[ 𝄂𝄂𝄂𝄂 ] CAPÍTULO DEZESSETE.
〢 ⸺ FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO DEZESSETE]
✗
O trio finalmente havia saído — felizmente vivos — do prédio completamente destruído chegando em uma pequena cidade movimentada onde puderam ver pessoas normais e vivas novamente.
— Tudo bem? — Thalia indagou preocupada indo até Brenda percebendo seu cansaço excessivo enquanto mancava aos poucos.
Ao ver a situação da parceira, no mesmo momento veio a lembrança do monstro próximo a perna da jovem.
A morena sentou-se desajeitada sobre algumas almofadas no chão o que fez os dois se aproximarem apreensivos.
A garota rasgou um pedaço de tecido e levantou um pouco a calça jeans apertada vendo uma mordida ensanguentada na lateral de seu membro.
— Merda... — Thomas murmurou.
— Brenda... — a menor chamou por ela.
— É, eu sei. — a mesma assentiu com a cabeça desesperançosa enquanto enfaixava o local,logo ela se levantou colocando a mochila em suas costas. — Vamos achar o Marcus.
A ruiva ficou por alguns segundos parada lembrando-se de Winston mas rapidamente teve sua atenção desviada quando o de cabelos escuros tocou seu braço, ela não o olhou diretamente ignorando sua presença e foi atrás da adolescente.
Eles ouviram diversas vozes diferentes, alternando entre o gênero feminino e masculino ao saírem do beco entrando em um lugar completamente movimentado.
— Tentem passar despercebidos. — aconselhou Brenda.
Haviam várias pessoas ali, conversando entre si e cozinhando alimentos nas fogueiras, também havia muitas crianças. Todos com trajes rasgados porém justos em seus corpos.
Eles entraram em um prédio onde concentrava-se uma maior movimentação, os dois que seguia a morena olharam a sua volta percebendo muitas pessoas mal encaradas ali o que fez com que eles andassem para mais perto da jovem.
De repente, Thomas se aproximou de Thalia — e ela percebeu isso, mas decidiu ficar calada — ficando praticamente colado nela enquanto encarava ao redor.
— É aqui mesmo? — a ruiva questionou.
— Vieram para a festa? — os três se viraram dando de cara com uma mulher loira.
— Não. — respondeu a de cabelos curtos. — Procuramos Marcus. Isso é dele, né?
— Isso é meu. — uma voz masculina soou fazendo eles olharem para trás observando um adulto com aparência pouco velha, mas com trajes e um jeito jovem.
A mulher empurrou os três pra mais perto do maior que colocou a garrafa que bebia em um canto qualquer.
— É o Marcus? — Thomas indagou.
— Marcus não mora mais aqui. — ele respondeu.
— Sabe onde achá-lo? — Brenda questionou.
— Claro, claro. Ele está na zona B. — respondeu se atrapalhando um pouco nas palavras.
— O que é a Zona B? — o de cabelos escuros perguntou.
— É onde cremam os corpos. — a loira ficou ao lado do garoto alisando o braço dele o que recebeu um olhar irritado da menor. — Passou mais alguém por aqui procurando o Marcus? Um grupo de jovens com uma ou duas garotas.
— Eu acho que eles estão lá dentro. — o homem disse tirando um frasco com um líquido do bolso de seu casaco. — Tome.
Ele esticou a pequena garrafa abrindo a mesma e colocando na frente do trio que o encarava desconfiados.
— O que é? — o garoto arqueou a sobrancelha
— O preço da entrada. — respondeu. — Beba!
Brenda puxou o frasco da mão do mais velho ingerindo uma boa quantidade e entregando para Thalia, o maior sorriu de lado observando a mesma fazer uma cara de desgosto e tomar uma certa quantidade do líquido deixando um pouco no recipiente.
— Sua vez. — ele apontou para o garoto que aproximou o mesmo de seus lábios.
Logo a loira ao seu lado o fez beber, quase tudo se Thalia não tivesse dado um leve empurrão nele fazendo o resto que estava no fundo cair no chão.
— Sem querer. — ela falou dando um sorriso de lado enquanto encarava a mais velha que retribuiu o olhar parecendo irritada.
Uma risada saiu pelos lábios do adulto que abraçou os três empurrando eles para dentro do lugar fazendo-os passarem pelos diversos lençóis que serviam como uma porta.
