Eu não sigo as regras estabelecidas, eu lidero com o coração, não com a cabeça.

Princesa Diana

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A ducha forte jorrava água quente nos corpos do casal que permaneceram abraçados e relaxados com a sensação gostosa que os envolviam.

A garota mantinha sua cabeça encostada no peitoral do namorado com seus braços entrelaçados no pescoço dele, que por sua vez, circulava suas mãos envoltas na cintura dela.

Estavam curtindo essa conexão agradável que só aumentava à medida que o líquido cálido escorria entre eles.

— Isso está tão bom… - Jully diz de olhos fechados na mesma posição. - — …será que podemos ficar nessa paz para sempre?

— Vontade não falta, mas preciso tirar todos esses nós de tensão que estão na sua lombar e pedir nosso almoço, você ainda não ingeriu sua dose diária de carboidratos, proteínas e fibras.

Ela solta uma risada nasal. - — Até aqui você vai ser certinho?

— Em se tratando da sua preparação, não tem negociação. - ele diz categórico.

— Você é muito casca grossa. - a piloto olha para o namorado fazendo uma leve careta divertida.

— E você sabe que esse é meu apelido favorito. - ele diz tomando os lábios da garota num beijo lento, porém tórrido com línguas reivindicando cada espaço disponível dentro de suas bocas.

Não demorou para seus corpos reagirem imediatamente, bem, já estavam "reagidos" desde que ele tirou o macacão dela uns minutos atrás no sofá e a trouxe nua em seus braços até o box do banheiro, então o libido foi aumentando cada vez mais.

As mãos ágeis do Personal começaram a percorrer toda a dorsal da piloto desatando cada nó muscular que encontrava, deixando Jully cada vez mais excitada tendo seus gemidos abocanhados pelos lábios famintos do namorado.

— Eu também quero massagear você. - ela fala entre os beijos.

Rick para um momento surpreso desse desejo dela e se afasta alguns centímetros da namorada. - — Fique a vontade.

Jully olha arteira para o rapaz antes de pegar o frasco do sabonete líquido para encher a palma da sua mão, esfrega brevemente uma na outra olhando detalhadamente o "material" para decidir por onde irá começar seu "trabalho", enquanto Rick permanece imóvel num sorriso torto e bem curioso no que ela irá fazer.

Com as pontas dos dedos ensaboados, o peitoral foi o escolhido para começar, com movimentos circulares, vagarosamente rodeiam o direito e depois o esquerdo enquanto o rapaz não tira seus olhos da namorada.

Os gominhos abdominais foram os próximos, descendo suavemente e também sem pressa nenhuma, ela dedilhou cada pequena elevação do músculo reto que encontrou no caminho, sentiu o Personal contrair levemente essa região quando passou próxima ao umbigo.

A garota para momentaneamente e levanta apenas o olhar para observar a fisionomia do namorado que era séria, seus olhos estavam totalmente fixos nela com as pupilas dilatadas sobre as íris azuis.

— Sentiu cócegas? - ela pergunta num tom dissimulado.

— Cócegas não é bem a palavra certa que eu estou sentindo agora. - a voz rouca de desejo do rapaz fez Jully sorrir satisfeita das reações que está tirando do namorado.

Suas mãos continuam em queda livre até chegar na virilha dele e lá ficou indo da parte interna da coxa e voltando para a virilha hora para a esquerda e hora para a direita, roçando seus dedos propositalmente nos testículos, repetindo esse caminho vagarosamente.

O membro ereto latejava sozinho quase que implorando para que seja o próximo a ser tocado, o que ela não faz de propósito, para testar a paciência do rapaz que já estava no seu limite.

Rick inclina levemente a cabeça para tentar beijar a garota e ameaça levantar seus braços para puxá-la na sua direção, mas Jully espalma sua mão no peitoral do namorado o impedindo.

— Não…ainda não terminei minha massagem.

Ele solta um suspiro de tesão tão pesado que subiu e desceu rapidamente seu peito. - — Agora é você que está sendo "casca grossa" comigo.

— Aprendi com o melhor. - se referindo a ele, Jully volta a sorrir mordendo o lábio inferior desta vez.

