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Capítulo XI - Mundo perverso

Amy pensou que as coisas já estavam péssimas, mas ela não esperava ter a pior semana de todas. Seis dias atrás ela estava fazendo sua rotina de sempre, com a mente desligada e indo de tarefa em tarefa sem sentir absolutamente nada, como de costume. E enquanto ela movia algumas caixas só para não ter que lidar com estar parada, ela viu ele. Sua mente passou por tantas etapas naquele momento que ela não conseguia nem processar tudo, tendo que lidar com uma tempestade de emoções boas e ruins.

Ela nem precisou pensar duas vezes antes de ir até ele e dar o abraço mais apertado que poderia, e se ela pudesse, ficaria naquele momento por dias, e talvez nem isso fosse o suficiente para compensar um ano. Porém, como nada para Amy podia dar tão certo assim, ela olhou nos olhos dele e viu uma emoção bem diferente do que ela adoraria ver: confusão. Céus, ela estava tão feliz, mas tão feliz pela primeira vez em tanto tempo que não só tinha esquecido dessa sensação, como tinha esquecido do último aviso que ele deu antes de ir embora.

Se eu voltar, ela lembra do tom de voz de despedida que ele tinha, dando aquele "se" uma sensação de quase impossibilidade, talvez eu não seja mais eu, então toma cuidado.

De inicio ela não tinha dado importância nenhuma pra isso, Amy estava mais ocupada tentando impedi-lo de fazer algo bem idiota. Porém, como os meses não foram gentis, ela teve tempo mais do que o suficiente para remoer aquelas palavras várias vezes, e mesmo assim ela tinha esquecido, tudo culpa daqueles malditos olhos verdes dele. Ela estava tão perdida encarando o rapaz, sempre tão bonito mesmo com o cabelo maior e bagunçado, que quando seu coração quebrou ela mais uma vez precisou processar milhares de emoções.

Era disso que ele tava falando, mas ela não queria aceitar, ela não podia aceitar. Sua cabeça, emaranhada em pensamentos dolorosos e confusos, mal teve tempo de construir uma explicativa — que por sinal fez com que ela sentisse vergonha de suas palavras — e se retirar, buscando algum refúgio e distância de tudo aquilo. Novamente acreditando que as coisas já estavam ruins o suficiente, ela foi pega de surpresa mais uma vez quando Laura mandou ela ir em uma missão com ele.

Ela foi, ela evitou o máximo de contato, ela quebrou o coração várias vezes quando via "ele" tentando descobrir o que tinha acontecido, e Amy teve que ouvir aquela voz na cabeça dele falar a verdade mais dolorosa que ela podia ouvir. Então as coisas foram escalando, uma guerra entre dois grupos aconteceu, ela se viu sem tempo e decidiu agir bem antes do esperado, e foi assim que tudo começou.

— Onde você pensa que vai, Amy Hill? — a pessoa que ela menos queria que encontrasse ela naquele momento é a mesma que se faz presente, e a garota abre um sorriso pensando no quanto uma pessoa poderia aguentar de azar. — Ainda mais depois de um dia desses.

Mais uma vez, Laura parecia estar sempre um passo à frente.

— Eu tenho que investigar algumas coisas, eu devo voltar em alguns dias.

Ela força um sorriso e tenta soar o mais inocente possível, mas ambas sabiam que ela não estava falando a verdade completa. Amy sabia que poderia mentir bem melhor do que isso, ela já o fez várias vezes, só que algo nela estava desligado, uma parte sua que tiraria a força de vontade para inventar algo convincente já estava morta.

— Investigar um jeito de ajudar o seu namorado, eu presumo.

— Ele não é meu... — a garota começa a responder sem pensar, porém decide que não vale a pena ter esse tipo de argumento, Laura com certeza só estava atrás de desestabilizá-la. O problema maior é como ela sabia. — Tanto faz. Eu vou procurar algum jeito de ajudar ele, e aí eu volto, não tenho intenção nenhuma de fugir.

