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𝐒𝐎𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐔 𝐑𝐄𝐀𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄?


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"𝑬𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒐 𝒗𝒆́𝒖 𝒅𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒐𝒔 𝒆 𝒂 𝒏𝒊𝒕𝒊𝒅𝒆𝒛 𝒅𝒂 𝒓𝒆𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆, 𝒆𝒖 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒗𝒂 𝒔𝒆𝒎 𝒔𝒂𝒃𝒆𝒓 𝒐𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒊𝒏𝒂𝒗𝒂 𝒆 𝒐 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒆𝒄̧𝒂𝒗𝒂."
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Permaneci à beira do lago, imerso nas minhas histórias, até que um som insistente me puxou de volta à realidade: meu estômago clamando por alimento. Ao olhar para o céu, percebi que já passava um pouco do meio-dia. Abismado com o quanto me deixei levar pela leitura, xinguei-me mentalmente por não ter prestado atenção ao horário.

"Ótimo trabalho, Jimin", murmurei para mim, tentando não deixar que a frustração me dominasse. "Você veio aqui em busca de inspiração e, em vez disso, se esqueceu de comer." Esbravejei comigo mesmo indo em direção ao chalé.

A urgência da fome se tornava mais evidente a cada instante. Torci para que algum estabelecimento estivesse funcionando na pequena vila de Kilmore. Decidi que, ao invés de ir de carro e prolongar ainda mais meu caminho, o melhor seria atravessar o pequeno canal e seguir a pé até o píer.

Enquanto atravessava o canal, o som suave da água roçando nas pedras parecia me incentivar a seguir em frente. As folhas das árvores dançavam ao vento, e me permiti um momento de contemplação, pensando na beleza simples da vida que me cercava. Mas a realidade de meu estômago vazio rapidamente me puxou de volta.

Ao chegar ao píer, me virei para observar a paisagem que me rodeava: o lago cintilava sob a luz do sol, e as montanhas verdejantes se erguiam majestosas ao fundo. Uma sensação de pertencimento começou a florescer em meu coração. A Irlanda era um lugar mágico, e minha mente se enchia de ideias para novas histórias enquanto caminhava.

Finalmente, pisei na pequena vila e me vi rodeado por construções de pedra cobertas de hera, com flores coloridas em janelas que se abriam para a rua tranquila. O cheiro de pão fresco e sopa caseira invadiu minhas narinas, fazendo meu estômago ressoar ainda mais alto.

"Por favor, que um café esteja aberto", pedi, quase em um sussurro, enquanto passava por uma loja de artesanato que exibia produtos locais. Minha curiosidade foi temporariamente distraída, mas a necessidade de comida logo voltou a dominar meus pensamentos.

Avistando um pequeno café no final da rua, parei para admirar a fachada de madeira desgastada e o letreiro que balançava levemente ao vento. “Caifé Aingeal” estava escrito em letras brancas, e uma sensação de alívio percorreu meu corpo. Com passos apressados, dirigi-me até a porta, a fome e a expectativa guiando meus movimentos.

A campainha da porta tilintou suavemente quando entrei, e um aroma convidativo de café e bolo fresco me envolveu. O café era acolhedor, decorado com mesas de madeira e paredes adornadas com fotos antigas da vila e seus habitantes.

Enquanto esperava, não consegui evitar pensar nas histórias que ainda habitavam minha mente, esperando para serem escritas. Mas, por agora, apenas queria saborear o momento e reabastecer minhas energias.

Escolhi uma mesa perto da janela ao fundo do café, com a vista para a rua observando a vida passar, pedi o cardápio e agradeci mentalmente por todas as aulas de inglês que tive. Mesmo quando as madres diziam que não havia necessidade, eu lutei para conseguir uma bolsa em uma instituição de ensino de línguas estrangeiras. Cada palavra aprendida se tornou uma ferramenta valiosa nesta jornada, permitindo-me comunicar e me integrar em um novo mundo.

