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Capítulo 13


IOLANDA

Esperança... Confiança em coisa boa... É assim que me sinto... Sinto como se dias melhores estivessem por vir, como se realmente uma coisa boa fosse acontecer. Todos os sentimentos ruins que sentia por esse bebê começam a desaparecer, e a realidade de que não estou mais sozinha, faz meu coração se aquecer por dentro. Senti-me sozinha por tanto tempo que tinha medo de até mesmo enlouquecer. Ficar sozinha é bom... Tem suas vantagens, porém depois de certo tempo, sua própria companhia fica perturbadora, pois é quando você vê que é só você e mais ninguém, a realidade cai. A falta do afeto, do cuidado alheio, lhe machuca tanto quanto um golpe no estomago. Porém ao mesmo tempo, só se pode ser bom para alguém, quando você mesmo já não se machuca mais. Sua consciência já não pesa a culpa já não te sufoca e a sua felicidade se torna realmente sua própria preocupação. Com tudo o que passei, eu aprendi a me proteger de mim mesma, não tinha medo de fazer minhas próprias escolhas, de tomar minhas decisões e de desenhar meus caminhos, por mais dolorosos que eles poderiam ser, eu sabia que poderia enfrenta-los, pois o medo já não era algo que me pertencia, e todas as manhãs, eu me alimentava de uma boa dose de coragem. Durante a semana toda trabalhei com Tomas. Por mais que sempre tive receio com ele, sua presença passou a me fazer bem. Realmente enxerguei que não era somente seu projeto de caridade, eu realmente era mais que isso... Talvez uma amiga como ele ousava dizer. E no fundo eu sabia que ele precisava de um amigo tanto quanto eu sempre precisei de Henrique. Ele deixou de ser um estranho pra mim, e aos poucos ganhou seu espaço. Mesmo que tenha me decepcionado, achando que ele não teria aguentado nem ao menos dez minutos fazer o meu trabalho sua presença ainda sim me trazia satisfação. Meu celular toca enquanto olho a chuva que cai sem parar pela janela. O vento sopra muito forte, me deixando completamente preocupada. Não é apenas uma chuva qualquer, é uma tempestade.

-Oi Tomas. – Digo tentando disfarçar o receio em minha voz.

-Oi, muita chuva por ai? – Ele pergunta com a voz divertida.

-Sim, nada de feira hoje. Esta chovendo demais.

-Eu pensei em ir até ai. Estou preocupado com essa chuva. – Ele diz sem disfarçar o quanto esta preocupado.

-Não precisa Tomas. Tire o dia para descansar. Esta chovendo muito mesmo.

-Isso não é motivo para eu não ir ai. – Ele diz sendo insistente.

-Bom motivo número um, eu tenho uma casa. Número dois estou perfeitamente agasalhada. Número três, eu não sou de açúcar para derreter na chuva. – Digo pra ele que ri do outro lado.

-Ah, tudo bem. Se precisar de algo promete que liga? – Ele pergunta receoso. Digo a ele que sim, e desligo o telefone. A chuva se intensifica ainda mais, e um pouco de água começa a entrar em casa.

