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Feliz dia dos pais


A semana de Caio tinha sido uma merda. A única coisa boa era que Douglas parecia não lembrar de nada da noite de sexta-feira. Como assistente pessoal do Dr. Davi e estagiário do escritório, Caio atualizou o Dr. Douglas dos processos em andamento e em que pé estavam. Pegou algumas cargas no fórum central e fez muita pesquisa. Ele sentia-se estranho perto do novo chefe. Toda a camaradagem que poderiam ter foi por água a baixo na madrugada de sábado.

O jovem estudante de direito já arrumava suas coisas para ir embora. Hoje tinha uma prova importante e não queria se atrasar. Direito Ambiental não era uma das suas matérias favoritas, mas como muitas empresas às quais prestavam consultoria se metiam em entraves com licenças e outras coisas, ele mantinha-se atualizado.

- Caio, pode passar na minha sala antes de ir embora? – Dr. Diógenes só colocou a cabeça dentro da sala, deu o recado e saiu. Durante toda a semana ele prestou atenção no relacionamento entre o pai e o filho mais velho. Percebeu um excesso de formalidade. Pode ser que façam isso no ambiente de trabalho para não darem margem a fofocas de favoritismo ou sei lá o que.

Com a mochila nas costas andou em direção ao escritório do "poderoso chefão". Como sua secretária já tinha saído ele mesmo bateu na porta e pediu licença. – Estou aqui, Dr. Diógenes, em que posso ajudá-lo? – Entrei, mas permaneci perto da porta.

- Chegue mais perto, rapaz, eu não mordo. – Dr. Diógenes sorriu. Um sorriso que não chegava aos olhos. Fui para perto de sua mesa. – Davi vai ter alta no domingo. Eu não quero que ele fique sozinho em sua casa, então, queria saber se você pode ser seu secretário em tempo integral. Claro, ainda vai fazer as pesquisas e todos as coisas de estágio. Douglas vai transferir seu escritório para lá e ficar durante o dia. – Caio pôde ver a preocupação brilhar nos olhos do advogado. – O médico que acompanha meu filho tem medo que ele entre em depressão.

Ele não sabia o que responder. Ir morar interinamente com seu ex- chefe e ainda ter o atual chefe e ex-crush na cola... ele precisava de pelo menos um dia para pensar. – Dr. Diógenes, posso confirmar com o senhor amanhã? – Caio estava inseguro. Seus relacionamentos eram uma bagunça, seu coração estava confuso e tinha o "Davi" em casa. Será que seria estranho levar o "Davi" para a casa do Davi. Esse pensamento louco fez um ataque de riso quase vir à tona.

- Claro, meu jovem. Mas, ligue até o meio dia para eu organizar as coisas. Boa prova. – Com um aceno ele soube que estava dispensado e foi para a prova com a cabeça em todos os assuntos do mundo, menos Direito Ambienta. Merda!

**

Caio já tinha feito um buraco no chão da sala de tanto andar de um lado para o outro pensando na proposta do Dr. Diógenes. Sua vida era bem monótona. Morava sozinho, quer dizer, há um mês dividia o apê com um boneco de silicone tamanho natural, que por sinal estava "sentado" no sofá escutando toda a argumentação contra e a favor da tal ideia do advogado sênior.

- Bem... acho que não tenho nada a perder. Meu salário vai ser dobrado e poderei pagar uns cursos que quero fazer. – Ele virou para o seu "companheiro". – Davi, você vai ficar cuidando da casa. Mas, eu venho aos domingos pra tirar a poeira e abrir as janelas. Tá decidido.

Com uma grande convicção mandou um SMS para o chefão e esperou. Não deu nem cinco minutos o pai de Davi e Douglas ligou. Caio deveria pegar Davi no hospital no dia seguinte às dez da manhã.

- Não vai atrapalhar o seu dia dos pais? – Dr. Diógenes perguntou só por desencargo de consciência.

- Eu não tenho pai, não se preocupe doutor. – O jovem estagiário não via o pai há 5 anos, quando foi expulso de casa; com um olho roxo e uma costela quebrada. Enquanto apanhava sua mãe fez uma mala com suas roupas e chamou um táxi. Muito legal da parte dela.

