Os Lobos
Exílio - as terras do reino
O retorno para casa.
Taehyung não sabia bem como definiria aquela sensação em seu coração. Ele suspirava pesadamente a cada cinco minutos que sabia estar mais perto de casa.
Podia sentir pela marca o quão nervoso Jungkook também estava, sabendo que o risco de encontrar seu tio no reino do Norte era grande. Sentia vontade de protegê-lo, mais do que nunca.
As casas do reino há muito ficaram para trás, e agora eles estavam no caminho para o Castelo. Próximos o suficiente, e não poderiam ir mais acompanhados.
- Agradeço por terem vindo até aqui. Diga ao rei Namjoon que jamais me esquecerei dessa gentileza - Taehyung falou, entregando a alça de guia dos cavalos para os dois alfas consigo. Eles assentiram, fazendo uma longa reverência antes de irem embora com os animais.
Inspirou, deixando o ar sair. Colocou a mochila nas costas, observando Jungkook fazer o mesmo.
Passaram a caminhar juntos, os passos medianos enquanto mentalmente pensavam naquelas ações. Taehyung gostaria que o ômega tivesse permanecido no reino Leste, ao menos teria certeza de sua segurança. Mas ele provavelmente não ia desejar ficar observando tudo por trás das cenas.
Longos minutos depois, eles estavam em frente ao enorme portão do castelo. Taehyung não precisou mais do que alguns passos para que fosse notado, o portão sendo aberto devagar devido ao peso.
Olhou para Jungkook, segurando sua mão, sentindo o receio dele naquele ato. Soltou-a.
Seguiram juntos até que estivessem no salão real. Taehyung fitou cada local como se nunca tivesse os visto antes, como se de algum modo, aquilo o fizesse sentir a sensação agradável de retornar ao seu lar. Não parecia o mesmo, e isso o trouxe uma sensação estranha.
Inspirou, tentando sentir algum cheiro. Nada. Jungkook pareceu perceber o mesmo, aquela falta de odores era realmente preocupante.
Taehyung sentiu perigo, mesmo que não o visse. Estava prestes a segurar a mão de Jungkook e levá-lo embora quando passos foram ouvidos vindo dos corredores do local.
Olhou o rei aproximando-se aos poucos, sorrindo grandiosamente, os braços levantados para cima em exaltação como se fosse uma bênção ter o filho de volta.
- Taehyung, finalmente! Pensei que tinha abandonado seu lar.
- Não abandonei. Você me expulsou dele - respondeu friamente. Odiava aquela personalidade dupla do pai. Em certo momento, tratava-o como um filho terrível, cheio de raiva, dizendo e fazendo coisas que se arrependeria logo. Foi o caso de seu exílio. E depois, em momentos como aquele, voltava para falar consigo, como se nada tivesse sido feito antes.
Mesmo que poucas vezes tivesse visto o lado ruim dele, ainda era frustrante lembrar de tudo e saber que ele simplesmente parecia esquecer.
Seu pai não tirou o sorriso dos lábios, mesmo que ele tivesse diminuído grandiosamente. Dando de ombros, ele riu.
- Ora, vamos, isso não foi nada. Você está aqui, não é? Ande, não fique magoado com isso. Precisamos conversar sobre seu casamento.
Taehyung estava tenso, imaginava que boa parte viesse dos sentimentos de Jungkook. Tentou ignorar, olhando para o ômega, um pedido mudo para que ele o seguisse em silêncio.
Seus passos foram em direção às escadas que dariam ao seu quarto. Mas aquela sensação de que tudo estava correndo bem passou rapidamente depois do quinto passo. Com aquela voz, aquele tom de ordem e repreensão.
- Você, ômega. Trate de deixar as coisas de meu filho em seu quarto e ir embora em seguida. Não quero empregados de outros reinos caminhando pelo meu Castelo.
Jungkook tremeu levemente, parando no mesmo lugar. Não era medo que sentia, porque mesmo que não soubesse em ninguém mais a quem confiar se não Taehyung, o único que lhe trazia certo receio era seu tio, Junghoon. Tudo que sentiu com o pai do Kim lhe direcionando a palavra foi raiva.