A garota rodeia o namorado se posicionando na sua costa e começa novamente com seus movimentos suaves circulares subindo até perto da nuca e descendo até o bumbum.

Na verdade, ela sabia que não estava massageando absolutamente nada, mas provocando com certeza sim…e muito,  o rapaz volta a suspirar pesado sentindo os bicos dos seios eriçados da piloto roçando nele propositalmente.

Jully encosta seu corpo totalmente nas costas do namorado e o abraça por trás para que suas mãos deslizem pelo abdômen dele até chegar enfim ao local que o rapaz almejava pelo toque.

Com movimentos de vai e vem ritmados e bem lentos, as mãos ensaboadas da piloto deslizavam por toda a extensão do pênis…da pontinha da cabeça até a base.

— Ahhh… - embriagado de desejo, o rapaz joga a cabeça para trás soltando um gemido baixo.

— Está bom? - ela volta a perguntar de um jeito dissimulado, pois sabia muito bem a resposta que veio imediatamente em forma de gesto.

Sem mais resistir nenhum segundo, Rick se vira para a namorada tomando ela em seus braços dando um beijo avassalador.

Num gesto rápido, o Personal leva suas mãos por baixo das coxas da namorada, levantando-a num impulso em seu colo e ela ao mesmo tempo entrelaça as pernas dela na cintura do rapaz.

— Mas não terminei a massagem. - ela fala toda manhosa se remexendo nos braços dele e isso faz suas intimidades roçarem uma na outra, posicionando o pênis dele exatamente na entrada da vagina dela.

Um único pequeno movimento em falso de qualquer um dos dois consumia a introdução.

Soltando um outro gemido ofegante, o rapaz encosta sua testa na dela. - — Se não te levar para o quarto agora, eu vou fazer a loucura de transar com você aqui mesmo  sem proteção.

A garota solta uma risada alta enquanto Rick faz malabarismo com ela ainda em seu colo para fechar o registro do chuveiro.

Com os corpos molhados em passos curtos e desajeitados tentando não fazer movimentos bruscos, o rapaz levava com cuidado a namorada em direção a cama, pois suas genitálias ainda continuavam  coladas e qualquer tropeço, a penetraria.

Rick coloca Jully na cama e ela se joga de forma largada enquanto o rapaz abre a gaveta da mesinha de cabeceira em busca do preservativo,  assim que coloca o rapaz para por um momento admirando o cenário à sua frente…os cabelos longos úmidos esparramados pelo travesseiro, lábios semi abertos, olhos verde-claro fixo nele.

— Você é tão linda …eu te amo tanto.

Jully estende seus braços chamando o namorado que na mesma hora atende se deitando sobre ela e o olha com muita intensidade. - — Eu também te amo…demais.

O Personal dá um leve sorriso antes de tomar seus lábios em beijos curtos e suaves, não perdendo a conexão olhos nos olhos enquanto a penetrava lentamente, ambos observando seus semblantes de desejo com as sensações de prazer que um dava ao outro, usando apenas o amor como guia.

As introduções rítmicas e morosas, os suspiros curtos com toques de carinho nas zonas erógenas, o aroma exalado das peles quentes, os corpos emaranhados um no outro quase que fundido…dissolvidos como se fossem um.

Suas almas unidas no mesmo desejo, seus sexos roçando a cada penetração, friccionando cada vez mais o clitóris, no breve instante antes do gozo, a vulva se contrai em volta do membro e os sons do amor preenche todo o ambiente, as mãos buscam uma a outra para que seus dedos se entrelacem quando começam pequenos espasmos ao atingir o clímax juntos e tudo ao redor desaparece, permanecendo apenas os dois.

Rostos corados, pequenas arfadas quentes entrecortadas saindo dos lábios inchados, olhos semicerrados mantendo o contato visual ardente entre eles observando o semblante do orgasmo desabrochando um do outro.

Ambos reconheciam as trocas de sentimentos numa conexão emocional profunda na entrega total de seus corações ao fazerem amor.

Rick acorda com a namorada nua abraçada nele com as pernas entrelaçadas um no outro, ainda de olhos fechados abre um sorriso bobo.

