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Capítulo 09


IOLANDA

Ódio... Sentimento de profunda inimizade. Aversão instintiva direcionada a; antipatia, repugnância. Paixão que conduz ao mal que se faz ou se deseja a outrem. Ira contida; rancor violento e duradouro. Sentimento de repulsão; horror... Quero decorar bem essa definição até ser capaz de falar sem esquecer uma palavra se quer. Porém nem a definição mais definida o possível conseguiria explicar como estou nervosa com Henrique e Tomas. Quem eles pensam que são para dizer o que fazer? Em que mundo eles vivem para achar que ainda tem o direito de me dar opções. Ainda como se toda essa situação ferrada não fosse o suficiente, acordei me sentindo muito mal. Literalmente nada para em meu estomago. Eu já estou muito irritada mal dormi essa noite, e ainda por cima tenho que aguentar Tomas por praticamente metade do dia. Ele já não tem o trabalho dele, porque diabos tem que se meter no meu? Meia hora antes do horário combinado ele bate em minha porta todo sorridente com uma cesta de café da manha nas mãos.

-Bom dia. – Ele diz enquanto o fuzilo com o olhar. Ele usa uma calça jeans com uma blusa marrom por baixo e uma jaqueta preta por cima. O frio do lado de fora me faz tremer. Sinalizo para ele entrar, e ele não consegue disfarçar o quão sem jeito ele esta. – Você está bem? Parece meio pálida. – Ele diz preocupado.

-Olha, você não tem que se preocupar comigo, e muito menos me fazer perguntas. Você veio trabalhar pra mim, então tudo o que te peço é que você fique quieto. – Digo irritada, porém segurando o riso pela sua reação.

-Acabei de descobrir que seu humor matinal é pior que o seu humor normal – Ele diz rindo, me fazendo rir também.

-Cala boca Tomas. – Digo sorrindo.

-Trouxe algumas coisas para você comer. Henrique me deixou encarregado da sua alimentação também.

-Vocês são dois babacas. – Digo revirando os olhos, mostrando a cozinha pra ele. Noto que ele repara a casa, porém não da forma como sempre achei, que estivesse reparando por mal ou para criticar.

-Dois babacas preocupados com a sua falta de juízo. Agora vai come. Você precisa se alimentar antes de ir. – Conto a ele como acordei me sentindo e ele fica ainda mais preocupado. Antes de sair ele tenta me convencer a ficar em casa, tenta me subornar de todas as formas e só desiste quando digo que ele é um play boyzinho que esta fugindo do trabalho pesado. Jogo as chaves da caminhonete pra ele e não consigo parar de rir ao ver ele afogar umas cinco vezes antes de conseguir dar partida. Percebo então que é a primeira vez em muito tempo que rio tanto e esqueço que estou praticamente acabando de sair do fundo do poço. E a sensação é completamente maravilhosa. Fecho meus olhos, enquanto o vento bate em meu rosto através da janela e consigo respirar, me sentindo leve depois de um turbilhão enfrentado. Tomas me observa fazer isso, e sorri. Percebo que ele nota a leveza que sinto sussurrando um obrigado por deixá-lo ajudar. E na verdade, no fundo do meu coração, sou eu quem agradeço...

TOMAS

Eu não posso deixar de admitir que o serviço de Iolanda não é nada fácil, além da paciência com os clientes, tem os pesos, as caixas pesadas, e o vento gelado que sopra o mais frio possível. O céu continua escuro, sem a menor luz do sol. Iolanda tenta a todo custo fazer várias coisas, mas por conta do braço engessado, ela não consegue muito, e isso faz com que eu me sinta culpado. Fico preocupado com o fato dela não estar se sentindo muito bem, ela realmente está com o rosto abatido, um pouco pálida. Mas se nega a ir embora. E ainda zomba de mim, perguntando se estou cansado. O vento começa a soprar mais gelado, e o céu a escurecer mais. Iolanda concorda comigo que é melhor ir embora antes que a chuva caia. Guardo as coisas na caminhonete percebendo que o movimento foi bem fraco e ela não lucrou muito. Sem falar nada com ela, tento calcular o quanto ela ganha, e realmente é muito pouco. E me pergunto como ela irá fazer também depois que o bebe nascer, já que até mesmo daqui alguns meses ela não poderá carregar esses pesos. E mesmo depois que ela tirar o gesso do braço, ela precisará de ajuda e Henrique não vai ter como ajudá-la sempre. E creio que o que ela ganha não seja suficiente para pagar uma pessoa para ajuda-la.

-Nossa, vai chover forte! – Ela diz assustada quando um trovão rasga o céu.

-Vai mesmo. Entra na caminhonete, esta muito frio aqui fora. Eu termino de arrumar as coisas aqui. Já estou terminando quer dizer. – Digo pra ela que sorri acenando a cabeça em negativo. – O que foi? Porque está rindo?

-Você me surpreendeu. Achei que não fosse aguentar dez minutos. – Ela diz divertida.

-Ah sinto muito decepcionar você. Foi fácil! – Digo a ela que faz um biquinho fazendo uma cara de triste, completamente adorável.

