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Capítulo 7| Everything Changes again.

Eu não entendi a Camila ter saído da escola daquela maneira e nem o motivo dela estar tão brava comigo. Até pensei em seguir ela, mas iria parecer que me importo, então decido ignorar e entrar na escola.

Lola estava encostada no armário conversando com o Logan quando eu chego a abraçando.

"Demorou, hein?" Ela sorri depois de falar e me devolve o meu celular que eu tinha pedido para ela guardar.

"Valeu!" Começo a mexer e então recebo várias mensagens de pessoas aleatórias dando risada. Quando entro em uma das conversas, era o vídeo que eu tinha gravado da Camila ontem. "Lola, você enviou isso? Pra quem?"

"Para os seus contatos." Ela fala dando de ombros e eu sinto um nó se formar na minha garganta.

"Você não podia ter pego meu celular e enviado isso para todos os meus contatos, Lola!" Falo bravo. Agora eu entendi o porquê dela ter ido embora e de estar brava comigo. Ela pensa que fui eu.

"Aí! E o que é que tem, Peter? É só um vídeo daquela nojentiha, não tem  nada demais nisso!" Ela revira os olhos.

"Eu não sei se você sabe, mas aquela nojentinha que você está falando é minha meia irmã e que se ela contar pro pai dela ou para minha mãe, eu estou ferrado!" A verdade é que esse não era o problema, o problema era ela.

"Desculpa, ok? Só ameaça ela pra ela não contar que está tranquilo! Relaxa!" Reviro os olhos e vou para a minha sala. Agora era aula de matemática, com certeza a pior aula de todas!

Eu estava angustiado por causa da Camila. Ela deve me odiar agora. Posso ser um idiota, mas eu não a explanaria assim.

Assim que o sinal bate, vou para o estacionamento e entro no carro, dessa vez, sem dar carona pra ninguém e dirijo até em casa. 

O vazio que minha mãe deixou em mim desde que ela se foi, é irreversível. Nada e nem ninguém pode suprir a saudade que eu sinto dela e o trauma que ainda é muito presente na minha vida. Mas com o passar do tempo a gente aprende que a vida continua, mesmo sem aquela pessoa amada. E que superar faz parte. Claro que a saudade e as lembranças nunca vão embora e nem vão sumir, mas a vida tem que continuar.

E é isso que faço a anos... tento seguir em frente. Mas em dias como esse, a saudade bate bem forte.

Me pego pensando em tudo isso enquanto olho a foto dela. Ela era tão linda, alegre e divertida que eu tenho a certeza de que ela virou a estrela mais brilhante do céu. Sem falar que sua voz parecia de um anjo. Todos amavam quando ela cantava.

Pego o meu violão e começo a tocar e a cantar baixinho a música que ela costumava a cantar pra mim todos os dias antes de dormir. "Stand By Me" do Ben and King. Quando percebo, uma lágrima tomava conta da minha face. Antes que eu pudesse continuar cantando, meu telefone começa a tocar e eu corro para atender na esperança de ser o meu pai. Mas não era. Era o Jackson. Até penso em não atender, mas sei que ele não pararia de ligar.

"Oi Cami, tá fazendo o que?" Solto um suspiro e me sento na cama.

"Estou em casa, por que?" Falo de forma direta e reta.

"Eu acho que a gente precisa conversar, não acha? Me desculpa, mas eu não consigo ficar assim com você." Engulo seco e então abaixo a cabeça ainda em silêncio. "Vamos nos encontrar na praia... não é muito longe da sua casa e eu estou de carro."

"Tá bom. Eu já to indo pra lá!"

"Ok. Me espere em baixo da casa do salva vidas." Ele diz e eu só respondo um "tá" e desligo o telefone. A praia era bem perto da minha casa, só que indo pelo caminho contrário da escola e de todas as outras coisas. Eu já havia passado na frente dela, mas nunca tinha ido até lá. Não sou muito fã do mar... por mais lindo que ele seja!

Pego minha bolsa e coloco meu celular dentro. Ao abrir a porta do quarto, me trombo com o Peter que estava praticamente escorado na porta.

"O que foi? Estava tentando me flagrar fazendo algo engraçado e ridículo pra gravar e mostrar pra escola inteira?" Falo séria e reviro os olhos passando reto por ele. Não acredito que ele estava me espionando.

"Aonde você vai?"

"Praia." Respondo descendo as escadas.

"Com quem?" O olho irritada.

