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𝐎 𝐎𝐑𝐀́𝐂𝐔𝐋𝐎

Dedicado a di_Lorenzzo_Couto
Que todas as suas curiosidades possam ser motivos das minhas melhores inspirações!
Obrigada amiga!!!

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"𝑶 𝒔𝒊𝒍𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒐 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒄𝒆𝒕𝒆 𝒈𝒖𝒂𝒓𝒅𝒂𝒗𝒂 𝒔𝒆𝒈𝒓𝒆𝒅𝒐𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒆𝒅𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝒎𝒂́𝒓𝒎𝒐𝒓𝒆 𝒏𝒆𝒈𝒓𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂𝒎 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆𝒓."
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No interior do palacete de mármore negro, o silêncio reinava, quebrado apenas pelo sutil crepitar das velas que iluminavam os corredores sombrios. Os últimos dias haviam sido marcados por exaustão e cuidados incessantes. Jungkook, mesmo ferido, não se afastara um momento sequer de Jimin, zelando por sua recuperação devotamente.

Grainne assumiu o papel de cuidadora. Foi ela quem preparou uma sopa quente, alimentando Jimin quando este finalmente começou a recobrar a consciência. Suas mãos ágeis trocaram curativos tanto de Jimin quanto de Jungkook, enquanto a preocupação preenchia o ambiente como uma presença tangível.

E então, pela primeira vez em dias, Jungkook pôde ceder ao cansaço que o consumia. Depois de se certificar de que Jimin estava realmente a salvo, ele permitiu que o sono o tomasse, mas não antes de conduzir o menor para os aposentos que agora compartilhariam. Atravessaram a imponente escadaria de mármore negro, ladeada pela figura angelical que parecia observá-los do alto, um sentinela de cada passo dado.

Jimin, ainda fraco e sonolento, mal conseguia distinguir os arredores. Sentiu o toque firme, mas gentil, de Jungkook ao deitá-lo na cama macia. Porém, quando Jeon tentou se afastar, um gesto impulsivo o deteve: o escritor segurou seu pulso com delicadeza, sua voz frágil implorando para que ele ficasse.

Um sorriso sutil surgiu no rosto cansado do anjo. Ele inclinou-se, permitindo que seus dedos deslizassem suavemente pela face pálida de Jimin antes de depositar um beijo em sua testa. "Eu não vou a lugar algum", murmurou. "Só vou trocar de roupa."

E cumpriu sua promessa. Retornou rapidamente, sem hesitação, deitou-se ao lado de Jimin. O menor, instintivamente, buscou o calor do corpo de Jungkook, aninhando-se contra ele como se aquele fosse o único refúgio seguro. Envolvido pelos braços protetores de Jeon, o escritor finalmente cedeu ao sono profundo, enquanto a quietude da noite os envolvia em um casulo de serenidade.

Despertei em um quarto que parecia um paradoxo: a solidez das paredes de pedra, encontrava-se em harmonia surpreendente com a elegância minimalista dos móveis brancos e impolutos, linhas retas e elegantes, quebravam a rusticidade da pedra, criando uma atmosfera peculiar, uma fusão inesperada de épocas. Minhas mãos, ainda trêmulas, tatearam a textura da seda preta da colcha que cobria a cama de dossel esculpido com rosas. O aroma intenso de almíscar e lavanda preenchia o ambiente, um acalento para meus sentidos ainda atordoados.

Um silêncio profundo assomava sobre o espaço, quebrado apenas pelo leve chiado das cortinas de linho e pelo som distante da natureza. Um rangido sutil, quase imperceptível, anunciou a abertura da porta. Um leve tremor percorreu meu corpo, e no vão, surgiu a figura serena de Grainne O'Mulriain, a luz da manhã banhando seus cabelos como um halo.

Seus fios ruivos, presos em um coque desfeito, emolduravam um rosto delicado, com traços suaves e olhos verdes profundos que pareciam guardar segredos milenares. Ela sorria, serenamente me transmitindo paz.

Em suas mãos, um unguento de um tom dourado e brilhante; o aroma, doce e herbal, inundava o ambiente, acalmando meus nervos. Tentei levantar-me mas a fragilidade ainda me envolvia como um véu, a dor havia diminuído, deixando apenas espaço para uma sonolência reconfortante.

Depositando a tigela sobre a mesa de cabeceira, Grainne ajudou-me a recostar-me na cabeceira, ajustou os travesseiros deixando-me confortável, alisou meu fios bagunçados e sentou-se a meu lado.

━━ Bom dia, Aingeal! Dormiu bem?

━━ Bom dia Grainne, dormi como as pedras.

