•✨ Anjos caídos
Já era mais que a madrugada, o sol estava nascendo, várias pessoas cercavam a casa de Kim que agora estava acordada falando com os policiais, Pearl por sua vez chorava sentada atrás da ambulância enquanto era amparada pela Emma que estava morrendo de medo do que poderia acontecer, não demorou muito para que os policiais fossem falar com as duas que estavam trêmulas atrás da ambulância e morrendo de medo, aliás quem não estaria com medo?
– então estavam na festa e quando se deram conta ela havia desaparecido? – perguntou o policial.
– sim... a garota morta é filha do pai dela. – dizia Emma.
– então seus pais são separados?
– sim eles são...
– não estou perguntando a você, quero que a Pearl não é? quero que a Pearl responda as perguntas.
Emma revira os olhos com raiva do policial e se senta ao lado da amiga que agora levantava a cabeça devagar e fitava o policial com todo o ódio do mundo.
– sim, são separados, o que isso tem a ver com a morte da Lindsey?
– estamos levando tudo em consideração...
– policial James vem cá! – grita um outro policial.
– já vou... fiquem aqui.
O policial James sai de perto da ambulância e vai em direção ao seu colega de trabalho, rapidamente Emma se vira pra Pearl e começa a falar quase cochichando.
– acha que a Kim falou sobre a briga no banheiro?
– impossível, ele teria perguntado o que teria causado eu fazer isso com ela.
– eles podem ter suspeitos... – Emma estica o pescoço para vê-los.
– acho muito cedo pra eles deduzirem alguma coisa, acho que podem até nos levar pra delegacia.
– aí meu Deus!
– calma Emma, não é nada demais.
– nada demais? por Deus, Pearl acha que está tudo bem? eu fui a primeira a ver a garota morta, o que vão achar?
– isso não te torna culpada... cadê a merda da Wendy quando se precisa dela!
– foi se encontrar com o Henry...
– o que!
– esqueci de te contar com isso tudo.
– ela não podia ter saído, vão dizer que ela estava com a gente provavelmente.
– mas se ela não fez nada de errado...
Pearl lança um olhar preocupado para a amiga que tentava ainda se manter em sã consciência, suas mãos trêmulas seguravam as de Pearl como se tudo estivesse acabado e elas fossem sair como culpadas, Pearl só conseguia pensar na Wendy e no ódio que estava sentindo dela pois era sempre bem vindo um ombro amigo naquela situação e ela simplesmente preferiu outra pessoa ao invés das amigas.
–★–
No apartamento de Henry as coisas iam de mal a pior, não por estarem brigando ou que o encontro estivesse ruim, por outro lado... estava quente até demais, Wendy estava por cima do corpo de Henry sem camisa beijando cada parte de seu corpo enquanto o mesmo acariciava seus seios e com a perna fazia movimentos para cima e para baixo nas pernas de Wendy que se arrepiavam ao seu toque, Henry então decidi comandar tudo e a coloca virada para cama, com suas costas nuas e frias a mostra para ele que agora encostava sei corpo que estava só com a cueca box, Wendy sente um leve arrepio ao sentir o volume do pênis de Henry em sua bunda enquanto ele beijava levemente suas orelhas e tirava seus cabelos de frente de seus olhos, ele então passa seu braço pelo pescoço de Wendy enquanto mordia seu pescoço, Wendy tentava gemer baixo o mais baixo que conseguia mas ao ouvir as palavras vindas da boca de Henry em seus ouvidos lhe dizendo “pode gritar, os vizinhos não ligam.”, foi então que Wendy esqueceu de todos os seus princípios e começou a gemer o mais alto que conseguia enquanto Henry penetrava em sua vagina seus olhos se reviravam lentamente, os dedos de Henry em sua boca, ela os mordendo suavemente enquanto sentia Henry dentro dela saindo e entrando, o mesmo movimento que fazia Wendy subir nas nuvens, suas pernas estavam trêmulas pois agora estava acocorada sentando no Henry que apertava sem parar a sua cintura enquanto a via rebolar, em seguida ele a joga para frente e começa a dar alguns tapas em sua bunda, Wendy gritava de prazer ainda o sentindo dentro de si mesma, ele começar a foder ela com força sem parar até lançar um gemido mais grosso que o normal junto a voz suave de Wendy ambos haviam gozado, Henry tira o pênis devagar de dentro de Wendy e se deita na cama seguido dela, os dois agora sorriam um para o outro com os olhares fixados.
– ui... – Wendy respira fundo. – tinha até me esquecido de como você era na cama...
