ᎬՏᏢᎬᏟͲᎡϴ
"Há um mundo por de trás do espelho, há um espelho por de trás do mundo."
Nas últimas semanas, essa frase simbólica não sai da minha mente. Às vezes, me pergunto se a volta dos sonhos frequentes e frases que não fazem sentido é um prenúncio de que está novamente chegando a hora... (suspiro) Desculpe, creio que não esteja entendendo muito a minha divagação; entretanto, eu irei lhe explicar.
Se você um dia passar por mim na rua, verá apenas mais um ser humano comum. Entretanto, isso não poderia estar mais distante da realidade. O motivo é complexo, portanto, deixe-me contar minha história para você.
Tudo começou quando eu tinha cerca de 6 ou 7 anos, em uma noite como qualquer outra.
***
Eu: Onde... Onde estou? Minha mãe...? eu não conheço este lugar.
Olho ao redor, observando a desértica rua em detalhes, costume que tinha desde garoto. Era óbvio que algo havia acontecido. Eu lembrava vividamente de ter deitado ao lado de minha mãe e ter adormecido, e ainda assim, ali estava eu.
Começo a andar vagarosamente pela rua, observando as fachadas das lojas listradas e coloridas, muito diferentes das da minha cidade. Além disso, pude também notar letras, as quais não estavam alinhadas de uma forma que eu pudesse ler.
Estava de noite e com um pouco de frio cruzo os braços e continuo a andar em frente. Me deparo com um beco parcialmente escuro e possivelmente sem saída. Sempre fui uma criança madura demais para a idade, e geralmente teria buscado ajuda. Entretanto, um forte impulso de curiosidade e intuição me move a entrar na escuridão do lugar. Meus olhos não levaram mais do que 5 segundos para se acostumar, e foi quando ví uma cena que jamais esqueceria.
Lá havia uma mulher, estava sendo suspensa no ar por... Uma sombra? não... Mais do que isso. Sua escuridão era tão absoluta que poderia apenas ser comparada ao mais profundo vazio, a ausência total de alguma luz e a qual era capaz de facilmente sobressair-se à da noite.
O ser erguia a mulher no ar sem tocá-la, apenas com sua mão estendida. Da boca da imóvel mulher saía uma espécie de luz energética a qual estava sendo levada para o que seria a possível boca daquele ser.
Não levou mais de 15 segundos para que o que antes era uma pessoa se tornasse uma casca pálida, vazia e sem vida a qual caiu no chão.
Eu dei alguns passos para trás, o que fez com que aquele ser instantaneamente me notasse. Ele se voltou em minha direção e pude ver que não havia nada, não tinha olhos, boca, não tinha rosto.
Eu estava em choque. Deveria correr? Para onde? Deveria gritar? Alguém me escutaria? Minha mente em branco e entregue ao mais profundo pânico não tomou qualquer ação, apenas pude perceber o ser curiosamente me observando por alguns segundos, que em minha percepção infantil pareceram longos e interminaveis minutos.
O ser partiu vagarosamente em minha direção e eu me mantive imóvel. Quando a criatura estava a não mais do que 3 metros de distância já com sua mão erguida, pude sentir o toque de alguém em meu ombro e o qual agarrara meu braço. Pela primeira vez em longos momentos eu reajo, tendo apenas tempo de observar o rosto do jovem rapaz ao meu lado o qual com uma expressão firme me diz uma única palavra...
Rapaz: CORRE!
Como se tivesse servido de gatilho, meu corpo volta a funcionar. Ele me puxa, e começamos a correr. Ele abre a porta de um carro, já ligando a marcha. Eu entro desesperadamente fechando a porta com força.
Ele dá partida, e tenho apenas tempo de por um momento, olhar para trás e ver agora sob a luz do poste, o ser que antes apenas vislumbrei. Era como uma coluna humanoide de pura escuridão, apenas parado lá observando, enquanto o carro se distanciava.
Me voltando para frente agora, respiro quase como se não fizesse isso há muito tempo e observando o jovem rapaz ao meu lado questiono...
EU: Quem é você?
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