A um mês atrás jamais poderia imaginar estar dentro de um cenário desse na sua vida. Definitivamente seus domingos de manhã nunca mais serão os mesmos.

"Será que um dia a ficha irá cair?"

Ele até pensou em pegar café da manhã para ela, mas em dia de corrida a alimentação é bem diferente, ainda mais que a competição seria ainda no período da manhã.

Então preferiu ficar assim até a garota acordar naturalmente, o que não demorou muito.

— Hummmm...bom dia meu amor. - ela diz espreguiçando em cima dele.

— Bom dia amor, dormiu bem? - o Personal dá um beijo no topo da cabeça dela.

— Você tem o dom de sempre me fazer dormir muito bem. - ela diz num leve sorriso preguiçoso. - — Que horas são?

O rapaz vira a cabeça para o relógio na parede. - — Ainda faltam umas três horas, queria ter ido pegar seu café da manhã se soubesse o que vocês pilotos comem horas antes da corrida.

— Logo você irá saber. - a garota estende a mão para pegar um interfone que estava em cima da mesa de cabeceira, ele tem linha direta com vários setores e chama na cozinha. - — Bom dia Willian, trás meu "gororex" e um café da manhã normal para o Rick. - a garota pede e ouve uma resposta do outro lado da linha. - — Isso, obrigada.

— Gororex? - o Personal franze a sobrancelhas, ele conhecia esse termo como gíria para o chamado "dia do lixo" onde o atleta tira um dia para comer tudo que quiser.

A garota solta uma risada alta da cara que ele fez. - — Não é o que você está pensando, garanto que é super saudável, até porque ninguém consegue comer hambúrguer com batatas fritas antes de uma corrida.

Ela se levanta com ele acompanhando para uma ducha rápida dessa vez sem nem ter tempo para estender para algo a mais, pois logo bateram na porta trazendo o pedido do casal.

E era bem saudável mesmo, um piloto precisa se hidratar e consumir vitaminas específicas antes de entrar no carro, porque durante o longo percurso, eles perdem muitos nutrientes e chegam a emagrecer de 1 a 5 quilos por corrida.

O café da manhã precisa de 550 calorias consumida de uma maneira leve que não pese no estômago, como mingau de aveia que fornece os carboidratos necessários, frutas e sementes deve ser consumido até uma hora antes da corrida, suco de laranja com limão espremido e alguns isotônicos ficam responsáveis pela hidratação.

Sentados na pequena mesa, Jully comia tranquilamente com o corpo ainda enrolado na toalha branca do banho e ele também, só que enrolado na cintura, ambos com os cabelos levemente úmidos um pouco bagunçados.

A garota trocava leves sorrisos com o rapaz que olhava hipnotizado todo bobo para ela, tanto que às vezes parava o garfo no ar no meio do caminho antes de chegar até a boca, numa dessas, os ovos mexidos caiam do talher e ele abocanhou o garfo vazio.

Jully sorri mais ainda observando o jeito do namorado. - — Porque você está me olhando assim?

— Eu sempre olhei assim para você…só que antes era pela tela da televisão.

— Como um fã apaixonado?

— Sempre serei fã da sua inspiração, força, talento, determinação, garra, da sua paixão pelo que faz em lutar pelos seus sonhos…e agora que te conheci pessoalmente, fiquei apaixonado pela mulher incrível, maravilhosa, generosa, gentil e iluminada que é…então acho que posso ser intitulado como um fã apaixonado sim.

Jully inspira com um leve sorriso e fecha seus olhos brevemente absorvendo essas palavras, quando abre o encara com seus olhos verde-claro brilhantes. - — Onde você estava que demorei tanto para te encontrar?

— Já disse que te esperando… - ele se aproxima  dando um selinho na amada.

— Que pena não termos tempo agora para fazer o que estou com vontade de fazer com você…senão irá atrasar a corrida.

— Acho que teríamos problemas para explicar a todas as equipes o porquê a Pole Position demorou a chegar. - Rick diz fazendo os dois cairem na risada.

— Teremos todo o tempo do mundo depois. Agora vamos porque o show irá começar! - a piloto se levanta super empolgada.