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Capítulo 19

Quando voltamos para o orfanato vimos tanto o Matteo como o Apollyon com os outros no salão. 

– Estávamos esperando vocês – Bae disse sério demais – Aonde vocês foram?

– Calma Bae, eu só estava precisando de um pouco de ar e fomos dar uma volta – eu disse. 

– Um pouco de ar você podia ter pegado aqui no jardim – ele continuava sério –Pensamos que havia acontecido alguma coisa! 

– Eu a chamei – o Rafael disse com sua voz autoritária de sempre antes que eu pudesse falar mais alguma coisa – A Hannah não parecia muito bem e a chamei para dar uma volta, já que assim ela poderia andar um pouco além do jardim.

Ele olhou ainda sério para o Rafael, mas dessa vez não respondeu.

– Agora que parece que vocês já acabaram – Matteo começou – vamos ao que interessa. Conseguimos informações uteis nesses 3 dias. Vamos começar falando exatamente onde está o atual laboratório do Sr. Geber, que já era para o Apollyon haver passado essa informação faz tempo – ele disse essa última frase lançando um olhar reprovador para o Apollyon. 

– Bem, bem, obrigado pela bronca mais uma vez Matteo. Acho que daqui eu posso continuar – Apollyon respondeu ironicamente – Quando eu saí a primeira vez, fui até o laboratório que está localizado em uma parte da ilha Niihau, uma ilha pertencente ao Havaí e atualmente onde os experimentos estão sendo feitos em gigantes bases subterrâneas. Descobri que o Sr. Geber está fazendo um exército muito forte com as pedras que ele está conseguindo fazer. Então, acredito que os mais diversos seres já sumiram e já foram usados por eles.

Quando ele falou isso, lembrei da pedra que eu havia retirado da Agnes.

– A Ilha onde possui somente 130 habitantes? – Elon perguntou.

– Sim, uma área proibida para turistas, assim que teremos que dar um jeito nos nativos para que nada aconteça. Como tenho certeza que a Hannah já reparou, um dos seres que são vítimas frequentes desses ataques são os vampiros por conta da velocidade e força que possuem, sei que ela durante esse tempo tem pensado nisso e sei que ela conseguiu uma evidencia já, ela não deixaria isso passar desapercebido, já que ela sente a presença dos seres em cada pedra. Para comprovar eu trouxe mais algumas para que vocês possam ver.

– Como você conseguiu essas pedras? – Lucy perguntou olhando diretamente nos olhos de Apollyon.

– Eu as roubei e havia deixado em casa na primeira vez que fui colher informações.

– Você sabia disso, Hannah? Quero dizer, dos vampiros? – senti um olhar gélido vindo do Rafael, mas não queria olhar diretamente para ele.

– Sim, eu sabia sim, desde que retirei a pedra da Agnes – eu disse abaixando a cabeça.

– Gente, não vamos tirar o foco, tenho certeza de que ela tinha bons motivos para não falar sobre isso com a gente por enquanto – Aruna tentou acalmar os outros três que me fuzilavam com os olhos – Talvez ela temesse exatamente essa reação. 

– Sinto muito não ter falado, mas não queria que vocês perdessem a concentração e nem carregassem esse fardo até que eu conseguisse mais informações sobre o assunto. Iria contar logo. 

– Vamos gente. Sem essas caras, só se passaram poucos dias. As notícias que ela tem tido a abalaram muito. Não é hora para isso – Lucy falou bem séria. A voz firme fez com que todos deixassem de me olhar.

– Obrigado, Lucy. Podemos continuar? – Matteo parecia alterado também, mas não parecia bravo, apenas alterado por preocupação. Sentia que algo pior viria. 

– Hannah, descobri mais uma coisa nos arquivos do Sr. Geber faz pouco tempo. Eu e o Matteo voltamos para um dos laboratórios e conseguimos um dos arquivos que estava separado, a nossa sorte é que meus portais são bons atalhos para qualquer lugar, seria impossível fazer tudo isso em tão pouco tempo, mas a informação é importante. 