– pois eu nunca esqueci de como você era. – ele a beija no rosto.
– por que você fez aquilo comigo então? no passado...
– ah Wendy... – Henry se senta na cama. – tá tão bom o clima, pra quê tocar nesse assunto?
– só me deu curiosidade, mas se não quiser falar tudo bem...
Ela agora estava de joelhos atrás dele com seus braços em volta de seu pescoço enquanto cheirava seus cabelos pretos e sedosos.
– só quero que saiba que não foi nada pessoal, não teve nada a ver conosco praticamente...
– até porquê estávamos bem... – disse ela agora se sentando. – pelo menos era o que eu achava.
– e você não achou errado, eu que era problemático demais pra você.
– mas na época você achava que eu merecia?
– não, você é uma garota de ouro Wendy, jamais iria te trair novamente sabendo como você é, sabendo como eu sou hoje em dia, te garanto que mudei.
– não sei se acredito em você.
– nem precisa acreditar... vou ganhar sua confiança, vou pedir uma pizza, você quer?
– não...
– mas você não comeu a noite toda em que estávamos aqui.
– não quero, pode pedir pra você.
Henry a olha confuso e segue para a sala de estar a deixando sozinha no quarto, agora ela se levanta e começa vestindo a calcinha que estava jogada no chão do quarto e em seguida seu short jeans, logo depois vai até o banheiro para lavar o rosto mas não foi bem o que ela foi fazer, ao se separar com seu rosto e seu corpo no espelho do banheiro as lágrimas vieram sem aviso prévio, seu rosto estava encharcado o que não demorou muito tempo para a mesma que agora estava de joelhos em frente a privada colocando seus dois dedos no fundo da garganta a fazendo vomitar o que nem tinha comido mas para ela, a comida que havia ingerido na festa ainda estava tudo em seu organismo e precisava ser limpo.
Dentro de minutos seu celular começa a tocar, ela sai do banheiro após lavar o rosto e vê que é a Emma que ligava, Wendy não estava mais em LeeLand, estava em Willow Side e não queria voltar caso alguma coisa tivesse acontecido então após ver a ligação da amiga ela desliga o celular e volta a deitar na cama mas sua consciência pesou de alguma forma então ela pega novamente o celular e disca o número da amiga.
– o que foi agora? – pergunta Wendy ainda deitada na cama.
– é a Pearl, onde é que você está?
– com o Henry, o que houve?
– achamos a Lindsey.
– que bom não é, pelo menos você não sai tão culpada.
– acharam ela morta Wendy...
Wendy deixa sair um leve suspiro de susto enquanto sua mão ia em direção a sua boca, ela não estava acreditando no que acabara de ouvir.
– estou indo encontrar vocês.
– não acho melhor ela vir... – disse Emma de fundo.
– porquê não? – Wendy pergunta.
– tá cheio de policial por aqui Wendy, mais uma de nós indo pra delegacia não ia prestar.
– mas eu estava com vocês, e provavelmente alguém vai falar que estávamos em três nesse maldita festa.
– é verdade Emma... – começou Pearl. – ela precisa vir, com certeza alguém gravou a briga da gente.
– enfim, vou me vestir e encontro vocês nas mediações da casa da Kim.
Wendy desliga o celular e veste toda a sua roupa o mais rápido possível, Henry chega em seguida segurando a pizza que havia pedido e começa franzindo a testa confuso ao ver Wendy tão apressada em sair de lá.
– pra onde vai?
– desculpa Henry, minhas amigas estão precisando de mim, se der tempo eu posso voltar...
– certo, é muito sério?
– encontraram uma amiga nossa morta, na verdade ela não era nossa amiga... enfim, tenho que ir.
– me mantém informado...
Wendy lhe da um selinho e corre o mais rápido que consegue sai do do apartamento e indo direto para o elevador, mesmo sabendo que poderia ir parar atrás das grades, ela não iria abandonar suas amigas.
–★–
Kate agora estava acordando após quase não dormir na noite passada pensando sobre o contrato e no Will, e após pensar nele acidentalmente pensou em toda a noite que a April sofreu nas mãos de marmanjos quaisquer e logo perdeu o sono e foi assim a noite toda, ia e voltava mas agora, ela estava de pé agora naquela manhã, veste por fim uma roupa confortável e segue para o andar debaixo para comer, ao chegar na cozinha ela se senta e começa a comer até seu pai entrar como louco na cozinha lhe dando um tapa no rosto enquanto seu prato voava longe.
– qual o seu problema! – gritou Kate.