-Droga! – Digo irritada indo pegar o rodo para puxar a água, puxo o máximo que posso, porém é quase impossível. Começo a sentir um medo que há muito tempo não sentia, um pressentimento ruim toma conta de mim. Enquanto vou até o banheiro escuto um estrondo gigantesco do lado de fora que me assusta. A água bate com força na parede me fazendo ficar desesperada. Decido voltar ao banheiro para procurar meu celular, mas antes disso escuto outro estrondo. O vento parece querer levar o telhado consigo. Percebo que estou tremendo completamente aflita, o que parece dificultar as coisas. Antes que chegue ao banheiro escuto outro estrondo e dessa vez percebo que parte da minha casa acabou de desmoronar. As lágrimas molham o meu rosto me deixando desesperada, pois não tenho como sair de onde estou. Outra parte desmorona e dessa vez sou levada junto. Tudo fica escuro, não consigo enxergar nada, e sinto dor em todas as partes. Começo a gritar por socorro, e parece ser em vão. Tudo está escuro e percebo que então estou embaixo dos escombros. A poeira começa a me fazer tossir muito e minha voz começa a ficar falha. Tento me mexer mais percebo que algo muito pesado esta em cima da minha perna. Tento empurrar os escombros com meu braço bom, mas um pedaço grande de concreto cai sobre mim me deixando ainda mais desesperada. Nunca fui uma mulher devota à fé, e sinto que nesse momento estou sendo testada. Então entre lágrimas de desespero, dor e medo começam a fazer uma oração, começo a pedir para quem quer que seja o salvador que me salve que salve meu bebe. Começo a escutar alguns gritos de socorro, um barulho de movimentação, e tento mais uma vez gritar por socorro. Minha voz devido ao tanto que estou tossindo começa a ficar rouca, e ela se torna quase inaudível. Começo a sentir uma moleza, algo como sono e sei que não posso dormir. Preciso ficar acordada. Tento me manter acordada, e continuar a gritar por socorro, mas dessa vez sinto que perdi a batalha. Minha cabeça dói, me fazendo querer dormir ainda mais. E quando me dou conta, já não tenho tanto controle sobre o meu corpo, e então a escuridão me leva...

TOMAS

Sinto vontade de ir até a casa de Iolanda mesmo ela falando que não. Com a tempestade que está fico preocupado com a questão da estrutura da sua casa, estava visivelmente muito prejudicada. E sua casa fica em uma baixada o que piora toda a situação. Horas depois de ligar para ela eu ligo novamente. Seu celular chama até cair na caixa postal. Penso que ela possa estar dormindo já que não tem muito que fazer com esse tempo. Para me distrair começo a adiantar algumas coisas do trabalho, que estavam um pouco enroladas pelo tempo que estava passando com Iolanda. Tempo esse que vem sendo muito proveitoso, já que Iolanda tem um carisma sem igual. Embora seja um pouco turrona, percebe-se a pessoa incrível que ela é. E além de tudo nota-se o quanto ela é querida por todos na feira. O que prova que ela só tem aquela armadura toda para se proteger. Volto a me concentrar no trabalho, o que faço pelo resto do dia, parando apenas para tomar um lanche e tomar um café. Quando percebo já está quase anoitecendo. Decido ir tomar um banho, mas antes pego o celular decidido a mandar uma mensagem para Iolanda. Mas uma ligação interrompe o que ia fazer. Um número estranho aparece na tela, e decido se vou atender ou não. A chamada cai, mas logo volta a tocar novamente.

-Alô? – Pergunto sem saber quem esta ligando.

-Tomas, é o Henrique. – Ele diz e sinto preocupação na sua voz. – Desculpa te incomodar mas é que desde cedo estou tentando falar com a Iolanda e não estou conseguindo. Nem ela nem a Dona Sofia me atendem, e sei que esta uma tempestade muito forte ai. Você falou com ela?

-Oi Henrique. Eu falei com ela logo pela manhã, mas depois liguei novamente e ela não atendeu. Será que aconteceu algo? – Pergunto realmente preocupado.

-Eu não sei, estou muito preocupado. Ela não ficaria o dia todo sem atender. – Ele diz e vejo a melancolia em sua voz.

-Fique tranquilo, eu vou até lá e te dou noticias. Ela pode só estar dormindo algo assim. Mas estou indo agora mesmo. – Digo a ele enquanto pego uma jaqueta e as chaves do meu carro.

-Obrigado Tomas, vou ficar esperando noticias. – Ele diz e desliga.

Quando vou saindo encontro com a minha mãe sentada no sofá assistindo televisão.

-Aonde você vai Tomas? Ficou doido filho sair com esse tempo?

-Eu vou até a casa de Iolanda. Ninguém esta conseguindo contato com ela, estou preocupado.

-Tomas! – Minha mãe diz como se estivesse me advertindo.

