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07. Isso Deve Ser Um Segredo Nosso


Kyungsoo só se parecia com uma presa enquanto fosse visto de longe, e calado, pois quando ele abria a boca, a realidade toda vinha à tona. E por mais que Jongin fosse incontáveis centímetros maior do que ele, ainda não conseguia enxergar todo o sentido daquela frase, e a maneira como o outro estava abertamente se entregando e dizendo com todas as letras o que realmente queria dele. Não era todo aquele resumo que imaginava, não se tratava de alguém curioso e que não conseguia ter controle sobre as coisas que queria saber.

Do Kyungsoo estava atraído por ele, e de uma forma que nem ele mesmo entendia.

— Você... tem interesse em mim? — O moreno perguntou, seus olhos ainda vagavam por todo canto e se tivesse labirintite, teria ficado tonto.

— Jongin, eu quero sentar em você com tanta força que vai precisar de um raio x no outro dia para ter certeza de que não quebrou a bacia, ou que quebrou, não posso te dar nenhuma certeza sobre isso.

A forma como Do Kyungsoo era direto, chegava a ser assustadora várias vezes. Entretanto, naquele momento esse não era o sentimento predominante. Jongin só conseguiu ficar parado o olhando, como quem estava esperando que todas as palavras fizessem um total sentido, ou que conseguisse ver uma sinceridade total. Mas é claro que havia uma sinceridade total, Kyungsoo não brincava quando o assunto era ameaçar sentar em alguém, e ia desde qualquer parte de seu corpo, desde seu traseiro no quadril ou a mão na cara.

O mais novo piscou os olhos algumas vezes.

— É que eu nunca fiz isso.

— Você nunca ficou com outro cara? — O Do perguntou, ele chegava a estar acostumado com aquele discurso, mesmo que muitas vezes tudo fosse mentira, e se tratava apenas de um pseudo hétero se fazendo de sonso, quando na realidade já havia ficado com, pelo menos, uma meia dúzia. Mas Jongin parecia estar sendo sincero — É normal parecer confuso ou estranho, mas nunca vai saber se gosta se não chegar a experimentar.

— Não é isso.

O menor acabou se aproximando um pouco mais, e por mais que fosse costumeiro que Jongin se afastasse sempre que ele fazia isso, daquela vez não aconteceu. O Kim continuou no mesmo lugar, e deixou aquela aproximação acontecer, até mesmo quando Kyungsoo tocou em seu braço e o segurou por um momento.

— Então o que é?

— Nunca fiz nada com outra pessoa, homem ou mulher.

Aquilo sim havia deixado Kyungsoo muito surpreso, e por um segundo chegou a se sentir tonto, sua reação se parecia muito com qualquer reação do Johnny Depp à partir do ponto que ele interpretou o Jack Sparrow e pegou todos os trejeitos do personagem. O menor segurou o braço do outro com um pouquinho mais de força, havia ficado empolgado de algum modo, ao mesmo tempo que perdido, e por um segundo foi como voltar ao colegial, onde tudo era extremamente novo para quase todo mundo.

Kim Jongin sempre carregou isso, esteve tudo tão obvio que se sentia um idiota por não ter notado antes.

— Você... você deveria ter dito isso antes. — De repente, era como se a cabeça dele fosse explodir a qualquer momento — Deveria ter me contado, eu sei que não temos intimidade pra isso, mas sei lá, deveria ter dito ao Chanyeol, ele é seu amigo, teria ajudado.

— E em que isso muda as coisas?

— Eu teria te deixado em paz.

— Ah...

A forma como Jongin abriu a boca e depois olhou para o teto completamente desconfiado, fez com que com o outro tivesse certeza de que ele estava se sentindo um idiota agora, e que quase havia soltado um "Então era tão simples assim?", ao mesmo tempo que se dera conta de que era bem capaz que Kyungsoo apenas não acreditasse e continuasse com sua perseguição implacável no maior estilo 007, sempre sabendo onde ele estava, quase como se tivesse um drone o seguindo 24h por dia ou um rastreador. Na verdade, por um bom tempo chegou mesmo a acreditar que o Do havia colocado um rastreador em seu celular, e fora preciso que Chanyeol tirasse isso de sua cabeça.

Mas agora estava ali com ele, trancados dentro de um banheiro, e de uma forma inexplicável e até então muito estranha, o estudante de Marketing havia se afastado e agora tomava o que ele próprio poderia chamar de "distância segura", o olhando de um modo um pouco esquisito, por mais que "esquisito" fosse uma palavra que muitas vezes usou para descrevê-lo.

— Então você só fica com caras experientes?

— Não é isso. — Kyungsoo suspirou de um modo que parecia prestes a dar um sermão, e talvez fosse isso — Virgindade é uma coisa importante, o primeiro sexo é especial e deve acontecer no momento certo, com a pessoa certa, e não com a pessoa que te perseguiu por semanas e quem você não suporta ver.