Não era um empregado. Ele era um príncipe. E ele jamais seria tratado daquele modo caso aquele rei soubesse. Sentiu nojo pela diferença de status ser uma porta para o julgamento.
Jungkook sentiu quando a presença alfa e intimidadora de Taehyung encheu o salão, e seus pêlos arrepiaram. Ele voltou-se até o seu lado, segurando em uma de suas mãos, encarando o rei com uma raiva controlada.
Notou a testa franzida do rei, como se não entendesse o porquê daquela aproximação desnecessária. Taehyung fez questão de explicar a ele.
- Ele não é um empregado, pai - enfatizou com desgosto a última palavra. - Ele é o príncipe do Oeste e meu ômega.
Jungkook olhou do rei para Taehyung, meio duvidoso se aquele era o melhor momento para dizer aquilo. Entretanto, nada saiu dos lábios chocados e olhos arregalados do rei, como se fosse muita informação para assimilar.
Taehyung não esperou por uma resposta. Sua mão segurou a de Jungkook com mais força, caminhando pesadamente para longe dali.
Quando a porta do quarto foi fechada com força, Taehyung se permitiu respirar. Jungkook fez o mesmo, notando Taehyung ir até sua cama, sentando-se com as mãos no rosto, frustrado.
Retirou a mochila das costas, deixando gentilmente no chão, caminhando até Taehyung, sentando ao lado do mais velho.
- Me desculpe por isso. Você não merecia escutar as besteiras que meu pai fala - Taehyung murmurou, e o ômega o achou realmente fofo com sua dualidade.
- Está tudo bem. Não é culpa sua - Jungkook disse, os dedos entre as madeixas do mais velho, fazendo um carinho gentil. - Devemos tomar um banho agora?
Taehyung concordou, e eles seguiram juntos até o banheiro. As roupas foram tiradas, e logo o registro do amplo chuveiro foi ligado. Jungkook fechou os olhos quando sentiu a água percorrer em seu corpo, molhando-o agradavelmente. Sentiu um beijo casto contra seus lábios, as mãos grandes do alfa o fazendo ir um pouco mais para trás, longe da água.
Taehyung o beijou novamente, e daquela vez, foi como faíscas em seu corpo. O ósculo tornou-se intenso, Jungkook levou as mãos até o pescoço do alfa, arranhando-o, sentindo o baixo ventre formigar.
O registro havia sido fechado agora, algumas gotas de água ainda caiam. Jungkook mordeu o lábio inferior com força quando sentiu o alfa beijá-lo no pescoço, a mão descendo por sua cintura até suas nádegas, abrindo as bandas enquanto o dedo pressionava a entrada já úmida de lubrificante natural.
Adentrou dois dedos com calma, afundando-os, ouvindo o gemido abafado de Jungkook reverberar pelo box.
- Alfa... - Jungkook chamou baixo, segurando no rosto de Taehyung apenas para beijá-lo novamente.
Taehyung estava duro, e nenhum deles aguentava por mais tempo. A mão desocupada segurou a coxa de Jungkook, deixando-a na altura de seu quadril. A mão que pressionava o ânus do ômega foi até o próprio membro, direcionando-o para a entrada umedecida.
Beijou-lhe cheio de desejo, tomando seus gemidos sôfregos enquanto se afundava por completo no ômega. Afastou-se apenas para olhá-lo nos olhos, as bochechas coradas, a respiração que saia cortada.
Passou a se movimentar dentro dele, as mãos de Jungkook tentando manter apoio em seus ombros largos, gemendo baixo, tentando se controlar.
Taehyung arfou com a visão que tinha, como se o paraíso se tornasse Jungkook. Gemeu rouco, as investidas mais fundas, acertando o ponto sensível do ômega, fazendo-o gritar.
- Meu ômega... eu amo você.
Taehyung murmurava, seus lábios percorrendo os de Jungkook uma última vez antes de pressionar a marca em seu pescoço.
O alfa pressionou seus dentes sobre a marca, e sentiu os de Jungkook fazerem o mesmo sobre o seu pescoço. Gemeram sofregamente juntos quando o clímax os abateu, unidos intimamente naquele ato.
