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Capítulo 10

Novamente não sabia o quanto tinha dormido, mas acordei melhor e mais disposta. Sabia que seria duro encarar todos, principalmente o Matteo, mas não era hora de ser covarde. Precisava encarar o que eles tinham para dizer e tentar convencer o Rafael de me deixar ir.

Tomei um banho, coloquei uma roupa qualquer, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e deixei duas pequenas mechas na frente e me apressei a dar uma volta no orfanato. Não sabia onde todos estavam, mas como era noite, sabia que todos estariam acordados. 

Fui até o salão principal, mas estava vazio, então tentei o pequeno salão perto da biblioteca, mas também estava vazio. Já desistindo de encontrar alguém e pensando em ir tomar um ar fresco encontrei o Bae. Claro que não era exatamente quem eu queria ver, mas era bom finalmente ver alguém. 

– Olá gracinha. Vejo que está bem melhor – ele me cumprimentou com seu jeito de sempre.

– Bae, tudo bem?

– Agora com a luz da sua presença posso dizer que está perfeito, mas acho que as coisas não serão assim por muito tempo para você. 

– Imagino que sim – concordei – Mas aproveitando sua companhia, por que não tomamos um trago antes da minha forca?

Ele riu.

– Gosto desse seu senso de humor negro. Podemos tomar alguma coisa, mas antes deixa eu avisar alguém que você acordou.

– Não! Não vai dar tempo nem de um gole de whisky se você já for, além do mais, você é o único vampiro que eu conheço que bebe... na verdade é o único desse lugar além de mim que bebe. A Lucy bebe muito raramente e nunca vi nenhum dos outros beberem. 

– Claro, ninguém aqui tem necessidade disso, mas digamos que gosto de beber apenas pela companhia, fazer isso me traz boas recordações. Além do mais, te conhecendo um pouco melhor, sei que você não se importa nem um pouco em tomar posse da garrafa inteira.

– Quanta compreensão Bae – respondi cinicamente – vamos tomar apenas um trago e você pode chamar seja lá quem você estiver pensando. 

– Não fique irritada gracinha – ele sorriu de maneira maliciosa – Pensando bem, pode ficar irritada sim, você fica extremamente sexy. 

Fomos até a cozinha e nos servimos de uma dose. Eu como sempre, não sabendo apreciar a bebida, terminei em apenas um gole. Estava louca pela sensação quente de que a bebida me dava. A única sensação que eu tinha além de me sentir relaxada.

– Bom, agora que já tomamos a nossa dose sem trocar uma palavra sequer, deixe-me chamá-lo.

Vendo o Bae sair, resolvi ir até o salão. Levei a garrafa e encostei em uma das paredes, não queria me sentar naquele momento e estava me sentindo muito agitada para ficar parada. Fiquei revezando entre encostar e desencostar por uns 10 minutos, até que o Rafael apareceu pouco antes do Bae. 

– Vejo que a senhorita está melhor – ele disse revezando o olhar para o meu rosto e para a garrafa de whisky na minha mão.

– Estou bem, obrigada – respondi. "Droga Bae, justo ele?" 

Sei que parecia estranho, eu ainda tinha vontade de estar o tempo todo com ele, mas depois do que eu supus ser a noite anterior eu preferia evitar confrontos agora.

– Fico feliz em escutar isso. Os outros já vão chegar. 

"Feliz? Com essa cara você não parece lá muito feliz" – pensei

– Acho que fiz bem em beber um pouco antes da minha sentença – disse rindo para mim mesma, mas o suficientemente alto para que ele escutasse. 

– Acho que não estamos em momentos de brincadeiras – caramba, o Rafael não tinha senso de humor mesmo.

– Não estou brincando – respondi voltando a beber.

Os moradores foram chegando aos poucos no salão, primeiro o Aruna junto com o Elon. Era estranho ver o Elon sem a Lucy. Logo depois chegou o Matteo que nem me olhou e a Lucy que apenas me deu um olhar frio, nem mesmo Apollyon se dignou a dizer alguma coisa. Todos eles se sentaram em algum dos lugares disponíveis.

– Bom, por que você não se senta? – Bae me perguntou. O Rafael não tinha tirado os olhos de mim até agora, mas não parecia disposto a falar nada.

– Obrigada, mas acho que prefiro ficar de pé. Vai ficar mais fácil fugir caso seja necessário.

– Sério, Hannah? Acha que estamos brincando – escutei Matteo falar em um tom grave. 

– Sei que não estão brincando. E estou aqui para ouvir o que vocês têm a dizer, mas tendo em conta que são 7 contra 1, talvez uma rota de fuga me valha a pena agora. 

