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41 - AUTÓDROMO

Você enfrentará muitas derrotas na vida, mas nunca se deixe ser derrotado.”

Maya Angelou

O carro de vidros escuros que foi pegar o casal no condomínio chega enfim ao Autódromo Speeder Run.

Assim que o veículo entra por uma rua lateral cercada de cavaletes, encontra uma multidão de repórteres e fotógrafos que tentavam driblar os seguranças para ter o melhor ângulo da piloto que chegava. 

Flash disparam de todos os lados, assim como mãos batendo no vidro com muitas vozes falando ao mesmo tempo.

No banco de trás ao lado da garota, Rick estava começando a ficar nervoso com essa cena, ele esperava entrar nesse Autódromo pegando fila, passando nas catracas e procurar seu lugar no meio das arquibancadas.

Jamais imaginou que sua vida daria uma guinada de 360° de tal maneira que ao invés de pegar filas, estaria entrando desse jeito para a corrida mais importante da história do automobilismo, muito menos ao lado de Jully Ross e sendo seu namorado.

Deu até um gelo no estômago.

Ele sai de seus pensamentos sentindo um leve aperto na sua mão que estava entrelaçada no da garota.

— Com os vidros escuros ninguém consegue fotografar quem está aqui dentro. - Jully tenta tranquilizar.

Ele dá um sorriso fraco levando a mão da garota que segurava a sua até a boca para dar um suave beijo na costa da mesma. - — Não fazia ideia que os pilotos eram abordados como "Superstar de uma banda de rock".

— Eles não precisavam agir assim; terá um dia exclusivo para dar entrevista em sala própria para todos os repórteres, poderão fazer suas perguntas e fotógrafos clicarem os melhores ângulos, mas alguns agem como idiotas atrás de um "furo de reportagem". - a garota tenta explicar o motivo de tanto alvoroço.

O motorista vira por um passagem lateral, onde alguns seguranças abrem uma cancela, depois desse ponto não tinha mais repórteres perto, algumas curvas depois voltam a encontrar muitas pessoas passando na frente do veículo e andando no ambiente, mas dessa vez são funcionários das várias equipes das Escuderias que circulam para lá e para cá.

Rick olhava atentamente e muito curioso pela janela sem perder nada, o carro estaciona bem atrás de um gigantesco Motorhome da Escuderia Team Racing que o rapaz não pode conter um assobio impressionado.

Motorhome se dá ao nome das grandes estruturas que cada equipe monta dentro dos autódromos. Na parte de baixo é o ambiente coletivo onde todos têm acesso já no andar de cima é a área privada dos pilotos e chefes da equipe. Os demais funcionários ficam em módulos habitacionais mais afastados desse lugar. Cada Escuderia tem a sua com modelos diferentes.

Alguns metros depois o motorista estaciona bem próximo a uma pequena entrada, ele desce do carro abrindo a porta de trás logo em seguida.

O casal saiu do veículo rapidamente, assim que pegou as pequenas malas, entrou fechando a porta logo atrás deles. Após passarem por um pequeno hall privativo de entrada, sobem uma escada comprida e estreita que termina num corredor com algumas portas.

Jully anda passando por elas até chegar numa que tinha uma pequena placa com seu nome fixa na porta e o casal entra logo em seguida.

— Chegamos na nossa "casa" pelos próximos três dias. - a piloto retira a blusa moletom cinza com capuz que cobria a cabeça.

— Jamais poderia imaginar que por dentro dos Motorhomes seria assim, nem parece que estou dentro de um módulo. - Rick olha para todos os lados impressionado.

Parecia um apartamento com alguns diferenciais extras: todo termo-acústico que garante um silêncio absoluto no lugar, dutos de ar condicionado em todos os cômodos, uma cozinha pequena, mas bem equipada com pia, cooktop, ilha com algumas banquetas, microondas, frigobar e alguns eletrodomésticos portáteis como mixer e liquidificador que estavam visíveis, se tinha mais coisas deveriam estar dentro dos armários todos brancos assim como a bancada.

