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05. Quando A Chuva Passar


— Você não tem um capacete extra para mim?

Para Kyungsoo, tudo estava perfeito, ele estava tendo finalmente a oportunidade de estar ao lado de Jongin e isso ser algo da escolha do mais alto, já que a opção de ele dizer a Chanyeol que preferia ser enterrado vivo a ter que dar uma carona para Do, ainda existia. Mas como sempre, o rapaz baixinho era o melhor quando o assunto era reclamar de alguma coisa. Se não reclamasse, poderiam até mesmo ligar para o PROCOM e informar que haviam recebido o produto errado.

— Onde acha que estamos, em um Dorama? — O mais alto perguntou, e Kyungsoo já havia reparado que ele era educado com todo mundo, menos com ele. Tudo bem, poderia entender que não merecia a educação do rapaz, mesmo assim ainda tinha o direito de se sentir minimamente desprezado. Se bem que não era só minimamente, Jongin o desprezava com todas as suas forças — Eu não sabia que iria te dar uma carona, como é que eu estaria com um capacete extra agora? Vim aqui puramente porque Chanyeol-hyung quase se jogou no chão implorando.

Kyungsoo suspirou. Deveria ficar grato a Chanyeol? Deveria, e só pura bondade, iria colocar um pouco de crédito na conta dele, e iria passar alguns dias sem nenhuma ameaça de morte contra sua pessoa. Isso já era muita coisa, valia ressaltar, um ato de muita benevolência.

— Você precisa mesmo ficar jogando na minha cara o quanto me odeia?

Por um segundo, pareceu de verdade que o garoto baixinho havia ficado magoado com aquilo, e mesmo que não devesse ceder a esse tipo de chantagem, Jongin se pegou sentindo-se mal com a ideia de que estava mesmo fazendo com que o outro ficasse mal. Ele não era assim, e já haviam lhe ensinado que não deveria tratar os outros desse jeito, especialmente quando eram mais velhos que ele. O Kim vinha de uma família onde todo mundo aprendia desde cedo que todo mundo tinha dois lados, um bom e um ruim.

E deveria ter um pouco de paciência com Kyungsoo, pois podia até não parecer, mas ele deveria ter um lado bom, mesmo que esse lado fosse o avesso.

— Desculpe, não era a minha intenção te magoar. — E depois de ver a forma como Kyungsoo se recuperava rápido, ele repensou se o rapaz havia mesmo se magoado ou se estava fingindo — Tá, vamos logo embora, não é tão cedo quanto você pensa e temos aula amanhã, quer dizer, eu tenho, não sei você.

Ele também tinha, infelizmente, e estava com uma preguiça danada. Mas por enquanto, as coisas estavam ótimas, já que poderia ir na garupa de Kim Jongin, e como estava sem capacete, iria usar essa desculpa para o agarrar com ainda mais força e dizer que estava apenas cuidando de sua segurança. A vida estava perfeita e linda, simplesmente isso, e se já havia reclamado de algo, não se lembrava.

Nunca na Galáxia, sempre fora o maior Santo.

Jongin subiu primeiro, mas havia precisado levar a moto até um canteiro, pois Kyungsoo tinha pernas muito curtas, e precisava de algo para usar como degrau. O Do agora o agarrava como se sua vida dependesse disso, e Jongin repensava várias coisas sobre sua vida, e como havia conseguido se meter naquilo. Poderia muito bem ter calculado todas as tangentes, e se dado conta de que se tratava de uma armadilha, onde acabaria sendo levado diretamente para a boca do pequeno lobo. Mas não, ele preferiu acreditar que Chanyeol não seria capaz de lhe fazer uma maldade dessas, já que os dois eram tecnicamente bons amigos.

Traição pura, havia sido isso que aconteceu.

— Se você apertar mais o meu corpo, nós vamos virar uma pessoa só. — Foi a primeira reclamação de Jongin, enquanto tentava arrancar os braços do menor que estavam ao redor de seu corpo, o abraçando como se quisesse passar um superbonder e manter eles assim pra sempre — Isso é bem desnecessário.

Mas Kyungsoo tacou o foda-se, e continuou ali igualzinho a uma jabuticaba no pé, e da mesma maneira que a jabuticaba, ele desejava morrer sendo chupado. O menor tinha suas próprias ideias de como conquistar um cara, e definitivamente aquilo passava do ponto. Entretanto, situações desesperadas, pedem medidas desesperadas, e para Do Kyungsoo, um cara que não lhe dava a menor bola, se tratava de alguém com quem ter medidas desesperadas, com certeza.

— Me deixa!

Jongin só queria ir pra casa e acabar de vez com aquilo. ChanYeol havia dito onde Kyungsoo morava — justamente com o intuito dele nunca passar por perto, mas agora estava indo diretamente para o ponto que mais deveria evitar na vida. O dormitório de Do Kyungsoo, o garoto baixinho que mais arrumava problemas para sua vida. Era como ver a onda vindo e ficar lá que nem um imbecil esperando que ela te mate afogado. Ou pior ainda, era como pular sobre ela com a boca aberta e pronto para engolir meio mundo de água salgada.