-Eu sei o quanto você se importa com ela, mas não pode sair com esse tempo. Olha o caos que essa tempestade toda esta causando. – Ela diz enquanto aponta para a televisão. Assim que olho o noticiário, meu coração se aperta no peito. É noticias sobre o bairro onde Iolanda mora. O bairro foi atingindo por uma forte enchente, e casas desmoronaram. Deixo minha mãe falando sozinha correndo até o meu carro me molhando um pouco no caminho. Dou partida no carro e enquanto dirijo até o seu bairro faço uma prece para que ela e o bebê estejam bem. Fico preocupado que tenha acontecido algo. Meu celular toca novamente e eu reconheço o numero de Henrique. Coloco o celular no viva-voz, e ele começa a falar com a voz chorosa do outro lado.

-Tomas você viu o noticiário? Era a casa de Iolanda, eu estou completamente desesperado.

-Calma, tenta ficar calmo, estou chegando lá agora. Eu já te ligo. – Desligo o celular para que possa focar já que estou dirigindo rápido demais para um dia completamente chuvoso. Cerca de vinte minutos depois, chego até o seu bairro. Não consigo me aproximar de sua casa, policiais bombeiros impedem a entrada. A chuva ainda cai forte, e a multidão de pessoas atrapalha o meu chegar até mais perto de sua casa. Aproximo-me das faixas que estão isolando o local e passo por debaixo delas. Sendo advertido por um policial. Quando vejo sua casa eu fico em choque. Sinto que minha respiração está acelerada, e a sensação de pânico me toma. O policial segura em meu braço chamando minha atenção.

-O senhor não pode ficar ai. É uma área de risco.

-Eu preciso saber da moça que mora aqui. – Digo com a voz falha enquanto a chuva cai sobre mim. - Por favor, preciso saber dela. – Digo desesperado, tentando não deixar o pânico tomar conta de mim.

-Ela foi à primeira vitima que encontramos. – Quando ele diz vitima, meu coração se acelera no peito.

-Vitima? – Digo sem nem ao menos perceber que estou chorando.

-Sim, ela foi encaminhada para o hospital, estava ferida. – Sinto o alivio percorrer meu corpo, e pergunto para qual hospital ela foi. Assim que ele me passa, volto para o carro, e dirijo para o hospital. Durante o caminho sinto que algumas lágrimas caem, não posso perder outra pessoa assim. Iolanda tem sendo especial em minha vida, tem me ajudado a superar a escuridão em que estava. Assim que chego até o hospital, estaciono de qualquer jeito e saio correndo indo até a recepção, pergunto por Iolanda, e a recepcionista informa que ela deu entrada mais cedo, mas ainda sim está fazendo alguns exames. Ela pede para que eu aguarde um instante, e eu me recuso, dizendo que preciso vê-la. Ela chama o médico responsável por examinar Iolanda, e por sorte eu o reconheço. Doutor Carlos cuidou de Talia uma vez que ela bateu o carro. Ele tem um grau de parentesco com Talia, era seu tio. Ele me vê e vem até a mim, me olhando de cima a baixo e nem tinha me dado conta de que estou completamente encharcado.

-Carlos, bom te ver. Eu preciso de noticias da Iolanda. – Digo a ele completamente desesperado.

-Só posso dar noticias aos familiares Tom. Você conhece as regras. Você é parente dela?

-Eu sou o noivo dela. – Minto.

-Ah sim... – Ele diz parecendo não acreditar. – Ela não tem nenhuma aliança.

-Ela não usa por conta da gravidez, suas mãos às vezes estão inchadas. Eu preciso de noticias Carlos pelo amor de Deus. – Ele olha me analisando e sei que esta medindo se acredita ou não.

-Bom, ela está bem. Teve alguns machucados, mas nada grave. Ela machucou bastante a perna, mas nada grave, não chegou a quebrar. Mas ela estava com um braço fraturado.

-Sim, eu há atropelei uns dias atrás. – Digo sem pensar. Ele olha para mim rindo.

-Devo me preocupar com isso? – Ele diz e sei que está debochando, me sinto mais aliviado mais ainda sim quero vê-la.