Eles então colocaram uma pasta de arquivo com muitos documentos dentro. Vi que aparecia uma foto minha datada do ano de 1415. Peguei a foto com as mãos trêmulas. Eu estava atada a mesa do laboratório com vários tubos conectados pelo corpo e abaixo da foto havia algumas informações com códigos e em letras garrafais: Experimento 42 – sucesso. Fiquei olhando a foto por um tempo enquanto todos, menos Matteo e Apollyon,  permaneciam congelados me olhando. Devolvi a foto com cuidado para perto da pasta. 

– O que mais tem na pasta? – eu me sentia atacada por conta da foto, mas isso me dava  segurança no que eu realmente queria. Consegui segurar o que eu sentia para seguir com o que eles tinham para contar.

– Nós vimos a pasta e comparamos com outras informações que tínhamos – Matteo continuou – Nos perdoe por ter invadido sua privacidade, Hannah.

– Não temos tempo para isso, Matteo – era a minha vez de estar séria e enfim sentia que eu estava de volta. 

Ele me olhou sabendo o que eu queria dizer com aquilo, havíamos passado muito tempo juntos para que um desse explicações para o outro. Ele sabia que eu não estava brava com isso e isso já era o suficiente. 

– Agora vem a parte que vai ser complicada – Matteo disse, vou pedir para que o Apollyon busque as pedras, mas eu tenho que advertir, é algo que poderá ser doloroso pra você Hannah, digamos que vamos ter que fazer um teste para ter certeza.

– Doloroso? – eu perguntei, confiava no Matteo e por conta disso eu não estava com medo. 

– Prometo que vamos explicar sobre a teoria que chegamos, mas antes vamos trazer as pedras.

Apollyon saiu do salão e quando ele estava voltando, o vi passar pela porta com um saquinho com algumas pedras em tons diferentes de vermelho e outras muito escuras. Pareciam pretas. Antes que ele pudesse de fato entrar no orfanato eu comecei a me sentir enjoada e pouco tempo depois eu estava agachando vomitando.

– Apollyon não continua, fica aí – eu o escutei falando. Tanto o Bae como o Rafael vieram em meu socorro. Lucy estava chegando perto de mim, porém o Matteo a impediu e falou virando na nossa direção – Rafael e Bae, deixem ela.

– Ela não está bem – os dois falaram ao mesmo tempo olhando para o Matteo.

– Que raio de amigo você é para falar para deixarmos ela? – Bae disse extremamente irritado.

– Tudo bem – eu disse tremendo um pouco e levantando a cabeça de novo – Façam o que ele está pedindo, por favor.

Os dois se afastaram pouco, muito a contragosto.

– Tudo bem Apollyon, vem com calma, ok? – Matteo voltou a falar com Apollyon – Hannah, tenta aguentar, é importante. 

– Eu aguento – dei minha resposta firme e sorri para ele. Parecia uma doente tentando se mostrar forte, mas eu tinha que saber o que eles haviam descoberto e o porquê eu estava daquele jeito. 

Conforme Apollyon foi chegando perto eu comecei a sentir um desespero. Uma vontade de fugir. Meu corpo tremia, o estômago revirava e finalmente com ele um pouco mais perto, minha cabeça começou a girar e meu corpo a queimar. Escutava lamentos, sentia que me perfuravam o corpo todo, minha visão ficou escura. 

– Para, por favor, para... – eu comecei a gritar. Sentia cada morte dolorosa. Sentia o arrependimento e as dores. Sentia meu sangue escorrer pelo corpo.

Passei a mão diversas vezes pela minha barriga para ver se realmente não tinha sangue. Eu tinha certeza de que estava sangrando, mas a minhas mãos continuavam limpas. De repente senti como se eu estivesse caindo de algum lugar. As lágrimas saíam abundantes e eu só conseguia gritar e pedir para parar. 

– Hannah, se controla, não está acontecendo nada com você – O Matteo continuava falando firme – Se concentra.

Tentei controlar a respiração. Era difícil manter o ar nos pulmões e eu sentia dor cada vez que puxava o ar.