Quando estavam totalmente satisfeitos, afastaram-se um do outro com um beijo amoroso. Eles terminaram o banho longos minutos depois.
Trocaram de roupas, e Taehyung já estava abrindo a mochila para procurarem algo para comer quando batidas foram ouvidas na porta.
- Príncipe Kim, o rei solicita sua presença para o banquete real. Pede que o príncipe Jeon os acompanhe.
Taehyung nem sabia o que falar. Ele franziu a testa, olhando para Jungkook, como se pedisse para ele a decidir o que fazer.
- Acha que ele acreditou? - Taehyung perguntou.
- Não sei, mas não acho que há outro motivo para ele me convidar a mesa se não isso.
Taehyung assentiu, desconfiado.
- Se ele incomodar você, voltamos para o quarto. Só conversarei com meu pai sobre tudo amanhã.
Jungkook concordou. Eles desceram as escadas em direção ao destino solicitado. Pararam em frente a enorme mesa farta, o rei sentado na ponta dela. Taehyung sentou-se na penúltima cadeira, no final da mesa, ao contrário do rei. Jungkook ao seu lado.
Dois betas passaram a servir seus pratos, e Taehyung viu seu prato favorito em sua frente. Riu soprado, olhando para seu pai. Ele lhe sorriu grande, como se não estivesse incomodado com nada.
- Príncipe Jungkook, peço perdão por ter sido tão grosseiro com você. Apesar de ser estranho tê-lo fora de seu reino - o rei iniciou, calmamente. Taehyung mal conseguia entender o que se passava. Não sabia se seu pai estava sendo irônico ou se falava sério.
- Tive problemas - Jungkook limitou-se a dizer pela primeira vez. O rei concordou.
- Então você é realmente um ômega? Estou surpreso com isso. Quando era mais novo, pensei que seria um alfa.
Jungkook arregalou os olhos, Taehyung tão confuso quanto ele.
- Me conhecia antes?
- É claro que ele conhecia, até porque o reino Oeste era extremamente próximo do Norte.
Aquela voz.
Jungkook levantou nervosamente da cadeira, sentindo suas costas contra o peito de Taehyung, que o trouxe ainda mais para trás.
- Tio... - murmurou, quase inaudível.
Junghoon os encarava de cima, como se não fossem nada. Ele estava ali, o tempo todo. Mesmo agora não conseguia sentir o odor dele. Como era possível?
Taehyung virou raivoso, olhando para o Kim mais velho ainda sentado.
- Pai, o que significa isso?! - Taehyung rosnou, notando o mais velho limpar o canto dos lábios, jogando o tecido branco na mesa, levantando-se seriamente. Aquele outro eu dele.
- Como o que significa? Você não percebe? É o rei do Oeste, e ele está aqui para consolidarmos seu casamento com a princesa Hyerim.
- Não! Não irei me casar com ela, não entende?! - ditou irritado, sentindo a mão de Jungkook procurar a sua, entrelaçando-as. - Suba pelas escadas e se tranque no quarto. Deve conseguir sair pela janela. Fuja e vá em direção ao Leste. Estará seguro lá. Eu irei dar um jeito de seguir você - Taehyung murmurava muito baixo, agradecendo pela distância que ainda mantinha dos dois que lhe encaravam.
Jungkook apertou sua mão com mais força. Ele sentia que poderia desabar ali mesmo. Seu tio na sua frente, com aquele sorriso arteiro nos lábios, como se finalmente os tivesse encurralado.
Taehyung afastou um pouco mais para a frente, fazendo Jungkook ir para trás de si. Jungkook estava prestes a fazer o que Taehyung pedira quando passos pesados foram ouvidos.
Muitos deles.
Seu corpo quase perdeu as forças quando viu aquela cena. Seus pais sendo colocados de joelhos no chão, dois alfas logo atrás deles.
Jungkook sentiu as lágrimas encherem seus olhos.
- Mãe! Pai! - chamou, vendo os olhos dos mais velhos caírem sobre si com pesar. - Estão vivos... - murmurou, sentindo as lágrimas escorrerem de seus olhos. Queria tanto abraçá-los. Então era aquilo. Seus pais estavam vivos e eram inocentes. Seu tio estava por trás de tudo.