– já te falei que não quero você envolvida com porcaria de música nenhuma!
– quem te falou que eu estava envolvida com música?
– não se faça de sonsa Kate, uma garota veio aqui lhe entregar o papel para assinatura.
– e qual o problema se eu quiser seguir essa carreira? melhor que você em qualquer carreira eu vou ser, pode ter certeza disso!
– olha como você fala comigo!
– e olha como vocês fala comigo, se quer respeito me trate como gostaria de ser tratado!
– você não vai seguir essa porcaria de vida!
– vou com ou sem apoio de vocês!
– então vai ser sem nosso apoio, depois dessa semana quero você fora dessa casa!
O pai de Kate agora sai da cozinha mas antes de sair o mesmo aponta para o prato que ele mesmo quebrou e diz “limpa essa merda”, Kate olha para os cacos de vidro espalhados pelo chão em seguida olha para sua mãe que estava na porta da cozinha e tinha presenciado tudo.
– você gosta de viver desse jeito? – Kate chorava.
– eu...
Sua mãe não diz mais nenhuma palavra e então da as costas para a filha que agora estava agachada recolhendo os cachos de vidro, mas nesse momento, algo a fez retornar ao passado, olhava atentamente até os cacos de vidro espalhados no chão e para seu pulso que era completamente marcado de cortes que ela mesma fazia em si.
Kate não pensa muito, joga a maioria dos cacos no lixo mas um deles estava em seu bolso, ela agora segue para o banheiro do andar de cima pisando muito forte no chão com a maior raiva que conseguia encontrar dentro de si, entrando no banheiro ela tranca a porta e se senta no chão do banheiro ao lado da privada, ela pensa milhões e milhões de vezes antes de fazer o que estava prestes a fazer mas o impulso foi maior e junto com o ódio o vidro rasgava sua pele devagar enquanto suas lágrimas se misturavam com o sangue que pingava sem parar no chão, depois com o outro lado do vidro ela corta o outro braço mais fundo que o anterior mas ela não sentia dor nenhuma, só o ódio prevalecia naquele instante, raiva de seu pai, raiva de sua mãe, raiva de si mesma por se permitir viver de tal forma, mas não tinha para onde ir, e com certeza depois de ver seus pulsos sangrando ela sabia que tinha chegado novamente ao fundo do poço e que dessa vez não iria deixar ninguém a colocar pra baixo de novo, sobre como ela era antes disso tudo, uma garota com vida e feliz independente de seus problemas, mas com a idade consequentemente vinham as dores da infância e de tudo que ela passou junto, quantas vezes ela também pensou em desistir, mas vendo seu sangue cair no chão ela decide ser mais forte que aquilo tudo.
–★–
Railey esperava ansiosamente pelo Tommy, não sabia em que horário ele iria, mas sabia que era na parte do dia, eram exatamente oito horas da manhã, ela já conseguia encostar seu pé no chão por pouco tempo, mas conseguia então pra ela era o que importava, Railey treinava sozinha já que a única enfermeira que ia até seu quarto era pra entregar remédios e saia vindo só no outro dia, ela não falou mais com sua mãe depois do que soube e também não recebeu mais nenhuma visita, o tempo foi passando e com isso a ansiedade aumenta com toda a velocidade, alguém bate na porta do quarto e ela consegue ver os cabelos ondulados de Tommy que entrava e a observava sentada por cima de algumas almofadas no sofá e seu pé apoiado em um banco.
– estou aqui...
– veio rápido, achei que iria vir só pela tarde...
– e deveria vir, minha mãe quase não me deixou sair de casa, está um inferno desde que ela voltou e...
– vamos direto ao ponto.
– certo. – Tommy se senta.
– eu sei de tudo agora... minha mãe veio e me contou tudo que rolou com sua mãe, com a minha, com meus pai... uma confusão e uma baita cachorrada dos três.
– eu sei...
– mas... quando o Zack disse que éramos irmãos, o que me passava na mente era justamente sermos meios irmãos, e não irmãos de sangue Tommy, seu pai é meu pai! sua mãe é minha mãe!
– eu sei disso, mas a questão é que não temos culpa disso tudo!
– olha Tommy, mesmo não tendo, você praticamente se aproveitou da minha bondade com você porquê eu estava me sentindo culpada por você no dia em que a Marie me beijou, e você simplesmente deixou essa aproximação acontecer...
– juro que não fiz por querer, eu no começo só queria saber como você era, mesmo sabendo que era minha irmã, não é mentira o que eu digo a você, eu realmente te amo mais do que já amei alguém na minha vida...
