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Capítulo 11

    Ella não conseguia controlar os tremores que a percorriam. Ao seu lado, Isaac tentava acalmá-la, parecendo constrangido mostrando claramente que aquele não era o seu departamento. Os braços dele envolviam os ombros dela, tão esqueléticos. Os hematomas e as feridas presentes no seu corpo ainda conseguiam surpreende-lo, pensando em como não se deixava surpreender pela força de alguém fazia muito tempo. Apesar dos tremores, Ella não esboçava qualquer reação que não fosse determinação. Os seus pensamentos fervilhavam, desordenados mas as Sombras estavam caladas, bem presas pela sua mestre.

    Depois da conversa com Lorenzo, Deaton tinha ido diretamente para a tal biblioteca secreta que o velho Darach lhes tinha indicado por fim. O veterinário assegurara que aquela era uma missão só dele e que não iria demorar. Ella não queria ficar parada sem fazer nada, precisava descobrir mais informações sobre a sua mãe e sobre o que aconteceu na noite da morte de Nadika. Apesar disso, o seu corpo não obedecera às suas intenções e mal entrara no loft de Derek desabara no chão, os tremores a envolvê-la. Sabia que tinha de se levantar mas pela primeira vez o cansaço vencia-a, as dores antigas ainda conseguiam vergá-la e a história de Lorenzo...

- A Lua de Sangue.- disse Ella, pensando em voz alta.

- O quê?- perguntou Isaac, sem entender.

- A minha mãe queria um feitiço poderoso que uniria todos os mundos: a Terra, o Reino Encantado e o Submundo. Há séculos atrás, ela queria ser a rainha de todos os reinos e por isso usou aquele Darach da Eichen House.- a mente de Ella trabalhava, embora o coração doesse por descobrir um lado tão negro da mãe- A única coisa que a impediu de o realizar foi ter Nadika. Depois teve-me a mim com outro homem e por fim a minha irmã mais nova, Alya. Pelo que Lorenzo nos contou, o feitiço só podia ser realizado no dia da Lua de Sangue, um fenómeno bastante raro.

    Ella virou-se para a porta, sabendo que Derek Hale ouvia toda a conversa, embora se aproximasse com cautela. Ao seu lado, Scott observava a fada com atenção, os olhos sem nenhum sinal de desconfiança. Aquele lobisomem confiava nela, no que ela dizia, no que ela fazia. Ella sorriu levemente, pondo-se de pé com a ajuda de Isaac.

- Preciso de saber quando foi a última Lua de Sangue. Alguma novidade em relação aos Relicta?

    Derek assentiu, enquanto Scott mexia no telemóvel, procurando pela informação na internet.

- Outro ataque, uma mulher morta. O Xerife ainda não acordou e não sabemos qual vai ser a próxima vítima.

    Ella fechou os olhos, pensativa. O desejo de descobrir o que acontecera à irmã por vezes sobrepunha-se à sua parte do acordo, pois não estava focada em descobrir onde estavam os Abandonados fugitivos.

- Onde está o Stiles?- perguntou, lembrando-se do pedido da irmã.

- Junto do pai.- respondeu Scott, aproximando-se da fada - A última Lua de Sangue foi há dez anos, a 20 de Agosto de 2009.- fez uma pausa, a expressão séria- A próxima vai ser daqui a quinze dias.

- Levem-me ao hospital.- disse a fada, de punhos cerrados- Quero ver o Noah Stilinsky.

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    Peter Hale não sabia porque continuava a meter-se com aquele bando de pirralhos que só arranjava problemas. No entanto, o tédio de andar por aí sem nada interessante para fazer, adicionando a oportunidade de estar com a sua filha, sobrepusera-se. Observando a expressão aborrecida de Malia, ninguém podia dizer que não eram pai e filha, o que o deixava cheio de orgulho da jovem.

    Lydia e Stiles conversavam baixinho entre eles, um questionando o outro se aquilo seria uma boa ideia. Deitado na cama de hospital, Noah continuava inconsciente, alheio a tudo e a todos. As mãos de Stiles não paravam quietas, mostrando o seu nervosismo. Impaciente, Peter aproximou-se dos dois, cruzando os braços.

- Querem que faça isto ou não?- questionou, mostrando as garras.

    Lydia cerrou os lábios. Sabia que a decisão não era dela e sim de Stiles, que estava disposto a tudo para salvar o pai. Já o fizera antes, quando o Xerife fora levado por Jennifer, a Darach, para um ritual poderoso e  repleto de sacrifícios humanos. Stiles não pensara duas vezes quando Deaton lhe propusera entrar num estado de coma tão profundo para encontrar o Nemetom, a árvore sagrada onde a mulher realizava os seus sacrifícios, mesmo que isso implicasse entrar numa banheira cheia de gelo.

- Sim. Vamos fazer isto.- disse Stiles, pondo-se de pé.

