•✨ Unidas para sempre
Kate corria contra o tempo, Clarie não tinha sido específica sobre que horas ela devia chegar no hospital, mas se estavam todos reunidos alguma coisa estava acontecendo, como Kate já havia enfatizado a distância de Willow Side até New Garden era grande então demorava um pouco, no caminho a mesma não sabia se mordia suas unhas ou se arranhava o banco do carro que tinha chamado pra leva-la mas de uma coisa ela tinha certeza a conversa não seria das boas.
Kate por fim chega até o hospital de New Garden, suas mãos estavam trêmulas mas mantinha um sorriso forçado no rosto enquanto se caminhava até a sala em que todos estavam.
– oi... o que aconteceu? – perguntou Kate entrando na sala.
– April não se lembra de quase nada daquela noite. – falou Clarie sussurrando.
– como assim? onde está o Will?
Clarie olhava para Kate com indiferença, ela no fundo sabia que existia algo entre eles ou deveria ser somente coisa de sua cabeça.
– ela... terminou com ele, ou ele terminou com ela, não entendi direito.
– meu Deus...
– não vem dizer que ficou triste Kate.
– como?
– você é sonsa mas nem tanto.
– licença, me deixa falar com ela. – falou Kate saindo da frente de Clarie.
Kate foi devagar até a cama onde April estava deitada, ainda com medo do toque de alguém e cheia de hematomas por todo o corpo, ela tinha terminado com Will por algum motivo, na cabeça da Kate foi por que ele a tinha deixado sozinha enquanto curtia no bar, mas aquilo não fazia muito sentido em sua cabeça.
– April... é a Kate...
– ...
April mantém seu silêncio enquanto olhava nos olhos da Kate e a mesma não sabia distinguir se o que ela estava sentindo era ódio ou medo, os olhos de April enchiam-se de lágrimas enquanto encarava Kate.
– sai daqui! – dizia April.
– April eu...
– sai daqui, me da nojo olhar pra sua cara, tudo que consigo lembrar é daquela música estupida e dessa sua voz enquanto eu estava vivendo meu pior momento estavam todos lá, te aplaudindo, te aclamando, só consigo ouvir sua voz do fundo do bar e isso... – ela começa a chorar. – e isso é triste pra caralho!
– me desculpa, eu não sabia que isso podia acontecer!
– o que menos esperamos acontece sabe...
Kate se afasta de April passando por Luke e Zoe que continuaram sentados nas poltronas, Clarie acompanha Kate até fora da sala e para na sua frente fechando a porta.
– sabe porquê te chamei aqui? – disse Clarie.
– por?
– pra ver se você tem um pingo de decência na sua cara e contasse a ela que você ficou com o Will no banheiro, mas pelo visto não tem!
– Clarie eu...
– não vem me dizer que pode me explicar, ela terminou com ele não porquê soube disso, e sim porquê estava com nojo do toque dele, medo de ser tocada, isso não é culpa sua, ou talvez seja...
– a culpa não é minha, ele que tinha comprometimento com ela e foi atrás de outras bocas pra beijar, acho que porquê ela não o satisfazia na cama!
– olha só... a cantorinha de quinta resolvendo se revoltar.
Kate agora deu um tapa tão forte no rosto de Clarie que o som ecoou por todo o corredor do hospital, as enfermeiras pararam e observaram a briga e depois continuaram a fazer suas coisas.
– a culpa não foi minha!
– isso... – disse Clarie com a mão no rosto. – vai dizendo isso pra ver se a culpa sai da sua mente, sua vaca!
Clarie agora entra novamente no quarto em que April estava deixando Kate sozinha no corredor que agora estava tomada pelo ódio, Kate sai do hospital o mais rápido que conseguiu pegando um uber e indo direto pra sua casa.
–★–
Wendy chegava em sua casa, a caminhada estava longa junto com seus pensamentos, ela tinha decidido naquele instante que iria se afastar de Gustavo, era o que ela queria pois na cabeça dela como alguém poderia explanar algo pra outra pessoa, assunto esse que é sobre a determinada pessoa, seu coração estava em fúria mas também entristecido.
