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39 - EM PAZ

O que você decidir ser, seja de forma plena.

Rachel Maia

Com os cabelos molhados recém saídos do banho, Rick e Jully estavam na cozinha preparando o almoço.

A garota estava vestida com a parte de cima do pijama do namorado, uma camiseta de algodão cinza claro que ficou até a metade de suas coxas e ele vestia apenas a calça do mesmo tom, ambos descalços.

Enquanto as panelas borbulhavam no fogão, o Personal aproveitava para lavar algumas folhas de alface americana e a piloto sentada na banqueta de frente ao balcão, cortava tomates em rodelas.

Vez ou outra, os dois trocavam olhares cúmplices num sorriso bobo, curtindo esse momento tranquilo entre eles.

O toque do celular da garota faz ambos olharem para o aparelho, ela hesita um momento ameaçando atender, mas não o faz.

O nome que brilhava na tela era de Margot e o rapaz sabia que se tratava da mãe da namorada, ela deixa tocar até cair na caixa postal, ficando pensativa logo em seguida.

Jully e a mãe nunca tiveram uma relação "muito amigável", pelo menos era assim que as mídias sensacionalistas vivam estampando em suas matérias virtuais.

Rick nunca levou a sério os sites de fofoca, mas entendeu que tinha algo entre as duas mal resolvido, e isso incomodava bastante a garota.

Assuntos mal resolvidos por si só já incomodam e atrapalham qualquer pessoa, mas para um atleta passar por essa situação às vésperas de um final de campeonato tão importante pode atrapalhar a concentração e até se tornar perigoso.

Rick teve essa percepção na mesma hora, afinal o seu TCC sobre mulheres no esporte abordou principalmente as causas da desistência delas em seguir suas carreiras, quase a maioria foi de interferências externas vindo da família. Uma atleta feminina enfrenta muitos desafios e estar desestabilizada emocionalmente só atrapalha o processo.

Jully não poderia levar isso para a pista e ele como seu treinador precisava interferir, não com o sentido de persuadir, mas sim de abrir o campo de visão para que a garota consiga enxergar e escolher o melhor caminho que ela deve seguir nesse momento para ter paz de espírito.

O rapaz enxuga suas mãos no guardanapo antes de sentar de frente para ela no balcão e espera a garota começar a falar.

— Eu fiquei de ir ver minha mãe, mas não consegui...desde o acidente que não nos falamos. - ela começa a se abrir.

Ele pega as duas mãos da piloto que estavam em cima do balcão. - — E isso está te incomodando?

— Está...não queria que fosse assim...

— Você sente que é importante ter essa conversa com sua mãe agora?

— Sinto...mas não faço ideia de como começar. - a garota o olhou perdida.

— Porque?

— Porque acho que ela vai me dar mais um dos seus inúmeros sermões...e não era isso que eu queria ouvir agora e sim palavras de compreensão.

Rick já desconfiava que seria mais ou menos esse o motivo de atrito entre as duas, ele já atendeu muitos pais e mães como Margot.

— Uma mãe quer sempre o melhor para os filhos, mas elas não sabem lidar quando as escolhas deles os colocam em perigo. Por esse instinto de proteção maternal, elas criam uma espécie de implicância com as profissões escolhidas e tentam fazer de tudo para que os filhos desistam.

Jully olha para o rapaz pensativa absorvendo cada palavra e ele continua.

— Entenda que não é por mal, porém é mais forte do que ela e involuntariamente cria esse bloqueio. Isso não quer dizer que lá no fundo não esteja torcendo por você, só que sua mãe tem um luta interna diária: apoiar algo que pode tirar a vida da sua filha. Eu que ainda não te conhecia pessoalmente quase tive uma síncope assistindo seu acidente, imagine o que sua mãe sentiu vendo tudo aquilo acontecer?

A piloto faz uma fisionomia assustada e desvia o olhar fixando em nada, essas palavras do seu Personal abriram seu entendimento para um lado que jamais tinha pensado antes.

— Eu vou ligar para ela agora. - a garota fala decidida e pega o celular para começar uma chamada em vídeo.

— Quer que eu saia para conversarem mais a vontade? - o Personal ameaça levantar.

— Não...pode ficar se quiser.

Logo na primeira chamada sua mãe já atendeu, a imagem de uma senhora na casa dos seus 55 anos, cabelos escuros num corte chanel até a altura dos ombros, levemente ondulados e olhos verdes, não tão claros como a filha se forma no ecrã do aparelho. Jully tem alguns traços que fazem lembrar sua mãe.

