"10 Anos Atrás"

Então lá estava ela, triste e quieta no canto como se ninguém quisesse se aproximar, a forma como se via era tensa, sentindo-se feia, gorda e estranha, Wendy era uma garota com vários problemas pessoais desde pequena, não tinha muitos amigos mas ela ainda guardava um pequeno e Belo sorriso no rosto, tinha um amigo que até hoje conta com tudo pra ele o Gustavo, naquele tempo eles não entendiam muita coisa por serem mais novos e tão ingênuos no mundo em que vivemos, mas a medida que vão crescendo as cicatrizes também crescem com o tempo e com a pessoa.
Era o seu aniversário, o ano era 2011 e mesmo mandando convites para várias pessoas da sua escola só três haviam comparecido, então eram e são cicatrizes como essas que perseguem a Wendy até os dias de hoje mas... aquela festa era dela e com certeza ela choraria se quisesse e sobraria mais bolo, com isso vinha a compulsão e tudo era descontado na comida, foram longos anos vivendo desse modo, mas tudo iria mudar depois de um tempo, em sua festa estava ela sentada com um pedaço de bolo no canto da sala enquanto seus únicos três convidados se divertiam correndo pra lá e pra cá, sua mãe Lisa por fim foi até sua filha.
- vai se divertir com seus amigos querida...
- não quero... - disse Wendy soluçando e comendo mais bolo.
- você é especial minha filha, não importa se vieram poucas pessoas, as que vieram... de verdade você já sabe quem são, eles vieram por você, não os deixe brincando sozinhos.
Sua mãe pega o prato da filha e leva pra mesa, Wendy ainda meio insegura se levantou aos poucos e foi chegando mais perto das pessoas que tinham ido, Gustavo seu amigo, Wenderson seu irmão e uma garotinha novata de sua sala, depois daquilo foi só diversão o resto do dia, mas... por que focar no passado não é?

"Dias Atuais"

Hoje em dia Wendy ainda tinha cicatrizes de seu passado, lutou muito para emagrecer mas as vezes ainda tinha uma leve insegurança sendo por algum comentário ou até alguma lembrança que vinha em sua mente do nada, faltavam apenas algumas horas para que ela voltasse para a faculdade saindo das férias de verão e voltando para a realidade.
Sua mãe viajava muito a trabalho e as vezes ficava sozinha em casa com seu irmão Wenderson que embora fosse chato algumas vezes também ajudava sua irmã em algumas coisas.
- Wender viu meu livro? - perguntou Wendy entrando no quarto do irmão.
- não, sabe que não entro no seu quarto pra mexer nas suas coisas.
- sei... se levanta, nossos pais vão chegar dentro de algumas horas e a casa está um lixo!
- por você não arruma?
- estou me arrumando para voltar à faculdade, alguém tem que fazer alguma coisa aqui não é?
- pode ir se arrumar, vou me levantar e vou dar uma arrumada na casa.
Wendy fecha a porta do quarto e vai direto pro banho, antes que pudesse entrar debaixo do chuveiro da uma leve olhada no espelho e se pergunta "será que se eu pintasse meu cabelo ficaria mais bonita?" a ideia permaneceu no ar enquanto a mesma continuava observando o cabelo, a toalha escorrega sem querer e seu olhar agora foi de encontro ao seu corpo, era lindo, mas mesmo assim ela se achava insuficiente, seus olhos enchiam de lágrimas e seus lábios se contrariam devagar, rapidamente ela põe a toalha de volta e sai do banheiro dando de cara com o Gustavo.
- que susto porra! - disse Wendy limpando o rosto.
- chamei e ninguém veio me atender então entrei...
- eu... estava destraida...
- já está pronta? sinceramente eu não sei se tô pronto pra voltar às aulas sabe, tava tão bem em casa...
- também não tô pronta mas... pra passar em medicina meu querido precisa lutar, vou tomar banho e já volto.
Wendy volta para o banheiro passando agora direto pelo espelho, tirando a toalha e por fim ligando o chuveiro enquanto o Gustavo a esperava na sala.