━━ Vire-se pequeno, preciso tratá-lo.

Com certa dificuldade, virei-me devagar retirando o pijama de seda que envolvia meu torso. Grainne analisava minha derme , suas mãos delicadas movendo-se sobre as marcas em minhas costas, como se dançassem sobre a pele, aliviando a ardência e o desconforto. O toque dela era suave, mas firme, transmitindo uma energia reconfortante. Ela estava curando minhas feridas.

━━ Como se sente hoje, meu querido? ━ perguntou, sua voz melodiosa como o som de um sino distante.

━━ Melhor. A dor... está mais amena. ━ respondi, minha voz ainda fraca, mas com um tom de gratidão.

━━ Isso é bom. Estas marcas... elas são profundas, mas também são fortes. Contam uma história de resistência, de amor e de superação. Você é mais forte do que imagina, Jimin.

Ela continuou a aplicar o unguento, seus dedos movendo-se com uma precisão quase sobrenatural. Observei-a por um instante, encantado por sua serenidade. O'Mulriain não era uma pessoa comum.

━━ Você... é diferente. ━ murmurei, ainda meio atordoado pela experiência.

Grainne sorriu, um brilho sutil em seu olhar. ━━ Diferente? Sim, talvez. Sou o Oráculo, a Graça Descendente do pequeno Rei, como dizem por aí. Mas você pode me chamar apenas de Grainne.

Ela fez uma pausa, como se estivesse escolhendo as palavras certas. ━━ Minha família... somos guardiãs de segredos antigos, de um legado que se estende por séculos. Somos... ligadas à magia da terra, à cura e à proteção.

━━ Magia? ━ perguntei, sem esconder a minha surpresa.

━━ Não a magia de contos de fadas, meu caro. Mas uma energia... uma força que flui pela terra, pelas plantas, pelas pessoas. Uma força que cura, que protege, que guia. Eu senti isso em você, Jimin. Uma força inabalável, um coração cheio de amor.

Ela me encarou, e eu senti uma conexão profunda e genuína. Não era apenas a cura física que Grainne me oferecia, mas uma cura para a alma, um consolo para o meu coração dilacerado.

━━ Maha... Jungkook... onde ele está?

━━ Seu Maha saiu bem cedo. Precisou ir até a vila. Com a forte chuva alguns aldeões tiveram problemas em seus chalés. Daqui a pouco ele retornará para você.

━━ Grainne... ━ fiz uma pausa respirando fundo procurando coragem para perguntar, ━━ você pode me explicar quem é o Jungkook de verdade?

━━ Jungkook... Mahasiah. Ele é um anjo, Jimin. O seu anjo. Um anjo que caiu na Terra, perdido e ferido. Eu o acolhi, cuidei dele, o ajudei a se recuperar e a encontrar o caminho de volta para você, Leuviah.

Ela sorriu, cheia de sabedoria e compreensão. ━━ Eu sabia que as tulipas e o chalé rústico chamariam sua atenção... preparei tudo para que vocês se reencontrassem. O destino, às vezes, precisa de uma pequena ajuda.

━━ Você sabia? ━ perguntei, maravilhado com sua história e com o seu papel em minha vida.

━━ Sim. Eu sei muitas coisas, Jimin. Mas o mais importante é que sei que vocês dois são destinados a ficar juntos. Sou apenas uma guia, uma ajuda no caminho de vocês. Estarei aqui para apoiar seu amor. O amor que existe entre vocês é uma força da natureza, uma chama que não pode ser apagada.

━━ Você pode me contar um pouco mais sobre como Jungkook chegou aqui?

Grainne olhou-me, seus olhos verdes brilhando com a intensidade das lembranças. A atmosfera ao nosso redor tornou-se densa e ela começou a relatar a história, cada palavra impregnada de emoção.

━━ Foi em uma noite tempestuosa em Kilmore, ━ começou ela, sua voz suave e melodiosa. ━━ Estava no Palace preparando as tortas que venderia no dia seguinte, o céu era cortado por relâmpagos, e os trovões rugiam como se a própria terra estivesse em fúria. Tive uma visão. Um raio iluminou o horizonte, e vi uma cratera se abrir na terra, abaixo das colinas do sul. Dentro dela, um corpo masculino nu e chamuscado jazia, quase sem vida.

Meus olhos se arregalaram, absorvendo cada detalhe enquanto Grainne continuava.

