Railey ainda continua intacta olhando o Zack como se tudo que ele tivesse lhe contado fosse uma grande mentira, sua mente agora estava um turbilhão de perguntas e emoções, Pearl estava logo atrás da amiga não tinha escutado para ficar no outro corredor a esperando, ela ainda olhava confusa para Railey que mesmo com tudo continuava parada voando no tempo.
– o que aconteceu com ela? – fala Pearl balançando a mão no rosto da amiga.
– não sei, apenas não consegue ouvir algumas verdades.
– o que você contou pra ela?
– nada que ela não merecia saber.
– aí sai daqui seja lá quem for você! – Pearl empurra Zack.
Zack entra até a biblioteca, o corredor agora já estava vazio os olhos da Pearl fixavam os da Railey que ainda tentava processar o que acabara de ouvir.
– Railey... não sei o que você acabou de ouvir mas precisa sair desse... desse transe emocional que você tá!
– ...
– Railey! – o grito da Pearl ecoa pelos corredor.
– oi.
– você tá bem?
– estou, só... acabei de saber de uma coisa que tenho a certeza de que não deveria.
– quando quiser me contar o que soube pode contar.
– não vai insistir? – continuou Railey.
– não quero invadir seu espaço se você quiser contar ótimo, se não quiser também está tudo bem, agora estou indo pra sala, se quiser continuar aqui fique a vontade.
Pearl vira as costas e vai para a aula, a qual já estava atrasada alguns minutos, Railey continua ali agora sentada naquele corredor sujo dos sapatos melados de barro de cada aluno que por ali passava, os olhos dela entravam em colapso mais uma vez com as lágrimas, Railey se levanta e vai até sua sala o mais depressa que conseguiu, pela porta ela acena para Pearl que não entendia nada que a amiga falava por sinais através da portar que continha um vidro quadrado quase no topo dela, Pearl depois de uns segundos entende os sinais e pega a bolsa da Railey pedindo permissão ao professor, logo depois Pearl sai da sala com as coisas da Railey nas mãos.
– você pode resolver a merda desse assunto depois!
– não enche Pearl...
– sabe porquê eu falo essas coisas? não por te odiar, por querer seu mal, mas por simplesmente gostar de você e te querer bem, mas você faz o que quiser!
– depois te conto tudo amiga, te prometo, agora preciso resolver isso de verdade.
Railey abraça Pearl que se segurava para não chorar, Pearl não queria dizer mas sentia que a amizade não só delas mas de todas estava pra acabar poderia ser tudo da cabeça dela mas ela simplesmente queria acreditar que iria acabar, Railey agora da as costas pra amiga e segue seu caminho, Pearl revira os olhos e volta pra dentro da sala.
Até que Railey conseguisse por fim chegar até o portão da escola a diretora interrompe a saída da Railey.
– onde você vai? – pergunta a diretora segurando seu ombro.
– preciso... resolver um problema com meus pais.
– você é a Railey não é?
– sim... como sabe?
– consigo decorar os nomes e rostos de meus alunos, inclusive aqueles que faltam dias seguidos sem dar explicação nenhuma.
– diretora, por favor é um assunto muito sério!
– lamento Railey, só vai sair quando a aula acabar, pode voltar pra sala e se a professora ou professor não deixar você entrar pode ir pra minha sala.
A diretora a olhava com verocidade no olhar enquanto Railey ainda tentava convence-la, mas tudo que a diretora fazia agora era apontar com o dedo pra sala de aula, Railey não podia fazer nada a não sei aceitar aquilo então, segue até a sala dando algumas batidas na porta, a diretora ainda estava no corredor a observando, a professora aparece na porta e Railey aponta para a diretora onde acenam uma para outra e então o caminho para Railey estava livre mas não para sair e sim para estudar, ela agora se senta na mesma mesa do lado da Pearl que mantinha a concentração no quadro negro enquanto copiava o que tinha nele, Railey agora se mantinha impaciente batendo os pés pois agora iria esperar até o final da manhã e o início da tarde.

