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𝐂𝐀𝐈𝐑


"As quedas não são o fim, mas o início de voos desconhecidos. Durante muito tempo, temi o abismo. Temi a escuridão que ele prometia, o vazio que parecia engolir tudo o que sou. Mas, quando finalmente cai, percebi que a queda não era a condenação que eu imaginava. Era um convite.

Na profundidade daquele abismo, onde as sombras pareciam intermináveis, descobri algo que jamais esperaria encontrar: a luz. Não era a luz celestial que transcende os céus e elimina as trevas, mas a luz humana, imperfeita e pulsante, que aquece mesmo no frio mais absoluto.

Essa luz não veio do divino, mas de um coração que encontrou o meu. Ela não tinha a pretensão de ser eterna ou infalível, mas era suficiente. Ela me puxou de volta à superfície quando eu achava que já não havia salvação. Ela não prometia respostas, apenas presença.

Entendi, então, que as quedas são momentos de revelação. No fundo de cada abismo, há uma verdade esperando para ser desvendada. A minha foi esta: o que nos salva não é a perfeição de algo inatingível, mas o toque falho e sincero de outro ser humano.

O abismo que me consumia tornou-se irrelevante diante da força de um amor inesperado. As sombras, antes tão ameaçadoras, aprenderam a conviver com a luz que carregávamos juntos. Não era uma batalha entre a escuridão e a claridade, mas um equilíbrio delicado, como um eclipse onde o sol e a lua coexistem, criando algo novo.

Hoje, olhando para trás, não temo mais as quedas. Aceito-as como parte do caminho, como portais para aquilo que ainda preciso entender sobre mim mesmo. Porque, às vezes, o voo não começa com asas abertas, mas com a coragem de deixar-se cair."

No coração do palacete, escondido como um segredo precioso, no Jardim Proibido, sentado sob a sombra acolhedora de uma cerejeira, ele inclinava-se sobre o notebook, os dedos deslizando pelas teclas em uma sinfonia quase silenciosa. As últimas palavras do e-book, "Fallen," surgiam na tela, carregadas de significado.

Ali, o mundo parecia suspender-se em harmonia, onde as flores dançavam ao toque de uma brisa sutil e a luz do sol penetrava as copas das árvores em feixes dourados, desenhando arabescos luminosos sobre o solo úmido. Era o refúgio perfeito para Jimin, que encontrava nas nuances da natureza a inspiração para as palavras que fluíam de sua mente inquieta.

Jimin leu a frase em voz alta, mais uma vez, um suave sorriso tocando seus lábios. Ele inclinou a cabeça para trás, observando o céu filtrado pelas folhas verdes. A satisfação de terminar sua obra não vinha apenas do alívio do prazo cumprido, mas da certeza de que aquelas palavras eram um pedaço dele, uma transcrição de sua jornada nas últimas semanas.

Suspirou profundamente, deixando que o ar fresco preenchesse seus pulmões. O aroma das flores misturava-se ao leve cheiro terroso do jardim, criando uma sinfonia olfativa que parecia única daquele lugar. Era um ambiente que continha memórias de eras passadas, em um espaço intocado pelo tempo.

Foi nesse instante que a presença de Jeon se fez notar. Parado na entrada do jardim, observando-o com um sorriso sereno que parecia iluminar ainda mais o espaço ao redor. Suas roupas casuais contrastavam com a sobriedade da paisagem, mas havia algo nele que sempre parecia pertencer, não importava onde estivesse.

━━ Então, este é o famoso Jardim Proibido. Estou começando a achar que ele tem um charme especial porque você está aqui.

Jimin levantou os olhos, surpreso, mas sua expressão suavizou-se ao ver Jungkook. Ele fechou o notebook com delicadeza e respondeu, a voz carregada de tranquilidade.

━━ Acho que você está exagerando. Mas, admito, é um lugar que inspira. Até consegui terminar o livro.

Jeon arqueou uma sobrancelha, aproximando-se devagar. O som de seus passos sobre o cascalho era ritmado, quase musical. Ele sentou-se ao lado de Jimin, apoiando-se no tronco da cerejeira com um gesto casual, mas seus olhos brilhavam com curiosidade.

━━ Terminou mesmo? Então, quer dizer que agora posso sequestrar você para um passeio pela cidade? Faz uma semana que você não sai de casa, e eu prometi a mim mesmo que não deixaria você virar parte do mobiliário desse palacete.