Após algumas deliberações, escolhi o Irish Stew, um ensopado de cordeiro que havia ouvido falar tanto, e pedi também uma caneca de cerveja. Enquanto aguardava, fui servido com um café aromático e alguns biscoitos amanteigados, trazidos pela gentil atendente, que sorriu enquanto colocava as delícias à minha frente. Agradeci com um aceno de cabeça, apreciando aquele pequeno gesto de hospitalidade.

Minutos depois, meu prato chegou, e o aroma do ensopado quente me envolveu, prometendo um sabor reconfortante. Saboreei cada garfada, o cordeiro macio derretendo na boca e os vegetais perfeitamente cozidos trazendo uma explosão de sabores. Com a mente clara e o estômago satisfeito, sentia que a inspiração começava a fluir novamente.

Ao terminar a refeição, levantei-me, animado para explorar as ruelas de Kilmore. Caminhei pelas vielas estreitas, cada esquina revelando uma nova faceta daquela vila pitoresca que parecia congelada no tempo. A arquitetura rústica medieval, com suas paredes de pedra e telhados de colmo, criava uma atmosfera mágica, como se eu tivesse sido transportado para um conto de fadas.

As flores coloridas que adornavam as janelas e as portas pintadas de cores vibrantes davam vida ao cenário, e a brisa fresca carregava o cheiro da terra molhada e das plantas. A cada passo, minha mente se enchia de novas ideias, e eu me permiti perder-me na beleza do lugar, sentindo como se cada detalhe ao meu redor fosse uma palavra esperando para ser escrita.

Enquanto caminhava, observava os habitantes locais, alguns parados em conversas animadas, outros trabalhando em pequenos negócios. Senti uma conexão crescente com aquela comunidade, como se, de alguma forma, eu pertencesse a ela. A Irlanda, com sua rica cultura e histórias, parecia me convidar a fazer parte de sua narrativa.

Ao passar em frente a uma capela, algo chamou minha atenção: os entalhes nas portas de madeira. As asas angelicais entrelaçadas em ramos de espinhos se estendiam até a maçaneta de ouro envelhecido. Um frio na barriga percorreu meu corpo, e, como se estivesse sendo puxado por um fio invisível, aproximei-me para examinar cada detalhe gravado na madeira fria.

Embora tivesse sido criado por madres, nunca fui particularmente religioso. Acredito em um Deus, assim como nos males que habitam o mundo, mas nunca consegui me apegar a uma religião ou sentir um interesse genuíno por ela. No entanto, naquele momento, a capela parecia irradiar uma aura que falava diretamente à minha alma, despertando algo que eu não sabia que existia.

Contornei a construção, os batimentos do meu coração acelerando à medida que minha mente se preenchia com as memórias do sonho que tive. O mesmo entalhe, o mesmo local que eu vira naquelas visões etéreas. Ao fundo, um jardim de rosas vermelhas e, no centro, um lindo coreto. Essa imagem me tirou o fôlego e, ao mesmo tempo, fez meu coração pulsar com uma mistura de nostalgia e expectativa.

Caminhei apressadamente entre as flores, cada pétala parecendo vibrar com uma energia própria, e ao chegar no centro do local, girei em meu próprio eixo, ansiando por algo ━━ ou alguém. Os sonhos que me perseguiram nos últimos dias voltaram à tona, e eu procurava por ele, pela presença de Maha, como se ele estivesse ali, escondido entre as sombras ou emergindo da luz que filtrava pelas folhas.

Eu esperava vê-lo, ansioso e cheio de esperança, como se cada flor que se movia ao vento pudesse revelar seu rosto. “Onde você está?” sussurrei, meu coração disparado enquanto olhava ao redor, como se minha busca pudesse convocá-lo de volta à realidade. Era uma conexão inexplicável que transcendeu os limites do sonho e da vida.

Naquele momento, percebi que estava preso não apenas à beleza do lugar, mas à esperança de que a magia do meu sonho se tornasse realidade. Maha, um mistério tão profundo quanto as raízes das árvores que me cercavam, permanecia em minha mente, um fio tênue entre o que era real e o que era sonhado.