– Tommy para! chega! esquece tudo que aconteceu! – Railey gritava. – não vai ser possível ficarmos bem!
– não precisa gritar Railey, você me ama, e eu sei disso, se você não quiser fazer esse amor acontecer eu vou te entender e jamais ficarei com raiva de você... não poderia.
– eu queria que tudo isso fosse mentira Tommy. – ela começa a chorar. – mas não é, então de uma vez por todas, eu peço que você não me espere mais, quero que você siga em frente com sua vida e me deixe de uma vez para trás...
– não vai ser... fácil Railey, eu te amo!
– você vai deixar de amar, assim como eu também vou, não teríamos paz na nossa relação, e pra evitar tudo preciso que você me esqueça.
– me chamou pra partir meu coração de novo?
– se você achou que era uma reconciliação... achou errado.
Tommy ainda a fitava com o olhar, as lágrimas caindo sem parar de seu rosto, Railey porém não o encarava, olhava para a janela do quarto observando outros prédios sem conseguir ver o chão.
– então dessa vez o adeus é definitivo Railey?
– sim...
Tommy aproxima-se de Railey e lhe da um beijo na testa enquanto segurava sua mão, ele agora partia do quarto a deixando sozinha, assim que Railey escuta a batida da porta ela olha em direção a ela, dessa vez estava sozinha deixando as lágrimas caírem sob seu corpo, as duas mãos em seus olhos enquanto afundava na cadeira mordendo os lábios para não gritar pela dor de ter perdido um possível único amor de sua vida para sua família, tudo que eles viveram agora vinham como flashbacks em sua mente, seu coração doía mas ela sabia que uma hora teria que aceitar tudo e superar.
–★–
A polícia agora já sabia da briga que tinha acontecido e com isso todos os envolvidos foram levados até a delegacia como possíveis suspeitos, Júnior, Emma, Pearl, Kim e Iasmin estavam agora na sala de espera da delegacia aguardando serem chamados para o interrogatório começar, Pearl ainda não teve coragem de ligar para seu pai e contar tudo mas o policial já havia dito que iria ligar então seu coração não parava de acelerar a cada toque de telefone que ela escutava vindo de todos os lados da delegacia.
– fica calma Pearl... – fala Emma.
– tô tentando... o que vai ser da minha vida Emma.
– vai ficar tudo bem, não temos culpa em nada disso.
– eu tenho! – exclamou ela. – eu deveria estar de olho nela, agora ela está morta...
– ...
– eu tô com tanto medo.
– a Wendy já está chegando, provavelmente ela foi até LeeLand e não nos encontrou, deve estar vindo pra cá.
– o que a Wendy vai fazer?
– o policial disse que também queria falar com ela.
– mas ela também não tem culpa.
– você é tão burra as vezes Pearl....
Wendy então aparece na sala de esperar observa todos que estavam sentados e logo questiona.
– só tinha a gente na festa?
– ainda bem que você chegou! – falou Emma. – se senta.
– obrigado por nos trocar viu Wendy. – completou Pearl.
– não tive escolha, eu estava chateada e precisava relaxar, estou com menos ódios acumulado agora... mas porque só tem a gente aqui com aquele tanto de gente na festa?
– ele vai pegar o nome das pessoas com a Kim. – falou Pearl.
– ouvi meu nome... – disse Kim.
– ouviu sim, e sim estamos falando de você, agora fica quietinha aí ok? – falou Pearl novamente agora dando atenção as amigas.
– onde acharam o corpo dela? – Wendy pergunta.
– atrás da casa da Kim... na verdade eu achei, foi horrível ver aquilo sozinha, quem é o monstro que faz uma coisa dessas?
– parece a história que aconteceu com a amiga da Kate, bem, tirando o fato dela ter dado uns pegas no namorado da garota. – dizia Wendy.
As três continuavam conversando sobre o que poderia acontecer, mas agora o policial entra na sala de espera e da uma olhada em todos que estavam lá e da um leve sorriso para Wendy que franze a testa confusa.
– era só você que eu estava esperando. – começou o policial. – agora, vamos começar com o interrogatório, Kim, me acompanhe por favor.
Kim se levanta e segue o policial para a sala onde iria acontecer o interrogatório, Emma aparentava estar mais nervosa que a Pearl que só pensava em seu pai, Wendy estava mais leve do que nunca pensando na pequena noite que tinha passado com o Henry, mas também pensando se valeu a pena abandonar as amigas em um momento como aquele, a vida das três poderia virar de cabeça pra baixo a partir daquele dia e olha que tudo estava apenas no começo.
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