Jimin riu, uma risada leve que se perdeu entre os sussurros do vento. Ele fechou os olhos por um instante, como se considerasse a proposta, antes de abrir um sorriso pequeno, mas sincero.

━━ Acho que você tem razão. Um passeio me faria bem. Só me dê um minuto para enviar isso ao editor. Prometi que seria hoje.

Jungkook balançou a cabeça em aprovação, observando enquanto ele abria o not novamente e, com alguns toques rápidos, anexava o arquivo ao e-mail. Jimin hesitou por um instante antes de clicar no botão de enviar, como se quisesse guardar aquele momento em sua memória antes de deixá-lo partir.

Ao pressionar o botão de envio do e-mail ao editor, encerrou semanas de esforço e dedicação. Soltou um suspiro longo, como se aquele simples gesto tivesse aliviado o peso de uma montanha sobre seus ombros. O notebook descansava em seu colo, enquanto ele permanecia sentado recostado em Jungkook.

━━ E aí? Foi? ━ Jeon indagou. Seu tom era uma mistura de curiosidade e alívio.

━━ Foi. ━ o escritor respondeu, ━━ Espero que ele goste.

Jeon inclinou a cabeça, o sorriso agora mais largo.
━━ Ele vai gostar, tenho certeza, Aingeal. Com você, não tem como ser diferente.

Houve um momento de silêncio entre os dois, confortável e cheio de significados implícitos. Jeon olhou para o not fechado e depois para Jimin, os olhos brilhando com uma curiosidade contida.
━━ Você nunca me disse o nome do livro.

Jimin hesitou por um breve instante, como se aquela revelação fosse um segredo guardado a sete chaves. Ele respirou fundo antes de falar, permitindo que a palavra saísse repleta de emoção.
━━ FALLEN.

Jeon arqueou as sobrancelhas, surpreso. Ele repetiu o nome, deixando-o pairar no ar como uma melodia:
━━ FALLEN... não acredito que deste esse nome ao seu livro.

Jimin desviou o olhar por um momento, observando as flores ao seu redor antes de encará-lo novamente.
━━ É o seu apelido. Desde o dia em que você apareceu na minha vida, é assim que eu penso em você: como a minha pessoa; o meu anjo que caiu do céu.

A expressão de Jeon suavizou, um misto de surpresa e ternura evidente em seus olhos. Ele não disse nada de imediato, mas sua mão encontrou a de Jimin, apertando-a gentilmente.

━━ Você tem uma maneira única de me fazer sentir especial ━ disse baixinho, com a voz emocionada.

Jimin sorriu, os lumes brilhando com sinceridade.
━━ Talvez seja porque você é especial.

O momento foi interrompido apenas pelo balançar das árvores e o som distante da vida além do jardim. No entanto, aquele instante parecia eterno para os dois, como se nada além deles existisse.

Jungkook inclinou-se ligeiramente, estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

━━ Então, vamos? Eu prometo que a cidade está muito mais interessante do que qualquer cena de livro que você já escreveu.

Jimin aceitou a mão dele, sentindo o calor firme que contrastava com o frescor do jardim. Enquanto caminhavam juntos em direção à saída, ele olhou para trás uma última vez, como se quisesse gravar aquele lugar em sua mente. O Jardim Proibido ficava para trás, mas ele sabia que uma nova jornada o aguardava ao lado de Jeon, e isso era tudo que ele precisava naquele momento.

A cidade de Kilmore parecia respirar em harmonia com o início da tarde, pulsando com uma vitalidade que contagiava até os mais reservados. As ruas de paralelepípedos refletiam a luz suave do sol, enquanto o mercado local fervilhava com uma explosão de cores, aromas e sons. Barracas abarrotadas exibiam frutas maduras, tecidos vibrantes e artesanatos feitos à mão, criando um mosaico hipnotizante. O aroma doce das maçãs caramelizadas misturava-se ao tempero picante do curry recém-preparado, enquanto o tilintar das moedas nas trocas e as risadas das crianças ecoavam pelo ambiente.

Jimin sentia-se renovado, quase como se a energia da cidade tivesse se infiltrado em sua alma, limpando os resquícios de cansaço acumulado durante semanas de reclusão. Ele parou por um momento, inspirando profundamente o ar carregado de vida, os olhos percorrendo a simplicidade encantadora do cotidiano. Havia algo poético na forma como as pessoas se moviam, como as conversas fluíam, cada detalhe compondo um quadro que ele desejava capturar com palavras.