- Querido... nos perdoe - sua mãe disse baixo. A risada de Junghoon encheu o local, fazendo Jungkook grunhir de raiva.
- Seu monstro!
- Jungkook, acho bom ficar calado se não quiser ver seus pais machucados... mas o quê?? - Junghoon indagou, como se não entendesse. - O que diabos no seu pescoço? Você?? - ele suspirou com ódio, olhando para Taehyung. - Seu príncipe desobediente. Você já tinha um compromisso!
- Eu não quero me casar com alguém que não amo, e não pode me obrigar a isso! - Taehyung gritou irritado. - Agora! - murmurou para Jungkook, atrás de si.
Os olhos do mais novo fecharam com força, e ele correu em direção às escadas. Junghoon ia mover-se, mas viu Taehyung parar na entrada dos degraus, transformando-se no enorme lobo negro.
Seus dentes estavam a mostra, seu rosnado parecia adentrar os poros dos corpos em puro ódio. Junghoon ficou segundos parado, analisando a situação, até que o baque da porta foi ouvido. Ele sabia que se movesse algum músculo, o lobo de Taehyung o atacaria sem piedade. Ele conhecia aquela vontade de matar para proteger alguém, pois era um alfa e faria o mesmo por sua filha, Hyerim.
Mas não foi preciso fazer nada, ao menos, não diretamente de seus comandos. Jungkook não lhe era importante, apenas um estorvo. E sozinho, ele jamais seria capaz de atrapalhá-lo.
- Não se preocupe, príncipe Taehyung. Meu único propósito aqui é você. Não tenho motivos para machucar Jungkook se ele for embora... - Junghoon ditou calmamente, e Taehyung só conseguiu rosnar mais ainda, dando alguns passos para frente, mais próximo de seu alvo. - Mas se recusar, mandarei prenderem aquele ômega, e o farei sofrer por todos os dias quando estiver preso aqui. E você escutará todos os gemidos de dor dele. Cada um deles.
Taehyung não se importou com mais nada. Não importava mais nada. Ele mataria Junghoon e fugiria dali em busca de Jungkook, conseguiria aliados no Leste e tomaria seu reino.
Ele faria isso.
Entretanto, aquele corpo jogado na sua frente o impediu de ir mais longe. Aquele olhar desesperado, aquele grito agoniante que clamava para que tudo terminasse.
Seu focinho estava extremamente perto do rosto da mãe de Jungkook. Sua raiva ainda era tamanha, mas ele sabia o que aquilo significava. Junghoon iria usar os pais de Jungkook para pará-lo, porque sabia que Taehyung jamais os machucaria.
Seu olhar saiu da ômega para Junghoon, fixos e extremamente irritados. Junghoon sorriu abertamente.
- Bom garoto. - Junghoon comentou realizado. Taehyung desejou mais que tudo estar sozinho com ele, sem nada para impedi-lo. Veria se Junghoon teria tanta coragem. O alfa suspirou, olhando para o pai de Taehyung, que observava tudo longe e calado. - E agora, vamos começar os preparativos para o casamento.
+++
Jungkook havia trancado a porta do quarto, conseguindo descer pela janela com dificuldade, como Taehyung dissera que conseguiria.
Seu coração batia forte, a indecisão o deixava lento, como se não conseguisse ir mais longe. Corria, mas parecia estar sempre voltando para o mesmo lugar.
Ele entendia que naquele momento Taehyung não corria perigo, por saber que seu alfa era o ponto crucial da aliança que seu tio almejava. Isso o trazia algum tipo de conforto, mesmo que fosse mínimo. Mas seus pais... como saberia que estariam a salvo? Não sabia no que confiar. Só desejava chegar ao Leste, implorar por ajuda. Ele precisava consegui-la logo.
Estava prestes a sair do Castelo quando seus olhos caíram em uma carruagem aproximando-se. Cercada por lobos cinzentos, ele imaginava que fosse Hyerim. Podia sentir o aroma dela. E isso o trouxe mais dúvidas ainda.
Seu tio provavelmente estava usando alguma coisa que repelia seu cheiro de ser sentido. Aqueles lobos também não tinham cheiro. Seria algum atributo deles?