Esse ambiente era integrado com a sala, nela uma grande tela de TV pendurada num painel de madeira no tom off white era o destaque, um sofá de cinco lugares retrátil reclinável, duas poltronas e uma mesinha de centro, todos seguindo o mesmo padrão de cor claros, nada mais além disso.

Banheiro com o básico e o quarto com cama de casal, bem poucos armários embutidos, realmente é um lugar para se passar pouco tempo.

As janelas que tinham não eram muito grandes e de lá davam a visão de uma parte da pista de corrida.

— Tem certeza que não vou dar problemas a você ficando aqui? - ele pergunta observando o ambiente.

— Só se você for um espião da Escuderia rival querendo revelar os segredos da Team Racing. - ela diz num tom de brincadeira enquanto abre a mala e começa a arrumar seus pertences pessoais nos armários, não era muita coisa, afinal ela precisa estar todo o tempo uniformizada com as devidas marcas patrocinadoras e essas roupas já estavam lá, mas mesmo assim trouxe três baby look da marca Home Fitness da Lorrane.

— O único segredo que a Team Racing tem é você, e eles são prepotentes demais para entender isso. - o Personal chega perto dela pegando delicadamente seu rosto com as duas mãos para dar um selinho.

Jully sorri encantada. -  — Precisamos nos trocar. 

— Eu não posso ficar assim? - ele aponta para suas roupas esportivas de outras marcas.

— Andar aqui somente com o uniforme da Team Racing, pedi para providenciar isso a você. - ela diz abrindo a porta do armário encontrando as peças solicitadas. 

O celular de Jully toca, enquanto ela atende Liz, Rick começa a se trocar.

Ele veste uma calça moletom azul com a camiseta também com o logo da Escuderia e o tênis cinza claro que trouxe.

Depois de uniformizado, o Personal se olha no espelho observando suas novas roupas, ele lembra que tinha comprado uma camiseta oficial da Team Racing pelo site da Escuderia idêntica a essa que estava usando e pretendia vestir ela nessa última corrida.

O rapaz sonhava tentar entrar na Paddock e com muita sorte chegar perto o suficiente de Jully para pedir que autografasse sua camiseta. Realmente nem em seus mais remotos sonhos imaginaria estar onde está agora. 

Ele dá um leve sorriso pensando nas ironias do destino, pelo reflexo do espelho ele observa agora Jully se trocar.

A garota  veste uma calça de moletom, baby look, boné com seu costumeiro rabo de cavalo saindo pelo regulador traseiro, tênis todos azul e branco com a cor e logo da Escuderia.

Rick admira ela por um momento extasiado, ele era acostumado a ver a piloto vestida assim pela televisão, jamais presenciar pessoalmente ela colocar item por item.

Será que algum dia sua ficha cairá que não está sonhando?

— Eu acho que posso imaginar o que você está pensando. - ela diz num sorriso assim que termina de amarrar o tênis.

— Estou pensando que além de qualquer coisa, eu vou ser eternamente o seu fã número 1. - o rapaz diz abobado chegando perto da cama que ela estava sentada.

— Onde você estava esse tempo todo que demorei para te achar? - a piloto se levanta abraçando a cintura do rapaz.

— Somente te esperando. - ele se inclina buscando os lábios da namorada num beijo tenro, encostando suas testas para trocar olhares apaixonados.

— Queria ficar mais tempo com você aqui, mas o show precisa começar. Vamos!!! - ela diz animada com seus olhos verde claros brilhantes.

— Vamos!!! - ele está tão empolgado quanto ela.

— Vou te mostrar meio por cima como que as coisas funcionam por trás das câmeras. - a garota puxa ele para fora saindo do apartamento.

Eles saem lado a lado e começam o tour pelo ambiente.

Com uma área de muitos metros quadrados, o Motorhome da Team Racing era dividido estrategicamente em box, Pit-stop, área para refeições, vestiários para equipe e a sala de entrevistas, praticamente uma mini cidade de cada Escuderia dentro do Autódromo.