Jeon, parou diante de uma barraca de especiarias, gesticulando para o comerciante local enquanto iniciava uma conversa. Jimin, ainda envolto em seus pensamentos, afastou-se ligeiramente, deixando que seus passos o levassem sem rumo definido. Foi então que o pressentimento o atingiu ━ uma sensação inexplicável, como uma corrente de ar frio em pleno calor.

Seus olhos se estreitaram, e ele olhou ao redor, tentando identificar a origem do desconforto. Por um instante, uma sombra pareceu mover-se na periferia de sua visão, algo que não pertencia àquele cenário caloroso e acolhedor. Ele piscou, convencido de que era apenas fruto de sua imaginação, mas o incômodo persistiu. A sombra estava lá, difusa e discreta, mas carregada de uma presença quase tangível.

Curiosidade e inquietação misturaram-se em seu peito. Jimin virou-se para onde Jeon estava, mas hesitou ao perceber que Fallen ainda conversava com o comerciante. Algo em seu interior o impulsionava a seguir aquela sombra, como se um fio invisível o puxasse em sua direção.

Sem pensar muito, seus passos o levaram para longe do mercado, atravessando uma viela estreita e parcialmente escondida entre duas construções antigas. O burburinho animado do mercado foi se dissipando à medida que ele avançava, substituído por um silêncio quase opressor. A viela parecia se alongar mais do que deveria, como se ele estivesse atravessando uma fronteira invisível.

No fim do caminho, a floresta surgiu diante dele, seus limites cobertos por árvores altas que dançavam suavemente ao sabor do vento. As folhas farfalhavam, mas o som parecia carregado de algo estranho, uma energia que fez os pelos em sua nuca se arrepiarem.

A sombra, aquela mesma que ele jurara ter visto no mercado, parecia pairar ao longe, envolta em um véu de incerteza. Era como se a floresta a tivesse engolido, transformando-a em parte do cenário. Jimin parou, o coração acelerado e a mente cheia de perguntas. Algo estava errado, ele podia sentir.

A densa vegetação ao redor parecia fechar-se lentamente, transformando a trilha da floresta em um labirinto opressivo. O ar ali era diferente, pesado. A luz do sol, antes brilhante e calorosa no mercado, mal conseguia penetrar as copas das árvores, criando sombras alongadas que dançavam de forma inquietante ao redor dele. Cada passo parecia mais difícil, como se o chão resistisse ao seu movimento, e uma sensação gelada percorria sua espinha.

Uma brisa fria cortou o silêncio, erguendo as folhas caídas e assobiando entre os troncos retorcidos. Jimin parou no meio do caminho, ofegante, sentindo o coração martelar no peito. Era como se ele estivesse sendo observado, como se olhos invisíveis o seguissem de todos os lados. Ele tentou afastar o medo irracional que se infiltrava em sua mente, mas a presença - seja lá o que fosse - parecia ganhar forma ao seu redor, tornando impossível ignorá-la.

Instintivamente, sua mão alcançou o amuleto de pendurado em seu pescoço, os dedos tremendo enquanto o seguravam firmemente. O toque da pedra fria trouxe à tona uma memória vívida, que parecia distante, mas agora ressoava como um eco protetor em sua mente.

Grainne estava sentada no centro do Jardim Proibido, o olhar sereno e profundo como se enxergasse além do visível. As flores ao redor pareciam responder à sua presença, inclinando-se gentilmente para ela como em reverência. Jimin estava sentado de frente para a vidente, o amuleto brilhando na palma de sua mão.

━━ A natureza tem sua própria energia, Jimin ━ disse com suavidade, e firmeza. ━━ Ela está viva, observando, sentindo. Quando você se sentir perdido, quando o medo o dominar, conecte-se a ela.

Grainne estendeu a mão, colocando-a sobre a de Jimin, onde o amuleto repousava.
━━ Feche os olhos, respire profundamente e ouça. Ouça o sussurro das folhas, o murmúrio do vento. Deixe que a energia da natureza o envolva como um manto.

Jimin obedeceu, respirando fundo e tentando se concentrar. Grainne continuou:
━━ E se o medo for grande demais, pense em quem você ama. Deixe essa conexão ser sua âncora, algo que o trará de volta, não importa o quão escura seja a situação.