— Amy, ambas sabemos quem ele é e o que está acontecendo, você não vai procurar "algum jeito", você já sabe onde ir. — ela afirma e, por um instante, Amy se mostra surpresa, revelando que Laura estava certa. — Achou que eu não ia perceber o que você fez?

— Tá, e então o que a gente faz agora? Você vai me matar na frente de todo mundo e me transformar em um exemplo?

Amy tenta criar tempo para fazer alguma distração, qualquer coisa que impeça ela de tomar um tiro nesse momento. Seus olhos começam a vasculhar qualquer coisa no ambiente, sua mente faz uma lista de tudo que estava facilmente acessível em suas coisas, tudo para não morrer naquele lugar.

— Te matar? Não me faz rir, pirralha, eu gosto de você. — Laura abre um sorriso convencido e se aproxima de Amy, botando a mão no ombro dela e assustando a garota, que fica surpresa com a resposta. — Você é igual a mim, só para quando morrer, e olhe lá. Eu conheço a sua história mais de perto do que você pensa, o mundo te deu todo motivo para deitar e chorar, sentindo pena de si mesma. Só que você não é assim, né? Você está indo atrás, o fogo em você acendeu de novo.

Embora ela esteja incomodada com a comparação com Laura, ela não podia negar que a mulher estava certa. Ela havia acendido a sua determinação de novo, Amy sabia onde ir e o que fazer, sem perder tempo se lamentando pelos cantos. Isso foi bom de ouvir, sim, mas o que diabos ela queria dizer com "mais de perto do que você pensa"? Ela nunca tinha visto Laura até a quarentena de Ark.

— Você... tá me deixando ir?

— É.

Amy se lembra de ter ficado curiosa com a razão para aquilo, visto que não parecia algo que ela faria. Sua mente dizia que "cavalo dado não se olha os dentes", mas seu coração dizia "que mal tem uma pergunta?".

— E por que? — em verdade ela não ligava muito para o motivo, porém Amy gostaria muito que ela desse qualquer outra informação, e ela certamente esperava que Laura não mudasse de ideia nem percebesse que a garota estava levando o cartão de acesso com ela. — Sem querer me intrometer muito.

— Porque independente do que acontecer, eu ganho. Se você morrer nessa sua missãozinha, é menos um futuro soldadinho daquela aberração, já basta a sobrinha do Mason. — ela parece se incomodar com essa última parte, desviando momentaneamente sua atenção, possivelmente pensando em algo. — E se você der um jeito de arrumar a cabeça dele, as coisas ficam muito mais fáceis, não acha?

Mais fáceis? Provavelmente não, nada ficava mais fácil naquele lugar maldito. E com essa boa memória e ótimas filosofias, Amy se vê preparada para mais um dia nos arredores da cidade, procurando um hotel que nunca teve as portas abertas. Agora que ela já tinha descido do galho mais alto que encontrou em uma árvore — se amarrando e passando a noite lá para dormir em paz — a garota já estava pronta para caminhar, e isso foi o que fez.

Não era a primeira vez dela nessas matas, sua infância e adolescência foram resumidas em saber navegar esse tipo de lugar. Infelizmente, era a sua primeira vez nessas matas depois da quarentena. Então, embora ela soubesse as rotas mais rápidas de um lado para o outro, ainda tinha que tomar cuidado dobrado para não ser surpreendida por um monstro ou um infectado.

Felizmente o caminho foi relativamente calmo, todos os encontros dela com algo perigoso foi resolvido com uma dose segura de paciência. Seu costume de ser furtiva também foi útil. Combinando essas táticas básicas, ela quase começa a acreditar que estava tendo um pouco de sorte para variar. Os últimos dias foram marcados com seus pés feridos de tanto ela correr, seu corpo gritando de dor por ela se forçar tanto e chegando a desmaiar uma vez. E nada disso se compara a sensação agonizante que ela teve ao ver o tipo de criatura que ela estava se deparando dessa vez: perseguidores.

Vê-los de perto era sempre um péssimo presságio, um indício de que seus próximos dias seriam os últimos, ou no mínimo seriam os mais cansativos. Eram semelhantes a lobos, só que duas vezes maiores e com dentes que saiam de suas bocas, sempre nojentos e cheios de restos de corpos. A pior parte era o sorriso macabro que tinham, como se estivessem rindo arrogantemente a todo momento. Ela sabia que se um deles visse ela, a perseguição não acabaria nunca, e daí veio o nome.