–★–

Emma ainda olhava Luíza com todo o ódio que conseguiu encontrar, Luíza agora se senta no banco no meio de Wendy e Kate e começa a sorrir sem parar.
– está louca? – indaga Emma.
– não... só acho vocês uma amizade tão... estranha.
– será que não vou ter um segundo de paz? – gritou Kate.
– nossa... estressada ela né.
– Luíza, pode por favor nos deixar a sós, se você não está percebendo você não é bem vinda aqui. – diz Wendy.
– sabe Wendy, você realmente era a que eu menos odiava desse grupinho, mas agora acho que está empatada com a Emma.
– primeiramente que eu nem sabia da sua existência Lulu, Lúcia... ah, é Luíza, tá vendo? tão irrelevante que não sei nem seu nome. – falou Wendy agora pegando seu celular.
– você tem tudo na ponta da língua não é?
– pra gente como você realmente tenho. – falou ela se levantando e olhando pra Emma e Kate. – meninas, depois nos falamos, não quero ficar aqui com esse projeto de gente.
Wendy sai do banco e segue para sabe-se lá onde, Emma e Kate continuavam lá tentando ignorar a existência da Luíza que continuava falando sem parar um minuto se quer.
– Kate eu também tenho que ir...
– tudo bem Emma, vim só pra me despedir também.
– despedir? – fala Emma franzindo a testa.
– sim, vou trancar a faculdade e tentar focar na vida...
– mas a faculdade é sobre a vida amiga.
– é Kate... é tudo sobre a vida! – diz Luíza com sarcasmo.
– Luíza sai daqui! – gritou Emma. – Kate, você vai pra sua aula e depois conversamos mais sobre isso, não pode estragar seu futuro por conta de um erro que não foi culpa sua.
Kate apenas acena a cabeça e da um sorri para a amiga que agora estendia a mão para tira-la do chão em que estava sentada, as duas dão um abraço enquanto Luíza continuava no banco sorrindo sem parar, Kate então segue seu caminho pra sua aula despedindo-se de Emma que também segue seu caminho, Luíza agora se levanta e segue Emma.
– Emma, calma só quero conversar! – gritou Luíza.
– olha aqui Luíza! – falou Emma virando-se. – tô pouco me importando se você quer foder com minha vida, não importa, pode fazer o que quiser mas se mexer com minhas amigas você não vai se ver apenas comigo, até por que somos mais unidas do que parecemos ser, logo, sugiro que você e esse seu ego imenso dêem meia volta e vão viver sua vida mais ou menos!
Emma continua andando agora com o ódio instalado no peito pois não conseguiu conversar direito com as amigas e ainda havia passado raiva com a Luíza, seu coração estava a mil, não reparava nas pessoas que falavam com ela passando pelo campus até virar a direita em um corredor deixando cair seus livros ao esbarrar em alguém.
– desculpa! – disse a pessoa.
– tudo bem, eu que estava distraída... – falou Emma pegando seus livros.
– eu ajudo.
Assim que os livros de Emma já estão arrumados em seus braços os dois agora ficam de pé, Emma então põe um olhar nele, um cara novo na faculdade, nunca o tinha visto, ele era alto, forte e moreno, seus olhos negros se destacavam no globo ocular como se seu olhar deixasse Emma hipnotizada por completo.
– prazer... Tyler.
– sou Emma...
– eu sei. – falou ele dando risada.
– como sabe?
– estava escrito na capa do seu caderno que acabei de pegar.
– ah sim, desculpa pelo esbarrão, você é novo aqui não?
– sou, sou de New Garden sabe onde fica?
– sei sim, minha amiga é de lá, ela quase nunca vem pra Willow Side por conta da distância mesmo.
– entendo e realmente é bem complicado a distância...
Emma agora da um sorriso constrangida, o assunto entre os dois havia acabado então um silêncio se instalou no corredor até Beatriz chegar atrás de Emma.
– que susto Bia!
– desculpa Emma, vi um pouco de seu cabelo lá do fim do corredor e... – ela pausa olhando pra Tyler. – quem é esse?
– prazer, Tyler.
– o prazer é meu, sou Beatriz!
– certo... tenho que ir agora, só parei aqui pra pegar algumas coisas no meu armário mas já estou voltando pra aula, foi ótimo conhecer vocês...
– digo o mesmo. – falou Bia.
O olhar de Tyler e Emma agora se cruzaram antes dele seguir o caminho para a sala, Emma de repente havia esquecido de tudo com aquele seu olhar que hipnotizava qualquer um que o olhasse, até a maldita da Luíza ela deixou de lado.
– então, chegou faz tempo? – pergunta Bia.
– sim... cheguei.
– você não, o Tyler.
– como? – Emma fala ajeitando os livros.
– vamos combinar que ele é um gato Emma...
– nem reparei.
– pois eu reparei viu, vamos logo pra sala... e aliás...
Bia foi todo o caminho falando do Tyler, Emma portanto só conseguia pensar naquele olhar e com certeza já tinha em mente em convida-lo para alguma coisa ou esbarrar nele sem querer novamente pelos corredores, pensou até na hipótese de fazer a Kate procurar ele pelas ruas de New Garden.