De volta à floresta, Jimin respirou fundo, seguindo as instruções de Grainne. Fechou os olhos e tentou ouvir, sentir, conectar-se. Por um momento, o som do vento parecendo murmurar entre as árvores preencheu seus sentidos, e ele imaginou o sorriso reconfortante de Jeon, os olhos sempre firmes e protetores.

A calma momentânea foi interrompida quando ele abriu os olhos e viu. Uma sombra negra pairava a poucos metros de distância, amorfa, mas claramente presente. Era escura como a noite mais profunda, pulsando com uma energia que parecia devorar a pouca luz ao seu redor. Jimin sentiu o estômago revirar, o medo retornando com força total, prendendo-o ao chão.

Antes que pudesse reagir, o som de passos apressados ecoou pela trilha. Jungkook surgiu correndo entre as árvores, o rosto tomado por uma expressão de preocupação.

━━ Jimin! ━ ele chamou, a voz rouca com um traço de desespero. ━━ Você está bem, Aingeal? O que aconteceu?

A presença desapareceu tão rapidamente quanto surgira, dissipando-se como fumaça ao vento. Jimin virou-se para Jeon, o rosto pálido e a respiração irregular.

━━ Eu... ━ ele começou, a voz fraca, quase inaudível. ━━ Eu senti algo me puxar até aqui. Uma presença. Foi como se... algo estivesse me observando.

Jungkook imediatamente o puxou para um abraço, envolvendo-o com os braços fortes e firmes, como se quisesse protegê-lo do próprio mundo.
━━ Está tudo bem agora. Estou aqui ━ disse ele, mas seus olhos estavam atentos, vasculhando a floresta ao redor.

Jungkook afastou-se levemente, segurando o rosto de Jimin entre as mãos.
━━ Você tem certeza de que está bem? Consegue andar?

Jimin assentiu, embora seu corpo ainda tremesse levemente.
━━ Sim. Mas... aquilo. Era real, Jeon. Era como...

━━ Eu sei ━ interrompeu Jungkook, sério, mas gentil. ━ Vamos sair daqui. Não gosto dessa floresta, e você já passou por muito hoje.

Ele segurou a mão de Jimin com força, guiando-o de volta à entrada da floresta. Apesar do alívio de estar ao lado de Jungkook, Jimin não conseguia se livrar da sensação de que algo ━ ou alguém ━ ainda os observava das sombras.

Enquanto deixavam a floresta, o som dos passos sobre o chão úmido ecoava em um silêncio incômodo. Jimin ainda sentia a tensão nos próprios músculos, o coração batendo um pouco mais rápido do que gostaria de admitir. Jungkook não soltava sua mão, a firmeza do toque sendo a única coisa que o ancorava à realidade.

A saída da floresta parecia um alívio. O céu cinzento começava a abrir, revelando pequenos raios de sol que iluminavam a vila abaixo. O cheiro de pão fresco e ervas recém-colhidas os alcançou antes mesmo de avistarem o mercado, lembrando-os de que o mundo ao redor ainda seguia seu curso normal, apesar do que haviam enfrentado.

━━ Está se sentindo melhor? ━ Jungkook perguntou, lançando-lhe um olhar preocupado ao passo que caminhavam pela trilha que serpenteava em direção à vila.

Jimin assentiu vagamente, a mão ainda tremendo levemente na de Jeon.
━━ Sim... acho que sim. Só não consigo tirar aquela sensação da cabeça.

━━ Não precisa tentar entender agora ━ disse Jungkook, com uma calma inesperada. ━━ Vamos nos concentrar em chegar ao Palas. Grainne vai nos ajudar.

Eles entraram na vila, onde o mercado local estava em pleno funcionamento. Jimin tentou se distrair, observando os detalhes ao seu redor: uma mulher trançando flores em coroas, um homem afiando facas enquanto cantarolava uma melodia familiar, crianças correndo com cachorros atrás delas. Mas a sensação de que algo estava errado ainda pairava sobre ele, como uma sombra invisível.

━━ Parece que o mercado está mais cheio hoje ━ comentou Jungkook, em um esforço de trazer leveza à conversa. ━━ Aposto que estão se preparando para o festival da colheita.

━━ Talvez ━ murmurou o escritor, distraído. Seus olhos involuntariamente se voltaram para os cantos mais escuros do mercado, como se esperassem ver alguma figura escondida ali.

