Capitulo 24| Let's go New York!
Eu tinha 8 anos. Estava no ônibus amarelo voltando da escola. Todos gritavam e jogavam bolinha de papel um no outro. Eu não era diferente. Na verdade era o mais atentado dali.
As meninas não, elas não estavam brincando. Elas estavam apenas sentadas e conversando e às vezes, nos olhavam com cara de nojo, como se fossemos loucos.
Minha casa sempre foi perto da escola, então eu infelizmente era um dos primeiros a ser deixado na porta de casa. Na hora de descer, todos os garotos gritavam tchau e as meninas, como sempre, ficavam me olhando entrar em casa. Admito que eu me sentia um famoso naqueles segundos.
Todos os dias depois da aula, eu ficava sozinho em casa. Meus pais vinham somente para almoçar, depois voltavam para o trabalho. Sempre que eu chegava, meu pai estava sentado na mesa lendo um jornal e minha mãe colocando as comidas na mesa.
Mas agora estava tudo diferente. Ele estava desempregado e bebia dia e noite. Vira e mexe eu ouvia os gritos dele brigando com a minha mãe. Meu pai era outra pessoa. Eu tinha até medo dele.
Nesse dia, Simon que na época era jovem abriu o portão para mim e então eu corri até a porta de casa, estava morrendo de fome. Mas quando abri, vi uma cena que até hoje não saí da minha memória. Meu pai estava segurando minha mãe pelo pescoço contra parede e lhe dava vários socos na cara e chutes no estômago. Ela estava gritando, sua cara já estava sangrando. Eu não podia ver ela assim.
Eu, com a ingenuidade de uma criança de 8 anos, corro até lá, na intenção de salvar a minha mãe.
"Solta ela! Para! Para de fazer isso com ela!" Eu batia no braço do meu pai e tentava puxa-lo para trás. As lágrimas ja desciam descaradamente dos meus olhos.
"Peter! Sai daqui!" Minha mãe gritava.
"NÃO MÃE!" Nesse momento, sinto as mãos pesadas do meu pai contra o meu rosto. A dor era tão forte que minha visão começou a falhar e eu caí com tudo no chão.
Depois disso só lembro de acordar com a minha mãe, toda machucada passando um pano com água gelada no meu rosto. Simon a ajudava, pois ela estava chorando muito também.
"Meu filho!" Ela abre um sorriso quando eu abro os olhos e então eu a abraço forte.
"Aonde ele tá, mãe?" Perguntei com medo.
"Foi embora, Peter... foi embora!" O meu suspiro de alívio ecoou pela casa.
Mas aquele não foi o fim, foi apenas o começo. Minha vida foi aquela durante um bom tempo. Eu via minha mãe apanhar, o ouvia xinga-la, apanhava, algumas vezes de cinta... foi um verdadeiro pesadelo.
E agora, depois de 5 anos, ele apareceu de novo na minha frente, na minha casa. E todas aquelas lembranças horríveis, vieram a tona e eu entrei em desespero. Senti todos os socos, ouvi todos os gritos, vi minha mãe ensanguentada de novo e todo o pesadelo qual eu achei que tivesse acabado para sempre, voltando.
Voltando na pior hora possível. Voltando quando finalmente conseguimos uma família feliz e saudável. Voltando quando finalmente eu estava voltando a ser eu mesmo. E aquilo iria acabar comigo.
Eu estava encolhido no canto do quarto, enquanto as lágrimas escorriam descontroladamente pelo meu rosto. Lágrimas de desespero, que se acalmam quando a Camila passa pela porta. Em qualquer outro momento, esse assunto seria motivo para eu pedir para ela ir embora, mas naquele momento, eu precisava dela.
"Peter..." Ela fala de longe me encarando e vem rapidamente até mim, se abaixando e me abraçando. "Calma... eu to aqui. Ele já foi, ok? Ele já foi." Ela leva suas mãos até o meu rosto e enxuga os resquícios de lágrimas que ali estavam.
"Ele disse que estava de volta, Camila. E se ele realmente voltar?" Ele engole seco e senta com as pernas cruzadas na minha frente e segura as minhas mãos.
"Por que... Por que tem tanto medo dele?"
"Ele... É perigoso. Não é uma boa pessoa. É a única coisa que precisa saber." Ela concorda com a cabeça.
"Não importa quem ele seja, ou o que ele tenha feito... nós somos sua família agora. Meu pai não vai deixar nada acontecer com nenhum de nós. Ok?" O olhar dela era tão sincero, que trouxe uma calmaria para o meu corpo.
Ela me deixava calmo, ela era... um anjo. Um anjo que apareceu na minha vida e mudou tudo. E eu não podia negar... eu a amava. Mas meu passado fez da nossa história, uma história injustiçada. E o pior é que tanto eu, quanto ela sofremos com isso. E essa situação faz eu me sentir a pior pessoa do mundo.
