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Capítulo 7: A sentença

Mais uma manhã fria de inverno começava em Ekhbart. A neve caía com mais intensidade do que nos dias anteriores, derrubando ainda mais as temperaturas já bem baixas. E logo cedo havia mais uma reunião do Conselho, na qual estavam os lordes Roth, Krause, Neville e Bolton, além de Alphonse e Edwin. Havia alguns assuntos a serem tratados, principalmente sobre a sentença de certos prisioneiros encerrados nas masmorras.

— Espero que tudo tenha ficado claro, senhores. – Edwin disse, olhando cada rosto dos homens presentes. – E, por fim, eu comunico que já escolhi o meu novo conselheiro... Lorde Alphonse Gardner.

Joster Roth e Ludwig Krause se entreolharam, enquanto Jamie Neville e Nikos Bolton não esboçavam qualquer outra reação, antes vendo aquilo com naturalidade. Era muito estranho se promover alguém assim, ainda mais um castelão.

Os dois outrora aliados de Ambrose Sawyer não entendiam essa escolha do rei de Ekhbart. Apenas um lorde qualificado e confiável o suficiente poderia estar em um cargo tão estratégico. Era papel do conselheiro, como segunda maior autoridade do reino, exercer o papel de mediador em assuntos diplomáticos, ser uma segunda opinião para qualquer decisão a ser tomada pelo rei, bem como ser sua fonte de sabedoria. E, em seu impedimento, assumir o comando do reino de forma interina. Essas eram apenas algumas das várias atividades desempenhadas pelo conselheiro junto ao seu rei.

Mas por que Alphonse Gardner, castelão e criado particular do rei Edward, quando este era vivo?

— Majestade – Joster tomou a palavra. – Perdoe-me pela ousadia de fazer tal questionamento, mas... Por que o senhor Alphonse Gardner?

— Antes de tudo, Milorde... – Edwin o fuzilou com o olhar. – Dirija-se a ele como Lorde Alphonse Gardner. Ele foi um homem leal ao meu falecido pai até o fim de sua vida, por essa razão eu o julgo merecedor de tal honra. Em segundo lugar, eu o nomeei como meu conselheiro, pois sei que ele será de grande ajuda para o nosso reino neste momento. Espero que eu tenha sido suficientemente claro em minha colocação em resposta a esse questionamento um tanto inconveniente.

— Sim, Majestade. Foi bastante claro. Mais uma vez peço perdão pelo questionamento.

— Mais alguém quer fazer alguma pergunta antes de encerrarmos a reunião?

— Se Vossa Graça me permite, gostaria de fazer um outro questionamento. – Ludwig disse.

Olhando para a expressão de Ludwig, Edwin não conseguiu conter um leve suspiro aborrecido. Já imaginava que a próxima pergunta teria um tom semelhante.

— Faça, Milorde.

— Majestade, é algo que me ocorre no momento no que se refere à sua condição de filho legítimo do falecido rei Edward. Sabemos que apenas características físicas nem sempre são suficientes para provar o pertencimento ou não à determinada família. Caso Vossa Graça se depare com alguém que conteste a legitimidade de sua ascensão ao trono, que prova teria de que não seria um filho bastardo ou algo do gênero? Não estou insinuando, de modo algum, que Vossa Majestade seja um bastardo ou um usurpador, mas apenas levantando uma hipótese.

— Tenho um documento que comprova a minha origem. – dirigiu um olhar sugestivo a Alphonse, que esperou a solicitação do monarca, que veio logo em seguida. – Por favor, Milorde, pegue em meu escritório o documento, na primeira gaveta de minha mesa. Faço questão de mostrá-lo aos senhores aqui presentes.

Alphonse não tardou em cumprir o pedido de Edwin. Cinco minutos após sair da sala de reunião, ele regressava com um pergaminho na mão, entregando-o ao monarca, que o desenrolou com cuidado e o colocou sobre a mesa.


"Elibar, Capital do Reino de Ekhbart, trigésimo terceiro dia do verão do ano de 1144.

Atesto que, aos trinta e dois dias do verão do ano de 1144, nasceu o filho primogênito de Suas Majestades, Rei Edward Turner e Rainha Gladys Turner, Edwin Turner. Este é o herdeiro ao trono do Reino de Ekhbart, o qual jamais deverá ser contestado, sob pena de exílio ou decapitação por traição.

Por ser verdade, eu, Nathaniel Banks, responsável pelo registro, firmo o presente documento, cuja autenticidade é verificada pelo selo que o acompanha."