Wendy chega em sua casa, seus pais estavam reunidos na sala de estar com seu irmão Wender, ela apenas chega e se senta no sofá.
– como foi hoje filha? – pergunta sua mãe.
– estressante, porém deu pra aproveitar o dia.
– estávamos rindo aqui olhando as fotos de família. – continuou sua mãe. – olha aqui como você era linda...
Wendy repara a foto e percebe que era a mesma roupa que usou no dia do seu aniversário, era a foto do dia do seu aniversário, quando as pessoas lhe evitavam pela sua aparência, tudo voltou como um turbilhão na sua cabeça, Wendy se levanta num pulo só do sofá.
– o que aconteceu filha? – perguntou sua mãe, seu pai e irmão também a olhavam.
– você sabe que não gosto de olhar essas fotos, rasga isso.
– não! Wendy, essa fase já passou...
– pode ter passado pra você mãe mas pra mim... tudo voltou quando eu vi, todas as inseguranças... – dizia ela enxugando o rosto.
– desculpa, sabe que não mostraria se eu soubesse...
– tudo bem, você não tem culpa.
Wendy segue pro seu quarto triste consigo mesma, agora sua insegurança havia retornado com tudo, desde o convite da Pearl para a festa até a traição do Gustavo, seguido pela fotografia de anos atrás, seu coração doía pois as dores do passado agora passavam lentamente em sua mente e ela não podia fazer nada a não ser reviver tudo aquilo em sua mente que ela já havia trancado.
Seu celular toca por fim a fazendo sair de seus pensamentos tristes e depressivos.
– Wendy... é o Henry, você vem?
– ... – Wendy respira fundo. – acho que não.
– porque?
– olha Henry, não tô bem agora pra me encontrar com você, pessoa que também não me fez bem no passado então sugiro nos vermos outro dia...
– certo... melhoras.
– obrigada.
Wendy desliga o celular e o põe no modo avião pra não ser incomodada por ninguém, depois se levanta desliga a luz e vai dormir profundamente pra tentar esquecer tudo que tinha vivenciando nós últimos minutos.
–★–
Pearl sai do seu quarto furiosa indo para sala de estar com o ódio em tudo de seu corpo, mente, coração, e inclusive em seus pés que pisavam forte no chão.
– filha desculpa. – disse seu pai se aproximando.
– desculpa? essa casa não é só sua... – Pearl começa a rir. – essa casa nem é sua pra início de conversa.
– eu sei e me desculpa, mas eu estava com saudade delas.
– e não sentiu saudade minha por 18 anos?
– Pearl... por favor, na época a relação com sua mãe não estava bem e eu estava me desgastando...
– isso mesmo! – Pearl o interrompe. – a relação com ELA, com ELA não estava bem, o que eu fiz pra merecer nascer sem meu pai presente? – Pearl começa a chorar.
– me desculpa...
Pearl não conseguia parar de chorar, agora sentada no sofá tentando enxugar suas lágrimas que não paravam de cair nenhum segundo, Lindsey e Nayara chegam na sala tentando se desculpar pelo ocorrido.
– nos desculpe Pearl, seu pai não teve culpa nenhuma, nós que entramos em contato com ele por estarmos com saudades.
– por favor parem...
– não! viemos nos desculpar por algo que nem devíamos ter vindo pedir desculpas. – falava Lindsey.
– olha aqui garota!
Pearl se levanta pronta pra gritar enquanto seu pai tentava lhe acalmar e Nayara segurava a filha, mas a discussão não teve continuação muito longa, o celular de Pearl agora tocava sem parar, ela revira os olhos para as outras duas e novamente se senta pra atender.
– alô?
– Pearl, é o Tommy...
– o que tá fazendo com o celular da Railey?
– ela foi atropelada. – disse com a respiração ofegante.
– o que! – Pearl se levanta.
– desculpa dar a notícia assim, mas precisava falar pra alguém e não podia falar com os pais dela...
– em que hospital ela está?
– o memorial de LeeLand.
– você está com ela não é? fica por mais um tempo até eu chegar, só não a deixe sozinha!