— Que droga... — a ruiva murmurou olhando a sua volta.
O lugar tinha uma fresta de luz iluminando pouco ali dentro, haviam muitas pessoas com trajes impróprios e outras estavam apenas se pegando no cômodo.
— Vamos nos separar. Para ver se achamos os outros. — Brenda planejou. — E olhem, não bebam mais nada.
Thalia assentiu com a cabeça e então se afastou de Thomas que segurou o braço dela mais uma vez antes que desse seu próximo passo.
— Cuidado. — pediu o que a fez assentir.
— Você também. — disse a ele.
A menor deu as costas para o adolescente e começou a andar olhando a sua volta percebendo sua visão pouco turva enquanto caminhava por ali.
Sua cabeça começara a latejar aos poucos enquanto ela andava quase tropeçando nos próprios pés por ali, muitos homens a encaravam com um certo desejo enquanto ela passava próximo a eles ignorando-os.
A ruiva murmurou algo que nem ela mesma ouviu enquanto continuava a sua procura pelos conhecidos com a cara mais fechada o possível tentando evitar qualquer contato com as pessoas que estavam a sua volta, ela sentiu seu corpo cambalear o que a fez se segurar em uma parede ali fechando os olhos com força.
Ela os abriu vendo que o chão girava lentamente assim como ouvia o som da música ao redor tornar-se agudo e lento, num tom diferente, a adolescente balançou levemente a cabeça respirando fundo.
— Se concentre, Thalia. — disse a si mesma quase em um sussurro.
A garota pulou ao ver o mesmo homem que encontrou há pouco tempo também encostado na parede.
— Como está se sentindo, hein? — perguntou rindo.
A de cabelos alaranjados franziu o cenho desviando sua atenção e ignorando completamente o mais velho andando para outro canto.
Ela segurava-se na parede sentindo seus pés tropeçarem neles mesmos enquanto encarava a sua volta procurando pelos amigos, ou pelo menos por Thomas e Brenda. Mas ninguém estava ali.
Suas costas rapidamente foram prensadas contra a parede ao seu lado e ela se viu encurralada por um
garoto familiar que agora estava na frente dela.
— Thomas? Encontrou eles? — indagou focando no rosto do moreno.
— Eles não estão aqui. — respondeu o que a fez assentir.
— Temos que procurar mais. — ela tentou sair daquela posição mas logo os braços do jovem a prenderam na parede, ficando de cada lado da cabeça da jovem.
Ela franziu o cenho levemente assim que sua atenção foi desviada para o garoto quando o mesmo segurou o queixo dela a fazendo encarar o mesmo.
— Eu quero conversar com você. — murmurou.
— Agora não dá, Thomas. — ela negou com a cabeça.
— Quero pedir desculpas, pelo que te falei. — suspirou fundo. — Estava de cabeça quente, eu sei que não foi você, só não conseguia aceitar. Eu passei muito tempo culpando você por aquele dia... mas quando me explicou, eu percebi através de seus olhos que estava sendo completamente sincera comigo.
Ela continuou encarando o garoto de cabelos escuros atentamente.
— Você era a garota que sempre aparecia em meus sonhos quanto mais me lembrava... e quando apareceu naquela Caixa, meu mundo caiu. Eu estava com raiva, te culpando, mas percebi que os culpados são eles. — explicou.
— Temos que voltar a procurar os outros. — ela tentou escapar da conversa.
Um arrepio percorreu pelo corpo da menor quando o adolescente levou as mãos até a cintura da garota a deixando imóvel enquanto seu corpo colava-se no dela quando ele inclinou o mesmo para frente.
— Me escute, uma vez na vida, Thalia. — pediu com
a voz rouca. — Pelo menos só dessa vez.
Ela o observou escutando-o atentamente e prestando atenção em cada detalhe de seu rosto, principalmente nos lábios do garoto — que agora estavam mais atrativos do que nunca —.
— Porra, você mexe com a minha cabeça. — ele sussurrou. — Mexe muito. Não sabe o quanto me corrói ver você me ignorar, não falar comigo ou muito menos discutir comigo.
Ele apertou mais uma vez a cintura da ruiva que sentiu um calafrio estranho percorrer por seu corpo inteiro e se focar entre suas pernas.
— Caralho, ver você todos os dias me ignorando fode comigo. — falou completamente sincero.