━━ A visão me atingiu com uma clareza assustadora. Sabia que precisava agir com urgência. Protegendo-me apenas com uma capa de tecido que encontrei jogada próximo a porta, corri pelas vielas da cidade sob o torrencial temporal, descalça; a sensação da água fria e da terra molhada sob seus pés. Meu coração pulsava com medo e acima de tudo coragem.

Ela fez uma pausa, recordando

━━ Cheguei ao deque e embarquei, atravessando o canal até as colinas. O mar estava agitado, mas nada poderia me deter. A tempestade parecia um eco da fugacidade que sentia dentro de mim.

Quando Grainne relatou sobre a travessia, havia um reflexo de coragem em seus olhos.

━━ Ao chegar do outro lado, vi a mesma cena que havia presenciado em minha visão: um jovem de pele reluzente desacordado em uma cratera, próximo a um chalé abandonado. A água da chuva já se acumulava sobre seu corpo, envolvendo-o como um manto de tristeza.

Meus olhos estavam fixos em O'Mulriain preso à intensidade de sua narrativa.

━━ Em passos rápidos, retirei-o da poça formada e, com dificuldade, o levei para dentro do velho chalé. Acendi a lareira para aquecê-lo, enquanto a tempestade rugia lá fora em um lamento distante.

Ela sorriu levemente, lembrando-se da noite que passara ao lado de Jeon.

━━ Fui à floresta próxima em busca de ervas para os unguentos. Recolhi amoras pretas e framboesas para alimentá-lo quando despertasse. Passei a noite velando por ele, um rapaz de tez pálida e cabelos negros, que parecia trazer consigo a dor de um mundo que não era o dele.

O oráculo suspirou, parecia angustiada pela empatia que sentiu por Jungkook.

━━ Na aurora seguinte, ele despertou, desorientado e afoito, como se tivesse acabado de escapar de um pesadelo. Eu o ajudei, contei-lhe como o havia encontrado, e foi então que ele me contou sobre ele e sobre você, Jimin. Sobre a história de amor que vocês compartilhavam, um amor que transcendia a própria existência.

O olhar dela era suave, repleto de compreensão.

━━ Ele me disse que você era sua luz, sua razão de ser. E, naquele momento, percebi que o destino havia entrelaçado nossas vidas de uma maneira extraordinária.

━━ Como foi para ele se habituar aqui e se tornar o herdeiro da vila? ━ indaguei, a curiosidade me consumindo.

Grainne sorriu, exalando ternura em seus lumes verdes.

━━ Como descendente real dessas terras, não tive dificuldades em convencer os pacatos aldeões de que o herdeiro de Kilmore havia retornado. Mahasiah, com sua aparência oriental tão diferente da nossa, precisava de um nome que refletisse sua nova posição. Assim, escolhi Jeon Jungkook: "O pilar da Nação". Um nome digno de um rei, não acha?

Ela fez uma pausa, seus dedos traçando padrões imaginários na colcha.

━━ Jeon aprendeu depressa os costumes humanos. Em questão de semanas, ele se apresentou na vila de Kilmore. Calmo, doce e prestativo, conquistou a todos com sua gentileza. Mas o palacete se tornou, ao mesmo tempo, seu refúgio e sua prisão. Os primeiros meses foram torturantes: pesadelos, febres, delírios... marcas semelhantes às suas, Jimin. Ele revivia seu castigo diariamente, o preço por escolher amar. Durante o dia, ele enfeitava Kilmore com sua luz e suas flores; à noite, perecia nas trevas de sua própria dor.

Um silêncio pairou entre nós, pesado com a compreensão da dor compartilhada. Então, arrisquei perguntar:

━━ E como vocês me encontraram?

Grainne suspirou, um pesar sutil em sua voz.

━━ Uma nova visão me atingiu. Eu te vi, em frente à tela do seu computador, olhando para fotos da Irlanda e suspirando pelas paisagens enquanto buscava um roteiro. Assim que a visão se desfez, corri até Jeon. Pedi sua ajuda para colocar um anúncio, dando a desculpa de que precisávamos de visitantes em Kilmore. Coloquei o chalé para aluguel de temporada, mencionando as tulipas e a paisagem rústica. Não demorou para que você me procurasse.

Ela sorriu, a melancolia adornava seu rosto.

━━ A princípio, escondi sua chegada de Fallen. Mas quando você desceu naquele deque, foi impossível controlar a energia do amor que os envolvia. Ele sentiu você. Como uma torrente inundando sua alma, ele sentiu sua presença.

Grainne ajeitou-se à minha frente, os olhos verdes brilhando com uma sabedoria que parecia atravessar eras, enquanto cuidadosamente me ajudava a recostar na cabeceira. O quarto parecia respirar com uma energia diferente, como se a própria história dela estivesse prestes a se entrelaçar com a minha.