Após esses dizeres, havia uma assinatura e um selo branco, com um desenho de uma pena em relevo. Esse selo era a garantia de que o documento em questão era verdadeiro, e que de fato Edwin era filho legítimo de Edward Turner. Diante daquele documento, não havia mais nada a ser questionado.

Aquele documento amarelado e envelhecido pelo tempo não deixava dúvidas quanto à origem de Edwin. Aquele homem com seus vinte e nove anos era, de fato, herdeiro ao trono e exercia seu pleno direito.

Inquestionável?

*

A pesada porta de ferro se abriu ruidosamente, despertando Maximilien de seu sono. Quatro cavaleiros entraram em sua cela e um deles o levantou sem qualquer cuidado. O corpo do jovem estava quase duro devido ao frio que sentia, enquanto suas costas ardiam sob a camisa fina. Seus pulsos e tornozelos estavam presos por grilhões que esfolavam sua pele nas áreas onde havia atrito.

Abatido, deixou-se ser conduzido pelos cavaleiros – outrora leais a ele – até seu destino. Já não tinha mais forças para enfrentar nada, sequer fugir de seu destino. O único jeito era tentar aceitá-lo, independente de permanecer vivo ou não. Talvez isso fosse um pouco mais digno.

Porém, conseguir se conformar com toda aquela situação que poderia selar seu destino era algo impossível.

Após uma longa caminhada, chegaram à opulenta sala do trono. Era sua volta desde a chegada de Edwin. O local estava apinhado de gente, sobretudo os nobres de Elibar. Dentre eles, reconheceu os membros do Conselho e avistou Melissa, que estava junto com os pais. Não via Luke e nem mesmo Ambrose... Mas via todos os demais que conviveram com ele durante sua vida toda. Olhavam para ele com tristeza e até algum temor. Tempos atrás, entrava naquela sala como o herdeiro ao trono... Agora, considerado um usurpador, entrava humilhado e sua aparência era deplorável. De sua roupa, restavam apenas a camisa e as calças.

Edwin surgia imponente e tomava seu lugar na sala. Vestia-se de forma elegante, com roupas bem quentes para o inverno. Em sua cabeça, a coroa da qual ele tanto pensou que seria o herdeiro. E ela agora estava com aquele homem.

Já ele... Ele era um mero usurpador.

— Maximilien Turner – o rei chamou. – Dê um passo à frente para ouvir sua sentença.

Em silêncio, o rapaz de dezoito anos avançou para a frente. Sua aparência deplorável contrastava com a dos demais. Estava sujo, desarrumado e tremendo de frio ante o gélido inverno, de tal modo que nem o calor da lareira o aquecia. Não tinha mais os cabelos longos de outrora, pois eles haviam sido impiedosamente raspados.

Nada restara de sua nobreza a não ser o olhar dirigido ao atual rei de Ekhbart. Por mais que tentasse aceitar sua condição como uma forma de manter alguma dignidade e diminuir a sensação de humilhação, Maximilien jamais seria capaz de tirar de seus olhos verdes o rancor e o ódio que sentia daquele homem.

— Eu, Edwin Turner, Rei de Ekhbart por direito de sucessão, o sentencio ao exílio. Será desterrado para as terras distantes de Christel e jamais terá direito ao retorno. Esta é a sua pena como usurpador, cujas costas são marcadas com o símbolo da traição!

Um cavaleiro rasgou a camisa de Maximilien diante de todos os presentes, de tal modo a expor suas costas. Nelas, estava a marca do ferrete em brasa que recebera, profunda e dolorida. A marca de uma serpente enrolada em uma espada era o símbolo da traição. O símbolo do desprezo, da vergonha e da humilhação, exposto para todos que conviveram com o jovem até então.

Olhares horrorizados recaíram sobre ele, aumentando ainda mais sua humilhação. Sentia-se completamente ultrajado e, dentro de si, surgia um grande desejo de vingança... Não contra todos aqueles que o olhavam, mas contra aquele que lhe infligira tudo aquilo.

Aquele desgraçado lhe pagaria muito caro por toda aquela humilhação!

— Tirem-no daqui! – Edwin ordenou com voz gélidaenquanto os cavaleiros conduziam Maximilien para fora da sala do trono. – Mandem-noao porto e joguem-no no primeiro navio que encontrarem com destino aChristel... Para que passe sua miserável vida por lá até apodrecerem seusossos!

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