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Capítulo I - A beleza lúgubre


Para muitos, Safo forá uma mulher nem tão bela para os padrões da época, baixa e magra. Sem muito ao que se possa deslumbrar entre suas curvas. Mas existiu entre esses mesmos a quem reconheceu que ela era extremamente atraente, com seus belos olhos vibrantes e cabelos negros. Disseram muitos que esta era a principal causa de seu sucesso, sua beleza incomparável e asfixiante. Mas a verdade é que ela, nascida no seio de uma família rica, se dedicou precocemente ao aprendizado da dança, da retórica e da poética, luxo só reservado para as aristocratas nesta época.

Diziam a Safo que sua inteligência era irrelevante, e para a época não era o de menos, misoginia, o ódio contra as mulheres tornava todas as suas qualidades efêmeras. Então ela era meramente bonita.

Os passos miúdos andavam desorganizadas pela intensidade do vento que soprava forte na ilha de lesbos. A mulher dos cabelos castanhos escuros e pele alva buscava mais penas e outros utensílios a suas novas obras, hoje iria deslumbrar as damas de Afrodite, que formosas iriam comparecer ao templo da deusa a qual serviriam hoje.

As sacerdotisas se mantinham numa fileira enorme que se designava a uma estátua da deusa afrodite. Os panos leves caiam sobre os ombros em cascata, a beleza quase vulgar das mulheres enchiam a região de uma essência queimante. E Safo aproveitava a vista inebriante para escrever alguns de seus poemas, pensando na amante que não via a um bom tempo.

A mais apolínea daquele lugar, a que todavia ela não deveria nem em pensamentos saciar a fome e a sede que tinha. A moça trazia junto ao corpo uma presença eletrizante, uma sensação sem descrição, a propria sagacidade e sabedoria em seu âmago era libertina.

E quando Safo se comparava a ela, sentia-se quase como um ser contrário ao mundo a qual Medusa cercava. Desregrada em sua conduta, os comportamentos devassos, licenciosos e também depravados eram o que mais dinstinguia Safo da mulher. Envolver-se emocionalmente com alguém que não pudia ter era algo que Safo nunca imaginou acontecer.

Refletiu silenciosa, sentando-se em um banco de madeira. Os braços esbeltos guardavam sua lira que descansava em sua anca, a ajeitou no colo e deslizou os dedos ágeis, atentando-se a ouvir a ressonância musical das notas felizes.

E ai houve um grito pavoroso que abalou as estruturas dos templos mais próximos, os fazendo balançar.
Intrépida, Safo não dedicou um só passo para fugir do que veria, ela estava curiosa. O céu claro e estonteante se encheu de nuvens de chuva apesar de ser verão, as forças da natureza pareciam agitadas tão quanto os templos que oscilavam e davam alertas graves que iriam cair.

E sobre a penumbra escura de um dos templos, a sacerdotisa de Atena saiu de suas ocupações. Todavia a cena não pareceu nada costumeira.

Os pelos da nuca de Safo se arrepiaram quando os olhos encontraram os olhos da outra, e o que viu não a deixou alegre. Medusa, com as pálpebras roxas e os olhos mais vermelhos e inchados, saia sendo arrastada pelos cabelos de sua deusa. O vestido branco e alinhado agora enchia-se de poças de sangue, o carmesim pingava no chão da instituição, manchando as pernas bambas de Medusa e apavorando as outras meninas que ali estavam algumas presentes.

O olhar quase mortal mirou ao redor do pátio, parando para estender a cabeça ao céu, como um aviso breve.

— Todas aqui presentes, deslumbrem como serei misericordiosa. — Pronunciou, elevando a voz raivosa e estridente para que todas as sacerdotisas escutassem.

— Diga-me, Medusa, quando aceitei-la em minha casa, o que seria você para mim a partir de então?

A deusa esperou impaciente a resposta da moça tremida e apavorada, a qual repousava a cabeça e os olhos pesados e cheios de água nos pés da divindade. As gotas caiam uma a uma como em um dia de chuva forte, e não paravam a intensidade. Os cabelos enegrecidos caiam disformes na face grudenta, escondendo a vergonha que ela tinha de sua própria existência. Como Medusa não se pronunciou, Atena agressivamente tomou a fala novamente.

— Isso é o elo entre o Infinito e a humanidade. A Sacerdotisa é a misericórdia, nascida de todas as aflições e de todos os temores humanos. Ela é a prova mais natural da pureza na minha casa, e você a perdeu. — O olhar flagelador e impiedoso repousou os globos frios na garota. A deusa aproximou a mão aberta e puxou os fios da face, fazendo com que ela a olhasse nos olhos.

— Tu, que se entregaste ao mais ímpio das criaturas, tu que eu criei de meu ventre e te dei a luz... — Perdido, a mira das íris sem foco repousaram nos de Safo, que assistia estática de longe. As duas trocaram simples olhares confortantes, mesmo não sabendo Safo qual mal fez Medusa.

