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𝐁𝐔𝐒𝐂𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐌𝐄𝐔 𝐄𝐔

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"𝑵𝒆𝒎 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒐 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆 𝒂𝒑𝒂𝒈𝒂𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒐𝒊 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂; 𝒐 𝒂𝒎𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒐 𝒅𝒆 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂."
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A luz suave da manhã filtrava-se pela janela do  quarto, preenchendo o ambiente com um brilho dourado. Me espreguicei, ainda atordoado, mas a beleza da Irlanda, com suas montanhas verdejantes e o céu claro, me puxava para fora do sono.

O ar fresco que entrava pela fresta da janela trazia consigo o aroma da grama molhada, me despertando para a realidade de que estava realmente ali, em um lugar que um dia foi apenas uma imagem em uma tela.

Intrigado pelos sonhos que me perseguiam, decidi que precisava aproveitar a paisagem ao meu redor. Uma sensação de urgência apoderou-se de mim, lembrando-me do prazo apertado que meu editor havia me dado.

Eu precisava ter iniciado meu novo e-book em um mês. Um mês! O pensamento de perder o contrato com a editora me causou um nó no estômago. Era uma pressão que não podia ignorar, e precisava encontrar inspiração rapidamente.

A decisão de ir à Irlanda fora impulsiva, alimentada por um desejo profundo de escapar da rotina. Em menos de uma semana, organizei minha viagem, movido por um elã que não compreendia completamente. O lugar encantador que vi em uma imagem se tornara uma realidade, e  eu me encontrava cercado por uma natureza deslumbrante, em busca de ideias que dessem vida ao meu próximo projeto.

Enquanto caminhava pelo exterior da casa, não pude deixar de lembrar de quando, aos dezesseis anos, escrevi minha primeira história. Estava sentado em uma sala de aula, cercado por colegas curiosos. O tema da redação era "A beleza na alma do ser humano", e as palavras fluíram de minha mente como um rio cálido.

A sala se encheu com a sensação de que estava transcrevendo algo que sempre soube, uma verdade que pulsava em meu cerne. Ganhei um prêmio por aquela redação, mas, o mais importante, foi descobrir o poder das palavras e a maneira como elas podiam capturar a essência da experiência humana.

Enquanto olhava pela janela, a lembrança dos meus sonhos recorrentes me invadiu, como uma onda que não consegue se conter. Imagens borradas de um passado que não me pertence, mas que, de alguma forma, sentia como se estivessem interligadas a mim.

Perguntas sem respostas ecoavam na minha mente, martelando incessantemente: por que esses sonhos me perseguiam? E por que parecia que, mesmo sem entender, algo dentro de mim reconhecia aquela paisagem? Era como se o céu irlandês guardasse uma parte de mim, uma parte que eu ainda não havia descoberto.

"Preciso de inspiração", murmurei, a urgência em minha voz aumentando ao lembrar do prazo que meu editor havia imposto. O coração disparou ao pensar que, se não cumprisse o prazo, poderia perder o contrato. Era uma pressão que me empurrava para fora da inércia, e decidi aproveitar aquela manhã ensolarada para explorar o exterior da casa que alugara.

O ar fresco envolveu-me como um abraço carinhoso, e respirei fundo, absorvendo cada nuance desse lugar encantador. Os pássaros cantavam alegremente, e o som suave das folhas balançando ao vento criava uma sinfonia perfeita, uma trilha sonora que me encorajava a buscar novas histórias. Em meio a essa beleza, meu espírito inquieto clamava por algo mais, algo que só a escrita poderia oferecer.

Refleti sobre meu passado, sobre a criança outrora abandonada em um orfanato. Eu sempre fui um garoto esperto, respeitoso e disciplinado, vivendo entre as madres do Lar dos Anjos. A beleza angelical que me atribuíram não era nada comparada à sagacidade que cultivava. Com o tempo, a escrita se tornou meu refúgio, minha forma de encontrar significado em um mundo que parecia, muitas vezes, hostil.