Não demorou muito para que ela ficasse pronta, Wendy tinha problema com beleza mas era prática nas roupas... algumas vezes, muitas vezes a mesma ficava indecisa com qual roupa sair e isso acabava deixando ela pensativa demais e não estou falando sobre a roupa...
– pronto. – disse Wendy aproximando-se de Gustavo.
– vamos?
– vamos... um segundo.
Wendy da meia volta e vai pro quarto de Wender que agora estava coberto tentando dormir, Wendy respirou fundo pra não gritar com o irmão até por que a amizade deles era boa.
– Wender sei que tá acordado ainda, enfim... já te deixei avisado, se as coisas estiverem assim quando eles chegarem a culpa não vai ser minha, vai ser sua então... sugiro que comece a arrumar, tô saindo.
Ela fecha a porta e vai até Gustavo que já estava na porta, assim que saem chamam um uber para não chegarem tão atrasados se tivessem ido de ônibus, Wendy e Emma eram as únicas do grupo que moravam fora de LeeLand, morando assim na cidade mais próxima Willow Side, tinha esse nome pelo fato de ter um enorme salgueiro no parque da cidade, as duas cidades eram praticamente coladas uma na outra, mas mesmo assim levava mais ou menos uma hora de viagem.
A faculdade de Willow Side era muito bem movimentada, estavam quase chegando na faculdade, o carro estava em um repleto silêncio, apenas o barulho do vento e dos carros ecoavam pelos ouvidos de Wendy.
– e você tá bem? – perguntou Gustavo rompendo o silêncio.
– tô... por que? – pergunta Wendy confusa.
– ah... você sabe, tem aquele seu lance com o Fred.
– já não lembrava mais dele até você tocar no assunto.
– mas de um jeito ou de outro você ia tocar no assunto comigo, estamos voltando pra faculdade Wendy, vamos esbarrar com ele sim!
– tá mas... o que isso tem haver?
– sou seu melhor amigo e sei que você não está nada bem, não sei se é por conta da sua paranóia com seu corpo ou se é por conta do Fred mas...
– Gustavo... não fala mais nada por favor.
– eu só queria te ajudar, tem tantos meninos que você fica por aí, e você nunca ficou com ele...
No mesmo instante o carro para e em seguida Wendy lança um olhar furioso pra Gustavo que se encolhe no banco, Wendy paga ao uber e desce do carro respirando fundo e olhando para a faculdade.
– desculpa...
– as vezes preciso ouvir umas verdades Gus...
Os dois começam a andar como se nada tivesse acontecido no carro, Wendy reparava em tudo, fazia alguns dias que ela não ia para aquele lugar mas era como se tivesse passado anos, tudo parecia estar diferente, as pessoas, as árvores, os bancos... até mesmo ela, que quase nem se reconhecia naquele lugar.
Os dois andavam pelo campus, estavam quase entrando na faculdade para irem pra suas devidas salas até que Wendy esbarra o olhar na Emma, uma de suas amigas que estava sentada em um banco olhando para o celular, Wendy se despede de Gustavo que continua andando enquanto a mesma vai até Emma, vai chegando por trás devagar tentando não fazer barulho e colocando as mãos rapidamente nos olhos de Emma.
– adivinha quem é...
– Wendy? – exclamou Emma para quase todos do campus ouvir.
– fala baixo mulher...
– há quanto tempo! – disse Emma se levantando e abraçando a amiga.
– não sabia que você voltava hoje também.
– bom, nem eu... mas aqui estou.
– o que tá fazendo aqui e... – Wendy da uma pausa ao observar os olhos da amiga completamente vermelhos. – você realmente tá bem?
– sim, por que?
– parece que você tava chorando...
– ah, problemas familiares como sempre.
– pensei que tinha melhorado as coisas entre você e seus pais.
– não vai melhorar nem tão cedo.
– quero que saiba que eu tô aqui para o que você precisar ouviu? então qualquer coisa pode vir correndo me falar, não só comigo, você tem a Railey, Pearl e a Kate, embora estejamos distantes umas das outras.
