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OSCAR PIASTRI, imagine.

"AGRIDOCE"

O apartamento estava assustadoramente silencioso.

Apenas o som abafado da cidade australiana entrava pela janela aberta, misturando-se ao barulho do zíper da mala dela.

Ela parou por um momento enquanto lutava para respirar, as mãos trêmulas, encarando as roupas meio arrumadas espalhadas pela cama. Algumas delas já dentro da grande mala.

Cada peça parecia um pedaço de seu coração.

Seu coração, rasgado e descartado, assim como o relacionamento deles.

Atrás dela, a porta rangeu ao abrir.

Ela não precisou olhar para saber que era ele, ela esperava que ele demorasse mais.

Ela não sabia se conseguiria o encarar, fazer realmente o que pretendia, caso olhasse nos olhos dele.

ㅡ Amor? O que você está fazendo?

ㅡ Oscar ㅡ ela disse suavemente, a voz quase um sussurro, enquanto segurava as lágrimas. ㅡ Eu te falei. Eu preciso fazer isso.

Ele ficou congelado, começando a respirar com dificuldade.

Ela havia falado isso. Ela havia o avisado que faria isso depois da discussão deles poucas horas atrás.

Ele não imaginava que ela falava sério.

Ela não poderia estar falando sério.

ㅡ Você não quer dizer isso ㅡ respondeu ele, com a voz presa na garganta.

Ela se virou, encontrando os olhos arregalados e cheios de lágrimas dele.

ㅡ Eu realmente quero, Oscar.

Enquanto ela olhava pra ele, ela ainda se lembrava da primeira vez que o conheceu.

Um garoto magricela, com a pele branca avermelhada pelo sol e um sorriso travesso, segurando um carrinho de brinquedo enquanto falava sem parar sobre se tornar um piloto de Fórmula 1.

Eles correram juntos de kart naquele dia, e embora ela tenha perdido, não se importou, porque ela havia feito um amigo.

Oscar tinha aquele brilho, aquela crença inabalável de que podia conquistar o mundo, mesmo naquela época.

Eles cresceram lado a lado, sonhando alto.

Ela desenhava plantas de casas, apartamentos e pontes, sonhando em construir coisas que existiriam por séculos depois de sua morte.

Enquanto isso, ele se dedicava a melhorar seus tempos de volta, melhorar sua performance em cada carro que entrava.

Quando ele se mudou para a Europa para perseguir seu sonho, ela acompanhou cada corrida, cada conquista, mesmo que às vezes torcesse de longe.

Mas, em algum momento, a distância entre eles, no relacionamento deles, se tornou maior do que os oceanos que ele cruzava.

ㅡ Eu não te traí ㅡ ele repetiu, a voz trêmula.

Sim, a suposta traição.

Alguém havia fotografado Oscar ao lado de uma loira em uma festa, o ângulo da foto, fazia parecer que eles estavam juntos.

A foto saiu em todos os lugares.

As pessoas tiveram pena dela.

Outras riram, dizendo que "pilotos de fórmula 1 eram assim mesmo" romantizando ações que jamais deveriam ser romantizadas.

No fim, a garota era a nova 'ficante' de Lando Norris, o companheiro de equipe de Oscar.

Não houve traição.

Mas tudo, a distância, a falta de compromisso, toda a situação havia se tornado demais pra ela.

Ela não aguentava mais.

ㅡ Eu sei disso ㅡ respondeu ela, com o tom firme, mas vazio.

Sim, Oscar nunca iria a trair. Ele não era assim.

Ele tinha caráter.

ㅡ Então por quê? Por que você está terminando comigo?

Ela desviou o olhar, segurando um suéter contra o peito para impedir as mãos de tremerem.

ㅡ Porque parece que você me traiu. Não com outra mulher, mas com o tempo que parou de me dedicar. Com o fato de que você nunca está aqui quando eu preciso de você. Eu te apoiei, Oscar. Estive com você em cada passo. Mas quando chegou a minha vez, quando eu precisei de você, você não estava.

As palavras voam da boca dela, rápidas e duras. Cheias de dor.

Ele não estava lá.

Quando ela passou na faculdade dos sonhos. Quando ela ficou tão doente que teve que ir pro hospital. Quando ela se formou.

Quando ela fez o primeiro projeto arquitetônico.

Ele não estava lá.

Ela estava lá por ele.

Mas ele não havia feito o mesmo.

ㅡ Isso não é justo ㅡ ele retrucou, dando um passo à frente. ㅡ Você sabia como essa vida seria. Achei que fôssemos uma dupla!

ㅡ Uma dupla? ㅡ ela retrucou de volta, amarga. ㅡ Oscar, quando foi a última vez que você perguntou sobre meus projetos? Sobre os meus sonhos? Eu construí minha vida em torno da sua, e você nem conseguiu me encontrar no meio do caminho.

Ela não aguentava mais.

Ela precisava sair. Que se dane o restante das roupas.

O zíper da mala fechou com uma sensação de final que fez o estômago dele revirar.

Ela se aproximou para pegá-la, mas Oscar segurou o pulso dela.

Ela puxou o pulso para longe do aperto dela.

Oscar, chorando, se jogou no chão, agarrando uma das pernas dela.

ㅡ Não vá ㅡ soluçou ele, a voz crua e desprotegida. ㅡ Por favor. Eu vou mudar. Eu vou melhorar. Só... por favor... não me deixe.

As lágrimas escorriam pelo rosto dela agora, mas ela não tentou se soltar do aperto dele.