Filha, até que enfim você atendeu o celular, tem ideia de quantos dias estou aflita querendo saber de você?

— A Liz está te mantendo atualizada do meu estado.

Eu não sou a equipe da Team Racing que se contenta com um relatório diário feito pela sua assistente, eu sou sua mãe!!! Quero saber pela boca da minha filha como você está? Você está machucada? Como está se recuperando? Os sites falaram que você precisou operar...filha falaram que você poderia perder as pernas. - a voz da mulher saiu embargada.

O Personal franze as sobrancelhas, sua namorada estava levando uma bronca e ele achou que foi com razão, ao menos para a mãe ela tinha que ter falado sobre a recuperação do acidente pessoalmente. Imaginou o desespero da senhora.

Jully olha o cenho fechado do namorado entendendo que realmente ela pisou na bola, ela deveria ter falado com a mãe a um mês atrás.

— Mãe eu já falei para não acreditar nesses sites de fofocas.

Se você atendesse meus telefonemas eu não precisaria recorrer a eles. - a senhora rebate na mesma hora.

Jully apoia o celular na tigela que estava colocando os tomates já coetados e se afasta de um modo que sua mãe conseguia ver seu corpo inteiro.

— Minhas pernas estão ótimas, sem nenhum machucado ou hematomas. - ela dá um giro em seu próprio corpo esquecendo que estava apenas de calcinha e camiseta cinza claro do pijama.

A senhora aproxima seu rosto na tela para ver melhor. - — Onde é que você está vestida assim?

— Hummm... - a piloto paralisa na mesma hora, olha por um tempo para o Personal que estava atrás do celular, ficou ponderando se devia ou não falar, pois Rick deixou para ela decidir como queria apresentá-lo quando chegasse o momento. - — ...na casa do meu namorado.

Você está namorando? Que país ele mora?

De novo ela olha para o rapaz antes de responder. - — Próximo...bem próximo.

Próximo quanto?

Os ombros da garota caem, não tinha mais como esconder isso também da sua mãe. - — A casa que estava construindo ficou pronta e me mudei a um mês.

Rick de novo franze as sobrancelhas, não sabia que a garota também estava escondendo isso da sua mãe.

Um silêncio toma conta do ambiente por um tempo.

E porque estava escondendo isso de mim? - Margot perguntou num tom de voz baixa.

— Eu já tenho pessoas demais falando que não sou capaz, questionado minha competência ou falando que não sirvo para o automobilismo...eu já estou cansada de ouvir tanta negatividade. - Jully fala virando seu rosto para a direita sem olhar a tela do celular.

Outro silêncio toma conta do ambiente.

Eu não consigo gostar de algo tão perigoso que pode te tirar de mim... - Margot volta a falar com a voz embargada.

— E compreendo seus sentimentos a respeito disso, por isso prefiro me afastar do que discutir.

Não sabia que isso estava nos separando.

— Mas está... - agora Jully olha para a imagem da mãe no celular.

Eu já perdi seu pai, não quero te perder também.

— Eu sei...eu consigo te entender mãe...só queria que você me entendesse também. - Jully dia cabisbaixa e outro silêncio se forma no ambiente.

Não consigo mudar o que meu coração sente por esse esporte...mas posso aceitar que esse caminho te deixa feliz e sua felicidade e tudo que importa para mim. - a senhora diz enfim achando um meio termo nesse impasse.

Jully dá um leve sorriso. - — E eu compreendo o seu bloqueio, mas saber que está feliz por mim já me deixa melhor.

Quando esse campeonato acabar, volte para casa e traga seu namorado, quero conhecer ele.

Jully olha para o Personal em dúvida se ele gostaria de ir, antes de perguntar ele já entendeu.

— Será um prazer conhecê-la Sra. Ross, sou Richard Lonwis. - o rapaz se levanta e dá a volta no balcão ficando ao lado da namorada, também esqueceu que ainda estava vestido apenas com sua calça cinza clara de malha leve que era a parte de baixo do seu pijama, descalço e sem cueca.

De novo a senhora aproxima o rosto da tela do celular para enxergar melhor, mas diferente do que perguntou para a filha resolveu não comentar esse detalhe. - — Estou esperando vocês aqui em casa para um almoço.

— Iremos sem falta. - o rapaz responde.

Jully...estarei aqui orando por você, tome muito cuidado.

— Eu tomarei

Te amo filha.

— Eu também te amo, mãe.

A garota desliga o celular dando um suspiro aliviada.

— Você se sente melhor agora? - o rapaz pergunta ao notar a garota mais leve

— Sim...sinto com uma sensação de paz, deveria ter feito isso antes.

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