━━ Grainne, e sobre você? Tivestes visões sobre mim também? Antes de conhecer Mahasiah? Desde quando? ━ perguntei, a curiosidade queimando meu cerne.

O'Mulriain me lançou um sorriso suave, mas havia uma intensidade oculta, como se o peso do que ela estava prestes a compartilhar exigisse mais do que palavras.

━━ Nascida em 1786, em uma vila isolada chamada Kilmore, eu era filha de Sorcha, uma "bruxa" que o povo temia, e de Fionn, um humilde pescador ━ começou ela, a voz leve como uma brisa. ━━ Cresci em meio às florestas, percorrendo descalça os campos cobertos pelo orvalho, sentindo a natureza pulsar sob meus pés. Desde pequena, percebia que havia algo diferente, uma conexão inexplicável com tudo ao meu redor.

Ela fez uma breve pausa, os lumes verdes fixos no vazio, como se estivesse revisitando memórias há muito guardadas.

━━ A primeira vez que entendi essa ligação foi em minha juventude. Encontrei uma borboleta morta no chão. Movida por um desejo incontrolável, a segurei nas mãos e desejei que ela voltasse à vida. Foi quando senti, pela primeira vez, a energia que flui através de tudo o que vive... e também do que morre. Ela bateu as asas e voou.

Seus olhos se voltaram para mim, a expressão tão terna quanto séria.

━━ A partir desse dia, minha mãe percebeu que meu dom era mais do que especial. Ela me escondeu do mundo, temendo que as superstições da vila me condenassem. Em segredo, ensinou-me a controlar essa energia, mas havia algo que nem ela podia revelar completamente. Foi só anos depois que descobri a verdade.

Sua voz baixou um pouco, como se confessasse um segredo.

━━ Descobri que Fionn não era meu pai de sangue. Meu verdadeiro pai era Cillian, o regente de Kilmore, um homem que preferiu ocultar minha existência para proteger seu nome. O herdeiro legítimo, todos diziam, estava em outro continente. Mas minha mãe me fez entender que minha vida não era definida pela linhagem. Havia algo maior esperando por mim.

Os anos se passaram, ciclos se findaram, e então, aos 45 anos, minha vida mudou para sempre.

Ela se endireitou, os orbes brilhando com uma intensidade que fez o ambiente parecer mais vivo.

━━ Naquele dia, tive minha primeira visão. Vi Leuviah. Vi você, Jimin. Um ser resplandecente, com asas que pareciam feitas de luz. Mas estava ferido, não só em corpo, mas em espírito. Você era ao mesmo tempo angelical e humano, vulnerável e poderoso.

Eu prendi a respiração ao ouvir isso, um arrepio percorrendo minha espinha.

━━ Naquele momento, soube que não era apenas uma mulher. Descobri que era um Oráculo, feita da essência divina, uma bênção de Mahasiah... uma de suas últimas antes de sua rebelião.

Grainne inclinou-se ligeiramente para mim, e eu pude sentir o peso de sua próxima confissão.

━━ Foi durante aquela visão que compreendi meu propósito. Vi a luz do amor entre você e Mahasiah, mas também vi a escuridão da separação. Vi a dor que a distância causaria a vocês dois. Entendi que minha vida estava ligada à missão de reunir vocês.

Sua voz tornou-se mais firme, imbuída de propósito.

━━ Desde aquele momento, tudo o que fiz foi guiado por esse chamado. Eu estava destinada a proteger e unir vocês, porque seu amor, Jimin, é a luz que transcende o tempo e as trevas. És a prova de que, mesmo nas maiores adversidades, o amor pode prevalecer.

Ela se recostou ligeiramente, mas ainda havia um sorriso em seu rosto.

━━ E agora estamos aqui. Nossos caminhos se cruzaram, assim como a visão previu. E eu cumprirei minha missão, porque sua união não é apenas importante para vocês. É essencial para o equilíbrio de tudo o que existe.

Ao ouvir suas palavras meu coração acelerou, minha mente foi inundada pelas memórias recentes de Jeon desde minha chegada a Kilmore. E uma angústia, uma saudade se fez presente. Grainne olhou-me. Seus olhos, parecendo ver algo distante.

━━ Acalme seu coração Leuviah, seu Mahah está chegando.

𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 𝐄𝐌: 𝟐𝟒/𝟏𝟏/𝟐𝟎𝟐𝟒
𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 ©𝐋𝐘𝐃𝐈𝐀 𝐓𝐀𝐕𝐀𝐑𝐄𝐒

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