– a distância não é nada pra quem tem um elo forte. – disse Emma agora se sentando novamente no banco.
– acho que as meninas pensam que esquecemos da nossa amizade?
– pelo que conheço elas... provavelmente, mas mal sabem elas que vocês são algumas das coisas que me fazem permanecer aqui sabe... muitas vezes eu pensei em...
– não... Emma para, não quero ver você falando nisso de novo, já falei que estamos aqui!
Emma dá um leve sorriso para a amiga que agora estava sentada no banco e as duas se abraçam até o relógio da Wendy começar a alarmar, a mesma tem um leve susto.
– meu Deus! e hoje tenho aula prática, tchau Emma, ainda vamos nos reunir todas! – gritava Wendy se afastando correndo.
Enquanto corria não sabia se pensava na conversa com Emma, Gustavo, na sua beleza ou em seu amor não correspondido do Fred, as vezes ela não gosta de pensar muito em determinadas coisas, isso acaba a deixando deprimida o dia todo.
Ao chegar na sala a sua turma já estava se encaminhando para a aula prática que seria fora da faculdade.
– olá senhorita... – o professor deu uma leve pausa para lembrar o nome dela. – Wendy... certo?
– sim, desculpa o atraso professor, estava resolvendo umas coisas.
– tudo bem, mas você perdeu a explicação que eu acabei de dar sobre a aula prática, sabe Wendy, eu... as vezes me pergunto como não só você óbvio, mas como vocês conseguiram passar em medicina se eu não consigo ver esforço em vocês, acabaram de voltar das férias de primavera e parece que ainda estão de férias... enfim, pode se juntar a turma lá na frente.
Wendy por um momento pensou em responder o professor mas tinha dúvidas se seria uma resposta amigável ou na base da gritaria com todos os seus pensamentos revirando e revirando na mente.
Ela apenas seguiu seus colegas até a sala onde seria realizada a upa prática, ela corre até alcançar seu amigo Gustavo.
– demorou viu...
– estava conversando com a Emma.
– e está tudo bem com ela? – perguntou ele olhando o celular.
– sim... eu acho... o que você tanto vê nesse celular?
– é que amanhã à noite vou sair...
– com quem?
– tá aí a resposta que eu tinha medo de saber.
– com quem?
– o Fred e uns amigos dele.
– sério isso?
– Wendy eu...
Ela apenas saiu passando na frente de todos pra ficar o mais longe possível de Gustavo que olhava ela se afastar aos poucos, ao chegarem na sala onde iria acontecer a aula prática o professor da um leve suspiro e se vira para os alunos.
– esqueci de comentar que os alunos do turno da tarde também estarão nessa aula, por isso viemos para essa sala, o espaço é maior... enfim, entrem.
Os alunos foram passando pela Wendy enquanto ela estava paralisada processando mais coisas na sua mente, Gustavo passa e da um pequeno toque nela que a faz acordar pra vida e continuar a andar, um de seus motivos para ficar desse jeito foi que um deles... Fred fazia parte dessa turma e seu coração estava a mil por hora, assim que ela entra seu olhar se cruza com o dele, os olhos castanhos e seus cabelos negros ao vento perto da janela, ele da um leve sorriso e aponta para o lugar que estava à sua frente, Gustavo já estava sentado ao lado do lugar que Wendy iria sentar.
A mesma vai caminhando lentamente enquanto os outros alunos procuravam um lugar perto de alguém ou um lugar que ficariam acomodados, Wendy enfim, se senta e logo depois se vira quando ele chama.
– e aí? como você tá? – ele pergunta com a mão em seu ombro.
– tô... bem, eu acho...
– e aí, vai amanhã comigo?
Wendy se pergunta o que estava acontecendo, ela respira fundo e agora vira seu corpo totalmente para ele.
– sério isso? vocês marcam de sair e me chamam por última opção, ou alguém desmarcou e sobrou espaço pra trouxa aqui?
– Wendy... você foi a primeira pessoa que eu chamei, saberia disso se olhasse as mensagens no seu celular.