Burrice, o nome disso aí.

Mas nunca pense que as coisas estão ruins demais ao ponto de não poderem ficar ainda pior, porque para piorar, todo Santo ajudava. E as nuvens carregadas que cobriam sua cabeça na ida, agora estavam fazendo questão de começar a pingar. Eram só umas gotinhas, entretanto, aquelas gotinhas bem chatas, e chatas o suficiente para serem chamadas de gotinhas Do Kyungsoo. E a chuva já estava começando a engrossar quando chegaram aos dormitórios, onde ele parou a moto dentro do prédio. O menor desceu enquanto ele ainda tirava o capacete.

— Por um momento achei mesmo que fossemos derrapar na pista molhada, já estava começando a ficar com medo. Você está de capacete, eu não. — Era o que o mais velho dizia, mas ele estava claramente exagerando só para arrancar alguma reação do outro. Já havia sacado que Jongin tinha uma pontinha de orgulho com relação às suas coisas e não iria gostar de ouvir aquilo — Morrer assim parece coisa de filme.

O outro o encarou diretamente, com a mesma expressão de desgosto de sempre.

— Acha mesmo que não sei o que estou fazendo?

Kyungsoo o olhou do jeitinho que sempre olhava. Piscou algumas vezes e fez uma carinha de pura inocência. A chuva, de repente, começou a ficar muito grossa. O Universo era realmente muito bom para os filhos da puta, e Jongin estava acabando de presenciar isso. Era exatamente como naqueles filmes, onde as pessoas ficavam ilhadas em um lugar deserto e só conseguiam sobreviver à base de água coco. A pior parte era que os dois estavam muito molhados, especialmente ele, que ficava na frente e recebia a maior parte da chuva diretamente. Ele estava com frio, e o danadinho já tinha reparado nisso.

— Você ficou todo molhado. — O garoto se aproximou com seu olhar mais cínico, e fingindo que não estava cheio de segundas intenções naquele instante, e que nem havia reparado em como a camisa ficava colada ao seu corpo, destacando os pontos mais interessantes — Deve estar com muito frio agora, porque eu estou menos molhado e estou. Acho melhor você subir e se secar, pode ficar aqui até a chuva passar, não me incomodo em abrigar em você, Jongin.

Pelo menos, ele aprendeu o nome.

O olhar do Kim já dizia tudo o que ele pensava sobre isso. Estava começando a chover pra caralho, e era bem possível que ficasse assim por muito tempo. Kyungsoo olhava de uma forma tão descarada que chegava a ser assustadora, pois ele já não disfarçava o quanto estava pensando um milhão de maldades. Poderia fazer qualquer coisa agora, menos ficar ainda mais tempo perto daquele doido.

— Vou esperar a chuva passar aqui embaixo. — Ele afirmou, e se tratava de uma decisão que não poderia facilmente ser revogada — Não precisa se preocupar quanto a isso.

Jongin não estava seguindo o roteiro de dorama que Kyungsoo havia criado em sua cabeça. Ele havia assistido algo bem parecido com aquilo recentemente, e a cena havia acabado no casal dormindo juntos e abraçadinhos a noite toda. Mas não, aquele filho da puta estava se recusando com todas as forças a subir até seu quarto, mesmo que ele fosse só um pobre garoto frágil e inocente, incapaz de fazer mal até a uma mosca. Isso estava errado, bom lembrar.

— Acha que eu vou te fazer algum mal se você subir até o meu quarto e se secar lá dentro? — O menor perguntou, e ergueu os braços, os sacudindo — Olha pra mim, Kim Jongin, eu sou muito mais fraco que você, que deve ser um rato de academia igual ao namorado do Baekhyun! Vai dizer que está com medo de mim?

— Sim, eu estou!

Kyungsoo cruzou os braços.

— Não tem vergonha de admitir uma coisa dessas?

— Não, não tenho. — Jongin não estava mesmo com vontade de colaborar — Vou ficar sentado naquele banco ali, e vou ficar ali até a chuva passar.

E após afirmar isso, ele foi até um banco que ficava perto de uma pilastra, ali se sentou e ali estava com cara de quem iria ficar. Kyungsoo queria muito sair protestando agora, bater o pé no chão e chamar aquele garoto de imbecil, que sequer conseguia lhe dar uma única chance de parecer uma pessoa legal e prestativa. Mas estava se lembrando das palavras de seus amigos sobre aquele lance de não poder ficar forçando as coisas, e que precisaria ter um pouco mais de paciência se quisesse conquistar uma pessoa como Jongin.