–★–

Wendy depois que havia saído do banco perto da fonte foi direto pra sua aula mas no caminho ela encontra Henry e Gustavo conversando sentados em um banco, a conversa de certa forma parecia séria demais, o instinto de Wendy dizia simplesmente pra ela ir até eles e descobrir do que se tratava, ela não sabia se o que lhe indignava mais era ciúmes de um dos dois ou medo da conversa.
Depois de alguns minutos ela continuou atrás da pilastra esperando os dois terminarem de conversar, a conversa parecia bem empolgante e com isso a curiosidade dela só aumentava, Fred em instantes chega no meio dos dois e se senta no banco também, Wendy então não se aguentou e foi andando muito rápido até os três, assim que chegou na frente deles mandou um olhar do tipo “o que é isso?”.
– oi Wendy... – falou Gustavo.
– oi?
– sim?
– você não veio comigo pra isso?
– Wendy... – falou Fred tentando acalma-la.
– não, agora não Fred... te chamei pra vir comigo e você me deixou lá ir sozinha, nem fez a mínima questão!
– Wendy, isso não tem nada a ver com o que você está pensando.
– ah não? – Wendy cruza os braços.
– não! – falou Henry com a voz grave. – eu que tinha ligado pra ele minutos antes dele chegar na sua casa e pedi pra me encontrar aqui, então a conversa deve ser comigo não com ele Wendy, aliás, a conversa não é com ninguém já que não temos mais nada não é?
– me poupe Henry, você me magoou quando estávamos juntos e depois de anos simplesmente volta, aliás você nem nessa faculdade estuda, veio pra atrapalhar minha vida?
– Wendy! – gritou Gustavo.
Wendy volta sua atenção para o amigo que já não estava aguentando o surto que a amiga estava tendo naquele instante, Gustavo acena com a cabeça pedindo para seguir ele e Wendy vai atrás da árvore onde os dois iniciaram uma conversa.
– Wendy, o que você está fazendo?
– o que estou fazendo? vocês se reúnem parece até um complô contra mim, meu melhor amigo, meu ex e o cara que tô gostando em um só ambiente, o que queria que eu pensasse?
– não tem nada demais isso acontecer, nós não viramos em torno de você amiga, olha sabe o que estávamos conversando?
– gostaria muito de saber. – diz Wendy olhando os meninos brechando da árvore.
– o Henry, queria um momento a sós com você e...
– oi... – fala Henry chegando atrás da árvore.
– Henry, se quiser algo de mim, você pode falar diretamente comigo, eu não mordo!
– certo, agora vou pra casa, quando sair da faculdade pode passar por lá? – disse Henry.
– passo, se não for tão tarde. – completou Wendy.
Henry agora vai embora enquanto Wendy e Gustavo se olham dando uma risadinha, Wendy vai até o banco onde todos estavam na esperança de encontrar o Fred mas ele já não estava mais naquele lugar, estava mais vazio do que nunca, apenas o barulho da fonte e o barulho dos pássaros cantando que conseguiam ouvir.
– ele já foi...
– Wendy, você precisa falar a ele o que sente isso está te matando por dentro velho!
– Gustavo não é assim que vou contar a ele, eu... eu só quero sentir que também existe algo da parte dele também.
– não vai fazê-lo sentir saindo com outro.
– não vou fazer nada demais com o Henry, só quero ver o que ele tem a dizer, afinal de uma coisa ele está certo, nossa história foi de certa forma linda até... até você sabe.
– se você diz, não vou mais me meter na sua vida, mas estou aqui pra te apoiar em tudo, agora vamos...
Wendy e Gustavo agora seguem para sua sala deixando o campus de uma vez vazio, os pássaros agora pareciam mais vivos com seus cantos e o ar parecia mais puro balançando as folhas das árvores juntamente com a grama seca.