Wendy lança um sorriso constrangedor e da uma leve olhada pra Gustavo que lança um olhar do tipo “agora aprende a ouvir” enquanto revirava os olhos e mexia no celular.
– vou ver se não tenho nada pra fazer amanhã e aviso...
– tudo certo, seria ótimo te ter por perto.
Os dois dão um sorriso e se ajeitam na cadeira pra prestar atenção na aula, mas os pensamentos de Wendy foram tão longe mas tão longe que tudo que se passava na mente dela era como se ela estivesse acabado de vivenciar aquilo e com isso veio o déjà vu do passado...

“4 Anos Atrás”

E lá estava ela, colocando a beleza em dia, a academia pra Wendy agora era algo que fazia parte da vida dela até ela enjoar ou achar que não iria precisar mais, naquele dia estava malhando um pouco as pernas enquanto olhava de vez em quando para alguns homens que malhavam ao seu lado, estava quase na hora da mesma voltar pra casa mas antes que pudesse largar a máquina até seu celular tocar.
– alô? – pergunta Wendy secando o suor da testa.
– você vai hoje até a praça da cidade? se quiser passo até aí na sua casa e vamos juntos... – diz Gustavo.
– aí... não sei, sinceramente queria ficar em casa enquanto...
– aí Wendy! deixa de coisa, você vai sim! passo na sua casa às 19h e de lá seguimos até a praça.
– não vai adiantar mesmo né...
– claro que não, espero que esteja pronta, jaja da 17h e acho que você nem chegou da academia ainda.
– já entendi... tô indo pra casa.
Wendy desliga a chama e se senta no chão da academia olhando seu reflexo naquele espelho enorme e retangular que ia de um canto a outro na academia, a mesma pega sua garrafa d'água e bebe até o último gole, assim que ela se levanta da uma boa olhada em toda a academia e anda um pouco pra trás, mas ao se virar ela esbarra em Henry que a olha de cima abaixo sorrindo.
– desculpa... – dizem os dois ao mesmo tempo.
– meu Deus... estava tão distraída, desculpa mesmo sério.
– tudo bem, tenho te observando treinar por um tempo. – disse ele pegando a garrafa que havia caído no chão.
– tá... agora tô com medo, tenho um stalker e não sabia disso?
– não diria stalker Wendy...
– e ainda sabe meu nome. – ela da uma leve risada.
– o meu é Henry caso queira saber...
– raramente eu dou bola pra alguém que acabei de conhecer sabe...
– é bom que nem precisamos de apresentações. – falou ele olhando para os lados.
Nesse momento ele segura na mão dela e a arrasta para o vestiário feminino da academia, naquele horário era difícil de encontrar mulher treinando e mesmo se tivesse eles não queriam saber de nada, apenas seguiram pelo calor do momento, o calor envolvia o corpo dos dois enquanto se abraçavam e batiam nos armários fazendo muito barulho e rindo um pouco alto.
– não acredito que tô fazendo isso aqui! – falou Wendy agora sendo interrompida quando os lábios de Henry vão de encontro ao seu.
– apenas relaxa...
Ambos ficaram mais uma hora ou meia naquele amasso, as coisas estavam quase pegando fogo de vez até Wendy cortar o clima de vez e começar a vestir as calças já que estava sem ela enquanto Henry agora só vestia uma cueca.
– de novo Wendy?
– desculpa, marquei de sair com uns amigos e não posso me atrasar...
– mas vai me ligar? – ele pergunta vestindo as calças.
– se você deixar seu número posso até pensar no seu caso...
– está no bolso de trás da sua calça.
Wendy põe a mão no fundo do bolso e recolhe um papel com o número escrito e da uma risada olhando para Henry que também não consegue conter a cara séria e também ri.
– espero que entre em contato...
– pode ter certeza que vou!
Falou Wendy aos berros agora correndo para fora do vestiário e seguindo pra sua casa o mais rápido que conseguia, na cabeça dela era óbvio que não iria chegar a tempo, iria se atrasar alguns minutos mas os amigos podiam relevar, a academia não era tão longe de sua casa mas mesmo assim levava uma eternidade pra chegar até sua casa.