– Matteo, para! – Lucy começou querer passar por ele de qualquer jeito. 

Eu estava caída de joelhos com uma das mãos que revezava entre a cabeça e o estômago. Quando respirar começou a ser mais fácil eu fui tentando levantar apesar da dor que eu estava sentindo, eu estava empapada de suor. Continuava tentando respirar normalmente e fiz o possível para me manter de pé. O suor continuava escorrendo pelo meu rosto. Parei de chorar e tentei manter a calma. Aquele sofrimento não era meu e eu sabia. Eu vinha sentindo aquele tipo de coisas desde o experimento. Sabia que era das pedras das minhas companheiras. Nunca havia sentido tão forte como agora, mas já havia me dado conta de que não estava acontecendo nada com o meu corpo. 

Olhei para Matteo que continuava parado me olhando com um misto de preocupação, medo e concentração.

– Hannah, agora por favor, preciso que você repare em quantos seres tem aqui. Tenta sentir todos, está bem? Sei que vai ser difícil, mas você sempre conseguiu sentir. Talvez estivesse descuidada até agora, mas você sempre sentiu qualquer ser sobrenatural. 

Fechei os olhos primeiro tentando excluir a presença de quem estava presente. Incubus, Ceifador, Alquimista, 4 vampiros..., mas tinha algo errado. Comecei tentar me concentrar melhor falando em voz alta. Sentia todos os olhos em mim. Aquilo doía muito e não estava fácil, mas eu fui tentando contar quantos seres eu realmente sentia.

– Dríade... Elfo... Ent... Naga... Ninfa... Estirge ... Roc... Sílfide... Cecaelia... Sereia... Ondina... Drow... Banshee... Fogo Fatuo... Pesadelo... Valquiria... Arconte... Não é possível... – eu abri o olho incrédula com tudo o que eu sentia.

– Eu sei que você sente mais... não precisa ocultar nada agora – Apollyon falou mostrando que ainda tinha outras pedras - Você ocultou seres como nós, não é? 

– Vampiro – continuei olhando para o Apollyon – Sucubos, incubus... A Drider... A Fenix e... o Cerberus! – continuei sem tirar os olhos do Apollyon – Não é verdade... – Eu já havia entendido, mas não queria acreditar – Não pode ser verdade. 

Olhei para as minhas próprias mãos... 

– Por favor, fala que não é verdade...– voltei a tremer, a dor não me incomodava mais do que isso. 

– Sinto muito, Hannah – Matteo disse, dessa vez realmente vindo na minha direção e me abraçando – Eu sinto muito.

– Mas por que perto de vocês essa sensação não é tão forte?

– Sei que essa sensação não vai embora – Matteo me respondeu ainda abraçado comigo – A questão é que ali são muitas pedras e a reação dentro de você foi muito maior do que o que você está acostumada.

– Hannah, sei que você precisa de tempo para digerir a informação, vou levar as pedras para que você deixe de sentir tudo isso... – Apollyon disse.

– Apollyon, ela infelizmente vai precisar digerir agora – Matteo falou para Apollyon – Deixa as pedras, ela vai precisar se acostumar.

– Eu preciso me sentar – eu disse me afastando um pouco do Matteo – Eu estou bem, não vou quebrar.

– Está bem – ele disse me deixando agora nas mãos do Rafael que já estava perto.

Olhei em volta e percebi que todos me olhavam espantados e curiosos com o que estava acontecendo. Era óbvio que nenhum deles entendia. 

– Explicando melhor a situação para todos. Agora que a pessoa principal já sabe, vamos as explicações. A Hannah é a única que consegue sentir a presença de muitos seres e uma das informações que obtivemos da Agnes é que ela sentia a presença de vampiros. Tendo em conta isso, imaginamos que elas apenas sentem porque a pedra que está nelas reagem a nossa essência. Isso explicaria o porquê a Lucy não sente nada, afinal ela tem apenas uma pedra alquímica normal no organismo dela. A Hannah passou por inúmeros experimentos além dos 42 que foi o suposto castigo pela desobediência...

