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Capítulo 11


TOMAS

Fico preocupado com o fato de que Iolanda está muito nervosa. Fico com receio pela sua gravidez, temo que algo aconteça. Seus olhos brilham e sei que ela segura as lágrimas enquanto grita comigo. Sinto vontade de abraça-la, e dizer a ela que tudo vai ficar bem. Que não fiz nada de errado, só juntei dois amigos. Bruno tem um restaurante, só indiquei a ele a banca de Iolanda. Tudo bem que falei pra ele sobre a minha preocupação com a situação dela e ele disse que iria ajudar. Mas não fiz nada a mais que isso. Fico furioso com Miguel por não saber o que ele contou a Iolanda. Fico aliviado quando vejo que ela entra no carro do Miguel. Ela realmente deve estar furiosa. Dirijo seu carro até sua casa, pensando em como me desculpar com ela, e nada me vem à mente. Estaciono em frente a sua casa, e quando vou desligar vejo que suas chaves estão no carro. Pego elas em minha mão, e olho o chaveiro com um coração vermelho descascado. Uma de suas metades está quebrada, e rapidamente faço uma comparação com o meu estado... Meu coração está tão quebrado quanto o de Iolanda. Penso no quanto somos completamente iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Ambos completamente quebrados, magoados, com pensamentos que corrói toda e qualquer sensação de felicidade. Respiro fundo, me sentindo derrotado, e encosto a cabeça no volante, e o mesmo buzina, sem a minha intenção.

-Droga. – Digo para mim mesmo. Acredito que Iolanda tenha ido para outro lugar, já que suas chaves estavam dentro do carro, e ela não iria ficar me esperando aqui. Dona Sofia aparece na porta, e vou em sua direção para deixar as chaves de Iolanda.

-Oi Dona Sofia. Eu não sei onde Iolanda está, posso deixar as chaves dela com a senhora?

-Claro filho, ela está lá dentro. – Ela diz e me pergunto como não pensei nisso antes.

-Será que eu posso falar com ela? – Pergunto já esperando a resposta.

-Acho melhor vocês conversarem depois. Ela estava muito nervosa, acho melhor ela se acalmar primeiro.

-Tudo bem, eu entendo. – Digo desapontado.

-Tomas, você não vai machuca-la não é? – Ela me pergunta com os olhos preocupados.

-Não, essa nunca foi minha intenção. De verdade, eu só queria ajudar ela, mas ela se nega. – Ela sorri pra mim de um jeito bem maternal e gosto de saber que Iolanda realmente não esta sozinha.

-Posso te pedir duas coisas?

-Claro. –Digo olhando sério para ela. Ela segura em minha mão.

-Não desista dela Tomas. Sinto que não tenho mais tanto tempo de vida, nunca fui mãe, Iolanda é o mais perto que tenho de uma filha. Eu sei que ela é uma pessoa difícil, mas não desista dela. Ela precisa sim de ajuda, só é orgulhosa demais para aceitar.

-Não vou desistir Dona Sofia, prometo.

-E outra coisa... Iolanda é linda, é encantadora... Mas é frágil também... Eu quero que você a ajude... Mas não quero que a magoe, não quero que você desperte nela sentimentos que depois você não vai saber corresponder. Não quero que você a machuque como Lucas a machucou. – Fico confuso, sem entender o que ela diz.

-Eu não tenho a intenção de machuca-la Dona Sofia, mas não entendi o que a senhora quis dizer.

-Não quero que você a faça gostar de você e depois a abandone, Tomas. Minha menina está sensível com a gravidez. Temo que ela se apaixone por você e você a abandone justamente por ela estar grávida.

-Isso não seria motivo para abandona-la Dona Sofia, mas Iolanda e eu somos somente amigos. E além do mais, eu ainda amo a minha esposa... Ainda é como se ela estivesse aqui... – Digo sendo sincero. Iolanda é linda, mas não meu coração ainda se encontra quebrado para poder me entregar a outra pessoa, assim como o de Iolanda.

