〢 ⸺ FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO VINTE E CINCO]
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Depois de toda a confusão naquele lugar após Thalia acertar em cheio o nariz de Teresa, Brenda cuidou da morena para não parecer suspeito assim que voltarem para a cidade.

Assim que chegaram no grande lugar, o grupo se separou em dois, Thomas e Atlas andavam junto da morena, enquanto Newt e a ruiva estavam do lado de dentro esperando pelo trio.

Assim que avistaram os dois entrarem junto com a garota que agora tinha uma pequena marca vermelha em seu nariz, no instante em que os avistaram, a dupla se aproximou os impedindo. Por um tempo, os três ficaram observando a dupla com um certo receio de serem outros guardas, até que Thalia guiou ambos com a cabeça como um sinal de que eram os dois.

Os cinco caminharam pelo local agora descendo as escadas e seguindo a garota pelo enorme lugar bastante iluminado e também protegido. Eles continuaram andando mantendo o disfarce, pouco perto dos três que estavam atrás da mulher para não chamar atenção, até que Gally — também com roupa de guarda — se juntou deles os guiando para o local onde estavam as crianças.

Os disfarçados entraram já com suas armas nas mãos e observaram mais uma escadaria que dava para o andar debaixo, o qual estavam os jovens imunes sequestrados pelo CRUEL.

— Esperem. — o de cabeça raspada os parou ficando na frente de uma porta. — Dá pra entrar aqui.

— Fica aqui. Me joga o rádio. — Thomas mandou e desceu junto de Newt após pegar o objeto.

Atlas tossiu pouco enquanto se segurava no corrimão da escada, o que chamou a atenção de Teresa, logo o loiro suspirou fundo e virou-se de costas ao notar os olhares de ambas as garotas em si.

A morena estava observando o estado do velho amigo enquanto a ruiva estava quase entrando em um surto de desespero por o ver daquele jeito, mas ela havia lhe prometido que salvaria-o.

Em questão de segundos, o que estava liderando a situação voltou até onde estavam e se comunicou pelo rádio com Caçarola, Pandora e Brenda, avisando que já tinham entrado e que era para eles estarem em seus postos.

— Vai servir. — Gally falou armando o dispositivo ali. — Beleza, vamos.

O garoto se afastou junto deles e logo eles foram até a porta do lugar no qual estavam as crianças.

Assim que a mesma fora aberta, todos destravaram suas armas disparando contra os guardas ali dentro, mal tendo tempo para entrarem na posição de defesa devido a rapidez que fora executado o plano.

Thalia atirou junto dos outros no resto que estava ali dentro, ela suspirou fundo guardando a arma de choque e observou a sua volta vendo diversas portas de dormitórios.

Ela foi até uma e abriu a mesma ao ver os jovens lá dentro, logo a garota tirou a máscara de seu rosto e deu um sorriso simpático.

— Rápido, vamos. — falou vendo as crianças saírem ainda assustadas. — Tá tudo bem. Vocês vão ficar bem agora.

— Vejam as outras celas. — ordenou Thomas.

— Pessoal! Pode demorar. — o loiro avisou enquanto abria um cofre que seria a saída dos menores.

— Cadê o Minho? — a ruiva indagou.

— Ele não está aqui. — o de cabelos escuros andou em passos pesados até Teresa que pareci confusa também. — Cadê ele?

A ondulada foi até um computador que havia na mesa no centro da sala e pesquisou por informações do asiático, até que apareceu o perfil do amigo do grupo na tela.

Um aperto surgiu no peito de Thalia ao ver a foto, talvez estava louca mas aquela imagem não era antiga e sim recente. Eles realmente haviam acabado com a sanidade do amigo, as olheiras profundas e o aspecto de cansado denunciaram o abuso que ele deve ter sofrido durante esses meses.

— Alguém o levou para a ala médica. — informou surpresa. — Isso fica do outro lado do prédio.

— Nos leve até ele agora. — Thalia mandou.

— Beleza. Eu vou com vocês. — Atlas se impôs indo pegar sua máscara.

— Atlas, você não vai. — Newt o impediu tocando o ombro do parceiro. — Fica aqui, espere o soro com o Gally.

— O Minho em primeiro lugar. — retrucou o loiro encarando o companheiro nos olhos.

— Vão logo. Estamos perdendo tempo. — o que estava abrindo o cofre os apressou. — Eu pego o soro e nos vemos lá atrás.