"Não te interessa, Peter! Nada sobre a minha vida te interessa! Lembra das suas regras? Finge que eu não existo. Fica na sua que eu fico na minha. Ok?" Falo batendo a porta de casa. Eu estava em dúvida se eu iria andando ou pegaria a bicicleta do meu pai, que praticamente era só eu que usava. Mas no fim decido ir de bicicleta, fazia tempo que eu não andava com ela. Abro o portão e saio da casa pedalando lentamente até a praia.

Chegando lá vou até o estacionamento de bicicletas, pego o cadeado que ficava preso nela mesma e a prendo indo até a areia. Antes de entrar, tiro o tênis e sinto aquela areia quentinha no meio dos meus dedos. Eu amava aquela sensação. Assim que olho para o lado vejo o Jack se aproximando sem pressa. Ele chega do meu lado e então andamos em silêncio até o meio da praia, um pouco antes da areia começar a ficar molhada por causa do mar e sentamos.

"Me desculpa, Mila! Desculpa por ter te deixado sozinha na festa, coisa que você implorou para eu não fazer. Desculpa não ter ido te buscar hoje, não ter avisado, não ter respondido. Desculpa ter te deixado de lado hoje na escola também. É que... nenhuma garota nunca gostou de mim assim, do jeito que a Mia gosta, sabe? E eu sempre tive um crush nela. Agora que ela tá afim de mim eu senti como... senti como se eu não pudesse perder essa oportunidade, entende?"

"E não pode mesmo." Ele me olha surpreso.

"O que?" Me viro para ele e cruzo as pernas.

"Eu estava sendo egoísta. Você está começando a viver o seu primeiro romance e isso é lindo! Você tá apaixonado... fiquei chateada com tudo o que você fez, mas eu entendo. E eu te desculpo." Ele abre um sorriso.

"Sério mesmo?"

"Sim, Jack!" Forço um sorriso e olho para o mar. "Só não quero perder o meu melhor amigo." Volto o olhar pra ele.

"Você não vai me perder, Mila! Pode ter certeza disso!" Ele me envolve em um abraço forte, o que acalma o meu coração.

Ficamos mais alguns minutos ali conversando e logo ele se levanta falando que precisa ir embora por que tinha prometido que iria ajudar a mãe dele na loja dela. Pergunta se eu quero carona, mas eu nego pelo fato de ter vindo de bicicleta. A gente se despede com um abraço, mas eu me sento ficando ali por mais uma hora apenas pensando na vida, na minha nova vida.

Começo a sentir pingos. Eu estava tão avoada com meus pensamentos que nem percebi que o céu fechou completamente. Foi só o tempo de eu levantar que a chuva começou a cair. Pego minhas coisas do chão e vou correndo até minha bicicleta. Tiro o cadeado o guardando e monto nela começando a pedalar rapidamente. Do nada, começa a ficar mais pesado e mais difícil de pedalar, então desço dela para ver o porquê.

Tinha um prego no pneu. Era só o que me faltava.

Vou em direção de casa andando e carregando ela. Eu já estava completamente encharcada e para piorar, a chuva começa a engrossar.

Levo um susto quando um carro para bem do meu lado. Penso mil coisas, um bandido, um assaltante, um sequestrador, um estuprador que solto um suspiro de alivio quando vejo que é o Peter.

"Vai, Camila! Entra no carro." Ele fala dando ordem, o que me faz revirar os olhos e continuar andando. Ele chega do meu lado novamente. "Sei que está com raiva de mim e sei que odeia receber ordens, mas estamos longe de casa e essa chuva só vai piorar, então se você não quer ficar doente você entra aqui agora mesmo." Eu estava o encarando seriamente esperando ele pedir por favor, pois ele não mandava em mim. "Vai, Camila! Por favor!" Ele fala revirando os olhos.

"Então abre o porta-malas pra eu guardar a bicicleta!" Fico surpresa pois ele mesmo sai do carro e a guarda pra mim. Entro no banco do passageiro, coloco o cinto e fico em silêncio. Eu estava estressada pelo vídeo, extremamente brava com ele. Eu sabia que ele era um idiota, mas não podia aceitar que não iria nem ao menos pedir desculpas. "Não vai falar nada?"

"Sobre o que?" Ele pergunta calmo sem tirar os olhos da pista.

"Sobre o vídeo."

"Não." A resposta breve e seca dele me corta como uma faca. Depois disso, permaneço em silêncio o percurso inteiro. Mas eu estava com vontade de chorar.