Ao notá-lo, Jungkook apertou sua mão levemente, chamando sua atenção de volta.
━━ Ei, estamos quase lá. Só mais um pouco.

Eles atravessaram o mercado e continuaram subindo a colina em direção ao Palas yr Angylion, onde Grainne os esperava. Conforme se afastavam do mercado o som da vida cotidiana foi sendo substituído pelo cantar distante dos pássaros e o sussurrar do vento.

Quando finalmente alcançaram os portões, Jimin sentiu os ombros relaxarem um pouco. O Palas, com seus jardins bem cuidados, parecia um refúgio seguro em meio ao caos interno que sentia.

Assim que entraram, Grainne já os esperava na entrada, com uma expressão séria, como se soubesse que algo importante havia acontecido.

━━ Vocês parecem exaustos ━ disse ela, conduzindo-os até a sala de jantar. ━━ Vamos almoçar primeiro. A comida ajuda a clarear a mente.

O ambiente da casa era acolhedor, com a luz suave do início da tarde entrando pelas grandes janelas. A mesa já estava posta com Shepherd's Pie e como acompanhamento Carrot and Parsnip Mash, pratos simples, mas apetitosos.

Durante o almoço, o silêncio de Jimin intenso. Ele mexia na comida com o garfo, os pensamentos visivelmente distantes, enquanto Jungkook tentava disfarçar sua inquietação com conversas casuais. Grainne, com seu olhar atento e maternal, não demorou a perceber o clima estranho que pairava sobre eles.

Colocando a taça de vinho sobre a mesa com um movimento firme, encarou Jimin diretamente.
━━ Algo aconteceu, não foi? Eu consigo sentir. Diga-me o que viu.

Jimin ergueu os olhos hesitante, buscando por Jungkook em busca de apoio. Fallen, por sua vez, assentiu, incentivando-o. Inspirando fundo, o escritor começou a relatar tudo: a sombra no mercado, a inexplicável sensação que o levou à floresta, e o peso opressor que sentiu ao final do caminho.

Grainne ouviu com uma seriedade quase desconcertante, suas expressões se tornando cada vez mais tensas conforme Jimin avançava. Quando ele terminou, ela permaneceu em silêncio por um momento, o suficiente para que o ambiente ao redor parecesse ainda mais quieto.

━━ Isso não é coincidência ━ declarou, por fim, sua voz carregada de uma gravidade que fez Jimin e Jungkook se endireitarem nas cadeiras. ━━ Algo maior está em movimento.

━━ O que você quer dizer com "algo maior"? ━ Jungkook interveio, o tom ligeiramente defensivo.

Grainne suspirou, inclinando-se para a frente, os dedos trêmulos entrelaçando-se sobre a mesa.
━━ Existem forças que moldam nosso destino, forças que nem sempre compreendemos completamente. O que Jimin viu não foi um simples truque da mente ou um jogo de luz e sombra. É um presságio.

━━ Presságio de quê? ━ Jimin perguntou, a voz um fio quase inaudível.

━━ De que o caminho de vocês dois está prestes a se entrelaçar com algo muito maior do que qualquer um de nós ━ respondeu Grainne, os olhos fixos no de Jimin, como se buscasse fortalecê-lo através daquele contato. ━━ Vocês precisam estar prontos, tanto física quanto espiritualmente.

Jungkook franziu o cenho, descrente.
━━ Espere um pouco. Como podemos nos preparar para algo que nem sabemos o que é?

Grainne sorriu, mas o gesto estava longe de ser reconfortante.
━━ Você já está se preparando, mesmo que não perceba. Tudo o que vocês viveram até agora, cada escolha, cada desafio, levou vocês até este momento. Mas... há mais que eu ainda não posso dizer.

━━ Não pode ou não quer? ━ Jungkook insistiu, mas o tom de Grainne tornou-se mais firme.
━━ Não é uma questão de querer, Fallen. É uma questão de dever. Certas respostas só podem ser reveladas quando estiverem prontos para recebê-las.

O silêncio voltou a se instalar, denso e carregado. Jimin sentia o coração pesado, uma mistura de ansiedade e medo pulsando em seu peito. Apesar disso, havia algo reconfortante na presença de Jungkook ao seu lado e na sabedoria de Grainne, mesmo que envolta em mistérios.