Assim que ela chega, sai batendo em tudo o que vê e corre diretamente pro banheiro pra finalmente se arrumar e poder sair com os amigos, ela poderia estar atrasada mas Gustavo ainda não tinha chegado.
Dentro de alguns minutos Gustavo chega junto com Daisy e Annie, amigas tanto de Gustavo quanto da Wendy, a mesma estava agora em seu quarto se trocando após um banho de no mínimo seis minutos, Wendy sai do quarto e corre pra sala onde estavam seus amigos e seu irmão.
– cadê nossos pais Wender? – pergunta ela ainda arrumando o cabelo.
– a mãe tá na cozinha e o pai saiu... e eu também tô indo.
– não vai com a gente?
– não... quero ficar em casa hoje.
Wender segue pro seu quarto sabe-se lá pra fazer o que, Wendy sai da frente do espelho e se vira para os amigos o mais rápido que conseguiu só para jogar o cabelo pro lado.
– o que acharam? – perguntou Wendy fazendo pose.
– sinceramente achei extravagante demais pra uma simples saída até a praça. – falou Annie.
– aí... vou assim mesmo, vamos?
O uber já estava esperando por eles e assim seguiram até a praça que estava bastante movimentada naquela noite de sábado, o incrível salgueiro que se mantinha de pé no meio da praça por vários anos estava enfeitado com algumas luzes coloridas enquanto vários grupos de pessoas conversavam separadamente, as coisas eram assim em Willow Side e continuam sendo até hoje.
Wendy e seu grupo procuram um lugar pra ficarem de bobeira, esperando o tempo passar mas o que Wendy não imaginava era que iria conhecer ali mesmo o cara que iria virar sua vida de cabeça pra baixo.
– gente! – gritou Daisy de longe. – venham pra cá!
Gustavo, Wendy e Annie não tiveram escolha a não ser se juntar com a amiga que estava em outro grupo conversando sobre qualquer coisa que surgisse no meio da conversa enquanto bebiam uma bela vodka.
– esses são... – dizia Daisy.
Enquanto Daisy apresentava os meninos para todos que estavam ali, o olhar de Wendy se prendeu no rosto de um deles, ele não era alto, também não era um príncipe encantado, mas ali, naquele momento Wendy sentiu seu coração deitar nas nuvens enquanto o observava.
– e esse é o Fred. – terminou Daisy.
– prazer... – falou Fred sorrindo para todos.
– o prazer é meu. – disse Wendy.

“Dias Atuais”

– então... o grupo de vocês fez alguma coisa? – dizia o professor se aproximando da mesa.
Wendy num piscar de olhos voltou para o mundo e se juntou com Gustavo que tinha feito quase todo o trabalho sozinho enquanto ela estava no mundo da lua.
– desculpa Gus...
– onde você tava? se desligou de tudo do nada, eu ainda te chamei várias vezes e você nem se quer olhou pra mim.
– eu não sei o que aconteceu só... enfim, tá tudo pronto?
– sim, e a aula já acabou, vamos!
Todos foram se levanta do devagar e saindo, para Wendy não precisava ter juntado as duas turmas até por que eles iriam de uma forma ou outra ter aquela aula prática.
– você resolveu se vai amanhã?
– não, mas acho que que vou. – disse Wendy tirando o celular do bolso que estava tocando. – alô?
– alô... Wendy?
– quem é?
– impossível não reconhecer minha voz não é...
– olha tô sem tempo pra gracinha, quem é?
– sempre direta não é...
– quem é? – perguntou Gustavo sussurrando.
– shiu, você me conhece por acaso?
– aí Wendy... qual é!
– eu vou desligar...
– Henry.
Naquele momento o mundo de Wendy veio abaixo juntamente com seu celular que acidentalmente ela deixou cair no chão, Gustavo encosta a amiga na parede e pergunta se ela está bem mas mesmo assim não consegue respostas, na cabeça da Wendy só se passava flashbacks de tudo o que ela tinha vivido com o Henry... e também com o Fred.

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