– jamais iria deixar.
– estou indo...
Pearl desliga e com a mesma roupa que havia chegado sai de sua casa correndo sem dar explicação alguma para Lindsey, Nayara e Petrick que apenas ficavam olhando-a sair da casa sem dizer nada, Pearl se concentrava para não chorar só seguiu seu caminho até o hospital o mais rápido possível.
–★–
Emma chegava na sua casa, o uber tentava puxar assunto com ela mas a mesma só pensava na sua vida e em tudo que passou nos últimos anos, assim que se aproxima de sua casa seu celular começa a tocar, estava no silencioso por conta disso ela não vê quem estava lhe ligando, Willow Side estava agora mais calma do que nunca, as ruas sem ninguém, as árvores quietas sem o ar que as faziam balançar de um lado ao outro, mas Emma não estava ligando pra isso só queria chegar em sua casa e ir dormir.
O uber encosta em frente a sua casa da uma risada e pede desculpas para Emma caso a sua conversa a tenha incomodado, ela se desculpa, paga ao motorista e desce do carro, seu olhar foi de relance a única pessoa que estava parado em frente a sua porta na varanda de sua casa, o olhando novamente ela pensa “fala sério”.
– o que você quer David? – diz Emma indo até a varanda.
– eu sinto sua falta...
– já disse que não quero que você sinta pena de mim... disse isso a mim mesma no caso.
– Emma... – falava ele sentando-se no degrau da escada. – você é uma das amizades mais importantes que eu tenho, não queria que acabasse desse jeito.
– sabe David, não vou mentir pra você, por um lado eu estou devastada, destruída, arrasada pela nossa história, mas meu outro lado... – ela olha pro céu e respira um pouco. – agradece por tudo que aconteceu.
– agradece?
– você é tóxico, bom, pelo menos pra mim você é.
– e você é infantil, desculpa lhe dizer isso mas é verdade.
– infantil? – Emma da uma risada alta.
– sim, não sabe diferenciar uma ficada de uma amizade, éramos apenas amigos até acontecer essa maldita ficada.
– foi mais que uma ficada pra mim, não ficamos só uma, duas, três vezes David, foram mais e mais que isso, se você quisesse ficar só na base da amizade teria cortado no primeiro beijo que demos.
– como eu ia pensar que iria estragar a amizade da gente?
Emma já estava tão cansada daquela conversa que apenas não respondeu nada, o deixou olhando pro seu rosto, sua feição preocupada enquanto a mesma agora ficava de pé na varanda.
– estou tão cansada desse assunto...
– e eu não? – falou David levantando-se.
– pelo visto não, já que é você quem está me procurando pra reviver um assunto que segundo você, está morto.
– ...
– foi o que pensei, agora me da licença, e volta pra sua casa.
Emma o deixa sozinho na varanda e entra em sua casa, não reparando que sua mãe estava parada em sua frente já que estava de cabeça baixa, ela levanta a cabeça e tem um leve susto quando a vê parada diante de seus olhos que prendiam algumas lágrimas.
– não tem nada que queira me contar? – disse sua mãe.
– não... – falou Emma franzindo a testa.
– Emma, eu confio em você pra você fingir que não tem família e ligar o foda-se pra gente.
– se for aquele assunto de passar mais tempo com vocês já estou resolvendo isso...
– não... o que é isso? – pergunta agora dando seu celular pra Emma.
A mesma agora olhava o celular seu olhar de espanto ao ver determinado vídeo havia ficado marcado no olhar de sua mãe que tentava conter as lágrimas, no vídeo de alguns anos atrás estava Emma no banheiro da escola com três meninos aos beijos e sem roupa dentro de um box do banheiro, o coração de Emma quase sai pela boca mas ela respira fundo não olhando nos olhos de sua mãe e devolve o celular.
– eu confiava tanto em você...
– mãe, isso foi há anos atrás!
– eu não ligo! isso é você não é? no banheiro da escola com três homens, e você nem... – sua mãe começa a chorar.
– eu mudei! não tem porquê ficar com raiva desse assunto que foi a muito tempo.