Naquele momento, a garota soube que tudo que saia da boca do mesmo era verdade já que nunca tinha o visto falar tantos palavrões de uma só vez.
— Você me deixa completamente louco, Lia... — ele desceu o olhar das orbes azuis para os lábios carnudos avermelhados.
Em um impulso dominado pela tensão, ambos os adolescentes grudaram seus lábios iniciando um beijo intenso e cheio de desejo.
A mão do garoto subiu até a nuca de Thalia movendo a cabeça dela para o lado oposto à sua, a menor levou as suas até o cabelo do mesmo no qual puxou levemente enquanto arfava contra os lábios dele.
Thomas pressionava cada vez mais o próprio corpo contra o dela, ambos em uma batalha pelo controle daquele momento, os dentes do mais alto prenderam o lábio inferior da garota logo soltando o mesmo fazendo a garota soltar um suspiro.
Um sorriso surgiu no rosto da ruiva que o puxou para outro beijo intenso, ela soltou um gemido baixo ao sentir um certo volume cutucar seu abdômen conforme o jovem inclinava seu corpo na direção dela, a mesma se afastou encarando os olhos castanhos do garoto.
— Você que me deixa completamente louca, Thomas. — murmurou.
Novamente eles iniciaram outro beijo profundo, o garoto agora descia sua mão até o botão da calça dela o que a fez arrepiar-se por inteira.
— Eu quero você... apenas você. — o moreno sussurrou sobre os lábios dela.
— Eu sou apenas sua. — respondeu a garota o que o fez sorrir agora circulando o pescoço dela com sua mão deixando em um aperto delicado.
A mão do garoto deslizou, mesmo que por cima da calça jeans, mais para baixo indo em direção ao núcleo pulsante da citada separando ambas as pernas com o próprio pé.
Ele encrava as orbes claras da ruiva assim como ela encarava as escuras dele, enquanto sua mente estava focada em outra coisa.
Para ambos, estavam apenas eles ali, nada mais estava à volta deles e nada mais importava naquele momento. O som agudo havia sumido completamente, eles estavam sozinhos ali enquanto o calor continuava crescendo dentro de si e ao arredor.
Porém tudo cessou ao ouvirem uma voz masculina próxima deles.
— Melhor irem para um quarto. — o mesmo homem familiar se intrometeu ao lado de ambos fazendo o garoto tirar rapidamente a mão do local em que estava.
Thalia deu um meio sorriso tímido observando o moreno que assentiu com a cabeça, ele segurou algo que fora dado pelo mais velho e depois puxou a mesma para algum quarto próximo.
A ruiva estava completamente perdida mas sua mente sabia que devia seguir o garoto, naquele momento ela o queria mais que tudo, toda aquela raiva que estava sentindo dele fora embora com o beijo intenso que tiveram.
Mas, pelo fato de ela estar um pouco zonza, sua mão se soltou da de Thomas quando alguém puxou seu braço, ela se virou no mesmo instante vendo um rosto familiar de um garoto loiro. Era Atlas, que chamava por ela porém a mesma não respondia.
— Thalia! — gritou balançando o corpo dela. — Cadê o Thomas?! Está me ouvindo?
Ela soltou uma risada baixa e praticamente deixou seu corpo cair em cima do jovem que a segurou antes que ela fosse parar no chão.
— Thalia! — outra voz soou a sua volta a chamando.
O desejo que ela estava sentindo rapidamente fora embora percebendo que não estava mais com o moreno, agora sendo substituída por uma dor de cabeça insuportável o que a fez gemer de dor.
— Eu... — murmurou baixo.
No mesmo instante, a garota arregalou seus olhos ao ver uma figura feminina pálida atrás do amigo, ela a encarava com seus olhos vazios e profundos. Rapidamente a jovem fechou seus olhos por completo antes que pudesse falar algo ou chamar por quem estivesse ali, assim caindo nos braços do parceiro.
— Merda! Thalia!
— Achei o Thomas! — outra voz masculina soou baixa nos ouvidos da garota que havia apagado por completo.
Boas horas passaram-se desde que o grupo encontrou o trio sob efeito de alguma droga ou bebida os deixando largados naquele lugar. Thalia foi a segunda a acodar, após Brenda, agora ela encarava o corpo de Thomas ainda dormindo em cima de alguns tecidos no chão, mesmo estando ali sua mente ainda estava conectada com o que acontecera há um tempo atrás.