Assim que chegamos em casa, desço rapidamente do carro e antes de passar pela porta, tiro os sapatos que estavam encharcados. Vou para a lavanderia pegando uma toalha e me enrolando nela. Volto para a sala com um nó na garganta e percebo que o Peter está me encarando.

"Não vai me agradecer?" Ele pergunta e se senta no sofá colocando o braço atrás da cabeça mostrando seus músculos e suas tatuagens. Ele era extremamente seduzente.

"Agradecer o que?" Pergunto parada na frente da escada.

"A carona."

Faço um não com a cabeça. Começo a subir as escadas, mas algo dentro de mim me faz virar e abrir o jogo com ele. As coisas não podiam começar daquele jeito.

"Por que me odeia tanto? Por que desde o primeiro dia pediu para eu manter distância de você? Por que não me deu nenhuma chance?" Sinto meus olhos encherem de lágrimas, mas mantenho uma posição firme para conseguir obter respostas. Eu precisava delas.

Ele desvia o olhar e ouço sua respiração acelerar um pouco.

"Eu não te odeio. Só não quero proximidade, intimidade, só isso!" Percebo pela sua voz que ele não estava esperando por essa pergunta.

"Nós moramos na mesma casa, Peter! Nossos pais se casaram!" Aumento o tom de voz e a vontade de chorar aumenta também. "E você me tratar dessa forma torna impossível eu ter uma boa estadia aqui." Eu estava tentando me controlar, mas estava difícil. A raiva estava tomando conta de mim. Não só a raiva, mas a tristeza também. Ele engole seco mas não fala nada. "Por que tem tanto medo de se aproximar de mim?"

Ele se levanta e, fazendo o contrário do que eu disse, se aproxima de mim.

"Porque eu sou uma má influência pra você." O olhar dele diretamente sobre mim me causa tremores. Ele estava tão perto que eu podia sentir a sua respiração.

"Não era eu quem deveria julgar isso?" Pergunto sem tirar meu olho dos olhos dele por nenhum instante. Parece que ele fica sem saber o que falar.

"Não podemos ser amigos." Ele afirma com toda a convicção do mundo, depois de uma longa pausa. Aquilo me chateou mais ainda, mas tento fingir que aquilo não me abala.

"Entendi. Tudo bem. Só mais uma pergunta... o que foi que eu fiz de errado?" Pergunto ainda sem mexer. Nós dois estávamos naquela posição e naquela proximidade sem mexer nada do corpo, tirando a boca para falar, fazia alguns minutos já.

"Você entrou no meu caminho, Camila! Esse foi o erro." Engulo seco ao ouvir essa frase. Todos os pelos do meu corpo se arrepiam e eu sinto que aquela maldita frase vai ecoar na minha vida por um bom tempo.

Percebo que não havia mais nada que eu pudesse falar que melhoria a situação. Abaixo a cabeça e falo um 'ok' bem baixinho. Me viro e começo a subir as escadas com o coração na mão.

Eu não estava mais aguentando toda aquela rivalidade, aquela falta de respeito, aquela covardia. Eu cheguei a pensar que todo esse jeitão dele fosse uma máscara para cobrir seus medos e anseios, mas estava enganada. Ele é realmente um idiota.

"Camila." A voz grossa e rouca dele interrompe os meus pensamentos.

Paro no degrau em que estou sem me virar para ele. Fecho os olhos respirando fundo, torcendo para que ele falasse logo o que ele tinha para falar. Eu só queria ir para o meu quarto agora.

"Eu não posso ser seu amigo porquê..." Ele começa a subir em minha direção. Sinto minha respiração parar por alguns segundos. "A minha vontade é de fazer isso!" Ele me vira para ele, segura a parte de trás do meu pescoço e antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, sinto seus lábios encostando nos meus, o que faz meu coração congelar.

Eu não estava esperando por aquele beijo. Mas a cada movimento, se tornava mais intenso, mais quente. Parecia que nossos corpos se encaixavam perfeitamente, assim como o nosso beijo. Eu nunca imaginei estar beijando meu meio irmão e muito menos estar gostando disso. Era uma mistura de emoções, de vontades e de intrigas... eu sabia que assim que aquilo acabasse, eu iria me arrepender, mas mesmo assim, queria mais. Foi como se meu corpo não me obedecesse mais, não resistia aquele encontro de desejos.

Mal eu sabia que aquele beijo mudaria tudo mais uma vez.

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