"Por que... Por que tá me olhando assim?" Ela sorri envergonhada e então percebo que estou a encarando e então, quem ri envergonhado sou eu.
"Nada... É que... você me trás paz, Camila. Me sinto bem quando estou com você." Nossos olhos não se desgrudam por alguns instantes, até que ela percebe e desvia o olhar.
"E você, Peter Mallark... trate de sorrir, pois nós vamos para Nova York!" Ela fala animada, o que me faz rir.
"Você sabe que eu não vou desgrudar de você, né? Ordens do seu pai." Ela revira os olhos como se não estivesse gostando da ideia, mas eu sabia que estava.
"Vai grudar como chicletes? Cuidado viu, a Lola pode ficar com ciúmes." Ela sabe como me provocar.
"A Lola vai ter que entender... minha irmãzinha precisa dos meus cuidados." Falo e ela ri, olhando em seguida para nossas mãos, que desde o começo dessa conversa estavam engatadas o que me faz sorrir.
"Bom... então espera que você tenha pique, pois eu não pretendo ficar parada nenhum minuto na viagem." Ela dá uma piscadinha e se levanta, o que faz eu me levantar também.
"Obrigado por vir aqui." Falo e engulo seco.
"Eu já disse que sempre vou te ajudar quando você precisar, Peter. Eu me importo com você." Ela fala com um sorriso no rosto, o que me faz sorrir também. Depois de nós dois ficarmos sem graça, ela solta um suspiro e olha o chão. "Bom... tenho que terminar um trabalho para amanhã. Último do semestre. Até amanhã."
"Até, Mila. Durma bem." Dou um beijo em sua bochecha, com a vontade de beijar sua boca. Ela sorri e saí do quarto. A partir do momento em que ela se retira, solto um suspiro pesado e me encosto na parede.
Ele não podia estar de volta.
Vou até o banheiro, tirando todas as minhas roupas e entrando no banho. Ligo a água no mais quente possível, apoio uma de minhas mãos na parede e abaixo a cabeça sentindo a água cair. Depois de um tempo apenas sentindo a água, me lavo e então saio do banho. Depois de me secar, coloco um samba canção e uma blusa branca larga e me jogo na cama.
Fito o teto pensando no que tinha acontecido em uma noite que era para ser normal, quando minha mãe abre a porta do meu quarto e se senta na minha cama. Ela estava com um olhar abatido.
"Como... você está?" Pergunto a olhando e então ela coloca sua mão em cima da minha.
"Assustada. Eu não estava esperando. Já se passaram cinco anos desde a única notícia que tivemos dele." Ela encara o nada.
"Acha que ele pode voltar?"
"Não. Nós temos uma família agora. Muito mais feliz sem ele. Chaster não vai deixar nada acontecer."
"E eu não sou mais uma criança. Ele não vai nem mais chegar perto da nossa casa."
"Não. Não vai!" Minha mãe força um sorriso e me abraça. "Vou reforçar a segurança, ok? Mas por favor... tira isso da sua cabeça. Você vai para Nova York com a sua... Não posso falar irmã, né?"
"Por que não?" Engulo seco com as bochechas vermelhas, o que faz ela sorrir.
"Vejo o jeito que vocês se olham... o jeito que agem. Sei que você não gosta da Lola, filho. Você pode querer enganar a todos, menos a sua mãe." Aquilo me deixa sem fala. "Não sei qual o motivo de você não estar com quem ama... Mas seja qual for, pensa bem se vale a pena deixar essa pessoa partir."
"Mãe." Rio envergonhado. "Não preciso de conselhos amoroso."
"Pelo o que vejo, precisa sim." Ela se levanta e começa a se retirar do quarto. "E sobre a Camila... Eu adoro ela! Nossa, eu ia amar vocês dois juntos! Combina!" Aquilo faz eu abrir um sorriso, então ela pisca e saí do quarto.
Até você, mãe! Será que é tão nítido assim que gosto daquela garota? E será que minha mãe está certa?
. . .
O resto da semana passou até que rápido. Minha mãe contratou mais dois seguranças para a casa e depois daquele dia, nem mais sinal dele. Graças a deus! O último dia de aula, foi uma festa. Todos estávamos feliz e animados para a pequena férias de inverno e mais animados ainda pela viagem. Iria muita gente.
Minha mãe e o Chaster pagaram a viagem para nós, com tudo completo. A festa a fantasia que vai ter, o ingresso para o show da Broadway, o tiquete para a pista de patinação no gelo e tudo mais. Foi muito dinheiro, mas segundos eles, era presente de Natal e de aniversário. O que é justo, pois a minha mãe não me deu nada.