– Deixa que eu explico essa parte –  Apollyon disse voltando – Resumindo, dentre essas experiências foram usadas as pedras que havia dentro das 42 moças mortas e outras pedras que vieram de outros experimentos. Hannah, quantos experimentos foram feitos além delas?

– Eu não sei dizer...

– E depois que o Ivan foi capturado, fizeram mais alguma em você?

– Sim, algumas... – senti um aperto grande no peito.

– Diferente do que acreditávamos antes, o Ivan não foi o primeiro sobrenatural que eles capturaram, mas foi a última experiência implantada no organismo da Hannah de acordo com os registros. O pai dela é muito astuto para implantar uma pedra no próprio corpo sem antes fazer uma experiência. A Hannah era a cobaia perfeita, já que é filha dele, e geneticamente falando, se o corpo dela recusasse as pedras, a chance de dar certo para ele seria menor.

Sentia todos os olhos em mim. Me sentia incomoda. Me sentia um monstro. 

– Não tinha como ela saber – Matteo seguiu de onde o Apollyon havia parado – Ela ativou pouquíssimas pedras. Ela sempre se recusou a usar todas, ela se centrava sempre nas pedras alquímicas naturais. Podemos ver pelos selos que ela possui expostos e se ela soubesse teria ativado o próprio selo para a extração da pedra da Agnes. 

– O que vai acontecer com essas essências se eu morrer? – perguntei com medo da resposta.

– Vão ser libertadas, mas não se iluda, Hannah – Apollyon disse – Não são eles que estão dentro de você, são fragmentos deles somente. Nenhum deles pode voltar a vida. E também não significa que você os tenha aprisionados.

Não tinha coragem de olhar para ninguém ali. Vi que Rafael estava incomodado e resolveu se afastar. Não tentei impedi-lo. O irmão dele havia sido morto para um experimento no meu corpo, não podia imaginar o tipo de dor que ele estava sentindo ao saber disso.

– Sei que as novidades são impactantes, mas também descobrimos como matar um alquimista com a essência de um ceifador e com qualquer outra essência – Apollyon continuou – Foi cedida para mim a foice dos que são conhecidos como Filhos de Caronte. É uma equipe de ceifeiros que são responsáveis pelas almas daqueles que não são humanos e essa é a única maneira de tirar de uma única vez todas as essências do corpo de alguém. Vamos precisar de um plano, já que nem a Hannah e nem a Lucy poderão usar a foice por correrem grandes riscos com elas. O ideal é que eu a use ou no máximo o Matteo, que somos seres do submundo.

– Hannah, guarda o que você está sentindo agora. Você era muito boa em fazer isso, volte a fazê-lo – escutei Lucy falando com a voz firme para mim – Precisamos da Hannah firme aqui.

– Eu estou bem Lucy, mas acho que não impactou só a mim a notícia – eu respondi olhando para os quatro vampiros em volta – Talvez não seja só eu precisando de um tempo para aceitar os fatos. 

– Vamos dar um tempo para todos, mas ainda essa noite precisamos nos reunir de novo para saber como faremos isso – Matteo seguiu – Antes de todos se retirarem quero que se lembrem o porquê estamos fazendo tudo isso. Ninguém é obrigado a prosseguir e quero que todos pensem com cuidado na situação antes de aceitarem seguir. Saímos daqui dois dias. Rafael, se você decidir não ir, peço por favor que a liberte.

Rafael não respondeu e aparentemente Matteo não esperava por isso.

Ninguém discordou da decisão particular da data. Todos sabíamos que era melhor isso acabar logo.

Quando o silêncio se prolongou, eu me levantei sem dizer nada e fui para o quarto. Ninguém perguntou nada. Ninguém tentou me impedir e o Rafael nem me olhou naquele momento.

Eu não havia visto o resto da pasta. Eu sabia tudo o que tinha lá dentro. Lembrava de cada procedimento que eu havia passado, podia não saber tudo, mas lembrava de cada dor que eu havia sentido. Deixei a pasta ali entre eles mesmo, não me importava mais que todos vissem quem eu realmente era, não depois de descobrir que eu era pior do que imaginava. 

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