Grainne se levantou, encerrando a conversa com um gesto de mão.
━━ Por agora, apenas vivam. Prestem atenção aos sinais, mas não deixem que o medo os paralise. O destino de vocês será decidido em breve, mas lembrem-se: ele não é imutável.

Ao saírem da casa de Grainne, Jungkook lançou um olhar preocupado para Jimin.
━━ Você está bem?

━━ Não ━ respondeu honestamente, parando por um momento para olhar o céu acima. ━━ Mas talvez esteja aprendendo a estar.

Jungkook envolveu seu ombro com um braço firme, puxando-o para perto enquanto caminhavam juntos de volta ao palacete.
━━ Não importa o que aconteça, estarei ao seu lado.

De volta ao palacete, o ambiente ao redor parecia ser um refúgio de serenidade, mas para Jimin, essa calma era apenas uma fachada. A grande sala, com suas paredes de pedra escuras e móveis de madeira antiga, era suavemente iluminada pelas velas, cujas chamas tremeluziam em uma dança lenta e quase hipnótica. O aroma acolhedor das ervas frescas, misturado com o leve cheiro da madeira polida, preenchia o ar, criando uma sensação de intimidade acolhedora, mas também de fragilidade. Cada detalhe parecia tecer uma teia invisível ao redor do escritor que, por mais que estivesse ali, parecia preso a um turbilhão interior.

Jeon havia sugerido que descansassem, mas a sensação de que a paz que os envolvia era temporária, como uma pausa antes de um novo conflito, fazia com que Jimin não conseguisse se entregar completamente à tranquilidade. Ele se sentava ao lado de Jungkook, os corpos próximos, mas um espaço os separava, um espaço carregado de palavras não ditas, de sentimentos ainda inexplorados. A tensão no ar era tátil um reflexo das batalhas que ambos enfrentavam, tanto externas quanto internas.

Jungkook parecia perceber isso e, com um gesto suave e quase instintivo, puxou Jimin para mais perto. O movimento foi tão natural, mas ao mesmo tempo carregado de significado, como se naquele toque houvesse a promessa de proteção e de um carinho profundo. Quando o mais novo se viu mais perto, seu corpo se relaxou, mas não de todo; o tumulto interno ainda não se dissipava completamente. Ele se aninhou contra o maior, sentindo o calor do seu corpo, o aroma familiar que o envolvia, e a segurança que emanava daquele contato. Era como se ele quisesse ficar ali para sempre, onde o mundo lá fora não pudesse alcançá-los.

━━ Amor, você está melhor? ━ A voz do anjo foi baixa, quase um sussurro, mas carregada de uma preocupação genuína que transbordava de cada palavra. Ele queria mais do que apenas uma resposta superficial; ele queria entender o que se passava no interior de Jimin, queria que ele se sentisse seguro.

Park fechou os olhos por um momento, se permitindo se perder no conforto de seu companheiro,  surpreso pelo chamado tão significativo. Sentia a suavidade de sua presença, o modo como ele parecia compreender as partes dele que ninguém mais tocava. Seu corpo relaxou aos poucos, mas a mente ainda se agitava.

━━ Eu... não sei. ━ A voz do escritor vacilou, o peso das palavras caindo sobre ele como se fossem pedras pequenas, mas pesadas. Ele olhou para o lado, evitando o olhar direto de Jeon por um momento, como se aquilo fosse difícil de aceitar. ━━ Você acha que algum dia poderemos viver em paz? Sem medos, sem sombras nos seguindo?

Jungkook o observou com um olhar suave, cheio de compreensão, como se soubesse exatamente o que Jimin queria dizer, mesmo que as palavras ainda não fossem suficientes para expressar o peso dos sentimentos. Ele acariciou os cabelos loiros com um carinho que  não necessitava de promessas um gesto tão simples, mas tão profundo, que o menor sentiu como se o mundo fosse um lugar um pouco mais seguro.

━━ Eu não posso afirmar pois não sei o que nos aguarda. ━ A voz de Jungkook era calma, mas havia uma firmeza tranquila nela, como se ele tivesse aceitado que o futuro, por mais incerto que fosse, não os separaria. ━━ Mas creio que nossa união seja o essencial e isso já será suficiente para que eu me sinta melhor.

As palavras de Jeon tocaram muito profundamente em Jimin. O escritor o encarou e pela primeira vez sentiu a leveza de um sorriso tímido brotar em seus lábios, como se uma parte do peso que carregava fosse suavizada pela presença de Jeon.

