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▪Capítulo 02 - Diferente

Assim que o garoto chegou ao limite da linha, ele parou e continuou a me observar. Perdida em meus devaneios com aquela figura em minha frente, senti algo pontudo atingir a minha testa, o que me fez dar um rápido grunhido de dor, fechei os olhos com força e coloquei a mão no ferimento. Fiquei me recuperando por alguns segundos enquanto ouvia os garotos rirem de mim, aquilo me deixou extremamente apavorada.

Queria que aquilo fosse apenas a minha imaginação falando mais alto que tudo, mas infelizmente não, e eu realmente havia levado uma pedrada na testa. Voltei a minha posição ereta aos poucos, sentindo minha testa latejar de dor.

- É uma garota exilada! Vamos Apedreja-la! - Disse o mesmo garoto que atirara uma pedra em mim.

Senti o sangue escorrer e tentei segurar o choro, mas era impossível, lágrimas saíram dos meus olhos, e eu não pude impedir.
Olhei o mesmo garoto pegar outra pedra para jogar novamente. Naquele momento minhas mãos estavam tremulas e meu olhar encheu-se de ódio. Sem pensar duas vezes, mesmo temendo, me agachei pegando a mesma pedra que ele havia arremessado em mim e joguei na direção de sua mão, graças as minhas super habilidades, acertei a pedra exatamente onde eu queria. O garoto largou a pedra e gritou ao sentir a dor.

- Exilada maldita! - Gritou ele, colocando sua mão esquerda sobre a mão direita machucada na tentativa de amenizar a dor. Alguns amigos continuavam rindo.

- Parem de rir seus idiotas! - Disse o moleque, indignado com aquela cena. Ele parecia furioso, me encarou e em seguida se afastou aos poucos.

Ainda chorando, dei passos para trás no intuito de me esconder. Fui para trás da árvore, portanto, não pude ver a partida do garoto. Sentei no tronco velho da árvore e comecei a chorar. Até que um tempo depois, quando as risadas haviam cessadas, levantei e iniciei meus passos indo em direção ao gueto. Mas, cessei os mesmos quando ouvi uma voz diferente atrás de mim.

- Perdão aos meus amigos...

Virei o rosto para poder ver quem era e me surpreendi ao ver quem era o ser que estava falando comigo.
O mesmo garoto que estava me observando atrás da linha de bloqueio começou a falar comigo. Fiquei totalmente paralisada e com medo, não sabia se deveria falar algo, era a primeira vez que algum deles se comunicava comigo. Não respondi nada, até que ele cansou de esperar uma resposta e falou novamente.

- Você pode falar comigo, não tem ninguém por perto - Ele falou tentando me tranquilizar. Comecei a tossir um pouco e dei um suspiro pesado, antes de começar a falar.

- Eu não posso falar com você, sou uma garota exilada. - Relembrei ao garoto, que parecia estar louco.

- Mas eu posso falar com você, e meu pai não está aqui, oras... Eu vi você jogando uma pedra em um dos meus amigos. Não vai doer se falar comigo- Falou o garoto. Continuei calada, olhando para o seu rosto.

Mas algo me incomodava, o garoto havia chegado do outro lado muito rápido, o que tudo indica que ele atravessou a linha de bloqueio sem ser eletrocutado.

- Como você conseguiu atravessar a linha de bloqueio sem que a corrente elétrica atingisse o seu cérebro? - Perguntei curiosa.
O garoto olhou admirado com a minha pergunta e sorriu, pronto para responde-la.

- Essa pulseira me permite entrar e sair a hora que eu quiser. Como forma de identidade, ele bloqueia a corrente elétrica que passará pelo meu corpo. Porém nunca tente fazer isso sem um bracelete identificador. - Disse ele, levantando o pulso. Aquilo era a coisa mais incrível que eu já ouvira, porém, continuei calada sem falar nada a respeito.

- Você não parece ter muitos amigos. - Comentou ele.

- Como você sabe? - Perguntei.