-Não foi somente um acidente. E o bebê, como está? – Pergunto ainda preocupado. Saber que ela está bem me alivia, mas preciso saber do bebê também. Ele faz uma expressão séria e imagino o pior.

-Olha Tomas, eu já vi muitas coisas em minha vida, como médico. – Ele diz me deixando assustado. – Essa garota tem sorte, o bebê está bem, mas eu recomendo que nos próximos dias, ela faça repouso absoluto, que ela não tenha nenhum outro susto ou passe por situações que deixe suas emoções alteradas. Isso tudo, todo esse trauma pode ser prejudicial.

-Ok, depois me dê à receita dos remédios tudo o que ela precise. E se ela precisar fazer qualquer exame, qualquer coisa pode fazer. Eu quero vê-la Carlos, qual é o quarto dela?

-Não a aborreça, por favor. O quarto dela é 302.

Sussurro um obrigado, e já vou indo em direção ao quarto dela. Mas antes que eu chegue, Carlos me chama, tendo minha atenção.

-Tomas! Talia ia ficar feliz de ver você seguir em frente. – Ele diz me fazendo dar um sorriso fraco. Ah, se ele soubesse de toda a história. Vou até seu quarto, e quando chego ela esta dormindo. Vou até ela depositando um beijo em sua testa, e segurando em sua mão, desconhecendo até minhas atitudes.

-Que susto você me deu. – Digo enquanto seguro sua mão sentindo muito por tudo o que vem acontecendo com ela. A enfermeira entra no quarto, para confirmar a medicação, e diz que deu um calmante a ela para que ela pudesse se acalmar depois do susto. Sua mão está ralada, e seu rosto também tem alguns machucados. Sua perna esquerda tem um curativo, e seu tornozelo está um pouco inchado. Olho para o seu braço e sinto culpa. Talvez se estivesse escutado minha mãe aquele dia e não saísse dirigindo feito um louco não teria dificultado ainda mais a vida dela. Porém não nego que sou egoísta o suficiente para ainda agradecer aquela tragédia, pois foi assim que conheci Iolanda. A culpa daquele dia fez com que eu acordasse para a vida, e tentasse recomeçar novamente. E ainda ganhei a amizade de Iolanda que vem sendo muito especial em minha vida. Saio rapidinho da sala para ligar para Henrique que este completamente preocupado. Ele atende no primeiro toque deixando claro que estava esperando a ligação.

-Tomas e ai como esta?- Ele pergunta desesperado.

-Ela está bem. O bebe também está bem. Esta no hospital, mas não foi nada grave. – Sinto a respiração aliviada do outro lado da linha.

-Meu Deus, Tomas, o que foi tudo aquilo. Eu estou tentando ir embora, mas tudo está fechado. Aqui também está chovendo muito, e eu preciso ir embora, preciso cuidar dela. – Ele diz e sei que está chorando.

-Eu vou cuidar dela Henrique pode ficar tranquilo. Jamais a deixaria sozinha em uma situação como essa.

-Obrigado Tomas. Eu vou tentar ir embora quando normalizar aqui, mas fico mais tranquilo sabendo que ela tem você.

-Não precisa agradecer. – Digo e desligo sentindo-me mais aliviado. Porém outra situação me chama completamente a atenção. Passando em frente a outro quarto, vejo Dona Sofia deitada em uma cama, ligada a vários aparelhos. E a voz do Carlos vem em minha cabeça me lembrando de que Iolanda não pode passar por algumas emoções. Vou até a recepção, e pergunto para a recepcionista sobre ela.

-Não posso passar informações senhor. Somente para os familiares.

-Você não está entendendo. A moça que está no quarto ao lado dela é minha noiva, ela é praticamente mãe dela. Eu preciso da informação porque vai ser a primeira coisa que ela vai me perguntar assim quando acordar. Eu te peço, por favor... – Digo tentando não me estressar. Ela me olha respirando fundo.

-Bom o estado dela é crítico. De todas as vítimas resgatadas, ela é o estado mais grave. – Ela diz, e sinto meu coração se comprimir dentro do peito. 

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