavam no puzzle.

    Isto até ver Isaac Lahey de tronco nu, com os cabelos loiros encaracolados a pingar gotículas que escorriam de forma perfeita pelo rosto atraente.

    O coração de Ella deu um pulo, o que a fez corar. Não era comum as fadas terem aquele tipo de reação tão... Humana. As fadas são um povo frio, mostram poucas emoções e por isso era muito raro falar em amor ou em relações carnais. Ella recordava-se de ler sobre o assunto mas tudo de forma metódica, nunca com muita emoção. Ali, com o rapaz também corado ao ver o seu corpo mal coberto pelo pijama de renda, a fada entendeu que havia mais coisas do que as fadas entendiam, escondidas no seu próprio mundo. Havia mais para viver, mais para... Sentir.

- Desculpa, eu... Vim saber como estás.- disse Isaac, recompondo-se- Não comeste grande coisa ao jantar então...

- Estou bem.- disse Ella, abrindo mais a porta- Podes entrar se quiseres.

    Isaac assentiu, sem muita hesitação. Ella sentou-se à beira da cama, observando-o fazer o mesmo ao seu lado, com tranquilidade. Era engraçado ver o à vontade com que Isaac se movia perto dela, algo que não via quando estava com o bando. Talvez tivesse a ver com ter de mostrar que estava bem para os amigos e com ela não. O lobisomem tinha uma história por trás dos seus olhos azuis tristes, algo que só Ella não conhecia, logo ele não tinha que provar nada a ela, podendo simplesmente ficar apenas juntos sem nenhum dos dois proferir uma palavra.

    Por fim, o loiro começou a falar. Contou-lhe sobre o pai. Sobre o dia em que fora mordido por Derek, aceitando a oportunidade que este lhe oferecera. O dia em que perdera Alisson Argent, a rapariga que amava. E Ella escutou. Quando ele acabou, foi a vez dela. Contou-lhe da infância. Da bondade de Nadika. De Allyara, a melhor amiga da sua irmã, que lhe ensiarara a lutar e que depois a torturara a mando da rainha. Contou-lhe sobre o que Lilith lhe contara naquele dia, como finalmente entendeu o porquê de tudo o que vivera.

    Quando deram por si, estavam muito perto um do outro. Perigosamente perto, percebeu Isaac, tarde demais. Os olhos verdes dela fixaram-se nos dele, confusos e tempestuosos. Ella não conhecia aquela sensação, o calor que lhe invadia o corpo, a atração que sentia. A fada fechou os olhos esperando que passasse, que fosse tudo ilusão.

    Os lábios dele tocaram nos dela e as barreiras caíram. Isaac pôs-se de pé, agarrando na cintura dela, a sua língua invadindo a boca dela com urgência. Os braços de Ella rodearam o pescoço dele, puxando-o mais para si. Nenhum dos dois sabia o que sentiam, nenhum dos dois sabia se era atração ou paixão mas não importava. Rodopiando sobre si mesmo, Isaac deitou a jovem na cama com delicadeza, beijando-lhe o pescoço e inundando-a com sensações que não sabia serem reais. No fim das contas, Ella era uma jovem e nunca tivera qualquer relação, tendo estado presa durante tantos anos e tão nova. Quando o loiro arrancou o pijama com as mãos e lhe beijou junto ao coração, a fada sentiu-se pela primeira vez viva, cada beijo dele acariciando-a e enchendo-a se vida.

    Para Isaac, era tanto uma necessidade quanto um desejo. Não havia nada além de Ella, o passado bem enterrado onde ele estava por apenas breves momentos. Não havia memórias. Não havia expectativas. Não havia arrependimentos. Só havia Ella e Isaac, calor e suor, os leves gemidos da jovem no seu ouvido por cada beijo que lhe dava, gemidos de encanto e surpresa que o enfeitiçavam e o descontrolavam.

    O corpo de Ella nu sobre o seu fez-o soltar um rosnado baixo, enterrando as mãos nos lençóis.