A Camila estava muito animada. Nos últimos dias em casa só escutava as músicas de Grease, eu já estava ficando irritado com aquilo.
"Eai, Bro!" Spencer se aproxima com um sorrisão no rosto. "Então no quarto vai ser quem? Eu, você, a Lola, aqueles dois nerds e aquela linda da tua irmã?" É... estou vendo que essa viagem vai ser bem estressante.
"Cuida com o jeito que fala dela, Spencer."
"Eu só falei que ela é linda, Peter. Por que ela é mesmo, né? Mas relaxa, tá? Eu falei com todo o respeito e eu não quero nada com ela não." Solto um suspiro baixo e então a Lola chega me abraçando.
"Acha que 23 kilos de bolsa é muito pouco para 3 dias?"
"Tá maluca, Lola? São duas noites apenas." Falo com os olhos arregalados.
"3 roupas por dia... sem falar que são casacos de frio né? Inverno você quer que seja como?" Ela revira os olhos. "Meus pais não compraram o pacote completo pra mim. Na verdade eu que preferi, pois o dinheiro que eles pouparam de gastar no pacote, vão me dar para eu comprar roupas lá."
"Meus pais também não, mas por que a situação tá difícil mesmo." Spencer fala.
Será que só eu a Camila estamos com o pacote completo? Isso vai ser ótimo se for verdade.
"Minha mãe pagou tudo. Comp presente de aniversário e Natal."
"Então você não vai fazer compras comigo?" Lola começa a reclamar no meu ouvido e então eu desvio o olhar e me deparo com a Camila saindo da sala de química dando risada com aquele maldito do James.
Assim que nossos olhares se encontram, ela abre um sorriso e suas bochechas ficam vermelhas. A coisa mais fofa de se ver, mas logo ela passa reto por mim.
"Camila!" Spencer a chama e então ela se aproxima com seu "amigo colorido do lado."
"Oi?" Ela fala simpática.
"Temos que decidir quem vai dormi aonde. Estamos todos aqui, né?" Spencer sempre tenta ter o controle de tudo. Ainda mais quando ele está sob o efeito da heroína. Ele é um ótimo amigo, posso dizer que é meu melhor amigo, mas ele está meio perdido no mundo. Eu já tentei ajudá-lo a parar, mas nada funciona.
"Na verdade está faltando o Jack, mas ele é tranquilo, concorda com tudo. Como são os quartos lá?"
"Na verdade, são dois quartos de solteiros e um é comunitário. Tem quatro camas separadas."
"Eu não quero dividir o quarto com todos vocês não. Já que não posso ficar apenas com o Peter, prefiro ficar sozinha."
"Ok. Um quarto é da Lola." Spencer fala.
"Tá, então o outro é da Camila, as duas garotas em quartos separados e nós juntos." Falo concluindo aquele assunto chato.
"Na verdade eu preferia ficar sozinho." Spencer fala e então eu franzo a testa. "Por causa do cheiro da maconha e....bom vocês sabem. Certeza que eles não vão gostar." Reviro os olhos.
"Eu não ligo de ficar no quarto de quatro pessoas não." Diz Camila. "Sem falar que são vocês dois e o Jack, tá tranquilo!" Ela sorri.
"Então ótimo. Hoje as 8 na casa do Peter!"
"Estarei lá!" Camila fala irônica e saí com aquele garoto que não falou nenhuma palavra durante toda a conversa.
. . .
Passo a tarde em casa arrumando as minhas coisas. Não que sejam muitas coisas, na verdade são poucas, mas fico revezando entre arrumar e mexer nas minhas redes sociais enquanto escuto música.
Depois de ter arrumado todas as coisas, inclusive os documentos, desço com tudo para a sala e logo a Camila vem correndo até mim.
"Peter, preciso de uma carona até o shopping. Esqueci de comprar a fantasia pra festa." Ela estava com o olhar desesperado, o que me fez rir, mas logo me lembrei que eu também não tinha comprado nada.
"Também não comprei. Mas a festa é só amanhã a noite. A gente compra durante a tarde."
"Tem certeza? E se não der tempo?"
"Vai dar, Camila! Nós damos um jeito." Sorrio e passo a não em seu cabelo bagunçando.
"Eu estou tão animada que você não faz nem ideia!" Ela fala dando mines pulinhos batendo as mãos.
"Estou percebendo!" Sorrio.
"Vou lá terminar de arrumar a minha mala! Até mais tarde, Spider man!" Ela fala subindo as escadas rapidamente.
"Spider man? Da onde tirou isso?"
"Ontem a noite eu assisti o filme e o nome dele também é Peter. E ele é bobão igual a você. Eu não sei o por que também, mas gostei do apelido!" Ela ri e eu arqueio as sobrancelhas e cruzo os braços.