-Você sabe que precisa a deixar ir... Eu não entendo muito sobre relacionamentos, mas um conselho de mãe... Você tem que deixar a sua falecida esposa partir filho... E isso não é só para você... Mas por ela também, a alma dela precisa de paz, precisa do desapego filho, ela precisa ser livre, e não presa no seu sofrimento...

Ela diz e no fundo sei que tem razão. Mas ainda não me sinto pronto para dizer adeus. Eu ainda me sinto confuso... Melhor do que antes, mas ainda sim confuso...

-Eu sei... Sei disso... Mas Iolanda e eu somos apenas amigos, e não estamos prontos para entrar em qualquer espécie de relação...

Ela me olha sorrindo, e sei que não acredita em mim. Seguro as chaves de Iolanda em minhas mãos olhando novamente o coração descascado. O entrego a Dona Sofia, sorrindo, porém pensativo.

-Obrigada filho. – Ela diz saindo entrando em sua casa. Vou em direção ao meu carro, e dirijo até minha casa. Fico parado olhando para minha casa, ainda perdido com o que Dona Sofia disse. Nunca me despedi de Talia... Nunca disse adeus a ela. Tudo o que mais tentei foi fazer com que sentisse ela viva mesmo que fosse em meus pensamentos, mesmo que fosse nos meus mais remotos sonhos. Dizer adeus a ela seria cruel demais. Seus pais fizeram a ela um velório simbólico. Um caixão lacrado e vazio. Na época me revoltei, me senti traído pela família dela. Nunca concordei com um caixão vazio, a única coisa que parecia vazia era o coração em meu peito. Totalmente vazio... E mesmo que diga a adeus a Talia, não quero mais entregar meu coração a ninguém... Ele já teve decepções demais. Não entendi porque Dona Sofia quis dizer... Será que Iolanda sente alguma coisa por mim? Ela sempre me afasta... E nos conhecemos há tão pouco tempo... Saio do carro afastando os meus pensamentos, e toda a confusão que acompanham eles. Subo até o meu quarto e a porta no final do corredor me chama a atenção. O antigo quarto que eu dividia com Talia... Tanto ele quanto o quarto que fizemos para nossa filha são portas proibidas... Nem mesmo minha mãe e os empregados entram nela, sou o único que tenho as chaves. Vou até o quarto onde estão as coisas de Talia, e entro nele. Mesmo com tanto tempo da tragédia eu ainda consigo sentir o seu perfume, sua presença. Sento na cama, pegando o travesseiro em que ela dormia. Eu o abraço sentindo meu coração se comprimir no peito. Vou até o closet onde suas roupas estão impecavelmente do mesmo jeito que ela deixou. Assim como os seus sapatos e todas as outras coisas. Seguro em minha mão um vestido azul, cheio de botões na frente e quase consigo visualizar ela o vestindo, rodopiando sorrindo sempre alegre. Uma lágrima involuntária cai, e eu a enxugo antes que as outras venham. Tenho o vislumbre de seu rosto repleto de lágrimas, e sinto certo sentimento de angústia dentro do quarto. Balanço a cabeça acreditando estar ficando louco. Paro para pensar no quanto realmente Talia sempre foi de alma livre... E agora todos os seus pertences estão trancafiados em um quarto, como dona Sofia disse, presos em meu sofrimento. Desço as escadas indo até a garagem pegando algumas caixas de papelões e volto para o quarto. Coloco carinhosamente suas roupas nas caixas lacrando as mesmas com fitas. Levo cerca de uma hora e meia para colocar tudo em caixas. Por um segundo penso que não devia estar fazendo isso... Mas eu preciso disso... Talia precisa disso... Carrego as caixas até o meu carro as colocando com carinho, e dirijo até um centro de doações doando as coisas de Talia. Entrego a uma senhora que sorri, vendo que poderá ajudar mais pessoas. Fico parado ainda por um tempo, olhando para as caixas, sentindo meu coração ainda pesar em meu peito como se uma âncora o levasse cada vez mais para o fundo. Despeço-me segurando uma lágrima que teima em cair, e volto para o meu carro. Quando entro no mesmo às lágrimas caem descontroladamente. Toda a angústia, toda a dor que senti há anos atrás volta com força, e não consigo segurar meus sentimentos. Choro mas dessa vez as lágrimas não sufocam a dor... Elas não adormecem a dor, elas aliviam... Como se realmente tirassem todo o peso que ela causa, como se realmente estivessem livres. O céu começa a escurecer anunciando que vem chuva por ai. Mesmo sabendo que deveria ir embora, dirijo até a praia, pois ainda preciso absorver o que eu acabei de fazer. Sento na areia, enquanto olho as águas turbulentas do mar, e sinto o vento gelado começando a soprar mais forte. Retiro minha aliança de casamento do meu bolso e fico analisando a mesma por um tempo. Olho o delicado Talia gravado em seu interior, e faço a comparação de como Talia sempre vai estar gravada em mim. Sempre vai estar gravada em meu coração em minha alma e em todas as minhas memórias. Seguro firme a aliança em minha mão, e a beijo antes de lançá-la ao mar.