– a trouxa aqui é a última a saber não é...
– já parou pra pensar que isso pode ser montagem ou...
– para de se contradizer! – interrompeu sua mãe. – você mesma acabou de confirmar que isso foi faz alguns anos!
– desculpa...
O rosto de Emma agora estava vermelho com o tapa que havia levado, suas mãos apoiadas no chão enquanto sua mãe gritava com ela, Júlia sua irmã chega pra tentar amenizar tudo, acalmando a mãe que continuava gritando, Emma só conseguia escutar um zumbido com a voz de sua mãe um pouco abafada enquanto o ódio preenchia seu corpo, Emma agora estava de pé subindo as escadas lentamente ouvindo cada palavra que sua mãe lhe dizia, ela se tranca em seu quarto onde se sentia segura e agora chorava debaixo das cobertas sem ninguém para lhe consolar ou dizer que iria ficar tudo bem.
–★–
Pearl agora estava dentro do hospital falando com a recepcionista que procurava em que quarto a Railey estava, a medida que ela procurava o número e o andar em que estava esse maldito quarto, Pearl pega seu celular e manda uma mensagem no grupo já que por ligação nenhuma estava atendendo.
– quarto 312, está no terceiro andar. – falou a recepcionista.
Pearl pega de sua mão um cartão que lhe dava acesso aos elevadores, ela estava tão assustada que estava fazendo tudo na maior pressa, entrando no elevador apertando várias vezes seguidas o botão de número 3, até que ela chega e o elevador abre as portas onde para ela parecia uma eternidade, Pearl agora corria desesperada pelos corredores do hospital procurando o quarto de número 312 até ver o Tommy em frente ao quarto.
– onde ela está!
– Pearl, ainda bem que você veio.
– onde ela está! – gritou Pearl.
– dentro da sala, a enfermeira está falando com ela e me pediu pra aguardar aqui.
– então está tudo bem com ela não é?
– sim... tirando o fato de eu ser a última pessoa que ela queria ver na vida quando acordasse.
– eu já posso até imaginar que você é o motivo dela estar toda estranha desde cedo. – falou Pearl verificando o celular.
– mas ela que quis dessa forma.
– tem certeza disso?
– você que fale com ela, ainda não contei aos pais dela, se quiser ligar fique a vontade, eles não se dão bem comigo.
– muito menos comigo.
– então pelo menos nisso somos parecidos... eu... vou indo agora, diga a ela que eu sinto muito, mas estou aqui para o que ela precisar.
Tommy da um toque no ombro de Pearl e vai embora a deixando no corredor, Pearl sentiu verdade nas palavras de Tommy mas não podia deixar de pensar por qual motivo Railey resolveu se afastar dele. A enfermeira sai do quarto e libera acesso para que possam entrar.
Pearl entra devagar e da porta já consegue ver a perna de Railey no gesso enquanto a outra estava cheia de arranhões, ao seu olhar ir de encontro com o da amiga as duas começam a rir e Pearl corre para abraçar a amiga.
– está bem? – pergunta Pearl.
– não... estou toda fodida nessa cama. – falou Railey rindo.
– o que aconteceu?
– fui atropelada.
– jura? Railey tô falando sério!
– as outras meninas sabem?
– mandei mensagem e liguei pra casa uma, se não atenderam é porquê estão ocupadas...
– quero contar com todas aqui.
– Railey!
– não quero contar a história duas vezes.
Pearl revira os olhos e se senta em uma poltrona que estava do lado da cama em que Railey repousava.
– quer que eu ligue para seus pais? – perguntou Pearl.
– não... ainda não, passei a noite fora e eles nem se quer ligaram para meu celular.
– mas você mesma não gosta deles.
– realmente... mas antes que você ligue quero falar com as meninas sobre o que aconteceu.
Pearl revira os olhos mais uma vez enquanto mexia em seu celular onde já havia resposta das meninas, de cada uma delas dizendo que estavam vindo até o hospital.
– elas estão vindo.
– quem diria que pra todas se reunirem uma de nós precisa quase morrer. – falou Railey.