- Porque nunca a vi acompanhada... Apenas sozinha - Fiz uma expressão confusa enquanto o olhava.

- Você fica me espionando? - Indaguei, desviando o olhar para baixo e depois voltando para o seu rosto, aquilo estava passando dos limites.

- Só quando não tenho nada para fazer. Você é uma garota interessante. - Respondeu ele, em um tom convencido.

- Também sou uma garota exilada - Retruquei.

- Isso não importa muito, somos parecidos - Disse o menino, encostando-se na velha árvore.

- Não! Você rir de mim com seus amigos... Não somos parecidos! - Exclamei. O garoto respirou fundo para responder.

- Acredite... Eu não queria rir de você, mas se eu não fingisse que estava gostando eles iriam me denunciar. - Explicou ele.

- Denunciar a quem? - Fiz mais uma pergunta, embora o garoto parecesse falar a verdade, eu não o confiava.

- Ao meu pai. Ele é o general Russell. - Quando ouvi falar o nome daquele e homem horrível, senti meu corpo tremer, e calafrios fortes pelo mesmo. Ele era sem dúvidas, o homem mais temido daquele lugar, era impiedoso e mal.

- Você não deveria estar falando comigo. - Falei me afastando do garoto, apavorada.

- Falei que não tem ninguém aqui - Disse ele novamente, tentando me tranquilizar mais uma vez, porém, era inútil.

- Seu pai odeia pessoas como eu... Eu preciso ir, tenho obrigações a fazer. Gostaria que parasse de me espionar. - Falei com raiva e o garoto começou a rir.

- Você nunca irá perceber quando eu estiver te observando - Ele disse com um sorriso cínico no rosto.

- Garoto... - Poupei minhas palavras e respirei fundo, para não acabar perdendo minha paciência com o menino.

- Meu nome é John... Não garoto. - Ele sorriu totalmente irônico.

- Não perguntei seu nome, garoto. - Falei sendo irônica também. Ele olhou para mim e sorriu novamente, dessa vez, sem sarcasmo. logo voltei a realidade, vendo que já estava tarde e eu não podia ficar por ali.

- Não precisa ficar tão brava comigo, não tenho culpa se você chama tanta atenção. - Disse ele, e revirei os olhos.

- Tenho que ir! Não posso ficar muito tempo longe... - Falo um pouco preocupada e virei as costas, porém, cessei meus passos ao sentir sua mão macia e delicada segurar a minha.

- Não vai me falar seu nome?... - Dei um pequeno suspiro e puxei minha mão de volta. Comecei a sentir sensações estranhas depois daquilo.

- Meu nome é Alexa... - Falo - Não me toque outra vez. - Finalizei com uma voz mansa.

- Agora preciso ir. - Imaginando que finalmente eu poderia voltar ao gueto sem interrupções, John me interrompeu mais uma vez com uma pergunta.

- Podemos nos ver mais vezes? Eu também não gosto de ficar sozinho - Ele perguntou enquanto me olhava. Desviei o olhar e franzi a testa, pensando no que responder.

- Não! Não vamos nos ver mais... - Respondi, foi uma pergunta com uma resposta bem óbvia.

- Está bem. - Ele falou dando um sorriso. Me surpreendi com a sua resposta, porém, dei as costas para o garoto e comecei a andar.

Estava no meio do caminho quando olhei para trás e o garoto ainda estava ali, ele acenou para mim e sorriu mostrando os dentes.

Revirei os olhos e voltei a andar em direção ao gueto.

Nunca havia visto aquele garoto antes, ele parecia ser diferente dos outros, mas era estranho, pois estava sempre sorrindo. Eu não tinha muitos amigos ali. Mas não sei se ele seria a pessoa certa para poder conversar. Não queria correr o risco de ser vista com aquele garoto e depois, ser apedrejada por aqueles outros idiotas. Minha mãe sempre disse que eu não deveria confiar em nenhum deles, por mais que parecessem diferentes, ele era o filho do homem mais temido dali.

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