O menor riu de um modo que parecia completamente sem graça, e por um segundo, Jongin conseguiu ver a pessoa a quem poucos conheciam. Chanyeol havia dito que havia sim outro Kyungsoo dentro daquele Kyungsoo, o Kyungsoo que fazia com que seus amigos ainda permanecessem por perto, mesmo que ele não fosse convencionalmente uma pessoa fácil de se lidar. Por momento, Do Kyungsoo pareceu sincero demais, e tão calmo e quieto que era como olhar para um lago em dia de pouco vento.

O viu andando até a porta, possivelmente com a intenção de ir embora.

— Me desculpa por tudo isso, por mais que eu ache que eu não mereça ser desculpado, sei muito bem como consigo ser um chato. — O Do olhou para ele, e parecia realmente sincero — Vou te deixar em paz agora, e boa sorte para encontrar a pessoa certa, imagino que ela também esteja esperando por você.

Jongin queria ter dito alguma coisa, mas não deu tempo, Kyungsoo foi embora antes disso.

Ele ainda ficou ali por mais algum tempo, o suficiente para ver alguém entrando com raiva no banheiro, e resmungando sobre o banheiro não ser particular e que se essas coisas continuassem acontecendo, ele teria que apresentar uma denúncia ao Conselho por isso. Mas o Kim não se importou com aquela reclamação, estava concentrado demais no que tinha acabado de ouvir.

Deixou o banheiro logo depois e voltou para seu dormitório, de onde não pretendia sair tão cedo. Precisava de um tempo para pensar, e quem sabe as coisas se encaixassem em sua cabeça da forma certa. Deveria estar ficando doido, mas por um momento, foi como se não quisesse que Kyungsoo se afastasse.

[...]

Não demorou para que Baekhyun percebesse que havia alguma coisa errada. Kyungsoo falava de Jongin o tempo todo, além de sempre fazer perguntas sobre ele todas as vezes que Chanyeol apareceu, mas de uma hora para outra, isso havia acabado. O menor simplesmente não tocou mais no assunto, e da boca dele, o nome do Kim apenas desapareceu.

O Byun queria entender o que estava havendo, e enquanto comiam um biscoito de procedência duvidosa, sentados no sofá da sala do apartamento do Park, Baekhyun não conseguiu mais esperar.

— O que está acontecendo? — Queria ir direto ao ponto — Você está estranho.

— O Kyungsoo sempre foi estranho.

Chanyeol havia aparecido e estava com uma latinha de Pepsi em mãos, e como o sofá maior estava sendo ocupado pelo namorado e por seu amigo, ele ficou no outro sofá, que era apertado e estava cheio de manchas não identificadas, ou que era bem melhor dizer que não sabia a que se davam.

— Ele está pior.

— Parece normal pra mim.

— Esse é o problema! — Baekhyun praticamente gritou nos ouvidos de todo mundo, fazendo o maior alarde com o caso — Está muito quieto, tem falado pouco e o pior, ele parece não estar interessado em mais nada e mais ninguém, e olha que não sou muito de ver o Kyungsoo ficar desse jeito por mais de um dia.

— Deve ser por causa do que aconteceu com Jongin.

O Byun olhou na direção de seu amigo e ficou esperando que ele fizesse qualquer comentário a esse respeito, entretanto, tudo o que encontrou foi o mais puro silêncio, e isso o deixou ainda mais eufórico. A verdade era que Byun Baekhyun era refém de seu desejo ardente por uma fofoca quente, e diante do que poderia ser uma, ele não conseguia conter a si mesmo e nenhuma de suas ações quase desesperadas.

Precisava, ou melhor, necessitava, saber o que estava acontecendo.

— O que tem o Jongin? — Ele perguntava quase saltando em cima dos outros — O que aconteceu entre o Kyung e o Jongin? Chanyeol, me fala pelo amor de Deus!

Park Chanyeol achava aquele lado de seu namorado bastante encantador, e até bem fofo, o que era uma coisa que seus amigos olhavam e pensavam "Não é muito não, na verdade é até assustador", mas ele só conseguia ver seu pequeno Byun Baekhyun como uma criaturinha meiga e que apenas gostava de ter pequenas informações sobre a vida dos outros, mesmo que nem conhecesse muito bem as pessoas.

— Kyungsoo desistiu do Jongin.

Baek olhou para seu amigo sem conseguir acreditar muito nessa versão, e estava ainda esperando pelo momento em que alguém diria que era brincadeira. Entretanto, parecia que não era, e todo mundo agora estava encarando o chão e com uma cara de quem comeu e não gostou.

— Por quê? — Era só isso que precisava saber.