Emma depois que havia despejado cada lágrima em seu cobertor e ter deixado encharcado resolve tomar banho para aliviar o estresse, estava pronta para vestir sua roupa mais confortável já que não iria mais sair, saindo do banheiro ela pega seu celular onde observa as chamadas perdidas de Pearl, vai ao grupo onde tinha a notícia de que Railey tinha sido atropelada, logo ela confirma sua ida até o hospital e começa a se vestir muito rápido, mais do que o normal, ela abre a porta de seu quarto bem devagar para não fazer barulho e segue para o andar de baixo, não havia ninguém e se tinha alguém naquela casa não conseguiram vê-la saindo.
Wendy assim que acorda olha direto seu celular, várias mensagens da Pearl e também várias chamadas perdidas, após ler tudo ela se arruma num piscar de olhos e avisa a sua mãe sobre o ocorrido, do grupo a Wendy era a que tinha a relação mais saudável com os pais, sentiam uma confiança de ambas as partes, sua mãe até tinha se oferecido pra lhe levar mas Wendy dispensa a ajuda e segue rua afora seguindo para o hospital.
Kate estava quase chegando na sua casa, observando o caminho, tudo, cada parte do caminho de New Garden, as ruas nunca foram movimentadas por lá, diferente de Willow Side e LeeLand lá era bastante perigoso, um exemplo do perigo foi o que aconteceu com a April no dia do bar que até hoje ela guardava sua culpa do acontecido, seu celular começa a tocar, um número desconhecido estava ligando pra ela, mas antes de atender ela vê as ligações perdidas de Pearl e as mensagens na barra de notificação então ela recusa a chamada e pede para o motorista seguir para LeeLand o mais depressa possível enquanto colocava as mãos em sua cabeça com medo de ter acontecido o pior.
Pearl continuava com a Railey que agora estavam sorrindo sem parar depois que a Pearl contou sobre a filha e a nova mulher de seu pai.
– não acredito que ele fez isso. – dizia Railey ainda rindo.
– e você acha isso engraçado?
– chorar eu não vou, imagino sua cara entrando no seu quarto e vendo uma garota desconhecida na sua cama.
– folgada essa Lindsey viu.
– e qual o nome da mãe? – Railey se ajeita na cama.
– Nayara, ele a chama de Nay... nunca pensei que fosse dizer isso mas... que saudade da minha avó.
– só dela?
– não só dela... acho que sinto da minha mãe também.
– você não acha, você sabe que sente.
– aí tá bom... vou pegar água que já estou cansada de tanto falar com você.
Pearl se levanta enquanto Railey ainda estava rindo baixo com a situação, ao abrir a porta ela encontra Wendy e Emma, o brilho no olhar de Pearl e das meninas se formou e se abraçaram as três.
– nem acredito que tô revendo vocês depois de tanto tempo! – falou Pearl.
– nem foi tanto tempo assim Pearl, cadê a Railey? – disse Emma.
– está na cama...
As três agora entram no quarto e observam Railey deitada com a perna suspensa com gesso, Wendy e Emma vão abraçar a amiga o mais rápido possível.
– que bom que você está bem. – disse Wendy.
– não é hoje que vou bater as botas Wendy, ainda vou brigar muito com você.
– assim espero.
– o que você estava fazendo no meio da chuva? – perguntou Emma.
– estava de dia Emma.
– só porquê estava não quer dizer que não seja perigoso.
– Emma tá certa Railey. – disse Wendy.
– vocês nem sabem da história pra começo de conversa.
– então explica pra elas Railey, não só pra elas, pra mim também. – falou Pearl sentando-se impaciente.
Railey agora se senta na cama e começa a contar toda a história que tinha acontecido envolvendo ela, Tommy e Marie, a medida que as coisas iam sendo revelados as três que estavam ouvindo iam ficando mais de boca aberta, alguém bate na porta e Pearl vai atender e encontra Kate que já entra abraçando Pearl e interrompendo a história de Railey.
– nem acredito que você tá viva! – falou Kate olhando pra Railey.
– queria que eu estivesse morta?
