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Capítulo 15

Anos antes...

    Lilith não conseguia conter o sorriso genuíno que se formou no seu rosto ao ver aquela cena. Ela não era uma mulher insensível; o fardo de ser rainha era pesado em quaisquer ombros, algo que endurecia o coração de qualquer fada ou humano. Ver Ella, a menina que vira crescer, arregalar os olhos de forma confusa para o homem à sua frente era, de alguma forma, enternecedor.

        Quando a rainha das fadas viera ao Reino dos Humanos pela primeira vez, o seu objetivo tinha sido claro: encontrar uma forma de abrir os portões entre mundos de uma vez. Ligada à Mãe Natureza, a mulher conhecia as atrocidades que os humanos cometiam todos os dias para com a Deusa, assassinando plantas e animais sem piedade. Não o faziam com maldade, como a Mãe Natureza fazia questão de lhe lembrar em seus sonhos, "São ingénuos " acreditava a divindade, com pureza.

         Lilith acreditava nela mas ainda assim, ela sabia que podia governar aquele povo hediondo. As fadas eram um povo mais evoluído, mais puro, conseguiriam domá-los, a eles e às criaturas sobrenaturais que ainda vagueavam a Terra. Lobisomens, feiticeiros, qualquer criatura não era tão pura como uma fada. Por isso, precisava abrir os portões. Para isso, ela precisava de um Druida.

          Nunca esperara sentir a presença de uma fada em Beacon Hills, o único ponto do reino humano onde o manto que barrava o mundo humano do das fadas era mais ténue devido ao Nemeton. Aparentemente, uma jovem fada tinha passado pela barreira, uma fada órfã que perdera os pais num ataque dos Abandonados, algo raro mas que ainda acontecia no Reino das Fadas. Curiosa e, tendo sido acolhida por um casal de humanos, a menina acabara por decidir ficar. Enquanto Lilith observava a menina pela janela da casa que a atraíra mal chegara, a rainha apercebeu-se que aquilo era exatamente o que precisava. Com um sorriso, a mulher virou as costas à pequena fada, sem nunca poder notar a mancha que aquela ação trouxe ao seu coração.

          Uns anos depois, Lilith regressara para ver o resultado da sua ação. Como previra, a jovem fada envelhecera como humana, mas sem primeiro ter dado à luz uma menina, que crescera e se tornara uma linda mulher. Observando-a com atenção, Lilith apercebeu-se de imediato da humanidade que a preenchia. A pele de Claudia, como a antiga fada lhe chamara, não possuía qualquer brilho. O sangue humano no seu sistema sobrepusera-se ao de fada, tornando-a completamente humana. Ainda assim, poderia haver vestígios de fada no íntimo?

            Fora nessa altura que Lorenzo, o seu antigo amante e pai de Nadika, a encontrara uma última vez antes de se trancar a si próprio na Eichen House. O Darach, antigo Druida, olhava-a com ódio no meio da floresta onde se encontravam, tremendo de fúria.

- O que queres de mim agora, mulher do inferno?!

         Naquela época, Lorenzo era o único que sabia do seu acordo com o Inferno. Com pesar, Lilith abanou a cabeça, incapaz de olhá-lo nos olhos.

- Estou a fazer o que tem de ser feito, Lorenzo. Tu sabes disso.

- Isso é a desculpa que usas para dormires de consciência tranquila, Lilith. Nem a Mãe Natureza quereria isso.

          Com um gesto gracioso da mão da fada, Lorenzo viu-se cair no chão, o pescoço a ser lentamente estrangulado. Arfando, o homem limitou-se a observar a rainha sorrir ao vê-lo sofrer, notando as manchas negras na sua pele que nem a própria ainda notara.

- Diz-me, meu amor. Leste o livro, sabes mais do que ninguém os segredos que contém. Diz-me: aquela mulher, a filha da fada, ela pode ter filhos?

          O ar regressou a Lorenzo com um baque forte, fazendo-o tombar, arfando fortemente. Os olhos do homem dardejavam Lilith, que não parecia incomodada.

- Pode. - foi tudo o que disse, piscando- Vossa Majestade sabe isso.

- E essa mulher... Pode dar à luz uma fada e um humano?

        Lorenzo abanou a cabeça.

- Não sei.

           Lilith estalou a língua, abanando a cabeça.

- Pensa melhor, Lorenzo. Ou não hesitarei em matar-te, o que tu não queres porque ainda tens esperanças de conhecer a tua filha, não é?- questionou, lembrando-o da filha que conceberam juntos.

          Nessa altura, Lorenzo pusera-se de pé, com os olhos marejados, o desespero de um homem arruinado presente em todo o seu corpo.

- O que queres mais de mim, Lilith? Tiraste-me tudo, a minha mulher, os meus filhos, a minha dignidade... o que queres mais?

           Lilith aproximou-se dele, os lábios vermelhos roçando suavemente a sua bochecha.

- Sou apenas uma mulher a querer salvar a sua deusa, querido. Custe o que custar. Diz-me: aquela mulher é capaz de dar à luz uma fada e um humano?

- É... É muito raro... O sangue de fada é muito ténue...- balbuciou o Darach, sem desviar os olhos dos lábios da mulher à sua frente - Eu não sei se é possível mas... talvez só. - respondeu por fim, odiando aquela mulher mais do que nunca.

          Lilith sorriu. Era tudo o que queria ouvir.

           Quando Ella Stilinsky nasceu, Lilith estava lá para a levar, enfeitiçando quem tivesse posto os olhos na pequena fada de forma a que a esquecessem. Quando Cláudia Stilinsky faleceu, Lilith estava lá para Abençoar o seu marido, em nome da pequena Ella, que nunca viria a conhecer o pai, mas também para que ele cuidasse da outra criança, o rapazinho a quem o mundo chamava apenas de "Stiles". Assim, os dois estariam protegidos até a altura certa chegar.

**

         Séculos mais tarde, a altura tinha chegado e agora, Noah Stilinsky reconhecia a sua falecida mulher naquela jovem, cujos olhos eram semelhantes aos seus.

- Quem és tu? - perguntou o Xerife, a voz ainda fraca e a tremer- És tão parecida com a minha mulher...

          Com o mesmo sorriso genuíno, Lilith virou costas aquele cenário, acenando graciosamente com a mão na direção dos humanos. As memórias que roubara sobre a menina que Claudia dera à luz invadiram Noah, que cambaleou para trás, completamente transtornado. Lilith parou no meio da floresta, lançando um último olhar a Ella, que se esquecera completamente da rainha, as Sombras ainda pairando junto de si, protegendo-a. Observando a jovem fada, Lilith reconheceu que uma parte dela poderia ter amado aquela rapariga, em vez de apenas ser um meio para os seus fins. O sorriso de Nadika, a sua verdadeira filha, incendiou-lhe a mente, roubando-lhe aqueles sentimentos de uma só vez. Aquela mulher tirara a vida à sua filha, independentemente de tudo o que estava a acontecer. Nadika era inocente e Ella matara-a.

          Com fúria, Lilith embrenhou-se na floresta, focada em terminar o que começara tantos anos antes.
A rainha precisava da sua coroa antes de alcançar a vitória.

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