Aos dezoito anos, mergulhei em meu primeiro relacionamento romântico com um colega da faculdade, Jihoon. Ele não conseguiu despertar em mim o amor que sonhei, mas mesmo assim se tornou uma fonte de inspiração para muitas das minhas histórias. A separação, embora dolorosa, foi um catalisador. Decidi me dedicar totalmente aos livros, às palavras que dançavam em minha mente, anseio e desejo.

Agora, sentado à beira do lago, com os pés imersos nas águas tranquilas e o notebook sobre meu colo, relia minhas primeiras histórias. Cada palavra, cada frase, era uma cápsula do tempo, um vislumbre de quem eu era e do que havia se perdido.

Contos de amores impossíveis que transcenderam as barreiras de tempo e espaço dançavam em minha mente como sombras em um crepúsculo eterno. Eram histórias de almas entrelaçadas pelos fios invisíveis do destino, que se buscavam através das eras, desafiando as leis do universo e a lógica do coração. Cada narrativa trazia um toque de mistério e magia, como se as estrelas Plêiades conspirassem para unir aqueles que estavam destinados a se encontrar, mesmo que separados por dimensões e realidades.

Esses dramas se desenrolavam em cenários variados: castelos em ruínas, florestas encantadas e cidades esquecidas pelo tempo, onde o amor, embora vibrante e intenso, frequentemente se via confrontado por forças externas e intransigentes. Cada história, uma tapeçaria de emoções, revelava o peso do sacrifício e a beleza da entrega, culminando em finais trágicos que deixavam uma marca indelével nas almas dos amantes.

Mas, mesmo nas trágicas despedidas, o amor emergia como a principal fonte de inspiração. Era uma chama que não se apagava, um eco que ressoava nas profundezas do coração, lembrando que, embora as circunstâncias possam separar os corpos, os laços forjados no amor são eternos, desafiando até mesmo o próprio tempo. A cada conto, eu me via mais profundamente imerso nesse universo de paixão e dor, buscando a essência da conexão humana que permanece inquebrantável, mesmo quando o destino parece cruel.

O que mais me intrigava era como eu, alguém que nunca havia conhecido o amor verdadeiro, conseguia escrever sobre sentimentos tão profundos, como se já os tivesse experimentado. Era como se, em cada palavra, eu pudesse tocar a essência de emoções que, até então, eram apenas sussurros distantes em minha alma.

À medida em que me perdia entre as páginas e as histórias que criava, um nome ecoou em minha mente: Maha... meu Maha... Quem seria esse homem que povoava meus sonhos, um enigma que despertava em mim uma curiosidade avassaladora e me inspirava a descobrir mais sobre quem eu realmente era? Era como se, através dele, eu estivesse sendo chamado para desvendar uma parte de mim que estava adormecida.

Estava ali, na Irlanda, há apenas dois dias, mas a conexão que sentia com aquele lugar era inexplicável. Cada brisa que soprava parecia sussurrar enigmas antigos, cada raio de sol que tocava minha pele trazia uma sensação de pertencimento. Era como se estivesse voltado para casa, mesmo sem saber de onde era.

As colinas verdes e as paisagens de tirar o fôlego faziam meu coração pulsar em um ritmo diferente, e por um breve momento, a sensação de ser um mero espectador da vida se dissipou. Eu me sentia parte de algo maior, como se aquele lugar tivesse sido o cenário de várias histórias vividas e que ainda estavam por vir.


𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 𝐄𝐌: 𝟐𝟖/𝟎𝟗/𝟐𝟎𝟐𝟒
𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐀𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑: 𝐌𝐀𝐈𝐑𝐀 𝐋𝐈𝐌𝐀
𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 ©𝐋𝐘𝐃𝐈𝐀 𝐓𝐀𝐕𝐀𝐑𝐄𝐒

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