▪Capítulo 16 - "Meu Novo Lar"
Estava prestes a passar pelo escâner que ficava fixado no portal da cidade. Senti medo e senti vontade de dar passos atrás, mas, eu já estava ali e teria que ir até o fim.
Andei lentamente, com receio, colocando o primeiro pé na frente, os alarmes estavam em remanso, então, sem pensar duas vezes, entrei rapidamente, e eles continuaram em silêncio. Segurei a mão de John, dando um suspiro de alívio pelos alarmes não tocarem.
- Está tudo bem. - Disse John, olhando em meus olhos.
- Sim, está... - Falo, dando um pequeno sorriso, não estava acreditando no que tinha acontecido no momento.
- Precisamos ir rápido. - Com célere, ele puxou meu braço e começamos a correr juntos, nós escondendo atrás de tudo que víamos pela frente, para que ninguém nos visse.
Eu apenas seguia-o. Não sabia para onde estava indo. John se aproximou de mim, pegou gentilmente em minha mão e apontou para a Janela de uma casa.
- Você terá que pular... Se passar pela porta da frente, alguém poderá vê-la. - Falou ele com uma voz baixa. Concordei com a cabeça ao ouvir seu mandato. John segurou firme em minha cintura, me empurrando para cima da janela, segurei firme no batente da mesma e quando estava finalmente em cima, pulei para o lado de dentro da casa, quase caindo ao chão.
O chapéu que estava em minha cabeça, acabou voando. Tirei meus longos cabelos do rosto, e olhei envolta. Era tudo bem aconchegante e cheio de coisas que nunca vi em minha vida.
Ouvi um barulho vindo da porta, então, me assustei. Mas fiquei aliviada ao ver que era apenas o John entrando.
- Isso foi a coisa mais louca que eu já fiz... - Disse ele, parecia que estava sem acreditar.
Fiquem sem reação, ainda estava com uma terrível pressão em cima da mim. Preocupada, e com certeza não acreditava no que eu acabara de ter feito.
- John... Tem certeza que isso foi uma boa ideia? - Pergunto, insegura.
- Isso é uma pergunta que não tenho como responde-la agora, Alexa... Mas, saiba que ninguém tocará em um fio de cabelo seu, enquanto você estiver comigo. - Percebi firmeza em suas palavras, ele parecia decidido e que não estava com medo de nada.
Fiquei bastante tímida com suas palavras. Eu realmente me sentia bem perto dele, ele era a única pessoa que eu tinha.
Olhei para o lado, vendo uma grande mobília da cor preta, algo que eu não conhecia. Me aproximei da mesma e passei a mão lentamente, sentindo a maciez.
- Irei dormir nisso? - Dou um sorriso e sento-me ali.
- Isso é um sofá - Fico confusa a ouvir ele falar, mas mesmo assim, continuei com o sorriso no rosto. Ele estava se esforçando.
- Então... isso é um sofá? Nunca cheguei a me encostar - Me joguei de leve no sofá, sentindo a espuma macia em minhas costas, era como deitar em um amontoado de algodão.
- Você não vai dormir nele. Você dormirá em minha cama. - Disse ele, me olhando com um sorriso cínico. - Eu que dormirei aí... Há algo bem mais confortável que isso. - Comolementou ele, ainda com o sorriso cínico do rosto. Minha expressão mudou totalmente, eu tinha gostado do Sofá e não iria me incomodar de dormir em um lugar menos confortável. Aliás, qualquer coisa era mais confortável para mim.
- Algo mais confortável? Eu acreditarei apenas se sentir. - Lanço um olhar desafiador. Ele começa a rir e me puxa sem dizer mais palavras. Quando chegamos à porta de seu quarto, me deparei com uma porta que parecia ser de vidro transparente, mas que não deixava nada transparecer do outro lado.
- Seu quarto poderia ser um pouco mais perto da entrada - Falo em um tom de preguiça e um olhar tediante, cansada com a caminhada que tínhamos feito dentro da casa.
- Não seja ociosa, Alexa. - Reviro os olhos e começo a rir. John começou a rir comigo, mas, logo cessou as risadas e abriu a porta do seu quarto, lentamente, arregalei os olhos ao ver a enorme cama onde John dormia.
- Nossa! Você dorme aqui? - Pergunto, com a boca aberta, sentia que a saliva estava prestes à escorrer da mesma.
- Exatamente. - Disse ele, com os olhos abertos e as costas retas.
- É muito incrível - Falo, sem fechar a boca.
- Pode deitar-se e ficar á vontade... Este é seu novo lar - disse ele. Não considerava aquilo como um lar. Mas esperava me acostumar.
Olhei cada detalhe do quarto, e o quanto ele era grande. De alguma forma, todo aquele espaço me dava um certo medo.
- Obrigada... - Olhei em seus olhos e desviei para o chão.
- Sabe que não precisa me agradecer. Está muito cedo ainda. - Sua voz era delicada e mansa. Eu me sentia grata, e bem de estar com ele.
- Você me ensinou a perseverá e a ter esperança. - Ele não conseguiu esconder o grande sorriso que estava se estampando em seu rosto ao ouvir minhas palavras.
- Você tem razão, de qualquer forma. - Admitiu ele. Era impossível não olhar para seu belo rosto e não sorrir. Ele me fazia sorrir até mesmo quando não queria, ele me fazia feliz a qualquer momento e eu amava estar com ele por isso.
...
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