-Eu te amo Talia... Sempre vou te amar... E agora eu sei que posso amar você e ainda sim dizer Adeus, você esta livre... Então meu amor... – Digo enquanto outra lágrima cai. – Eu te deixo partir...

(...)

IOLANDA

Dona Sofia volta com minhas chaves, e entrega em minhas mãos o chaveiro de coração quebrado. O mesmo chaveiro que minha mãe usava. Por mais desgastado que ele se encontre, eu nunca consegui substituir ele. É uma recordação pequena perto das outras, mas ainda sim é uma recordação sobre ela. Despeço-me de Dona Sofia indo para minha casa, e assim que entro me sinto prontamente sozinha. Arrumo um pouco da bagunça que tinha ficado pela manhã, e depois de tomar um bom banho pego meu celular para ligar para Henrique. A falta que ele tem feito é absurda. A chamada cai na caixa posta, e imagino que ele esteja trabalhando. Meu celular vibra com uma mensagem de Tomas que chega.

''Sinto muito ter te chateado. Não era a minha intenção. Peço minhas mais sinceras desculpas. ''

Reviro os olhos jogando o celular para longe, não querendo responder. Ele deveria ter me contado se não fosse nada armado porque ele não me contou. Certamente porque eu iria entender como ajuda, e iria recusar. O celular começa a tocar, e o ignoro pensando ser Tomas. Ele toca novamente, e eu o pego já me sentindo irritada com a insistência, sentimento que logo passa quando vejo o nome do meu melhor amigo na tela.

-Lola, está ocupada? Não atendeu. – Ele diz e sua voz me faz sentir ainda mais sua falta.

-Não eu não estou não. Achei que fosse outra pessoa ligando. Por isso ignorei.

-Pensou que seria quem? Ah já sei, Tomas? – Sinto o tom de deboche em sua voz.

-Que bom que você está bem, eu também estou ótima! E o bebe também, está bem.

-Ah, desculpa vai! Vamos do começo, como você está? Está tudo bem? – Ele pergunta carinhoso do outro lado.

-Sim, com muita saudade de você. Quando você vai voltar? – Pergunto e o ouço respirando fundo do outro lado da linha.

-Bom, a previsão era no fim da próxima semana, mas não sei com toda essa chuva. Talvez eles peçam para que eu fique...

-Que pena... Queria muito que estivesse aqui... – Digo triste.

-Esta tudo bem entre você e o Tomas? – Ele pergunta e sinto a curiosidade em sua voz.

-Bom... Estava até hoje... Quase voltei a pé da feira, porque se continuasse perto dele eu iria ter meu filho dentro de uma cadeia.