- Isaac...- Ella sussurrou, vendo-o ofegante- O que foi?

- Não te quero magoar...- respondeu o lobisomem, encarando-a com os olhos azuis substituídos pelos dourados da sua transformação- É a tua primeira vez, não é?

    Ella acariciou-lhe a face, com uma certa urgência no olhar. As vozes das Sombras estavam quietas e só por isso a jovem queria continuar. Precisava de continuar.

- Por favor.- disse-lhe ao ouvido, arrepiando-o.

    Sem pudor, a fada arrancou as roupas dele, com a mesma força e descontrolo com que ele destruíra o seu pijama. Ambos necessitavam daquela ligação, mesmo que fosse só carnal, embora houvesse sentimentos incertos entre eles. O desejo no olhar de Ella foi o suficiente para Isaac se perder, beijando-a com sofreguidão e tocando-lhe a carne macia com a ponta dos dedos, acariciando-a e deliciando-se com os gemidos abafados da jovem contra os seus lábios. Quando a sentiu se desmanchar e o olhar de surpresa tomou conta do rosto corado de Ella ao chegar ao orgasmo, Isaac uniu os seus corpos, preenchendo-a com delicadeza e grunhindo com a sensação quente. Unidos, fada e lobisomem amaram-se, numa mistura de desejo e necessidade que nenhum dos dois esperara sentir, os gemidos de ambos enchendo o quarto noite dentro.

    Lydia observava Stiles dormitar na pequena poltrona ao lado da cama do pai. O Xerife Stilinsky dormia profundamente, depois de uma pequena conversa entre pai e filho onde Stiles lhe contara sobre o coma. Noah não se lembrava de nada, sequer recordava de ter sido atacado por fosse o que fosse. O mais velho adormecera logo de seguida, num sono voluntário e reparador, enquanto Stiles permanecera ao seu lado, com receio de o deixar sozinho.

    A cabeça do moreno tombou com força, fazendo-o acordar. Os olhos castanhos dele encontraram os de Lydia, que parara na ombreira da porta a observar o rapaz. Stiles corou, envergonhado, limpando a baba que lhe escorria de forma rápida.

- Olá.- disse ele, sorrindo, atrapalhado.

    Lydia riu.

- Olá. Não é melhor ires para a cama? Foi um dia longo.

    Stiles olhou para o pai, incerto. Tinha medo de o deixar, não fosse ele voltar a ficar inconsciente. Tinha medo de o perder, como perdera a mãe.

- Ele vai ficar bem, Stiles. Se quiseres eu fico aqui.

    Stiles olhou para a ruiva, que revirou os olhos antes de o puxar pelo braço, obrigando-o a levantar-se. Lydia era assim, mandona e firme, além de inteligente e bonita. Os olhos de Stiles estavam arregalados enquanto ela o levava para o quarto, apreciando o contacto da mão dela no braço dele. Fazia meses que não tocava nela e as saudades eram imensas. Sem pensar, o moreno puxou-a para si, fazendo-a rodopiar e pousar as mãos no peito dela.

- Senti a tua falta.- disse ele, direto.

    Lydia baixou os olhos, incapaz de o encarar. A decisão de terminar a relação tinha sido dela mas apenas porque não aguentara as saudades que tinha dele. Stiles era o seu porto de abrigo há muitos anos, desde que ele era apenas um adolescente apaixonado por uma rapariga que não lhe ligava nenhuma. Quando todos os dias de acordara e se percebe que a pessoa que mais nos apoia não está ao nosso lado, a sensação de vazio é demasiado grande para se aguentar muito tempo. Lydia perdera-o uma vez quando os Cavaleiros o levaram e a fizeram esquecer dele. Perdê-lo de novo fora doloroso e ainda assim sentira que era o certo a se fazer. Com os olhos do rapaz postos no rosto dela de forma saudosa, Lydia percebeu que estava na altura de tentar de novo, mesmo que fosse só enquanto ele estava na cidade.

- Eu também, Stiles.- respondeu ela, beijando-o.