- Então, até amanhã, meu rapaz. – E o velho advogado encerrou a ligação.

Caio começou a arrumar as coisas. Separou roupas e livros; seu notebook, alguns documentos. Quando percebeu já era noite e pediu uma pizza. Acordou cedo no dia seguinte e foi até o hospital.

**

Chegou mais cedo do que pretendia, então foi conversar com Davi. Era a segunda vez que ia vê-lo depois daquela transa no escritório. Mas, na primeira vez o professor estava dormindo.

- Oi. – Caio foi entrando sem jeito no quarto. – Posso entrar?

Davi olhou para a porta e acenou. – Soube que será minha babá até meu pai se convencer que não irei colocar uma corda no meu pescoço. – O homem no leito estava muito mais magro e abatido, mas se esforçou para dar um sorriso ao seu aluno e estagiário. – Não precisa ficar constrangido, o velho só quer alguém de confiança que fica de olho em mim.

Torcendo as mãos, Caio aproximou-se e sentou na cadeira próxima a enorme cama perto da janela. – Se minha presença for inconveniente, por favor professor, me avise. Pego minhas tralhas e volto pro meu apartamento.

Com um aceno o advogado, que já fora muito mais bonito e brilhante, virou o rosto para a janela olhando o vazio. Com um suspiro Caio levantou procurando um banheiro. O do corredor estava num estado de caos. Como um hospital deixa o toalete naquelas condições? Voltou decidido a usar o do quarto mesmo. Quando já estava enxugando as mãos ouviu a voz do Dr. Diógenes um tanto irritada e decidiu espiar.

- Você e seu irmão estão de complô pra ferrar com a imagem da família Teixeira? O mais novo sai correndo atrás de um garoto e volta todo estropiado. O mais velho dá um show gay na festa da empresa e ainda faz sexo em público com o assistente. Eu tô bem de filhos. Sabe quanto eu tive que pagar pra mídia não soltar nada sobre esses acontecimentos? – Davi ia retrucar... – Nem vem dizer nada. Eu nunca liguei pra quem vocês dão o rabo, desde que sejam discretos. Mas, é só eu virar as costas que os dois jogam merda no ventilador!

Caio arregalou os olhos quando o pai pegou o filho pelo tecido daquelas roupinhas hospitalares ridículas. – Eu tive que trazer o Douglas de volta. Por causa dessa merda que você se meteu. E se você der um passo fora da linha eu não vou manda-lo pro Canadá, vou mandar ele pro quinto dos infernos. – E soltou o corpo do filho com força que até quicou o corpo no colchão. – Vou pra casa. Sua mãe tá fazendo uma porra de um churrasco beneficente.

Ao sair, o advogado trombou com o filho mais velho. – Feliz dia dos pais, pai. – A resposta foi um rosnado. – Pra você, também. – Douglas seguiu até o irmão com um riso cínico no rosto. – Pode passar cinquenta anos que o velho não muda. – Sentou na cama e acariciou o rosto do outro com olhos preocupados. – Você tá um lixo.

- Obrigado! – As lágrimas começaram a cair tímidas no começo. – Eu senti sua falta, Doug. – As pequenas gotas de solidão deram lugar a um rio de desespero. O choro sacudia o corpo abatido de Davi enquanto era abraçado pelo irmão.

- Isso. Coloca tudo pra fora. – Sentiu o outro acalmar em seus braços. Puxando a cabeça de seu ombro, agora molhado, deu um beijo íntimo e profundo na boca de seu irmão.

Caio estava com as mãos na boca sufocando um grito de surpresa, quando Douglas quebrou o beijo e estendeu a mão na direção do banheiro. – Vem, Caio. Eu sei que você está aí faz tempo.

O estudante, assistente, estagiário... ele nem sabia mais definir a sim próprio. Foi chegando com medo. Os braços fortes do homem que por umas horas fodásticas tinha sido seu o envolveu pela cintura puxando para perto. – Se você abrir a boca pra alguém, eu te mato.

"Esse é o dia dos pais mais louco que eu já vivi". – Caio estava confuso. Mas, mesmo assim, a adrenalina que corria em seu sistema era um presságio. Os dias dele como babá desse homem quebrado não iam ser nada calmos e monótonos como ele imaginava.

*Fim?* 

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