-Dramática. Conta-me o que aconteceu... – Ele diz dando uma risada gostosa.

Resumo pra ele toda a história e quando conto a ele, realmente sinto que exagerei. Claro eu não vou dar bandeira branca e dizer a ele que errei. Da forma que aconteceu não teve como eu não pensar em outra coisa, porém ainda sim ele errou em não me contar.

-Nossa Iolanda, sinceramente tenho dó do Tomas. Você precisava fazer tudo isso com ele?

-Ele mentiu Henrique, ou melhor, omitiu.

-Sim, porque talvez ele já esteja percebendo como você é. Ele está deixando o trabalho dele para ajudar você e você ainda o trata dessa forma. Minha nossa, eu preciso me desculpar com ele. O que aconteceu com o seu plano de ser uma pessoa melhor? – No fundo sei que ele realmente está bravo, mas ele se diverte também com a situação, como se minha relação com Tomas, fosse uma novela mexicana pra ele.

-Eu estou tentando esta legal, mas também não tenho sangue de barata...

-Não mesmo com toda certeza.

-Ele me ofereceu um emprego... – Digo tão baixo que tenho a impressão de que ele não irá ouvir.

-Como assim um emprego? – Ele diz eufórico e me arrependo no mesmo momento de ter comentado. Henrique sempre me ajuda como pode na feira, mas ele sempre me aconselhou a buscar algo melhor.

-No escritório de advocacia dele. Porém quem contrata uma feirante grávida para trabalhar de secretária? Pura ilusão. Mas já dei minha resposta a ele, e por sorte ele não contrariou, então não venha com seu discurso de que preciso procurar por algo melhor. – Digo com desdém.

-Ok, tudo bem. – Ele diz me fazendo desconfiar. – Claro que seria bem melhor pra você e para o bebe, ter um salário, e ainda poder estudar advocacia, o curso que você tanto falou. Mas se você já tem sua resposta quem sou eu não é mesmo.

-Exatamente. Já tenho minha resposta. – Digo desapontada, estava sedenta por uma pequena discussão com Henrique.

-Lola vou ter que desligar, Marcos está me chamando. Ligue para o Tomas e peça desculpas, você não pode tratar ele assim. Beijo amo vocês. – Ele diz e desliga sem ao menos me dar tempo de responder. Fico olhando para o meu celular, indo na mensagem em que ele me enviou. Analisando o fato de que sei que exagerei, e devo desculpas a ele, mas não vou pedir desculpas. Pelo menos não hoje.

Após tomar um banho me sinto mais calma, e sinto a adrenalina diminuir do meu corpo. Penso no que aconteceu e sei que tive uma reação exagerada. Não deveria ter dado o escândalo que dei. Sinto-me até mesmo envergonhada. Só precisava simplesmente ter escutado a versão de Tomas, e ai sim tomar uma decisão. Toda essa relutância em dizer não a ele, toda essa negação tem se tornada exaustiva. Porém quero ser sua amiga, mas não quero que ele me veja como a amiga, que sempre esta em apuros, sempre precisando de ajuda, quero uma amizade normal, tranquila e reciproca, assim como a minha e de Henrique. Penso no que Dona Sofia me disse sobre Tomas gostar de mim. É uma ideia tão ridícula, aquela velha novelista precisa ver a admiração que ele usa ao falar de sua esposa. É notório o quanto Tomas ainda é preso a ela. Respiro fundo sabendo que devo desculpas a ele mais uma vez. Estamos em um eterno ciclo em que brigamos e eu acabo pedindo desculpas e isso já vem se tornado exaustivo. Decido que dessa vez vou por um fim nessa loucura, preciso procurar pelo Tomas e de uma vez por todas, e voltar a minha vida normal. Penso nas economias que tenho, e sei que consigo segurar a barra com elas até Henrique voltar e me ajudar na feira. Agasalho-me bem devido ao frio e a chuva forte que cai lá fora, e ao pedir um táxi, tenho minha decisão formada. 

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