Mas, ao mesmo tempo, ele percebeu algo mais ━━ havia uma dor oculta nos olhos do anjo, algo não dito, algo que ele sabia que ambos compartilhavam, mas que ainda não estava completamente resolvido.

Sem mais palavras, Jimin se aproximou de Jeon, sentindo a segurança do seu abraço, o calor do seu corpo, e a força invisível de um vínculo que parecia crescer a cada momento que passavam juntos.

Jungkook o apertou ainda mais contra si, como se quisesse proteger Jimin de tudo ━━ das dores do passado, dos medos do futuro, de tudo que pudesse separá-los. Seus corpos estavam quase entrelaçados, como se fossem uma só entidade, e a intimidade entre eles se aprofundava a cada suspiro compartilhado. O escritor sentiu a batida do coração de Jeon contra o seu peito, o som suave e constante, como uma melodia que os unia de maneira silenciosa, mas firme.

Jimin, ainda em seus braços, olhou para o outro, buscando em seus olhos a confirmação de que estaria seguro. Jungkook, percebendo o desejo em seu olhar, inclinou-se e o beijou. O beijo foi suave e lento, como se estivesse explorando cada centímetro dos lábios alheio. O toque era delicado, afável.

Tomado por um desejo irresistível, Park puxou Jungkook para perto. O ósculo convergiu ardente, cheio de paixão e desejo. O mais alto, surpreendeu-se no início, mas se entregou ao beijo, respondendo com a mesma intensidade.

A paixão se acendeu em um redemoinho de desejo que os arrastou pelas escadas do palacete. A cada degrau, a promessa de um paraíso se intensificava, selada por beijos que teciam um caminho de fogo. A mão menor, ágil e ousada, percorreu as costas de Jeon, traçando os músculos e a seda, enquanto a mão de Jungkook se afundava nos cabelos loiros, puxando-o para mais perto.

A luz da lua, tênue e cúmplice, invadiu o quarto, revelando o palco da paixão: uma cama de seda preta, macia e convidativa. Jimin, com um sorriso travesso, empurrou Jeon contra as colchas, e a seda cedeu sob seus corpos, como um abraço confortável. O olhar do escritor percorreu a beleza de Jungkook, um tracejado de força e sensualidade.

Com movimentos delicados, o loiro desceu os dedos pelas roupas de Jeon, desprendendo-as como um véu que revela um templo de desejo. O peito musculoso, a cintura fina, os ombros largos... cada detalhe era um convite, uma promessa de prazer.

Tomado pela veneração, beijou o corpo abaixo do seu, um caminho de fogo que se iniciou no pescoço, percorrendo o peito e desceu, em um rastro de desejo, até os pés. O toque de Jimin foi uma dança,  passeando pelos contornos como quem desenha memórias na ponta dos dedos explorando a geografia do corpo de Fallen.

Sob o toque de Park, ele se tornava um vulcão adormecido, cuja lava ardente era despertada por cada carícia, cada beijo, cada palavra. A força que o definia curvando-se diante da sensibilidade que emanava do escritor, revelando um jardim secreto, onde floresceu desejos e sonhos há muito adormecidos.

Ele se contorceu sob os beijos do escritor um gemido rouco escapando de seus lábios, como se cada toque fosse uma chave que desbloqueava um novo nível de prazer. A pele do anjo, em brasas como pedra sob o sol, se tornava suave como seda sob as mãos de pequenas, e a intensidade de seu desejo se manifestava em cada suspiro, em cada arqueio de costas.

Com um olhar de desejo e admiração, sentiu o corpo de Jungkook se aquecer e a promessa de uma noite inesquecível se tornava uma realidade.

Descendo seus beijos, Jimin se aproximava vagarosamente da intimidade de Jungkook. Apertando a carne farta, marcando a pele imaculada com seus dígitos. Um tremor percorreu o corpo de Fallen quando o escritor abocanhou seu falo duro e rosado, já encharcado pelo pré-gozo. Jimin o sugava com veemência, arrancando-lhe suspiros e gemidos manhosos. Deslizando a língua pelo comprimento ou apenas no prepúcio, sugando com maestria, deixando Jungkook ainda mais inebriado. Sem conseguir controlar-se, Jeon segurou os fios loiros e se impulsionou na boca de Jimin, atigindo-lhe a garganta, fazendo-o se engasgar em prazer.