Bem, eles podem estar só de passagem, é o pensamento mais positivo que Amy tem desde que começou a atravessar o condado a pé. Como esperado, esse otimismo morreu tão rápido quanto veio. Um dos perseguidores começa a farejar o chão e andar para frente, repentinamente parando e virando a sua cabeça assustadoramente para a direção que Amy estava. Ele não tinha visto ela, porém ele certamente tinha pistas para segui-la.

Amy decide não perder tempo, sabendo que ela não tinha chance caso fosse vista. Com um pouco menos de paciência do que o comum, mas com o dobro de furtividade, ela se esgueira pela mata o melhor que pode, acelerando mais quando sente ter escapado do campo de visão deles. As próximas horas se resumem a isso: se apressar enquanto evita mais criaturas e descansar por pouco tempo, visto que assim que ela para um pouco para beber água e esticar as pernas, Amy ouve uivos na distância, lembrando que ela estava com tempo contado.

— Sem paz pros ímpios... — ela fala sozinha e dá uma leve risada, percebendo que a falta de contato com outros seres humanos estava pesando nela. Ou era a saudade de músicas boas, visto que ela decidiu não trazer seu iPod. — Você ainda me paga, Ozzy Osbourne.

Tocando o álbum inteiro em sua mente da forma que lembrava, Amy finalmente vê na distância o hotel abandonado, que agora estava pior do que antes. Uma construção inacabada e destruída, visivelmente mais arruinada do que os arredores, que também não estavam em boas condições. Na verdade, as coisas pareciam piores do que ela imaginava. Ela esperava algum indício de vida humana ativa, pequenas comunidades que tomaram bairros mais distantes para se proteger, mas não tinha nada.

Entrando na cidade com muito cuidado, Amy usa as construções para ficar fora da vista dos perseguidores. Apenas quando ela é forçada a ir para as ruas que a garota compreende o que aconteceu: na distância, um monte toma a atenção dela, e ela se aproxima mais para descobrir o que é. Quando finalmente as formas escuras ficaram fáceis de distinguir, ela quase pulou para trás e correu até voltar para a Coalizão, entendendo onde estava. O monte era formado por corpos, mutilados e queimados, o que explica as cinzas que cobriam toda a extensão das ruas.

E com isso ela tem a confirmação de que estava na região onde ocorreu o massacre recente na cidade. Ela só ouviu falar na base, geralmente enquanto fazia suas tarefas e seus colegas ficavam conversando. O seu único alívio foram as alegações de que havia acabado, e que os responsáveis haviam desaparecido. Ênfase em alegações, pois ninguém sobreviveu para contar a história. Como ela já tinha motivação para não ficar lá por muito tempo por causa das criaturas seguindo ela, não precisou de muito para convencê-la a correr o mais rápido que pôde e chegar no hotel em menos de uma hora.

Foi arriscado, sim, e definitivamente violou a qualidade de paciência que ela acreditava ter, porém pareceu ter sido o suficiente para dar a ela o tempo necessário para investigar essa construção minuciosamente. Afinal, poderia ser o lugar onde ela finalmente encontra o jeito de resolver muitos problemas em sua vida. Talvez seja por isso que um hotel inacabado parecia tão assustador.

Era basicamente um molde de concreto, com pouquíssimos detalhes por fora e uma falta visível de janelas, no lugar exibindo só buracos quadrados nas paredes. As portas duplas chegam a destoar do resto da construção, sendo feitas de uma madeira bonita, embora desgastada com o tempo. Por educação, ou por não pensar melhor, Amy decide usá-las para entrar na construção, se assustando com o rangido do metal enquanto as abria.

Se por fora ela já acreditava ser assustador, por dentro era pior ainda. Um hall vazio e amplo se mostrava como a primeira coisa que ela poderia ver, e até isso com ressalvas. Mesmo estando no meio da tarde, lá já estava extremamente escuro, forçando ela a ligar a sua lanterna e tomar o seu milésimo susto naquele dia. Jogado a poucos metros dela e deitado no chão, estava o corpo dilacerado de um homem, e as feridas fizeram com que um arrepio subisse pela espinha dela.