Aquilo era uma merda, isso sim, e ele não havia sido feito para passar por situações como aquela, onde precisava fingir que não queria usar um cabo de machucado para descer uma porrada na cabeça daquele cara e o arrastar até seu dormitório.

— Você tem certeza? — Perguntou pela última vez — Você poderia até tomar um banho no meu quarto.

— Agora tenho mais certeza ainda.

O melhor era subir logo, pois só estava deixando as coisas piores. Foi quando uma pequena ideia se passou por sua cabeça, já que o plano era ser bonzinho, era isso que ele iria fazer. O mais velho pareceu ter finalmente desistido e saiu de perto, indo na direção do elevador. Jongin se sentiu muito aliviado, e decidiu que sua visão favorita de Kyungsoo era aquela, ele de costas e indo embora.

Seu celular também havia se molhado, mas apenas um pouco, já que estava com uma calça de tecido grosso. De qualquer jeito, ele não iria estragar apenas por aquilo. Estava com pouca bateria, porém, ainda dava para mandar uma mensagem a alguém caso precisasse. Acabou rindo sozinho quando pensou em avisar a alguém que estava no prédio de Do Kyungsoo, e que se algo acontecesse com ele, já sabiam a quem culpar. Já estava começando a ficar doido com aquele assunto, isso sim.

Só teve poucos minutos de paz, pois pouco tempo depois, sentiu alguma coisa sendo colocada sobre sua cabeça, e quando se virou para entender o que acontecia, encontrou Kyungsoo ali, todo fofinho tentando secar seu cabelo. Agora estava segurando no pulso dele e o impedindo de continuar com o que fazia, pois até as atitudes boas daquele cara pareciam ter algo a mais sobre, como se ele fosse um Senhor das Trevas, que jogava sua magia do mal onde quer que tocasse.

— Eu só não quero que pegue um resfriado, já que se recusa a subir e se secar, vim secar você aqui. — Kyungsoo estava mesmo tentando fazer o outro acreditar que se tratava apenas de uma boa ação feita por uma alma caridosa, mas era muito difícil quando essa alma caridosa tinha aqueles olhões grandes que ficavam o encarando como se fosse lhe dar uma mordida a qualquer momento.

Um pinscher, Kyungsoo o lembrava um pinscher.

— Não precisa.

— Não seja tão mal comigo, Jongin. — E lá estava a expressão de mágoa de novo, e por mais que Jongin soubesse que não deveria ser idiota o bastante para cair naquela armadinha, ele estava caindo — Só estou querendo fazer alguma coisa legal por você, mas você fica me tratando assim o tempo todo.

Era uma merda isso tudo, pois quando viu, já tinha desistido de lutar contra e havia simplesmente se entregado aos toques um pouco desajeitados de Do Kyungsoo, que certamente não estava muito acostumado com boas ações, e por isso parecia tão estranho enquanto as fazia. Era como ver seu tio Hyunmei, que era daltônico, pintando o arco-íris. Ou seja, estava tudo errado.

Kyungsoo também estava com a cabeça bem dividida com seus três divertidamente, só que ele só tinha esses modos: A raiva, a euforia e o tesão, e os outros estavam trancados em um porão e ninguém os via com muita frequência. Ele estava de todos os modos se policiando para não assediar ninguém, e pela primeira vez em sua vida, agir como uma pessoa e não como um cachorro no cio. Não que se julgasse dessa forma, mas seus amigos julgavam, então em pensamentos ele usava esse termo, pois era como se fossem Lu Han e Baekhyun berrando em sua cabeça.

— Acho que já está bem seco. — Jongin cortou seu barato — Obrigado pela atenção.

— Posso secar o resto do corpo também.

— Você pode só me dar a toalha, e eu mesmo faço isso.

Era muito triste ter que se render e simplesmente abandonar seu melhor plano. Ele deu alguns passos até estar na frente de Jongin, e nessa hora, estava pensando em uma mulher forma dos dois conseguirem ter uma conversa, dessas que iriam magicamente resolver tudo e fazer com que os dois ficassem amigos. Se isso funcionava em filmes, deveria funcionar na vida real também.

— Jongin, você...

— A chuva passou! — O mais novo se ergueu do banco como se tivesse acabado de ver Jesus ou algo bastante parecido, pois para fazer com que se livrasse de Kyungsoo, já era seu Salvador — Obrigado pela toalha, posso usar ela pra secar o banco da moto, não posso? Obrigado, vou lavar para devolver, tchau.

Não deu tempo nem dizer nada, apenas o viu indo embora com a maior pinta de presidiário quando vê a cela aberta dando mosca. Tudo o que restava para Do Kyungsoo agora era se dar conta de que Kim Jongin nem disfarçava o quanto só queria ficar longe dele. Talvez aquele fosse o momento para o deixar livre e enfim seguir com sua vida, já que dava pra ver de longe que o garoto simplesmente o detestava.

— Não mesmo, Jongin, você não perde por esperar. 

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