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Capítulo 12

Apesar de pouco provável por conta da situação, depois dessa noite eu me sentia muito mais leve. Passei a me concentrar melhor no que eu estava procurando e pela primeira vez na vida tive curiosidade sobre o como fizeram para que as pessoas da festa tivessem esquecido tudo. Apagaram a memória recente de todas? Bem possível. Imagino que o trabalho foi grande.

Depois de dias estudando sem parar, passando um tempo com o Rafael na biblioteca e quase não vendo mais ninguém, consegui achar um único papel que me deu uma luz, o papel estava dentro de uma pasta de documentos antigos relacionados com o orfanato. Era um papel antigo com um grande desenho, bem parecido ao que tinha na porta com os quatro selos, um em cada canto... selos alquímicos do fogo, da água, da terra e do ar. 

Lembro bem que na porta tinha os quatro símbolos e no centro havia um espaço grande, nesse papel o espaço estava preenchido. Algo bobo, mas muito bem elaborado. Sabia que estava no caminho certo.

– Rafael! – eu disse com algo de emoção na voz. Ele se sobressaltou.

– Não faça mais isso. O que foi? – ele parecia não ter gostado da minha interrupção, mas eu precisava falar o que eu tinha acabado de encontrar. 

– Desculpa, mas olha isso! – mostrei o papel, abrindo o desenho na escrivaninha que tinha ali. 

– O que tem isso? São símbolos alquímicos, como os que você tem no braço.

– Rafael, olha melhor, os símbolos alquímicos estão ordenados da mesma maneira que na porta. Poderia apenas ser uma coincidência já que para os estudos da alquimia muitas vezes são usados dessa maneira. Eu poderia acreditar que é isso se não fosse por essa assinatura: J. Geber – agora ele parecia mais atento ao que eu estava falando. 

– Mas na porta não tem os símbolos do meio.

– Tem razão e talvez essa seja a solução para abrir o selo da porta – disse enquanto apontava para um símbolo central – Tenho certeza de que já vi esse laço antes. 

– Não é um laço. É a Runa Othila, também conhecida como Odal. É uma runa germânica que representa herança, raízes familiares, pátria... – ele me respondeu naturalmente. 

Olhei para ele com certa curiosidade e logo para o papel. Ao lado da runa tinha um heredograma representando o casamento e uma filha do sexo feminino e abaixo dos dois símbolos havia um teste de estudos sanguíneos. 

– Ok, parece que tudo indica que tem a ver comigo esse estudo. Se essa realmente for a fórmula para abrir a porta.

– Acho que estamos no caminho certo – ele disse sorrindo.

Minha felicidade foi grande, depois de tanto trabalho finalmente estávamos chegando em algum lugar. Não contive minha felicidade e o abracei repentinamente. Não é que eu tivesse pensado em fazer isso, apenas foi um impulso.

Meu coração acelerou na hora e ele ficou tenso, foi nesse momento em que eu senti uma pontada perto do estômago. Ele estava morrendo de fome. Já havia se passado quase um mês desde a última vez que ele se alimentou. Ele continuou tenso e eu fiquei dividida entre me afastar e pedir desculpas ou apenas continuar agarrada ao pescoço dele, afinal era muito bom senti-lo tão perto de mim. 

Fiz uma escolha arriscada, não sabia o como ele iria reagir e isso me dava um frio na barriga, mas eu queria arriscar de qualquer jeito. Com uma mão ainda agarrada ao pescoço dele, com a outra eu levei minha mão até o pescoço e afastei o cabelo deixando o pescoço e o ombro a mostra. Isso fez com que ele ficasse ainda mais tenso. A sensação do perigo com ele ali era deliciosa, mas sentia o quanto ele estava se segurando para não fazer nada. Após afastar meu cabelo e com o coração ainda mais acelerado do que antes, coloquei a mão na cabeça dele e fiz uma leve força para baixo. Ele era mais alto que eu, mas isso não fez muita diferença. Ele cedeu ao contato da minha mão e deixou que eu levasse a cabeça dele até próximo ao meu pescoço. 

Eu o abracei com ainda mais força, queria sentir cada parte dele ali comigo. Eu estava com medo sim, mas ao mesmo tempo excitada e ansiosa para isso. 

Senti o hálito dele no meu pescoço e me preparei. Queria aproveitar cada segundo com ele próximo a mim. 

Ele demorou alguns segundos, talvez pensando se deveria ou não fazer aquilo, senti a dor, era como se duas agulhas perfurassem minha pele, a dor não era tão forte quanto eu lembrava. Senti o como ele me puxava para mais perto. Não queria romantizar a dor, a dor era incomoda, mas valia a pena só por ele estar ali. Cerrei os dentes para não fazer nenhum som. Não queria que ele se assustasse e parasse. 

Senti a dor no estômago sumindo pouco a pouco e aquela dor passou a ser uma mistura de prazer, êxtase e vontade de continuar. O lugar onde eu sentia a boca dele, queimava, queria que ele parasse e ao mesmo tempo não queria me soltar dele. Por quê? Por que ele tinha que ser essa figura tão contraditória para mim? 