— Está bem. Vamos, depressa. — Thalia se deu por convencida junto dos outros e saira dali após colocarem suas máscaras.

Novamente estavam na parte movimentada do prédio dando a volta até um elevador que os levaria para o andar no qual Minho se encontrava.

— Vai andando. — ordenou a menor.

A ruiva apertou o botão do elevador assim que ficaram de frente para o mesmo esperando-o com certa pressa.

— Chega logo. — falou Thomas assim que viu alguns guardas se aproximarem do local onde estavam.

Era óbvio que quatro pessoas com a mulher chamariam atenção, foi por isso que decidiram andar como se não se conhecessem. Ou seja, pouco agrupados.

Os cinco entraram no elevador assim que as portas foram abertas e logo apertaram no andar vendo elas começarem a se fechar fazendo a ruiva suspirar aliviada. Por um fio nada havia acontecido, até que a porta fora impedida por uma mão a fazendo se abrir novamente revelando a imagem de Janson.

— Espera. — ele deu um meio sorriso entrando no local e ficando ao lado de Teresa.

Os quatro se entreolharam rapidamente e depois desviaram evitando a futura desconfiança do mais velho que estava de costas para eles.

Thalia respirou fundo porém ainda baixo e apertou com firmeza a arma que segurava enquanto encarava o adulto de canto.

— Trabalhando até tarde. — olhou para a morena que continuava séria. — É disso que gosto em você, Teresa. Por pior que a situação esteja, você simplesmente... você nunca desiste. É nessas horas que precisa contar com um amigo.

— Vou me lembrar disso. — a garota assentiu.

— Precisa saber de uma coisa. — ele começou. — De amigo para amigo. O Thomas e a Thalia estão aqui.

Todos ficaram em completo alerta, os quatro novamente se entreolharam rapidamente antes que Janson percebesse.

— A vigilância os captou fora dos muros. — disse quando Teresa se virou para ele. — Ava não queria que soubesse, mas é possível que tentem falar com você. Se tentarem, quero crer que ligaria direto para mim.

— Vai matá-los? — a ondulada indagou.

— Seria um problema? — ele questionou.

Depois de alguns segundos com o silêncio perturbador, o elevador finalmente havia chego no andar onde os cinco desceriam, Teresa avisou que já iria sair e então foi na frente sendo seguida pelos quatro.

— Me escutem: pegar o soro não vai salvar o Atlas. — ela falou alto já que estavam sozinhos no corredor e o elevador com o homem já estava longe dali. — Pode ganhar tempo, mas...

— Ignorem ela. — Atlas a cortou. — Quer mexer com vocês.

— Vocês sabem o que acontece lá fora. — ela continuou tentando fazendo com que os dois pudessem a escutar. — As pessoas estão morrendo. O mundo está morrendo. Thomas, há algo em seu sangue que eu não entendo.

Ele se virou para a garota e ordenou que ela abrisse a porta, o que logo foi feito mas não a impediu de parar de falar.

— Se me deixar fazer uns exames, eu prometo proteger vocês. — disse assim que os quatro entraram no lugar.

Proteger. Aquela simples palavra pareceu ter sido dita como piada na percepção de Thalia — que já estava quase explodindo apenas de escutar a voz da morena pelo trajeto inteiro — tirou sua máscara e se aproximou da morena com raiva.

— Como protegeu o Minho? — indagou ficando de frente para a mesma. — Ou Chuck? Ou Lizzie?

— O que está fazendo? — Atlas se aproximou segurando o braço dela.

— De quantas pessoas precisam? — perguntou arqueando a sobrancelha. — Quantas pessoas vão reunir, torturar e matar? Quando é que isso para?

— Para quando acharmos uma cura.

— Não existe essa merda de cura! — a jovem gritou já prestes a explodir.

Como Mary havia dito, ela estava se tornando uma pessoa com a mesma mentalidade de Lizzie há alguns anos atrás. Quando a morena acreditava que não existia cura, e agora a menor poderia provar que a amiga estava certa.

Até ela própria poderia provar que estava certa, se ainda estivesse viva.

— Poupe seu fôlego, Teresa. — eles desviaram a atenção para Janson que apontava uma arma para os mesmos.

Rapidamente o quarteto destravou suas armas de choque apontando para o mais velho que se aproximava com cautela.

— Ela escolheu há muito tempo.

— Larguem as armas! — outra voz masculina abafada soou, assim que se viraram puderam ver guardas armados se aproximando.