– em partes sim. – falou agora indo abraça-la.
– que saudade Kate!
– também estou, se bem que não vou demorar muito...
– porquê não? – diz Pearl indignada.
– o Will me ligou, mas ainda estou vendo se vou encontrar com ele ainda.
– Kate... pra você ficar com mais culpa e... olha, não te digo mais nada. – falou Emma se sentando.
– quem é esse tal de Will? – perguntou Pearl.
– também quero saber. – indagou Railey.
– temos muitas coisas pra atualizar pelo visto. – dizia Wendy. – mas agora os holofotes são da Railey, continua...
Railey começa a história do início embora Pearl, Emma e Wendy protestassem contra isso, Kate assim como as meninas ficou chocada por cada palavra que saia da boca de Railey que não sabia se sorria ou continuava séria com as caras e bocas que todas faziam, assim que Railey termina de falar sobre tudo que aconteceu as meninas começam a falar desesperadamente.
– olha, eu encontrei com o Tommy antes de entrar no quarto e realmente ele parecia gostar muito de você. – disse Pearl.
– ele gosta, eu sinto isso, mas a questão é que ele é meu irmão!
– realmente, nesse quesito eu vou ter que ficar do lado da Railey. – disse Emma.
– dane-se se são irmãos ou não... – falou Kate se levantando. – se os dois se gostam devem mais é que se entender!
– eu não posso fazer isso Kate, tenho que saber de tudo, vindo da minha família e da família dele!
– e quando você vai procurar saber disso? – pergunta Wendy.
– assim que vocês saírem daqui.
– nossa, tá expulsando? – indagou Emma.
– não, só estou dizendo...
– mesmo assim já está tarde, são quase oito horas da noite e eu aqui, foi bom demais estar com vocês meninas. – disse Wendy.
– é verdade, sem falar que o caminho até New Garden é bastante perigoso. – afirmou Kate.
– então, você não vai poder ir pra tal festa amanhã que a Pearl nos convidou não é? – perguntou Emma.
– claro que não, minha perna tá toda fodida.
– pois deveria ter morrido no acidente. – falou Emma. – brincadeira tá?
– também acho que não vai dar pra mim. – dizia Kate. – amanhã tem o meu encontro com o dono da gravadora, não sei quanto tempo vou demorar, ele quer me encontrar no final da tarde pro início da noite, horário que começa a festa.
– então ninguém vai? – Pearl franze a testa.
– eu continuo de pé. – falava Wendy. – embora... deixa pra lá.
– embora o que?
– nada Pearl...
– eu também vou... – falou Emma pegando sua bolsa.
– tudo certo então, mando o endereço pra vocês pelo whatsapp, só não se atrasem...
As meninas continuaram conversando por alguns minutos até Kate insinuar que realmente precisava ir por conta do horário e então todas se levantam exceto Railey que apenas observava as amigas se arrumar, Kate por último fica de pé diante a cama de Railey e respira fundo e começa a falar.
– meninas, quero que vocês saibam...
– pensei que você ia rezar, fiquei até com medo. – falou Railey sorrindo em couro com as outras.
– não... de verdade, considero muito cada uma de vocês, temos nossas vidas, temos nossas brigas internas mas por incrível que pareça eu amo muito nossa amizade e amo muito vocês... – falava Kate com os olhos cheios de lágrimas. – é difícil eu me expressar assim, mas só quero que vocês saibam disso.
– estarei com vocês sempre! – falou Wendy.
– unidas para sempre? – perguntou Emma sorrindo olhando pra cada uma.
– sempre! – falou Pearl.
As cinco agora se juntam ao redor da cama da Railey e se abraçam antes de irem embora por conta da hora, momentos raros como aquele mereciam com certeza ser guardados no coração e na vida, uma emoção forte envolvia cada uma de diferentes formas naquele quarto, uma a uma foi se despedindo de Railey que foi ficando sozinha pensando agora se ligava para seus pais e descobrir de vez toda a verdade entra a família do Tommy e a sua, mas o momento foi tão bom com as amigas que ela deixa o celular de lado e tenta dormir pra descansar um pouco.
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