Eles o sentiriam logo, então não poderia arriscar. Estava se preparando para transformar-se em seu lobo quando os olhos assassinos dos lobos caíram sobre si. Cada um deles.
Foi quando percebeu que seu próprio cheiro estava muito explícito, provavelmente pelo nervosismo e medo que sentia. Um lobo uivou, como se avisasse de sua localização, pedindo por companheiros.
Jungkook sentiu pela marca o quão receoso Taehyung estava, ele havia mudado para sua forma lupina antes que tivesse entrado no quarto, provavelmente ouvira o uivo e entendido seu significado.
Decidiu que não iria arriscar uma fuga fracassada. Não era apenas sua vida agora, carregava outra dentro de si.
Ele notou quando dois alfas surgiram, aproximando-se cada vez mais. Seus braços foram segurados, e ele foi empurrado para a entrada do castelo, por onde havia antes entrado.
Quando estava próximo da carruagem, seus olhos caíram nos de Hyerim, sua prima. Ela parecia horrorizada, como se jamais esperasse encontrá-lo naquela situação. Jungkook, pelo contrário, sentiu vontade de chorar de raiva. Ele pensou se, em uma atitude furtiva, conseguiria ameaçar Hyerim em troca da liberdade de Taehyung e seus pais.
Ela saiu de dentro da carruagem, cercada pelos lobos que faziam questão de rosnar para si, intimidando-o, tentando manter total proteção à princesa.
- Jungkook... - ouviu a voz fraca chamá-lo, e bufou, ignorando-a. Seu corpo foi impulsionado para frente, e eles entraram no salão real.
Jeon procurou por todos os lados qualquer sinal de seu alfa, seus pais, seu tio ou do rei. Nada. Provavelmente estavam nos cômodos superiores. Isso tornou-se concreto quando viu que Hyerim era obrigada a seguir o mesmo caminho, olhando-o com dó, aos poucos sumindo de sua vista.
Foi levado para outro local, passando por alguns corredores escuros, e imaginou que estivessem indo para o calabouço.
As grades foram o prenúncio de que estaria com problemas. Quando já estava frente a ela, apenas o barulho vago do cadeado sendo aberto, Jungkook pôde perceber seus pais no fundo, calados, mesmo que demonstrassem estar surpresos em vê-lo ali, não saberia dizer se por não ter conseguido fugir, ou se por bondade de Junghoon, ele fosse ali ficar.
Esperou que os alfas o colocassem ali dentro, fechando as grades, sumindo pelos corredores. Jungkook não conseguiu conter o impulso depois disso. Como se seus pais sentissem o mesmo, os corpos juntaram-se em um abraço saudoso. Mal conseguia entender o que murmuravam, ou o que ele mesmo falava. Só sabia que com seus pais ali, era um pouco mais fácil de aguentar tudo.
- Eu mal acredito que vocês estão vivos! Pensei que Junghoon tivesse feito o pior... - falou, afastando-se apenas para ver os pais sorrirem entre lágrimas, negando.
- Ele pode ser terrível agora, mas ainda tem alguma humanidade dentro dele. Só não sabemos por quanto tempo... - Soomin ditou entristecida.
- Pensei que nunca mais os veria. Eu realmente não consigo acreditar nisso... - Jeon sentiu quando seu pai fez um carinho gentil em suas madeixas. Sorriu pequeno.
- Eu e sua mãe nunca deixamos de pensar em você, Jungkook. Jamais. Você lembra do lobo vermelho que vigiava sua casa? Era eu. Junghoon me permitia observá-lo, mas não mais que isso.
Jungkook arregalou os olhos, lembrando-se. Então não estava enganado. O lobo vermelho remetia família porque era seu pai.
Não conteve-se, os abraçando novamente. Mesmo que não fosse conseguir recompensar o tempo perdido, ele só queria ter aquela sensação de calor amoroso ao estar nos braços dos pais.
De novo.
N/A: exílio reta final :')
provavelmente faltam +2 ou 3 capítulos para finalizar.
quero muito agradecer por todo o apoio, por estarem lendo e acompanhando. quando comecei a escrever essa história, não pensei que chegaria a tanto. isso tudo graças a vocês.
Obrigada por tudo <3
até logo!
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