    Humano e Banshee abraçaram-se, reencontrando-se após tantos meses. Quando se soltaram, Stiles sorria, o sorriso mais brilhante que vira desde que ele regressara.

- Sabia que não irias ficar muito tempo sem mim.- brincou ele.

    Lydia revirou os olhos. Stiles era péssimo quando tentava ser convencido.

- Claro, tu és irresistível.- disse ela, virando-lhe as costas com um sorriso - A última bolacha do pacote.

- Sou mesmo!

    Ambos riram. Stiles abraçou-a por trás, o seu queixo encaixando perfeitamente na curvatura do ombro dela. Pousou um beijo delicado no pescoço dela, ouvindo-a suspirar, a pele à volta arrepiada.

- Dormes comigo?- perguntou ele, com uma ponta de tristeza na voz- Não sei se vou conseguir dormir depois de tudo e...

- Claro que sim.- respondeu ela, antes de fazer uma careta - Mas primeiro preciso de um banho. E tu também, cheiras a terra.

    O olhar sedutor que Lydia lhe lançou a seguir disse o resto. Stiles limitou-se a segui-la, fazendo uma piada qualquer só para a ver sorrir e gargalhar no caminho para o chuveiro.

    A noite já ia longe quando a mulher entrou no hospital, admirando a resiliência dos humanos. Apesar dos destroços, os médicos e enfermeiros do hospital tinham conseguido organizar os quartos que não estavam destruídos para abrigar todos os feridos. Estavam todos tão atarefados que não deram por ela entrar, percorrendo as fissuras no chão com os pés descalços por baixo do vestido branco. Lilith observava os pacientes com interesse, avaliando os danos que os seus Relicta tinham causado, medindo a sua força e o seu potencial. Por fim, parou no sítio que queria, onde Alan Deaton dormia tranquilamente, o peito subindo e descendo de forma irregular.

- Boa noite, Druida.- disse a rainha, entrando no quarto.

    Deaton abriu os olhos, em sobressalto. Quando os olhos pousaram nos da rainha, a sua expressão suavizou, como que se ela não fosse uma ameaça, algo que irritou a rainha.

- Onde está o livro?- questionou-o, sem hesitar.

    Alan abanou a cabeça, com uma expressão calma no rosto.

- Não sei. Perdido nos destroços, talvez. Ou destruído algures por baixo do hospital que Vossa Majestade destruiu.

- As tuas mentiras são inúteis. Um livro daquele poder não seria destruído apenas por pedra.- disse Lilith, cuspindo as palavras com irritação- Diz-me onde está ou eu mato os teus protegidos. Aquele Alfa, a Banshee, todos eles.

- Muitos tentaram matar Scott e nenhum conseguiu. Desejo-lhe sorte ao tentar, Vossa Majestade.

    Lilith rangeu os dentes, amaldiçoando a hora em que permitira que Lorenzo devolvesse o livro aos Druidas, todos aqueles anos atrás.

- Eu preciso do livro, Druida. Agora.

- Lamento mas o livro foi destruído Vossa Majestade...

    Lilith perdeu a paciência. Com as unhas, pousou-as na testa do veterinário, que gemeu de dor ao sentir as pontas afiadas perfurarem-lhe a pele. A rainha sibilou o encantamento, sentindo a mente dela ser invadida pelas memórias dele. Indiferente ao perigo que o Druida corria com aquele processo, escrutinou-lhe as memórias, procurando pelo livro, até que por fim o encontrou.

- Ella.- rosnou a rainha, com raiva- Tinhas que ter dado àquela fedelha, não era?! O que ela fez com o livro?!

    Alan sorriu, com sangue a escorrer-lhe pelo nariz assim que a rainha se afastara dele. O homem sentia-se zonzo e perdido, mas lúcido o suficiente para enfrentar a mulher à sua frente com ferocidade.

- Criaste a tua pior inimiga no momento em que entregaste Ella às Trevas, Alteza. Péssima jogada.- fez uma pausa, sorrindo- Xeque-mate, Lilith.

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