–★–

Pearl e Railey continuavam na sala torcendo para o tempo passar rápido, as duas não se falaram desde que Railey foi impedida de sair da escola pra ir até a casa do Tommy, suas pernas mexiam rapidamente querendo que as horas sumissem do mundo, mas a professora agora não parava de falar.
– formem um grupo de cinco pessoas. – disse a professora.
E então várias pessoas dentro da sala começaram a se movimentar sem parar pra formar o grupo, naquele instante Railey olha pra Pearl que agora estava no fundo da sala em um grupo com a Kim, Júnior e Iasmin, no fundo da sala a conversa estava indo bem até.
– chama a Railey... – disse Kim.
– ela está mais preocupada com outra coisa.
– aí Pearl, você mesma disse que nos afastamos e agora está fazendo grupo com a gente. – fala Iasmin sentando-se na cadeira.
– sim eu disse, e não contei mentiras!
– aí chega, nem comecem vocês duas, Pearl chama a Railey pra completarmos o grupo de uma vez! – falou Júnior.
Pearl não tem escolha e vai até a amiga, ela não foi porquê pediram e sim porquê no fundo sabia que sentia falta da amizade dela mesmo não estando falando com ela durante... minutos.
– Railey, vem com a gente.
– agora lembra de mim?
– todos estão com grupo feito, menos você.
– não estou porquê ninguém me suporta aqui, agora eu pergunto o motivo e você me responde...
– nem eu sei, só sei que você é minha amiga e não vou te deixar independente de qualquer briga!
– certo, eu vou... agora se a Kim der um “piu” se quer sobre mim eu juro que ela vai conhecer a Railey de verdade.
Railey se levanta e segue a Pearl até o fundo onde todos se sentam, Júnior cumprimenta Railey seguido de Iasmin que acena com a cabeça enquanto Kim lhe manda um sorriso forçado onde Railey observa e vira o rosto quando a professora começa a falar.
Enquanto a professora explicava o que iria ser feito Pearl sente algo em sua perna, dando uma leve olhada por baixo ela vê os pés de Júnior passando devagar em suas pernas, um leve arrepio deixa Pearl completamente sem chão, seu coração batia mais forte, ela sabia que a relação com Júnior não ia dar certo mas... queria tentar.
– então, vamos começar? quero um embora logo. – falou Railey.
– o que aconteceu com você? você era tão comunicativa... eu acho, e vivia falando com a Pearl, não é Pearl? – falou Kim cutucando Pearl.
Pearl tem um susto pois estava no momento olhando pela janela enquanto sentia os pés do Júnior em suas pernas.
– como? – fala Pearl ajeitando-se na cadeira.
– a sua amiga... anda distraída.
– ela tem os motivos dela. – diz Pearl agora se levantando.
– onde você vai? – pergunta Railey.
– ao banheiro.
Pearl vai saindo passando entre meio as cadeiras e indo falar com a professora em seguida saindo da sala, tudo foi tão rápido que Júnior nem se quer a viu saindo, Railey ainda continua voando no tempo, Iasmin e Kim estavam fazendo o trabalho, Júnior se levanta e vai até a professora muito rápido, Railey o observa sair da sala e começa a rir alto.
– tá doida garota? – falou Kim.
– não... – falava ela rindo. – é que...
– para de rir e fala logo, temos que terminar isso hoje! – completou Iasmin.
– aí... não é nada importante. – falou limpando os olhos cheios de lágrimas de tanto rir.
As outras duas voltam sua atenção pro trabalho enquanto Railey tentava se recompor aos poucos ainda sorrindo.

No banheiro Pearl molhava o rosto enquanto respirava o mais fundo que conseguia, ela sabia que não sentia atração pelo Júnior mas tinha vontade de beijar cada centímetro dele, foi então que ele entra no banheiro feminino e tranca a porta.
– tá louco garoto? alguém pode entrar... – disse Pearl indo pra porta.
– ninguém vai vir...
– como você tem tanta certeza?
– só se demorarmos muito aqui dentro. – dizia ele andando até ela.
– isso não vai dar certo Júnior... – falou Pearl com a respiração forte.
– e precisa dar certo pra isso acontecer?
Júnior agarra Pearl pela cintura deixando-a fraca com a pegada que tinha recebido, o beijo foi tão forte que as unhas de Pearl começaram a arranhar as costas dele após ela colocar as mãos por baixo de suas camisa e sentir seus músculos se contrairem enquanto a segurava com força, o beijo estava tão caliente que Pearl não pensava em mais nada até acordar do que parecia um transe e se afastar dele.
– não... não era pra isso acontecer...
– qual é Pearl, o que tá dizendo! – falava ele arrumando a roupa.
– não posso traia a Kim assim...
– qual é Pearl!
– qual é nada, eu já fui muito amiga dela!
– e acha que ela era sua?
– como? – Pearl fala retocando o batom.
– naquela época ela vivia falando mal de você, tanto pra mim quanto pra Iasmin.
– e você sabia disso e nunca me disse!
– estava mais amigo da Kim naquele momento até a gente começar a namorar e eu finalmente cair na real da cobra que ela é!
– não, não importa, você sabia de tudo e mesmo assim não me contou!
– sabe por que ela chamou você e Railey pra festa amanhã?
– porquê ela ainda tem consideração?
– como você é ingênua Pearl. – falou Júnior sentando-se no chão do banheiro.
– ingênua? menos viu, bem menos.
– ela chamou vocês porque quer fazer que vocês paguem um mico na festa, já que muita gente vai estar lá.
Pearl agora não acreditava que a Kim poderia ser tão ardilosa pra fazer aquilo, se passar de amiga todo aquele tempo, agora a dúvida que se instala na cabeça da Pearl era: “o que eu fiz pra ela?”, Pearl então recobra a consciência.
– sabe... se ela é assim tão ardilosa, eu também cansei de ser boa demais!
Pearl tira seu celular do bolso e abre no grupo onde estavam as cinco amigas, o nome do grupo... FIVE, faz muito tempo ninguém mandava mensagem, então depois de muito tempo uma mensagem da Pearl chega no whatsapp de todas com a seguinte mensagem...

Pearl: vamos para uma festa meninas?

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