Determinada, Safo interrompeu a fala da deusa, o que era mais que tudo desrespeitoso, mas ela o fez.

— O que ela fez para que você a machucasse deste modo? — Questionou safo, furiosa e preocupada, mirando a moça caida que retornou o olhar dolorido, dizendo.

— Você não precisa me defender, eu ficarei bem.
— Cale-se — Disse Atena, interrompendo a fala de Medusa.
— ... Essa imunda profanou o meu templo deixando que poseidon a corrompesse, precisa pagar com a vida.

A lástima era pior porque Safo sabia que isso não era verdade, pelo menos a aquela sacerdotisa. Nunca vira tanta devoção, e podia dizer que Medusa não trairia a sua deusa por nada no mundo. Tirando de entre as vestes ajustadas no corpo, uma grande lança de ouro imperial apareceu. Afiada e pronta para matar os inimigos de Atena, aquela arma seria usada na sacerdotisa traidora.

Además, antes que a deusa mechesse qualquer poder divino para causar algum mal a Medusa, Safo aproximou-se beluína, decidida a protege-la.

— Espere, se foi esse o mal que ela fez, não lhe tire a vida, e sim a beleza.

Atena parou para deleitar-se daquela ideia que pareceu-lhe tentadora, punir a mortal removendo dela a virtude que todos os homens da época exigiam das mulheres, e a única coisa que valia para eles.

Continuando, Atena pronunciou-se novamente, abrindo um sorriso maior e mais perveso que o de antes.

— Nenhum homem em parte alguma da terra deverás ama-la, todos a qual você trocar um único olhar irão morrer dolorosos após sua maldição os transformar em pedra.

E então a lamentação aumentou sem avisos. Abrupta a mão de Medusa segurou o vestido de Atena, que chutou a sua cabeça em fúria.

Safo não poderia fazer nada, então uniu as mãos para uma pequena oração a qualquer divindasse que a ouvisse. Queria continuar perto a Medusa, mesmo que isso lhe tirasse a vida até, se ela fosse escolher.

— Dos seus cabelos nenhum humano verá mais beleza, e tenho dito, ninguém de minha casa difama-me e passa sem castigos. — A mão grosseira voou para cima da cabeça de Medusa, apertando forte as madeixas escuras. A visão desfocou antes de olhar uma ultima vez a Safo, a vendo juntar as mãos em uma prece.
Os fios compaquitaram-se ficando cada vez mais juntos, e mais juntos. Quando viu haviam cobras cascaveis sobre os ombros nus. Ela gritou de medo ao deparar-se com as criaturas reptilianas aos lados de sua cabeça.

— O que vocês estão olhando? — Disse, virando a cabeça dificilmente pelo peso descomunal que as cobras faziam no tronco.

— Admirem a nova aberração da natureza! Medusa a reptiliana. — Vociferou com deboche.

E então aconteceu, várias mulheres se transformaram em pedra ao trocarem olhares com Medusa. Atena deleitava-se com a cena, a profanadora e agora assassina seria odiada por todas as sacerdotisas.

— O que está havendo, o que você fez? — Safo relutava em não olhar para Medusa, que clamava por vê-la com a voz embargada.

— Safo, me perdoe por favor! — A voz chorosa ardia nos ouvidos de Safo, seu coração acendia febril querendo abraçar a sacerdotisa.

E então ela se aproximou de Medusa, abraçando o torso cheio de sangue. Sentia as cobras furiosas açoitarem seu rosto, mas não se importava. O cheiro doce que vinha de sua essência era o real motivo de ama-la.

— Safo, eu quero ver seu rosto. — A mulher ficou estática com o pedido, admirando se teria coragem para tal, e ela tinha.

Devagar ela se afastou, repousando as mãos nos ombros de Medusa para que não se perdesse. Os olhos reclusos não iriam abrir se ela não os pedisse, então não os abriu.

— Safo, abra os seus olhos, eu quero ver a cor deles.

— Mas você já os viu minha Eedusa.

— Mas eu quero vê-los uma ultima vez. — E então devagar despiu as íris. As pupilas castanhas trocaram o olhar com os de Medusa. E não era como se ela não soubesse o que aconteceria, porque ela sabia.

— Você é tão bonita. — Confessou Medusa com os olhos pesados de lágrimas. Aproximou e beijou os lábios doces de safo, que os sentiu uma ultima vez, antes que a maldição tomasse o seu corpo febril e o tornasse mais gélido que a neve.

E a estátua de Safo e Medusa se abraçaram silenciosas, enquanto Atena entediada observava ao longe todo o rastro de destruição e desordem que causará.

Junto a isso, custosa Medusa fugiu para em meio a floresta, sentindo o peso fatigante dos sentimentos a corroendo.

E assim que a história se iniciou, com um sentimento lúgubre de perda.

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