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Capítulo 8

    As luzes da cidade iluminavam a noite e tornavam a paisagem até bonita para algo feito por humanos. Sentada à janela, Ella observava o efeito que as luzes ao refletirem nas nuvens provocava. Era diferente do que estava acostumada, fosse antes ou depois do seu aprisionamento.

      Sem querer, recordou as paredes de rocha bruta que a rodearam durante dez anos, as grades de troncos grossos de árvores negras que a enjaulavam. Passara dez anos sem ver o sol ou as estrelas, sem sentir a brisa fresca da manhã. Agora, livre mas amaldiçoada, perguntava-se qual era o objetivo da sua mãe em mantê-la tanto tempo presa para depois a mandar para a Escuridão.

      Lilith tinha um plano escondido, nunca fazia nada por acaso. Então que plano é que a sua mãe tinha para ela?

    Um pigarrear tirou-a dos seus pensamentos. Parado junto do cantinho que Derek reservara no seu loft para Ella pernoitar, Isaac encarava-a com um sorriso pequeno e uma chávena em cada mão. Aproximou-se dela com calma, entregando-lhe uma das chávenas, que fumegava.

- Melissa ensinou-me a fazer chá quando morei na casa dos McCall há algum tempo. Tem um sabor esquisito mas é relaxante. Não digas a ninguém que bebo chá, seria uma piada no grupo.

    Ella franziu o sobrolho, encarando o líquido semi-transparente com pequenas folhas no fundo.

- Porquê seria uma piada?

    Isaac encolheu os ombros.

- Chá é mais coisa de menina ou de pessoas chiques. Como podes ver...- apontou para si mesmo, estufando o peito - Não sou nem uma coisa nem outra.

    Ella sorriu levemente, bebericando o chá. A bebida quente inundou-lhe o corpo, relaxando-a tal como o lobisomem dissera. Recostou-se mais contra a parede, voltando a observar a rua.

- Beacon Hills é uma cidade pequena não é? - perguntou, sentindo-se confortável como há muito tempo não sentia.

    Isaac puxou uma almofada do sofá onde Ella iria dormir e sentou-se em cima dela, no chão, também ele a observar a paisagem que não via há imenso tempo.

- É sim. Das mais pequenas. Ainda assim, acho que é a cidade com mais histórias para contar.

- Histórias?- questionou, os olhos a cintilarem momentaneamente- Que histórias?

    Isaac abriu e fechou a boca, perdendo ligeiramente a concentração. Pela primeira vez, Ella não parecia uma fada negra traumatizada e reservada. Ali ela parecia apenas uma rapariga normal, com os olhos verdes curiosos postos nele, os cabelos curtos castanhos presos atrás das orelhas e vestida com um pijama cor de rosa que com certeza pertencera a Lydia, feito de rendas e bolinhas.

- Bem, eu posso contar-te algumas se quiseres.- conseguiu por fim dizer, passando a mão pela nuca.

    Ella assentiu de imediato, pondo-se de frente para ele, atenta. Isaac bebericou o chá, intimidado com os olhos dela. Por fim, começou a contar as várias peripécias que ele e o resto da alcateia de Scott tinham passado quando eram mais novos. Em todas elas, Ella permanecia calada, abrindo a boca algumas vezes para mostrar surpresa ou inquietação. A cada história, Isaac via as marcas negras na pele de Ella se esbaterem, algumas até a desaparecerem suavemente. Não sabia o que aquilo significava mas de alguma forma as histórias dele estavam a fazer Ella se sentir melhor e isso agradava-o. Quando por fim terminou de contar as histórias, a fada continuava a fitá-lo intensamente.

- Isaac.- chamou-o, sem pestanejar- Preciso que me leves a esse Nemetom. Se isso é um chamariz para Sobrenaturais, pode ser que Nissa tenha lá estado ou até mesmo os Relicta. Não sei explicar mas... As Sombras...

    O olhar perdido de Ella regressou ao seu rosto. Parecia travar uma luta contra si mesma, em que a sua mente estava claramente a ganhar. A chávena vazia caiu enquanto levava as suas mãos à cabeça, gemendo de dor.

- Ella?- chamou-a, preocupado- Ella!- exclamou, vendo-a tombar.

- As Sombras... Não se calam...- sussurrou, a voz a tremer- Não se calam...

    Ella tremia. Novas marcas surgiram nos seus braços e verdadeiras Sombras inundaram o espaço, rodeando-os aos dois. Isaac apertava-a nos braços, continuando a chamá-la, sem sucesso.

- Ella tens de te acalmar. Tu mandas nessas.. Nessas Sombras. Tens de as parar ou elas vão destruir o prédio.

    Ella encarou os olhos azuis de Isaac, focando-se nisso. Na sua cabeça, mal a palavra "Nemetom" saíra da sua boca, as Sombras desataram aos gritos. Havia algo perigoso para elas na grande árvore que Isaac falara, algo que a ajudaria. Por causa disso, as Sombras inundaram-lhe a mente em força, tentando obrigá-la a desistir da ideia de ir até lá, metendo-lhe medo e dor.

    Isaac tinha razão. Querendo ou não, era Ella que mandava na sua mente, ou seja, as Sombras tinham de obedecer ao seu comando.

"Façam o que fizerem, eu não vou desistir. Os Relicta não vão ficar neste mundo e irei descobrir o que aconteceu a Nissa naquela noite. E vocês... Vocês vão ajudar-me" 

"Princesa... Há verdades que são melhor ficarem escondidas... Ou mais dor e sofrimento te irão trazer!"

"Calem-se. Ouviram? CALEM-SE!"

    Na sala, as sombras desapareceram. Junto de si, Isaac sentiu o corpo de Ella relaxar. Por instinto, apertou-a num abraço, sentindo o seu respirar ofegante no seu ouvido. Para sua surpresa, Ella começou a soluçar. Ficou ali um tempo, a chorar em silêncio o que ainda não tinha tido oportunidade para chorar. Isaac afagava-lhe as costas desajeitadamente, sem saber o que mais fazer. Quando por fim parou, Ella afastou-se, limpando as lágrimas.

- Desculpa, eu...

- Está tudo bem- Isaac sorriu, as mãos pousadas nos seus ombros- Isso deve ser coisa de fada não?

- Tenho de ir ao Nemetom amanhã, depois do tal encontro que Deaton falou. Urgentemente.

    Isaac assentiu, ajudando-a a levantar-se.

- Acho que agora está na altura de descansares.- afirmou ele- Vai ser um dia longo e não dormes como deve ser há muito tempo.

    Ella deitou-se na sua cama improvisada, sentindo-se exausta. Isaac acenou-lhe, despedindo-se e Ella acenou de volta.

- Obrigada Isaac.- disse-lhe, sorrindo levemente.

    Ele sorriu de volta, fechando a luz ao sair e mergulhando a fada numa escuridão apenas iluminada pelas estrelas que brilhavam na janela.

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