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cena três

[8 meses antes do início da missão Scylla]

Camila estava nervosa, e ela nunca ficava nervosa. Nem quando estava frente a frente com o perigo, pronta para levar um tiro ou matar alguém, ela nunca ficava nervosa, nunca. Mas ali, naquela sala de espera inteira branca semelhante ao hospital psiquiátrico onde ela uma vez foi internada, aguardando para ser atendida pelo seu médico de confiança, ela se sentia cada vez mais ansiosa pelo que estava por vir. 

Fazia tempo que ela estava se sentindo mal, com dores incomuns no peito, cansaço excessivo, falta de ar e ataques de tosse. Ela sabia que aquilo não era normal, sabia o que poderia ser. Afinal, após vinte longos anos fumando maços e maços de cigarro, a conta um dia chegaria. Ela só não esperava que fosse tão cedo. 

Não que ela tivesse coisas demais para fazer, claro, mas ela tinha responsabilidades. Ela tinha uma equipe para liderar — eram praticamente crianças sem supervisão —, seu filho para cuidar à distância, seu legado para manter. Imagina só, a grande Medusa, que enfrentou homens e mais homens, que matou dezenas, que realizou os piores trabalhos, morrendo por um problema de saúde? Isso não era digno dela, de toda a sua história. 

— Camila Braga. — a recepcionista chamou, apontando para a porta de entrada do consultório. 

Camila adentrou a sala silenciosamente, se sentando na cadeira em frente à escrivaninha do médico. O senhor gordinho e de cabelos brancos a encarou com pesar, suspirando. Ela já sabia o que significava aquilo, era a mesma cara que ela fazia quando precisava matar alguém que não merecia morrer. 

— Quanto tempo? — ela foi direto ao ponto, se recostando na cadeira. 

— Aproximadamente um ano, na melhor das hipóteses. — o doutor hesitou em dizer, olhando-a com tristeza — Há tratamentos alternativos que podemos tentar, mas… o câncer já está avançado. Sinto muito, Camila. 

Camila sorriu de forma tranquilizadora. Não era culpa dele, e sim dela. Ela que começou a fumar ainda adolescente, ela que foi idiota de não parar com aquela besteira. 

— Tudo bem, doutor. Eu não quero fazer nenhum tratamento, não quero tentar evitar o inevitável. 

— Posso prescrever remédios para diminuírem os sintomas, pelo menos. Assim você vive seus últimos momentos confortável. 

— Não é necessário doutor, eu estou bem. Acabamos por aqui? Tenho um compromisso daqui a pouco. 

— Pode ir, minha filha. Se precisar de qualquer coisa, pode ligar para a recepcionista e nós fazemos um encaixe no horário.

Camila saiu sem olhar para trás. Ela tinha muitas, muitas coisas para resolver. Suspirando, pegou o telefone para ligar para Stefan: 

— Reunião em vinte minutos, somente você e o Adam. — e desligou antes que pudessem responder. 

Sua cabeça girava, não com a ideia de morrer, mas com a ideia de ter tão pouco tempo para arrumar suas coisas. Camila não tinha ideia de por onde começar, do que fazer primeiro. Era como se as paredes estivessem se fechando ao seu redor e ela estivesse ficando cada vez mais sem tempo, sendo espremida pelo peso de suas responsabilidades. 

— O que você aconteceu? — foi a primeira coisa que Adam perguntou quando adentrou a sala de reuniões, onde Camila já estava presente. 

— Sentem-se. Preciso conversar com vocês. 

— Camila, porra, você nunca marca uma reunião assim em cima da hora, principalmente só com a gente. — Adam se jogou na cadeira em frente a ela, bufando — Fala logo o que caralhos tá acontecendo. 

— Espera, Adam. — Stefan mandou, enquanto sentava ao lado de Adam, com o tom um pouco mais sério que normal; uma reunião privada de última hora não era comum, afinal — O que há de errado? 

Camila suspirou, batendo as unhas a mesa antes de começar a contar a novidade:

— Eu estou morrendo. Câncer de pulmão em estágio avançado. Tenho um ano, na melhor das hipóteses. 

O silêncio preencheu a sala enquanto os homens absorviam a notícia. Camila estava surpreendentemente calma para alguém que estava morrendo, o que fazia parecer que ela estava mentindo. De um lado, Stefan tinha suavizado, olhando-a com preocupação; do outro, Adam ria incrédulo, sem acreditar no que a líder falava.

— Não fode, porra. — Adam deu um soco leve na mesa — Não é hora para brincadeiras, fala logo o motivo de nós estarmos aqui. É uma nova missão?

Revirando os olhos, a morena retirou uma pasta amarela de sua bolsa, empurrando-a na direção de Stefan, para que ele olhasse. O mais velho dos três se manteve em silêncio enquanto lia, assentindo ao terminar de ler e fechando a pasta. Enquanto isso, os olhos ansiosos de Adam passava de um para o outro, não querendo acreditar na notícia.

— Do que você precisa? — Stefan falou, suave e solidário, colocando a mão por cima da mão da amiga.

— Preciso que um dos dois assuma o meu lugar. Sabemos muito bem qual é a situação da Virtue, não dá para confiar de olhos fechados nela. Eu só confio em vocês dois para ocuparem a liderança, vocês são os mais capacitados para isso. Se outra pessoa asusmir, com certeza vai levar a equipe para o buraco.

— Espera, o quê? — Adam olhou de um para o outro, finalmente caindo a ficha do que estava acontecendo — Mas que merda, Camila, a equipe não vai se sustentar sem você...

— Não. Não comece o drama, por favor, já não chamei a equipe toda para evitar isso. — Camila levantou a mão, interrompendo a fala de Adam — O ponto é: um dos dois deve assumir o meu lugar. Já deixei uma carta de recomendação preparada para ser enviada quando eu morrer, só falta colocarem o nome. — ela retirou outra pasta de sua bolsa, repleta de papéis e documentos. — Preciso colocar meus documentos e bens em ordem. Quando eu morrer, tudo irá para um de vocês, para que seja dado ao Miguel quando ele completar dezoito anos.

— Por que você não deixa tudo para ele agora? — Adam perguntou, tentando ignorar o que realmente importava ali e esquecer que sua amiga morreria em poucos meses. 

— Ele ainda é criança, meus bens ficariam na posse da mãe adotiva dele e eu não confio naquela puta, não quero que ela gaste todo o dinheiro do meu filho e o deixe sem nada. Posso contar com vocês nisso? — ela ajeitou os papéis, enquanto eles acenavam com a cabeça — Então acabamos por aqui. Ah, e não contem para o resto da equipe. Se descobrirem, vão fazer drama. 

Os dois homens assentiram antes de se retirarem da sala, deixando Camila sozinha com seus próprios problemas para resolver, as engrenagens girando em sua cabeça quase se fazendo visíveis. Quem diria que uma planejadora nata não conseguia planejar sua própria morte.

— Conhecendo mais do passado da vilã ✨

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