- Aviso já que nunca fiz isto a ninguém inconsciente.- disse Peter, aproximando-se do Xerife, encostando as garras ao pescoço do mesmo.

    O barulho da porta a abrir interrompeu o lobisomem. Malia pôs-se na defensiva de imediato, relaxando quando viu que era Scott quem entrava. Atrás dele, Ella encarou de imediato Stiles, que afastou o olhar, ainda incomodado com a fada. Derek passou pelos dois com passadas largas, arrastando o tio para fora do quarto, atropelando Isaac no caminho, o protesto do mais velho ressoando no pequeno espaço. Scott olhou de Lydia para Stiles, confuso.

- O que Peter estava a fazer aqui?- questionou, fixando os olhos em Malia, que sorriu torto.

- Bem...

- Eu chamei-o.- respondeu Stiles, passando a mão nervosamente pela nuca- Ele ia ajudar-me a descobrir o que aconteceu ao meu pai...

- Numa pessoa inconsciente?- interrompeu Scott, sério- Isso é extremamente perigoso, Stiles. Estás a mexer com a mente de uma pessoa, podiam causar mais estragos do que descobrir alguma coisa, têm noção disso?

- E o que querias que fizesse, Scott?!- perguntou-lhe, explodindo- Ficar aqui sem fazer nada?! Ficar à espera que uma qualquer...- apontou para Ella, a qual não pareceu escutar, ocupada a observar o Xerife- À espera que ela resolva?! Ela é má, Scott! Ela própria disse! E tu confias nela para resolver o que está a acontecer com o meu pai?!

    O ar ao redor deles mudou e Stiles não teve outra opção senão calar-se.  Todo o quarto ficou negro, as paredes e a janela desaparecendo num vazio escuro, deixando apenas a cama de Noah e as pessoas que ocupavam o quarto visíveis. Malia olhava para as suas mãos, tentando jogar alguma diferença, enquanto Scott procurava pela parede que sabia estar próxima de si, embora não estivesse. Os olhares focaram-se todos em Ella, que observava o homem inconsciente sem qualquer expressão no rosto pálido dela.

- Este homem foi Abençoado.- disse, a voz ecoando no vazio, passando pelos seus corpos e fazendo-os vibrar suavemente.

- Como assim?- perguntou Stiles, aproximando-se do pai, com preocupação.

    Ella ergueu os olhos para ele, vendo o seu reflexo na irís castanha do rapaz. O brilho cor de esmeralda era incrível, algo tão puro e cristalino que ela não tinha noção que ainda possuía dentro de si.

- Tu também foste.- disse-lhe, olhando o seu corpo de alto a baixo.

    Quando olhou para si próprio, Stiles entendeu ao que a rapariga se referia. A sua pele brilhava levemente de forma semelhante aos olhos da fada, embora com uma tonalidade mais azulada. Ao observar o pai com mais atenção, via o mesmo tipo de brilho na pele dele, de uma cor amarela pálida que passaria despercebida se não se tivesse aproximado. Lydia aproximou-se também, entrecalando o olhar entre pai e filho, desconcertada com o que via.

- O que isso quer dizer?- perguntou, tocando na mão do Xerife, avaliando a magia que claramente emanava dele- Abençoado por quem?

- Fadas.- respondeu Ella, passando ela própria a mão pela pele de Stiles, que a olhava confuso- Tu e o teu pai têm um feitiço de proteção à vossa volta feito por duas fadas diferentes. A do teu pai é antiga mas a tua... É relativamente recente e familiar.

    Ella ergueu as mãos. Sentia a magia correr pelas suas veias, magia pura e não a Magia Negra que a consumira nos últimos dias. Não sabia como estava a conseguir fazer aquilo mas tinha que aproveitar, não teria outra oportunidade. O ar mudou de novo e desta vez o brilho nas peles dos dois humanos incendiou-se, inundando o local. Uma fada consegue sentir a magia de outra fada e Ella sempre seria uma fada enquanto o Bem morasse no seu coração. Por isso mesmo que só ela conseguiu ver ao lado dos dois homens a figura das fadas responsáveis por aquela proteção tão especial.

- Foi a minha mãe que Abençoou o teu pai.- anunciou, reconhecendo o olhar frio da mulher que a criara e que no fim a mandara para o exílio- Quanto a ti, Stiles...

    Calou-se. Nadika estava bem ali. O mesmo rosto emoldurado pelos cabelos lisos castanhos, os mesmos olhos amigáveis e sérios, a mesma postura de guerreira. Lágrimas escorreram pela cara de Ella antes que se apercebesse, lágrimas de sangue que mancharam a camisola branca que tinha vestida, lágrimas que provavam que muito em breve não haveria Bondade que chegasse para a salvar do seu destino.

- A minha irmã. Foi a minha irmã que te Abençoou.

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