ㅡ Eu te amo, Oscar. Te amo mais que tudo. Mas amor não é mais suficiente. Eu preciso de alguém que esteja lá por mim, como eu estive por você.

ㅡ Eu posso ser essa pessoa! ㅡ ele elevou a voz, apertando mais forte, a perna dela. ㅡ Eu vou provar isso para você. Me dê mais uma chance.

As lágrimas que escorriam pelo seu rosto eram tão claras e frágeis quanto vidro, cada uma refletindo a luz fraca como fragmentos de cristal.

Ele se agarrava à perna dela com o desespero de uma criança, impotente diante da decisão inflexível de um parente.

Sua voz se quebrava sob o peso de seus pedidos desesperados.

A voz crua e desprotegida, um contraste gritante com a fachada composta pela qual o mundo o conhecia.

Dignidade, orgulho e aquela postura estoica que ele exibia tão naturalmente fora e principalmente dentro da pista, fora descartada naquele momento.

Ele não era mais um piloto extraordinário, que arriscava a vida em uma profissão tão luxuosa e perigosa.

Ele era apenas um homem, um jovem, completamente destroçado, implorando para que ela ficasse.

Para que a garota que ele amava, desde uma época que ele não sabia o que era amor, não o abandonasse.

Para que ela não o deixasse no meio dos destroços de seus próprios erros.

Porque ele sentia que não aguentaria.

Não existiria alegria sem ela.

Ela se ajoelhou, soltando as mãos dele gentilmente de sua perna.

Ela o beijou na testa gentilmente, enquanto lutava contra a vontade de o beijar, o abraçar e nunca mais ir embora.

ㅡ Oscar, você é um piloto incrível. Mas você se esqueceu como ser meu parceiro.

Enquanto ela arrastava a mala até a porta, as memórias invadiam sua mente, enquanto ele chorava e implorava para ela ficar:

Conversas tarde da noite sobre o futuro, olhando as estrelas enquanto ele falava sobre vencer campeonatos, e o jeito como ela costumava olhá-lo como se ele fosse o mundo inteiro.

Ela se virou pela última vez, encontrando-o desmoronado no chão, o rosto enterrado nas mãos.

ㅡ Eu vou sempre torcer por você ㅡ ela sussurrou, a voz embargada. ㅡ Mas eu não posso mais fazer isso, ser sua namorada.

A porta se fechou atrás dela, deixando Oscar em um silêncio mais alto do que o rugido dos motores que ele tanto amava.

Ele encarou o apartamento vazio, o peito sacudindo com soluços.

Pela primeira vez em anos, ele sentiu o peso completo de suas escolhas, e suas consequências.

Ele a havia perdido, a única pessoa que esteve com ele desde o início.

E, conforme as horas se arrastavam, ele percebeu que não tinha certeza se algum dia a teria de volta.

4 ANOS DEPOIS

Estar de volta à Austrália era sempre uma pensão e um desafio para Oscar, principalmente no meio daquela temporada. Com ele liderando o campeonato dos pilotos.

As possibilidades de ele ganhar, pela primeira vez o título de campeão mundial, era enorme.

E ainda assim, ele não se sentia completo.

Ele sentia falta dela.

Ele não a via há quatro anos, desde o dia que ela foi embora do apartamento que eles compartilhavam alí na Austrália.

Tudo o lembrava dela.

E a forma que sua estupidez o fez perdê-la.

Agora, depois de anos, ele conseguia ver claramente onde errou.

Ela se esforçava tanto, para o acompanhar. Para estar lá por ele.

E ele não fazia o mesmo.

Ele não pegou a droga do avião para presenciar a formatura dela.

Porque ele não queria desagradar a McLaren, porque a McLaren queria que ele fizesse um teste naquele mesmo dia. E ele não foi homem o suficiente pra mandar trocarem a data.

Tudo que ele queria era ir bem na McLaren.

Então ele a perdeu.

Ele saiu da McLaren um ano depois do término.

Ele nunca imaginou que iria se sair bem em um lugar como a RedBull.

Ele o fez.

E agora que Max estava aposentado após se tornar pai (desejando não perder nada da infância da criança), ele era o primeiro piloto.

Liam Lawson, seu companheiro de equipe.

A cafeteria que ele estava, costumava ser a preferida dela.

Eles iam sempre lá, antes do término.

Usando, seu boné e óculos, ele aguardava seu pedido.

Ele ainda voltava lá sempre que estava na Austrália.

As lembranças flutuando em sua mente.

Foi quando ele a viu.

Entrando pela porta.

Ela não o enxergou, mas ele o fez.

Ela parecia tão linda.

Tão linda quanto no dia que ele a perdeu.

Seu coração se encheu de esperança.

Apenas para ser massacrado quando ele viu que ela segurava a mão de um homem.

Dedos entrelaçados, uma aliança de noivado no dedo dela e no do homem.

Noiva.

Ela estava noiva de outro homem.

Ela havia seguido em frente.

Oscar queria ir até lá. Gritar com ela por o esquecer tão facilmente.

Queria implorar para a ter de volta.

Foi quando ele a observou mais profundamente.

Ela parecia brilhar em alegria.

Sorrindo e rindo como ela costumava ser no começo do relacionamento deles, antes de Oscar estragar tudo.

Ela estava feliz.

Feliz de verdade.

E isso sempre foi tudo que ele quis.

Mesmo que não fosse com ele.

Oscar pegou o pedido em silêncio, e saiu da cafeteria sem que ela o visse.

Ela estava feliz.

Isso era a única coisa que importava.


I. Agradeçam à Bibi pelo final, ela que escolheu o final como triste kkkkk.

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