Thomas foi rápido em puxar Teresa para si apontando a pistola para a cabeça da mesma, o que a deixou assustada com a situação surpreendente.

— Se afastem. Manda se afastarem. — ele ordenou. — Manda se afastarem!

— Thomas, qual é? — o mais velho suspirou. — Sou eu. Conheço você desde sempre. Não vai atirar nela.

— Você acha que não? — indagou destravando a arma.

— Tudo bem. Então atire. — deu de ombros abaixando sua arma de fogo que segurava. — Atira nela. Prove que estou errado.

Em questão de segundos a ondulada empurrou os quatro para dentro do corredor e prendeu os mesmos ali após puxar uma alavanca que fechou a entrada do local, tiros foram disparados por Janson contra o vidro a prova de balas.

Thalia encarou a de cabelos escuros que a olhava e depois suspirou fundo vendo o mais velho bater contra o vidro.

— Vamos. — o de cabelos escuros chamou os três que já haviam retirado suas máscaras e correram pelo corredor longo, ouvindo o alarme soar por todo o prédio.

Os quatro andavam sem chamar muita atenção entre os médicos que passavam os encarando curiosos, por perceberem a face jovem deles vestidos como guardas. Mas mesmo assim passando despercebidos.

Assim que viram guardas se espalhando pelos corredores iluminados mais à frente, Thalia puxou os três para se esconderem em uma sala escura na qual puderam ver através da porta de vidro os soldados passando por ali.

Após verem que estava limpo, eles saíram e voltaram a andar normalmente pelo corredor, Thalia ia logo atrás junto de Thomas seguindo Atlas e Newt que iam na frente, até que eles pararam no mesmo momento ao verem Ava Paige em um corredor. No mesmo instante a mulher parou encarando os dois adolescentes.

Sem pensar por muito tempo, o moreno puxou sua arma e apontou para a mesma, a qual ficou parada, antes que ele pudesse disparar — o que fez, porém errou — os dois loiros puxaram ambos de seu transe quando viram Janson que começara a atirar contra eles.

— Minho? Minho! — já fora de seu estado paralisado mentalmente, a ruiva chamava pelo amigo enquanto apontava sua arma para as pessoas que estavam ali.

Ela atirou junto dos amigos contra os guardas que apareceram e olhou ao seu redor enquanto corria pelos lugares.

— Minho! — Thomas chamou pelo mesmo atirando nos soldados que apareciam em sua frente.

Eles continuavam correndo de Janson e outros guardas que estavam atrás dos mesmos, logo rolando uma troca de tiros, no qual apenas um lado não era de choque.

— Se abaixem! — Thalia mandou e eles ficaram atrás de uma parede no corredor que estava vazio, já que Atlas havia atirado nos que estavam ali junto de Newt.

— Estou quase sem munição. — o moreno alertou.

— Pra trás! — a ruiva ordenou assim que pegou uma granada de choque de um guarda no chão e jogou na direção dos homens que caíram assim que ela explodiu. — Agora sentiram como isso dói.

— Boa. — Thomas sorriu orgulhoso da companheira, agora eles se levantaram saindo dali.

Assim que entraram em um corredor, deram de cara com um guarda que os mandou ficarem parados enquanto apontava uma arma para os mesmos, mas nenhum dos quatro obedeceu o que ele havia mandado.

— Eu mandei... — sua fala foi cortada assim que o asiático saiu de um corredor avançando na direção do adulto o jogando contra um vidro da sala ao lado.

— Minho... — a menor chamou pelo seu nome, surpresa, e correu junto dos três até o amigo abraçando-o.

— É de verdade? — ele indagou também surpreso por ver os seus amigos ali depois de um ano.

Um sorriso surgiu no rosto deles mas logo desapareceu quando guardas apareceram apontando as armas para eles e atirando em seguida, porém felizmente nenhum tiro os acertaram.

Eles voltaram a correr pelos corredores até que entraram em uma sala trancando a porta em seguida, do outro lado estava Janson tentando abrir a mesma.

— Newt, me ajuda. — Minho pediu ao amigo que levaram uma mesa de metal para frente da porta, isso os atrasaria por um tempinho enquanto pensavam em uma forma de escapar dali.

— Merda... — Thalia suspirou vendo que estavam sem saída.

Eles viram que os guardas estavam cerrando a porta para a abrir o que fez com que eles ficassem em alerta procurando alguma saída em algum lugar daquele cômodo.