Ela ainda podia sentir os lábios do garoto nos seus e suas mãos passeando por seu corpo, um suspiro saiu pelos lábios dela ao pensar sobre o que podia ter acontecido se Atlas não tivesse a puxado.
Teresa estava perto do moreno que agora abria os olhos lentamente, ela desviou o olhar rapidamente vendo Brenda, já melhor e sóbria, sentada num sofá ao lado de Pandora.
Ela encarou Jorge que continuava tentando arrancar algo de Marcus, que estava sentado com o rosto completamente ferido e ensanguentado numa cadeira no centro da sala.
A ruiva olhou o moreno agora sentado e completamente consciente pelo canto de seu olho e viu ele a encarando o que a fez voltar a observar o mais velho.
— Droga! — o adulto berrou ao receber outro soco. — Desculpe, vai ter de sair da minha casa.
— Parece que estavam se divertindo. — Newt disse num tom de deboche ao ver o de cabelos escuros se aproximar do mesmo, ele obviamente se referia ao novo "casal" visto que viram eles indo para um quarto.
— Escute. Não gosto de machucá-lo. — Jorge falou. — Cadê o Braço Direito, Marcus?
— Ele é o Marcus? — indagou Thomas.
— O garoto é esperto. — o maior amarrado riu. — É o cérebro da operação?
— Sabe onde se escondem. — o mais velho puxou o cabelo do homem para o encarar. — Me conte, e eu faço um trato com você. Pode vir conosco.
— Virei essa página há muito tempo. Além do mais, fiz meu próprio trato. — explicou. — Foi você quem me ensinou a nuca perder uma oportunidade.
— Do que ele fala? — Atlas questionou.
— Eu falo de oferta e procura. — resumiu o machucado. — O CRUEL quer todos os imunes possíveis. Eu os ajudo a conseguir. Atraio os jovens, se embebedam, se divertem. Depois o CRUEL aparece e separa o joio do trigo.
Thalia encarou o homem com raiva e se levantou se aproximando de Jorge que agora a encarava, querendo ver o que a mesma faria antes que pudesse intervir.
— Seu filho de uma puta. — xingou tentando se aproximar porém o mais velho a impediu.
— Mudei de ideia, hermano. — se aproximou segurando os ombros dele. — Gosto de machucá-lo.
Ele chutou o ferido que tombou para trás caindo junto com o assento no chão, resmungando com a dor.
O adulto puxou sua arma do bolso e caminhou até o mesmo ficando em cima dele e apontando para o peito do homem.
— Fale! Fale! — exigiu.
— Está bem! — disse. — Mas não prometo nada. Eles vivem se mudando.
Jorge se levantou puxando o homem junto com o assento deixando ele em pé novamente.
— Têm um acampamento nas montanhas, mas é longe daqui. — explicou. — Metade do CRUEL está na sua cola. Nunca chegara lá.
— Não a pé. — sorriu se aproximando. — Cadê a Bertha?
Alguns segundos de silêncio se estabeleceram no cômodo, um meio sorriso surgiu no rosto de Thalia ao ver uma cara chorosa se formar no rosto do mais velho sentado — substituindo assim a feição divertida que estava estampada ali —.
— A Bertha, não! — Marcus negou com a cabeça enquanto dizia em um tom choroso.
Um sorriso de vitória se formou no rosto de Jorge assim como se formará no rosto da menor quando perceberam o homem finalmente soltar sua língua e dizer o que estava guardando.
▌GENTE QUE CAPÍTULO MEUS AMIGOS E AMIGAS!
▌ESTÁ AÍ A DUPLA! jorge e thalia sendo os maiores sarcásticos que temos, só falta o atlas e o minho se juntarem também!
▌Oi oi meus amores, como vão? Eu espero que estejam muito bem depois desse capítulo de hoje!
▌O que acharam do novo capítulo? Confesso que é um dos meus favoritos! Mas espero muito que tenham gostado, amores
▌Viram como eu não faço apenas capítulos depressivos e tristes? Tenho sentimentos também KKKKKKKKKKK
▌E esse beijo do nosso casal??? Eu sou completamente rendida por eles!
▌Bem, depois de hoje, acho que devemos criar um shipp para eles! Quero que deem ideias de nomes
▌Enfim, espero vocês no próximo capítiulo! Beijos!
▌Votem e comentem, se puderem por favor! Me incentiva bastante a continuar escrevendo
all the love, yas
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