Vi que o Matteo ficou ainda mais irritado com o meu comentário, mas bastou que Lucy apertasse o braço dele para ele tentar voltar a controlar a respiração. 

– Hannah, vou tentar falar o mais calmamente possível. Então por favor, deixa o seu clássico cinismo de lado – ele falou sem me olhar – A pergunta mais simples de todas. Por que você fez o pacto? 

– Eu iria morrer de qualquer jeito. Foi a saída que encontrei na hora...

– Acontece que você nos jogou de lado e quis enfrentá-la sozinha. Você sempre foi imprudente, mas antes você sabia julgar melhor o poder dos seus inimigos. O que mudou de lá pra cá?

– Ela estava atrás de mim Matteo, e não de vocês!

– E desde quando a guerra é só sua? – ele finalmente estava berrando comigo – Acha que o que passamos no caminho não importa? Acha que a minha irmã ter sido levada não me inclui nisso tudo?

Vi que o Apollyon ficou algo incomodado ao ouvir falar da irmã do Matteo, mas guardou as palavras, se é que tinha algo para falar naquela hora.

– Fui eu quem começou isso – eu também já estava gritando – Por que você se importa comigo no fim das contas? Se eu não tivesse criado aquela maldita pedra isso não estaria acontecendo!

– É o que você acha, Hannah? – Lucy perguntou calmamente – Acha que seus pais não achariam outro meio de fazer algo? Será que não teriam morrido muito mais gente se não fosse você? Você era uma criança!

– Por que você fica arrumando desculpas para mim, Lucy?

– Hannah, a questão é que você deveria ter tentando mandar sinais com algumas das nossas táticas, mas a única coisa que você parecia preocupada na hora era em salvar seu pequeno sanguessuga – o Matteo tinha finalmente se entregou a raiva.

– Não coloca ele no meio – finalmente eu estava realmente alterada.

Apesar do ataque direto vi que todos os 4 vampiros ali continuaram calmos.

– Não colocar ele no meio? O fato de você ter se apaixonado não muda o fato de que a Ayla está morta. 

– Não foi ele que a matou sabia, Matteo?

– Mas foi um vampiro!

– Pois é – eu disse abaixando a voz – foi um vampiro, mas uma alquimista tentou me matar, outro alquimista matou a Sophi.... eu deveria odiar a Lucy por isso então? É isso que você está me dizendo?

O nome das duas me pesava, eu não tinha sido capaz de protegê-las e isso me maltratava. Eu encostei na parede de novo e voltei a beber. 

Vi que Lucy se levantou do lugar no meio da minha briga com o Matteo e quando paramos de gritar, ela veio na minha direção. 

– Matteo, vai se sentar agora – Sua voz saiu calma e ameaçadora, o que fez Matteo a olhar com tanta apreensão quanto eu.

Ela chegou bem próxima a mim. Ela não estava bem... estava extremamente irritada e triste. Percebi que ela estava com olheiras e parecia extremamente cansada. Ela pegou a garrafa da minha mão de um jeito brusco. Deu um gole imenso e depois jogou para um lado e com as costas das mãos me deu um tapa. O tapa veio firme e forte. Senti um pequeno fio de sangue escorrer pelo canto da boca. Em seguida ela me deu outro, do outro lado. Eu não tinha reação, não contra ela. 

Ela continuou me batendo por um tempo, enquanto deixava as lágrimas escorrerem, até que finalmente ela cansou. Eu estava assustada e aturdida, mas deixei que ela descontasse sua raiva.

– Eu sei o porquê você fez isso – ela começou, a voz dela já não tinha raiva, mas continuava firme – Se você ama ou não o Rafael, isso não é da minha conta. Você tentou proteger todos e você só fez isso porque sente um vazio imenso por não ter podido proteger a Ayla e a Sophi, além de realmente se sentir culpada pelas 42 alquimistas da guerra. Você carrega esse fardo sozinha esquecendo que todos estávamos lá e isso nunca foi um dever seu. Você tenta proteger todos que entram na sua vida e por isso sempre evitou criar laços, você evitou com sucesso qualquer um que tentou se aproximar, viajamos o mundo juntas e você não falava mais que o necessário com alguém, mas você não contava que iria encontrar um lugar para chamar de lar algum dia. Você sempre me protegeu de todos os meios possíveis e o Apollyon está aqui de prova de que incontáveis vezes você esteve prestes a morrer, mas você nunca tinha se entregado tão facilmente a essa ideia antes.