Não queria ser alvo dele, mas não queria estar longe. Talvez isso fosse um problema em um futuro, mas naquele momento eu só queria que ele continuasse ali. 

Quando ele parou, senti que ele passava a língua para tirar o resto de sangue da ferida, mas isso não impediu que escorresse um pouco pelo pescoço. Ele ficou naquela posição por algum tempo abraçado a mim. O corpo dele tremia e eu estava com uma sensação de leveza, sentia meu corpo flutuar. O que era aquele novo sentimento? Eu não sei se queria saber.

Ele se afastou sem me dirigir o olhar, e saiu sem dizer nada. Eu olhei para trás para vê-lo sair da biblioteca. Não me senti triste com a saída dele. O sentimento de felicidade continuava. Tirando a dor da ferida que começava a latejar.

Tentei achar alguma coisa para limpar o resto de sangue que ainda estava me sujando, mas não achava. Acabei usando a manga da própria camisa e saí da biblioteca. Sabia que não poderia me concentrar na descoberta agora. Deixei as coisas do mesmo jeito e fui direto para o meu quarto. Mas claro que não podia chegar lá tranquilamente. Acho que eu tinha um imã que atraía o Bae sempre que eu passava por alguma situação fora do normal.

– Olá, boneca – ele disse olhando para a minha mão que seguia no pescoço e a manga da camisa com um pouco de sangue – Não vai me dizer que caiu de novo?

– Você acreditaria? – eu disse com um sorriso bobo que não queria me deixar. Eu tentei esconder a felicidade, mas era impossível. 

– Se você quiser que eu acredite... – ele disse me olhando maliciosamente – Acho que alguém aqui andou tendo um bom momento. 

– Então acredite... eu caí – o sorriso bobo continuava estampado na minha cara – Vou para o quarto trocar de roupa. Até mais Bae. 

– Acho que hoje é melhor você ir desacompanhada. Não quero me arriscar com esse seu cheiro delicioso – ele disse seguindo seu caminho.

Cheguei no quarto e vi que a mordida já não sangrava. Tomei um banho e sentei um tempo na poltrona do meu quarto enquanto olhava pela janela. Pude ver Rafael no jardim, e por isso tentei ficar o máximo possível oculta. 

Ele parecia pensativo. Estava sozinho sentado em um dos bancos.

"Por que eu quis tanto aquilo? O que está acontecendo comigo? Eu não posso seguir esse caminho, além de ser clichê como em livros adolescentes eu ainda estaria colocando-o em risco. Mas e essa sensação? Essa felicidade por ele ter precisado de mim? Como eu posso ter gostado de sentir dor? Por acaso sou masoquista?" 

Muitos pensamentos como esse vinham a minha mente, mas não tiravam o sentimento de excitação que eu sentia. Eu sabia a resposta e a vinha ignorando fazia muito tempo. Eu podia me permitir sonhar? Não era certo fazer isso, eu tinha planos de  entregar minha alma para o Apollyon depois que tudo acabasse. Já havia passado tempo demais aqui, essa ideia sempre esteve presente na minha mente, mas por que agora essa ideia me dava medo?

Acho que a perda de sangue me deixava cansada. Apesar de ter dormido bem, o sono começou a pesar e dormi ali sentada. 



Rafael

Eu não consigo entender, eu a odiava quando ela chegou aqui e agora o único que consigo fazer é querer estar com ela. Mas é tão difícil controlar meu impulso e o desejo pelo seu sangue. Ficar no jardim não está me ajudando. Talvez eu devesse falar com ela, mas vou devagar, sei que ela foi para o quarto dela, vi movimentações em sua janela. 

...

Aqui estou eu na porta, será que eu bato? Será que eu entro? Eu não consigo entendê-la. Vou ver se a porta está aberta.

...

Ela dormiu na poltrona, vou levá-la com calma até a cama. Eu quase não consegui parar. O sangue dela é único e tentador, tanto quanto ela.

...

Ela parece tão tranquila quando está dormindo. Hannah, por que você faz isso comigo? Por que não demonstra medo como no primeiro dia? Por que não se mantém afastada? Eu não te permiti ir embora, foi uma decisão egoísta, me perdoa. Mas o único que quero é que você esteja segura, isso já será o suficiente para mim. Por que se oferece assim mesmo sabendo que eu posso matá-la? Eu não viveria bem comigo mesmo se eu o fizesse.

Olha só você, tão tranquila enquanto dorme. Não parece a garota que carrega tantas mágoas. Quem é você realmente? Não pode existir final feliz para nós, eu desejarei seu sangue sempre e isso vai te deixar em um risco eterno. Queria que você entendesse, mas não tenho coragem de te afastar realmente, porque a verdade é que eu te quero o mais perto possível de mim. Como vou conseguir te encarar de novo depois de hoje? Se eu permitir que você se aproxime agora, eu não poderei mais te deixar ir. Havia jurado nunca mais amar alguém, mas você fez com que eu quebrasse a minha promessa. Talvez eu possa sonhar com um final para nós pelo menos por enquanto... me perdoa ser tão egoísta. 

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