Cortes e pedaços arrancados indicavam que algo bem grande havia devorado ele e deixado a maior parte do corpo para trás, e isso era um comportamento extremamente comum de perseguidores. O fato deles estarem rodeando aquela cidade e já terem entrado nessa construção era um péssimo sinal, afinal, o que impedia de ter um ou dois guardando o território? Eles nunca fizeram isso antes, mas ela não era bem uma especialista em hábitos de monstros.

Amy passa ao redor do corpo e vai caminhando, procurando qualquer evidência de algum lugar onde ela possa inserir um cartão de acesso. Felizmente, por conta da falta de qualquer tipo de decoração ou decorações extravagantes no edifício, o processo de busca seria bem mais rápido. Ela começa vasculhando o hall inteiro, depois partindo até onde seria a recepção, o restaurante, a cozinha e outros cômodos mais comuns.

Alguns eram mais extensos do que outros, e mesmo lidando com pouca decoração ela estava sendo bem minuciosa, afinal, se os filmes que ela assistia antes disso contam, então pequenas frestas escondidas na parede como passagens secretas eram plausíveis. Antes que ela percebesse, sua "rádio mental" já estava tocando diversas músicas, e ela se segurou para não cantarolar como gostaria.

Amy aos poucos vai desistindo de procurar nessas salas normais, e para enquanto se questiona: se eu fosse uma fundação secreta, onde eu esconderia uma passagem? E aos poucos algumas ideias foram aparecendo. Ela cogitou que um dos quartos poderia ter essa tal passagem, mas a arquitetura não faria sentido, como teria tanto espaço para uma instalação grande igual as outras? Então ela chegou a conclusão que a passagem estava no térreo — onde ela estava quase sem opções restantes — ou no porão, provavelmente em alguma sala de máquinas.

Em poucos minutos ela termina a busca no térreo e faz o caminho de volta até uma porta com indicação de área restrita. Abrindo-a e apontando a sua lanterna, Amy dá de cara com uma escada para baixo, e ela segue o caminho aflita, sentindo como se estivesse caindo em uma armadilha. Seu coração começa a bater mais rápido sem que ela perceba, e uma goteira que ela nem havia percebido anteriormente faz um trabalho inesperadamente bom em deixar a ambientação pior.

Ao finalmente terminar de descer as escadas, ela se vê em uma sala cheia de canos e algumas máquinas que ela não conseguia entender bem o propósito, mas estava tudo até então dentro dos conformes. Enquanto ela começava a sua investigação, seu corpo inteiro parecia estar ficando inquieto, sua respiração parecia nunca ser o suficiente para preencher seus pulmões completamente, ela se pega coçando o próprio braço e, o que era o pior em sua opinião, sua mente parecia ter perdido completamente o significado de "paciência".

Amy sabia que tinha ótimos motivos para acelerar isso e sair de lá o mais rápido possível, porém ela não conseguia deixar de acreditar que tinha que ir ainda mais rápido, que precisava acabar isso. Ela estava ficando desesperada sem nada estar acontecendo ainda, e mesmo tendo certeza disso, seu corpo não parecia seguir essa mesma lógica. Enquanto tenta se acalmar sem perder muito tempo, a garota fica ainda pior quando vê um pequeno painel logo ao lado de uma máquina que ela acredita ser o gerador.

Normalmente um painel aleatório não chamaria a atenção dela, só que esse não era um painel qualquer: além de ter tanto um teclado numérico quanto uma pequena tela, tinha uma parte específica para passar um cartão. E, a maior indicação de todas, era que o painel estava com energia, emitindo luz da tela. Naquele momento Amy teve certeza de que estava prestes a descobrir se sua missão tinha sido inútil ou a melhor ideia que já teve, e ao tirar o cartão do bolso e passá-lo, a garota só tem um pensamento:

Por favor, Deus, faz isso funcionar.

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