━━ Com licença! ━━ uma voz grave e rouca ecoou atrás de mim, eriçando os pelos do meu corpo. ━━ Precisa de ajuda? ━━ perguntou sutilmente.

Temeroso, virei-me devagar para encontrar o rosto de um homem semelhante a Maha. O choque foi tão intenso que quase perdi o equilíbrio, e num ímpeto tapei a boca, abafando um grito que ameaçava escapar.

━━ Maha... ━━ sussurrei, a palavra mal saindo dos meus lábios.

O homem que já estava bem próximo a mim segurou-me com firmeza.

━━ Você está bem? ━━ perguntou, preocupado.

Apenas assenti, incapaz de proferir quaisquer palavras. O olhar dele era profundo, e a preocupação em sua expressão parecia ecoar em minha mente.

━━ Me chamo Jeon ━━ disse ele. ━━ Jeon Jungkook. Sou o dono desse jardim; creio que não seja daqui.

Enquanto sua voz ecoava, meu coração batia em descompasso, como se cada palavra dele se entrelaçasse com os sentimentos que eu mal compreendia.

Era como se estivesse diante de um sonho tornado realidade, o mesmo entalhe nas portas, o coreto que havia visto antes. Ele não era Maha, mas havia algo em sua presença que me fazia sentir como se o conhecesse de outras vidas, como se já houvesse esperado por ele.

Naquele instante, a conexão entre nós parecia tocavel, uma linha invisível que unia nossos destinos. A paisagem ao redor se dissipou em um borrão, e tudo que eu conseguia focar era aquele homem que me olhava com um misto de curiosidade e preocupação. O jardim, se tornava um mero pano de fundo para a tempestade de emoções que se desenrolava dentro de mim.

Sentia-me compelido a tocá-lo, mas como faria isso a um estranho? Tentando me recompor, apenas segurei seus braços, buscando a certeza de que era real.

━━ Perdão! ━━ consegui finalmente falar, a voz saindo um pouco trêmula. ━━ Fiquei curioso com a construção e segui o caminho sem pensar. Não queria invadir sua propriedade. ━━ Agradeci mentalmente por não ter gaguejado, mas meu cerne tremia em abundância.

Ele sorriu ao soltar-me, passando a mão suavemente pelos meus fios loiros, e isso enviou um arrepio por todo meu corpo.

━━ Tudo bem, anjo! Não se preocupe. Fique à vontade para visitar o jardim mais vezes. ━━ Seu timbre grave e suave eram idênticos ao de meu sonho; até o divertimento na voz parecia o mesmo.

━━ Senhor! ━━ chamei-o mais uma vez, a necessidade de confirmar sua presença quase me consumindo. ━━ Como disse que é o seu nome? ━━ perguntei, necessitando da certeza que sua voz proporcionava.

━━ Jeon... meu pequeno... Jeon Jungkook. ━━ Ele disse isso com uma suavidade que me fez sentir como se as palavras dançassem ao redor de nós. Então, como se soubesse da tempestade de emoções que se agitava em meu interior, ele se afastou, deixando-me parado no meio do coreto, com o coração acelerado e uma sensação de que algo profundo e inexplicável havia começado entre nós.

Fiquei ali, observando sua figura se distanciar, as palavras dele ainda ecoando em minha mente. Jeon Jungkook. O nome soava como uma melodia, e eu sabia que, de alguma forma, ele era uma parte de mim, como se os fragmentos do meu sonho agora se tornassem reais.

𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 𝐄𝐌: 𝟐𝟗/𝟎𝟗/𝟐𝟎𝟐𝟒
𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐀𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑: 𝐌𝐀𝐈𝐑𝐀 𝐋𝐈𝐌𝐀 & 𝐕𝐀𝐋𝐐𝐔𝐈́𝐑𝐈𝐀 𝐒𝐀́𝐕𝐈𝐎
𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 ©𝐋𝐘𝐃𝐈𝐀 𝐓𝐀𝐕𝐀𝐑𝐄𝐒

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