Delicadamente, Jimin o preparou, inserindo um dedo no músculo rugoso e deixando Jungkook se acostumar com a invasão. Inserindo mais dois dedos, preparou o outro o suficiente para ser preenchido pelo membro teso e coberto por veias. Posicionando-se, com um cuidado quase reverente, sentindo a temperatura da pele de Jungkook contra a sua, Jimin o penetrou lenta e delicadamente. O músculo de Jeon se contraiu levemente sob o seu toque, o calor era intenso, uma sensação que o envolveu por inteiro. Park esperou, observando a reação de Jeon, a maneira como a respiração se tornava mais profunda, a pele se arrepiando sob seus dedos.

Quando sentiu que Jungkook estava pronto, iniciou os movimentos, lentos e ritmados, explorando cada curva de seu corpo. Jimin se agarrou ao caído, buscando o calor do corpo do amado. Enterrou o rosto no pescoço de Jungkook, respirando fundo o cheiro da pele, do suor, do desejo. Seus dedos percorriam o corpo maior, traçando a linha da cintura até as coxas fartas, acariciando os músculos tensos. Seus lábios encontraram, e ele o beijou com paixão, mordiscando a pele com suavidade, deixando marcas vermelhas; provas de seu amor .

A cavidade de Jungkook se contraia, produzindo um som intenso, com o atrito. A sinfonia se intensificava a cada investida, um ritmo frenético que ecoava no palacete. O suor escorria pela têmpora do anjo, misturando-se aos fluidos que escorria do outro, criando um brilho molhado e intenso. A temperatura se elevou, e a umidade se intensificou, envolvendo-os em um calor avassalador.

A vigor da experiência os levou a um estado de frenesi. Os movimentos se tornaram mais fortes, mais profundos, e os gemidos se transformaram em um rugido de prazer, levando-os ao ápice. Um clamor escapou dos lábios de Jeon, seguido por um suspiro de exaustão.

Jimin se contraiu, a sensação da luxúria percorrendo-o como uma onda. Um gemido gutural escapou de seus lábios, enquanto ele se afundava ainda mais em Jungkook, buscando a união perfeita. A pele do escritor se arrepiou, e um tremor percorreu seu corpo. O calor se intensificou, e a sensação de satisfação os envolveu por completo enquanto se derramava no interior do outro.

Jimin se afastou lentamente de Jeon, acariciando o rosto do amado com a ponta dos dedos. O suor escorrendo pela pele de ambos, um brilho intenso sob a luz da lua. Um sorriso se abriu no rosto do escritor e ele observava o anjo com admiração.

Este, que ainda ofegante, se aninhava nos braços do amado, buscando o calor e a segurança de seu corpo. Ele fechou os olhos, sentindo o cheiro do Park, uma mistura de suor e desejo que o deixava completamente relaxado.

Com movimentos suaves, o escritor percorreu o corpo de Jungkook, acariciando seus músculos tensos, traçando linhas imaginárias em sua pele. Ele o beijara no pescoço, deixando um rastro de calor o de seus lábios o tocavam.

A respiração de ambos se acalmava, e a paixão se transformou em uma ternura profunda. Jimin acariciou os cabelos de Jeon, sentindo a textura macia e o cheiro de seu perfume. Ele beijou-lhe o lóbulo da orelha, sussurrando palavras de amor em seu ouvido.

Jungkook enrolou Jimin em seus braços, aprofundando o abraço. E ele se sentiu completamente seguro e amado. A sensualidade se transformou em uma calma profunda. Eles se encararam, e um sorriso se abriu nos rostos de ambos.

Jungkook beijou a testa de Jimin e sussurrou um "Eu te amo". Park respondeu com um sorriso tímido: "Eu também te amo."

Eles adormeceram envoltos na quietude da noite e no consolo um do outro, os corações batendo em sintonia, sabendo que o futuro era um mistério, mas que, enquanto estivessem juntos, encontrariam forças para enfrentar qualquer adversidade que surgisse. A tranquilidade era frágil, mas a intimidade crescente entre os dois se tornava uma ancla sólida, algo que nenhum desafio poderia apagar.

𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 𝐄𝐌: 12/12/2024
𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 ©𝐋𝐘𝐃𝐈𝐀 𝐓𝐀𝐕𝐀𝐑𝐄𝐒

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