Ele poderia muito bem contar a versão completa, e olhando para Chanyeol, Kyungsoo sabia que Jongin havia contado tudo para ele, mas se tratava ainda de um assunto íntimo, e que não poderia sair por aí contando para as pessoas, especialmente alguém tão boca solta quanto o Byun, que possivelmente iria contar para a primeira pessoa encontrasse no corredor, pois não daria tempo de chegar até Lu Han.

— Porque o que eu estava fazendo... não era legal. — Admitir isso para si mesmo estava sendo uma tarefa difícil, e saber que suas atitudes eram sim muito erradas acabava causando um certo gosto amargo na boca. Do Kyungsoo era uma pessoa difícil, mas gostava de fingir que os outros que eram chatos demais e perdiam tempo com coisas frívolas — Jongin precisa de espaço, e eu não estava dando espaço, por isso estou o deixando em paz, já que ele não se interessa por mim.

Baekhyun balançou a cabeça umas três vezes e ficou procurando chão sob seus pés, mas até então tudo o que havia encontrado apenas o deixava ainda mais abismado. Foi até a cozinha e voltou com uma maleta de primeiros socorros, maleta esta que havia sido trazida pela mãe de Chanyeol havia uns dois meses, e de lá ele tirou um termômetro e tinha toda intenção de enfiá-lo no Do.

— O que está fazendo?

— Medindo sua temperatura, porque você só pode estar doente. — Poderiam até ter dito que se tratava de uma atitude exagerada, mas estava dando para ver que ele estava sendo absolutamente sincero.

Essa era a pior parte.

— Meu Deus, eu devo ser um monstro! — Kyungsoo gemeu sua frase e choramingou como se só pudesse ter se dado conta disso nesse exato segundo, e acabou se levantando do sofá — Vou voltar pro meu quarto, e vou ficar lá até que essa lagarta malvada verde e gosmenta se torne uma borboleta cheia de cores e que transmita alheia e felicidade por onde quer que passe.

O Do deu cerca de três passos até a porta antes de ouvir Chanyeol:

— Buscamos você na primavera!

Ele apenas se virou e mostrou o dedo do meio para o namorado de seu amigo.

— Desse jeito vai demorar mais ainda, Kyungsoo. — O Park o repreendeu, ele possivelmente era a única pessoa que ainda estava se divertindo com aquela história, já que não chegava a ser afetado de algum modo. Já Baekhyun estava preocupado com seu melhor amigo enquanto ele deslizava para fora do apartamento com a maior cara de pão sem margarina.

Pela primeira vez em toda a sua vida, Do Kyungsoo estava realmente desolado e se sentindo péssimo com algo que fez. Tudo o que ele queria agora era sumir por um tempo, ou quem sabe fazer algo para ressarcir Jongin por todas as vezes que o atrapalhou de algum modo, mas agora isso parecia estar fora de alcance e ele estava vivendo o que as pessoas comuns chamam de "tarde demais". Fora com esse pensamento que se arrastou a passos de tartaruga até seu dormitório, e subiu pelas escadas como se estivesse carregando o mundo inteirinho das costas, o que era anormal até para seu estado comum de preguiça.

Chegou a tomar o pior banho de sua vida quando chegou em seu quarto, e vestiu um pijama cheio de furinhos de quando ainda era adolescente, mas como ele não havia crescido, ainda cabia perfeitamente. E agora, sentado no chão ao lado do sofá, tudo o que conseguia pensar era que precisava urgentemente mudar a assinatura da TV, pois não estava passando nada que prestasse sequer para deixar de plano de fundo enquanto refletia sobre qualquer um dos 3459 erros que cometeu na vida.

— Talvez eu me jogue na frente de um carro hoje, possivelmente nem morra, só fique uns quatro meses no hospital sendo mimado pelos enfermeiros. — A essa altura, qualquer coisa valia — Talvez eu vá até o jardim de infância e diga para todas elas que sou um duende, nós podemos brincar o dia todo. Não gosto de crianças.

Depois de longo suspiro, ouviu uma batida na porta, e por mais que não quisesse receber ninguém, chegando até mesmo a ameaçar quem estava do outro lado, acabou cedendo a toda aquela insistência e se arrastou até lá, a abrindo com uma má vontade e uma péssima expressão em seu rosto. Porém, de todas as visitas, aquela era a mais inesperada, e tudo o que conseguia fazer era piscar os olhos tentando descobrir se tudo era real ou se estava tendo uma alucinação.

— Jongin?

— Eu vim... devolver a sua toalha. — O mais novo disse, e lhe estendeu a toalha que levou outro dia, ela estava dentro de uma sacola — E agradecer por ela.

— Ah, sim.

O Do a pegou, e depois ambos ficaram em um silêncio estranho, como quem queria dizer alguma coisa, mas ainda não sabia as palavras certas. Jongin olhou algumas coisa no corredor, e em seguida voltou seus olhos para Kyungsoo de novo. Ninguém precisou dizer nada depois disso, o Kim apenas entrou no quarto e fechou a porta atrás dele. 

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