Lohany grita por alguém , derruba a mesinha próxima aos seus  pés, para chamar atenção . A fome juntamente com a sede estavam enlouquecendo a jovem , que nunca tinha passado fome na vida , e também nunca foi daquelas de fazer dietas loucas para ficar magra , tinha um corpo perfeito sem muito trabalho . Mas agora , o corpo perfeito , cheio de curvas , está todo machucado , e necessitando de alimento e água , resumindo, está desidratado .

_ Alguém - ela tenta novamente , e ver como está sem força alguma - Por favor eu preciso comer , preciso beber.

Desiludida, a jovem baixa a cabeça , não sabia quantos dias estava naquele lugar , não dá de ver a luz do dia , nem quando fica noite , o quarto é todo fechado , si é que aquilo é um quarto . Lohany já estava à dois dias, depois que ela acordou, presa naquele lugar , mas ela nem fazia ideia . Para ela fazia muito tempo , a fome estava consumindo ela , a sede a deixou mais fraca.

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"Ela falou que eu não ia morrer"- pensou a menina , que até pensando sua cabeça latejava .

A dor no corpo ainda estava lá , os cortes do acidente, a dor na cabeça, a fome , a sede .
Lohany começou a ter certeza que ia ficar louca . Mas a porta se abre , e o homem , aquele homem misterioso, que esteve com a irmã noutro dia , entra , dessa vez não tem irmã gêmea, não tem capuz escondendo seu rosto , era só ele . E Lohany nota o quanto ele é bonito , com seus cabelos negros libertos do capuz, e seus olhos ...

"Que olhos"

_ Eu preciso comer- a jovem fala , e sua voz falha por conta do que sentia.

_ Eu sei - ele vai na direção dela , e desamarra as cordas que prendiam as suas mãos.

_ Hey - Ela fala sem entender

_ Você vai sair daqui- ele fala , sem mostrar expressão alguma .

_ Ham?- um sorriso surge em meio a dor.

_ Lorena mandou levar você para o quarto que será seu- ele fala ajudando ela a levantar , e na mesma hora o sorriso morre , por um segundo , ela pensou que esse cara iria tirar ela daquele lugar .

Estava enganada.

_ Como assim meu quarto?- a jovem junta as sobrancelhas- Esse aqui não é meu quarto? Ou melhor dizendo meu cativeiro .

_ Não - o homem fala , ainda serio.

_ Não entendi mais nada- ela tenta falar alto e firme , mas saiu como um sussurro , mas o cara mesmo assim ouviu .

_ Não é para entender - ele fala ríspido, puxando ela pelo braço, fazendo o corpo da morena estremecer .

O homem tira Lohany do cativeiro , que ela ver que não era um quarto , mas não importava para ela agora . Ela quer saber mesmo é onde ela está , e o meio de fugir dali .
A jovem presta bastante atenção na casa , em cada detalhe , como ela é espaçosa , com poucos móveis , e claro poucas janelas , e claro novamente , grade em todas ,e com homens de guarda em cada uma, que fez Lohany lembrar de uma cadeia .

"É , eu estou presa"- pensa ela

    A casa parece nova , comparando com o "quarto" que ela estava , os outros cômodos estão em perfeito estado . Mas é pequena , para ela era , pois estava acostumada com a Mansão que morava .

_ De quem é essa casa?- a morena pergunta , meio que sem força.

_ Nossa ...- ele olha para ela , fazendo ela cair em cheio no Mar que era seus olhos - E deles- ele desvia o olhar , e aponta para os homens que rondavam a casa .

É , ele acaba de deixar a jovem ainda mais confusa .
O homem faz ela entrar em outro quarto , de primeira ela nota que é limpo , e quando entra por completo , também  estranha as várias TVs que havia instaladas na parede daquele quarto , logo em frente a cama .

_ Por que...- quando ela ia perguntar , o cara larga ela na cama , e sai do quarto , mas deixando a porta aberta , fazendo ela cogitar a ideia de fugir ,mas logo lembra dos homens lá fora .
Lohany passa alguns segundos olhando para a porta , pela qual o cara acabará de sair .
Minutos depois , ele volta com uma bolsa e sacolas , dando um breve susto na morena que encarava as TVs , e o quarto , sem entender a razão.

_ Toma- ele entrega uma sacola para a morena - Comida, e água.

Lohany sem pestanejar , pega a sacola de sua mão bruscamente , abre a garrafinha de água , e vira na boca . Estava morrendo de sede , literalmente.

_ Calma menina - ele repreende ela pela atitude .

_ Não foi você que ficou sem comer e beber , á horas - ela fala e abre a marmita .

_ Na verdade , á dias - ele complementa , porém o silêncio reina , a jovem estava ocupada demais saciando sua sede , e matando sua fome , dando vida ao corpo , que estava desidratado .

...