Seria muito mais trabalhoso a locomoção de toda a equipe sair e ficar em hotéis ou almoçar em restaurantes, então cada box conta com cozinha e refeitório próprio com mais de 50 lugares, que fica perto da sala particular do chefe de equipe. As massas, por serem fáceis de transportar e preparar, dominam o cardápio.

O coração do box é a sala de telemetria, onde o comportamento dos carros na pista é analisado por um exército de computadores potentes, com 45 monitores de cristal líquido, essa sala mais parece o centro de comando da NASA, lá todo o rendimento dos veículos são monitorados por 40 técnicos. 

Os carros são equipados com dezenas de sensores, que transmitem para o box em via rádio, informações sobre as condições do motor, da suspensão e de tudo o que possa afetar o desempenho do bólido¹. Nas telas da sala de telemetria, aparecem desde quantas vezes o piloto acionou o freio numa volta até a temperatura do óleo.

Rick até tentava disfarçar, mas sua cara de emocionado entregava ele a todo momento. Ele que tinha um sonho humilde de um dia conseguir conhecer apenas a Paddock, ver tudo isso era praticamente a "ter ido à Disney".

— É difícil sair da linha com tanta gente de olho. - a piloto diz em tom de brincadeira a respeito dos carros serem monitorados minuciosamente.

— E mesmo assim você consegue se rebelar contra o sistema. - o rapaz se referia das inúmeras vezes que ela desobedece as ordens superiores.

— Gosto de dar dor de cabeça a eles. - ela diz em tom de deboche.

Eles saem desse local entrando no box, muitos funcionários cumprimentaram Jully a todo momento com inúmeras perguntas.

Rick também era cumprimentado, mas não com tanta atenção, afinal para todos da Escuderia a piloto ficou afastada fazendo fisioterapia, então chegaram a conclusão sozinhos que o Personal era seu fisioterapeuta, não se aprofundando mais no assunto.

— Essas são as superbombas. - a piloto diz quando passam mais ao fundo do Box. - — Assim como elas injetam gasolina nos carros também retiram, resfriam e injetam de volta no tanque a 18ºC, essa é a temperatura ideal para o máximo aproveitamento da energia do combustível.

— Eu jamais poderia imaginar alguma coisa dessa. - Rick não cansava de se impressionar.

— Já os pneus são o contrário, eles ficam sob mantas elétricas, que elevam a temperatura da borracha a 80ºC, mas o ideal é chegar a 100°, que com a corrida ultrapassa isso. - ela fala apontando para o outro lado onde tinha alguns montes cobertos por mantas.

— Caramba!!! Por que tão quente assim?

— Com o calor, a aderência ao asfalto cresce, evitando que as rodas girem em falso e dando mais velocidade. - ela explica indo para outra área como Personal logo atrás.

Passam para uma sala grande e param na porta, mas não entram.

Três carros estavam lá dentro sendo dois titulares e no meio deles, o reserva. Alguns mecânicos e engenheiros estavam por lá. 

— Aqui é a "sala reserva" com itens caso precise, só carros titulares saem para treinar, mas todos os acertos feitos neles vão ser feito igual também no reserva, que é usado em caso de emergência. - a garota continua as explicação.

— Que tipo de emergências? - Rick já nem sabia mais para onde olhar tamanhas informações.

— Se for preciso trocar um bico, spoiler ou qualquer outra parte móvel do chassi, é só recorrer ao depósito de peças. Também tem alguns motores reservas. - ela  resume brevemente.

Rick dá um giro no seu corpo de 360° analisando tudo, agora entende porque falam que os “Paddocks” na Fórmula 1 são os locais de maior atração para o público, afinal, é lá onde estão os bastidores das equipes competidoras.

— Realmente um box de Fórmula 1 é bem mais complexo do que mostra a TV. - ele chega fácil a essa conclusão.

A Jully não brincou quando mencionou que o show vai começar, porque o que vemos pela TV não chega nem a 5% do que realmente acontece por trás dos bastidores para fazer esse espetáculo acontecer.


Bólido¹ = é um carro super veloz com um super motor e que tem uma alta performance.

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