-Estou completamente decepcionada. De verdade. – Outro trovão nos assusta e ela entra na caminhonete tremendo de frio. Termino de guardar algumas coisas e entro dando partida. Afogo na hora de sair por três vezes, o que a faz rir muito. O carro dela é horrível. Dirijo, parando no meio do caminho no restaurante onde almoçamos pegando um almoço. Ela protesta, tenta pagar, mas não deixo. Tomo o cuidado de pegar a mais, já deixando com jantar pra ela também. Antes que possamos chegar a sua casa, a chuva começa a cair forte, com rajadas de vento assustadoras. Ela desce da caminhonete correndo, me chamando para entrar. Enquanto pego as sacolas com o almoço me molho praticamente inteiro. Entro na sua casa com frio, colocando as sacolas sobre a mesa pequena da cozinha. Ela me entrega uma toalha para que possa me enxugar.

-Nossa esta chovendo muito! – Digo a ela que concorda. Não consigo deixar de reparar nas rachaduras que sobem a parede até o telhado. – Iolanda, não estou falando por mal nem reparando, mas alguém precisa consertar isso. Esta perigoso! – Tinha notado por fora que sua casa esta com a estrutura prejudicada, mas vendo agora por dentro fico muito preocupado.

-Sim, Henrique está procurando alguém. Não consegui deixar de notar que esta aumentando também. E com essa chuva toda, umidade aumentando. É impossível deixar de perceber. – Não consigo disfarçar o quanto estou preocupado. Entrego a ela a toalha, e noto que ela esta sem jeito com a minha presença.

-Se precisar de alguma ajuda, sabe que pode contar comigo. – Digo a ela que revira os olhos, porém não responde. – Eu já vou indo, você vai ficar bem aqui com essa chuva?

-Almoça comigo? Você pegou tudo isso de comida, e o mundo está caindo lá fora. Seria legal uma companhia para o almoço.

-Nossa não conheço esse seu lado gentil. – Digo a provocando enquanto ela ri.

-É raro a presença dele então aproveite. E foi você quem pagou por tudo isso, então não vejo porque não. – Sorrio acenando positivo enquanto ela arruma a mesa para dois. A observo a por a mesa para dois, e sorrio com a sua simplicidade que me deixa totalmente confortável. Sento de frente com ela e me sirvo. O cheiro de macarrão com queijo faz com que eu perceba que estou faminto. Ela se serve também e sorri ao me ver comer.

-Obrigada pelo almoço. – Ela diz e sei que esta sendo sincera.

-Na verdade sou eu quem agradeço por poder ajudar, é legal ter uma companhia para o almoço. Sempre almoço com a minha mãe e ninguém mais.

-Que bom que você ainda tem a sua mãe. Queria poder almoçar com a minha. – Diz enquanto coloca um garfo cheio em sua boca.

-O que aconteceu com a sua mãe, não precisa responder se não quiser. – Digo enquanto observo se ela não ficou incomodada.

-Não, tudo bem. Ela faleceu de câncer dez anos atrás. Ela batalhou muito pela vida, mas a doença venceu.

-Sinto muito. E seu pai?

-Você é sempre tão curioso assim? – Ela pergunta me fazendo rir. Mas antes que eu responda, ela continua. – Ele foi uma escolha errada da minha mãe. Não o conheci, mas ela me falou sobre ele. Ela era funcionária dele, ela se apaixonou por ele, mas quando contou a ele que estava grávida, ele disse que não poderia assumir, pois tinha um sobrenome a zelar. – Ela parece ficar distante como se estivesse tentando lembrar-se de algo, mas dá de ombros. – Ele sabe da minha existência ela me contou que ele veio me ver algumas vezes quando nasci, mas logo depois desapareceu. E tudo o que minha mãe sempre quis na vida foi que eu não tivesse o mesmo destino que o dela. Que ironia não?

Ela diz e uma faísca de tristeza e decepção brilha em seus olhos.

-Poxa... Não fique assim, desculpa não deveria ter perguntado. – Sinto-me culpado, por ter tocado nesse tipo de assunto, é que a curiosidade realmente falou mais alto.

-Não tem problema, já não dói mais. Nada que eu faça vai mudar não é. Mas me fale de você, seus pais.

-Eu só moro com a minha mãe. Quer dizer minha mãe morava com o meu pai, porém depois da morte de Talia, minha mãe foi morar comigo para ficar ao meu lado. E meu pai então faleceu, mas creio que foi por ver a tristeza que eu causei em minha mãe.

-Sinto muito Tomas. Você diz como se fosse culpado... – Ela diz como se estivesse lendo meus pensamentos. Venho me perguntado isso durante muito tempo. É totalmente confuso eu tentar acreditar que foi uma fatalidade, porém eu sinto sim a culpa em mim. Sinto-me culpado por isso.

-E não sou? O coração dele não aguentou ver minha mãe cuidando de mim como cuidava e eu agindo como um babaca. –Pergunto a ela.

-Claro que não! – Ela segura em minha mão me pegando de surpresa. – Você não pode se culpa por isso, da mesma forma que não pode se culpar pelo acidente da sua esposa. Ou então eu poderia me culpar pela doença da minha mãe, por eu ter sido abandonada grávida. Não temos controle sobre tudo Tomas. Eu... Eu... Bom, estou aprendendo isso agora.

-Mas você realmente não tem culpa! – Digo a ela sendo sincero.

-E você também não. Você só é chato, um pouco curioso e insistente, mas culpado não é. – Ela diz sorrindo me fazendo sorrir também.

-E você, você é indescritível Iolanda. – Digo rindo enquanto a ajudo tirar a mesa. E no fundo meu coração se aquece por ouvir palavras que nem sabia que precisava ouvir. Na verdade nunca tinha admitido em voz alta que me sentia culpado, mas bom, Olhando pelos olhos de Iolanda, eu não... Não sou culpado 

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