— Alguma ideia? — o asiático olhou Thomas que estava de frente para uma janela enorme de vidro.

— Talvez. — ele murmurou observando os quatro agora.

— Ah... — Thalia sussurrou já sacando qual era a ideia do parceiro de sair dali, com vida pelo menos.

Os quatro, que eram mais fortes, jogaram um cilindro enorme de metal no vidro fazendo a janela se quebrar em cacos e se aproximaram da beira vendo o objeto cair na grande "piscina" que havia ali.

— Dá pra pular. É só tomar impulso. — Atlas encorajou os amigos.

Eles assentiram com a cabeça juntos e deram passos curtos para trás tentando arranjar alguma coragem para pular daquela altura em uma piscina.

Bem, eles sabiam que iriam ficar bem após pular, mas o medo era maior e estava corroendo-os.

— Você tem certeza? — Minho indagou.

— Claro que não. — Thomas respondeu.

— Valeu o incentivo. — agradeceu com um suspiro.

— É, nos deixou super confiantes. — o loiro zombou.

Enquanto perdiam tempo discutindo sobre a certeza da ideia, a porta atrás deles havia sido aberta, fazendo com que eles não pensassem duas vezes antes de correrem na direção da janela e pulassem.

— Thomas! — os quatro gritaram em uníssono arrependidos do plano do garoto até que bateram contra a água afundando.

A ruiva mergulhou por alguns segundos antes de nadar até a superfície cuspindo a água que havia engolido.

Seus fios que antes eram ruivos vivos estava num aspecto mais escuro, ela olhou o parceiro que deu um meio sorriso para ela antes de olhar para cima.

— Deu certo. — Newt sorriu de lado assim que teve certeza de que ainda estava vivo.

A jovem observou o moreno que olhava para cima vendo Janson na ponta da janela, logo o garoto mostrou o dedo do meio para o homem que saiu dali.

— Acho que vai virar sua marca e o ódio dele esse seu dedo do meio. — zombou a garota, ouvindo o riso nasal do companheiro, agora indo até a beirada.

Eles saíram da água indo para a calçada ignorando o frio que sentiam, Thomas estendeu a mão para a ruiva que segurou a mesma subindo e suspirou fundo sentindo a sensação gélida em sua pele o que a fez abraçar o próprio corpo.

Assim que olharam ao seu redor, armas foram apontadas para os cinco ali, rapidamente eles desviaram o olhar para os guardas que estavam no local.

— Não se mexam. — mandou um dos homens.

— Tá de brincadeira... — Thalia murmurou.

O moreno tentou levar a mão até a arma em seu coldre mas não havia dado certo já que o soldado mandou ele não fazer.

Quando se viram encurralados, um dos armados se virou atirando contra os próprios "parceiros" fazendo eles ficarem confusos com tal ação.

O guarda se aproximou após finalizar todos tirando a máscara e olhou Minho que parecia bastante confuso.

— Gally? — murmurou desacreditado.

— Minho. — ele assentiu com a cabeça. — Vocês são loucos.

— Explico depois. — o moreno tocou no ombro do asiático antes de seguir o loiro que os guiava pela cidade.

A menor foi atrás do garoto junto dos outros tentando apressar o seu tempo de se livrar de algumas peças de roupa que estavam encharcadas.

Enquanto ela corria junto do grupo tentando tirar o que mais estava lhe causando aquele frio intenso, a mesma desviou o olhar para o lado vendo Atlas tremendo por completo, não só pelo frio, já que o mesmo estava segurando a própria mão apertando-a.

Ver o melhor amigo naquela situação a machucou mais do que tomar várias seções de choque, mas ela sabia que já iria acabar pois ia o salvar. Custe o que custar.

▌Custe o que custar, né thalia...? KKKKKKKK

▌Oi oi amores, como vão?

▌O que acharam do novo capítulo? Espero que tenham gostado!

▌Finalmente nosso grupo está junto de novo, mas vocês sabem como é, nada que é bom dura para sempre KKKKKK

▌Já recebi xingamentos, ameaças, mas será que a pessoa que vocês acham que vai morrer irá se encontrar com a lizzie e o chuck ou eu estou apenas fazendo a cabeça de vocês? vamos analisar KKKKK

▌Bem amores, até o próximo capítulo e guardem esses lencinhos para lágrimas viu! Beijos!

▌Votem e comentem, se puderem, por favor! Isso me incentiva bastante a continuar!

all the love, yas