– Eu não me entreg... 

– Não me corta. Eu não acabei de falar – ela aumentou a voz sem me deixar falar, eu realmente nunca a tinha visto daquele jeito – Você é a única família que eu tenho, então se acha que fugir e morrer sozinha é uma opção, você está enganada.

Quando ela falou isso instintivamente eu olhei para o Rafael que apenas me devolveu o olhar sem nenhum constrangimento. 

– Se você morrer, eu faço questão de morrer junto. Que isso fique claro para você a partir de agora. Eu sei que você se entregou e sei disso porque sei que há muito tempo você deseja a morte. Apesar da amizade que tínhamos com o Matteo, ele foi embora depois da morte da Ayla e o Apollyon nunca poderia estar com a gente sempre, Sophi morreu pra nos proteger. Então você não morria para não me deixar sozinha. Acha que agora que temos outras pessoas perto você pode simplesmente se entregar, não é? Acha que agora que eu tenho mais pessoas do lado, morrer é uma opção para você? Vou repetir, se você morrer, eu vou te seguir até o inferno, não aceito ficar para trás! 

Eu não sabia o que responder, mas as lágrimas teimavam em seguir rolando pelo meu rosto.

– Tomamos uma decisão, todos juntos. Aproveitando a influência do Rafael, a partir de hoje você não poderá passar mais do jardim. Vamos descobrir o que tem atrás daquela maldita porta e quando for a hora, vamos todos juntos atrás do Sr. Geber. Essa sua atitude mesquinha pelo menos nos deu uma vantagem. O Matteo faz aquela coisa falar o que ele quiser, mas ao mesmo tempo você deu um fardo para ele. Amigos não fazem essas coisas. Espero que você se lembre disso. A Sophi e a Ayla eram importantes para nós também. Então esquece esse seu egoísmo achando que você pode proteger todos ou que tudo gira em torno de você, porque adivinha, as coisas não giram em torno de você. 

Ela finalmente ficou quieta depois disso. Vi que eles haviam tido muito tempo para conversar enquanto estive inconsciente. E eu sabia que a Lucy tinha razão. Não conseguia imaginar por quanto tempo ela carregou essa dor toda com aquele jeito brincalhão e risonho que ela sempre mantinha. 

Ela parecia ter crescido muito nesse pequeno espaço de tempo e a felicidade dela parecia haver diminuído muito também. Sempre a vi como uma menina feliz e ingênua e ela tinha acabado de me mostrar que no fundo a ingênua era eu. 

– Se alguém tiver alguma coisa para acrescentar que fale agora. Acho que ficou claro que todos participaremos nessa guerra, então isso é algo que não precisa ser reforçado – Lucy agora falava com os outros, mas todos eles mantinham um silêncio mortal – Ótimo, então acho que depois de tudo talvez devêssemos deixar ela um pouco sozinha, acho que ela tem muito no que pensar agora.

Ela se afastou sem voltar o olhar novamente e foi em direção a escada. Pouco a pouco todos eles foram indo. Bae antes de ir, pegou a garrafa de whisky que Lucy tinha jogado de lado e deixou perto de mim. 

– Para o caso de que você queira um pouco mais – ele disse enquanto deixava a garrafa bem próxima. 

Eu apenas olhei com os olhos cheios de lágrimas e me sentei no chão. Eu não conseguia assimilar tudo. De repente tudo parecia claro para mim e quem percebeu tudo não fui eu, foi a Lucy.

Vi que apenas o Rafael ficou ali, ele se manteve mais ou menos perto de mim o tempo todo, sem interferir em nada, sem falar uma palavra. 

Assim que todos saíram, ele se sentou ao meu lado, continuou em silêncio, mas ficou do meu lado e aquilo de certa forma me consolou muito. Eu não tinha vontade de beber, apenas queria ficar ali até que aquele turbilhão de emoções sumissem.

Talvez aquilo tudo fosse demais para mim, a dor que eu sentia era forte demais. Escutar tudo aquilo abriu um buraco no meu peito, sentia um vazio imenso e uma pressão imensa. Eu não queria suportar tudo aquilo sozinha. Rafael fez menção de levantar e eu segurei seu braço.

– Por favor, fica aqui comigo. Não quero ficar sozinha.

Ele não respondeu, apenas se ajeitou de novo no lugar. Eu não me importava se era certo ou errado o que eu estava fazendo, mas apenas me deitei no ombro dele e ele me abraçou. A ferida tinha sido aberta, não seria fácil fechá-la, mas pelo menos tinha um pequeno consolo ali comigo. 

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