"Você é Louca, Mary Jane!" Falo entrando na brincadeira e ela sorri surpresa.
"Adorei o apelido. Falta só você me conquistar, Peter Parker!" Ela fala cínica.
"E eu já não conquistei?" Respondo da mesma maneira.
"Se é o que você pensa... até de noite, Parker!" Ela sorri e se vira indo paea o quarto dela e então eu suspiro.
"Spider man..." Falo para mim mesmo e me jogo no sofá, ligando na série de Serial Killer que eu adoro assistir, mas logo acabo dormindo.
. . .
Acordo com a Camila se jogando em cima de mim. Quando abro os olhos ela está me encarando e sorrindo.
"Esta quase na hora!" Ela fala animada e quando tenta sair de cima de mim, seguro sua cintura.
"Você não vai querer sair agora, Camila." Ela franze a testa. "Meu pau está... duro." Ela arregala os olhos e fica mais vermelha do que nunca.
"Peter!" Ela me repreende e deita a cabeça no meu peito. "Posso levanta agora?"
"Vai." Meu membro ainda estava ereto, mas se ela continuasse ali, iria ficar assim pra sempre.
Ela se levanta e se senta do meu lado e então percebo seu olhar disfarçado no volume em minhas calças.
"Eu vi você olhando."
"Eu não tava olhando."
"Estava sim, eu vi!"
"Não estava não. Você viu errado!" Eu estava me divertindo com a brincadeira e ela estava completamente constrangigada.
"Tudo bem, Mary Jane. Vou fingir que acredito." Sorrio cínico e logo a minha mãe e o Chaster entram na sala.
"Aí que orgulho! Meu filho vai viajar sozinho!" Minha mãe fala como se eu fosse uma criança, o que me faz revirar os olhos.
"Orgulho? Eu to surtando!" Chaster fala e abraça a Camila. "Você vai se cuidar, minha filha? Posso confiar em você? Vai saber se virar sem mim por perto? Porque né... nós sempre fomos grudados." Ele estava muito nervoso, era até engraçado de ver.
"Fica tranquilo, pai. Eu já estou grandinha, ok? Sei me virar!" Ela fala com um sorriso no rosto e o abraça.
Depois que eles se afastam, ele me encara.
"Você garoto, é o responsável da Camila em qualquer momento que eu estiver ausente, ok?" Abro um sorriso e a olho.
"Pode deixar." Olho para ela e dou uma piscadinha.
"Confio em você, hein?" Ele fala e então sorri a abraçando de lado, quando ouvimos a campainha tocar.
"Deve ser os meninos!" Camila se desvencilha do abraço e corre abrir a porta. Quando abre, está lá o Jackson, o James e o Spencer. "Vamos para Nova York!" Ela grita e pula no colo do Jackson que a abraça.
Eu odiava aquele garoto, nós já fomos bem amigos quando pequenos, mas depois de um tempo nossas ideias eram tão diferentes que nos fizeram brigar. Mas agora eu vejo que ele não é tão chato assim como parece... e sei que a amizade dele com a Camila não é ameaçadora... Ele realmente gosta dela como amiga. Até acho fofa a amizade deles.
"James!" Ela sorri e o abraça. Aquilo já não era fofo, aquilo me irritava, então desvio o olhar e vou até o Spencer comprimenta-lo.
"Animado, Bro?" Ele pergunta com um baita sorriso no rosto e então eu rio.
"Quem não estaria animado?"
Lola chega batendo os pés e vem até mim, sem comprimentar absolutamente ninguém.
"Você não sabe ver mensagens? Pedi para você me buscar em casa e você nem olhou. Fiquei lá te esperando igual uma biba!" Ela bufa.
"Me desculpa, Lola! Eu acabei dormindo e nem vi!"
"Calma, Lola. Pelo menos deu tudo certo, você chegou a tempo!" Camila fala simpática. "Agora não fica assim, estamos indo para Nova York, esqueceu?"
"Para de bancar a boazinha que eu sei que você estava louca para que eu não fosse." Ela fala isso e a Camila ri.
"Não, linda, eu não estava! Mas pense o que quiser!" Ela dá de ombros e aquilo me faz sorrir.
"Relaxa, Lola!" Sussurro e então me espreguiço. "Vamos, galera? Está na hora já! Temos que ir para o aeroporto."
"VAMOS!" Camila grita e todos dão risada por isso.
"Bom, Camila e os seus dois amigos com o Chaster e o Peter, namorada e o Spencer vão no carro comigo." Minha mãe fala dando ordem. "Vamos que eu não tenho a noite toda!" Ela se faz de brava mas logo ri.
Cada um entra no devido carro pré selecionado e em questões de 50 minutos chegamos no aeroporto. Todos entram direto, exceto eu e a Camila, que precisávamos nos despedir.
"Se cuida meu filho! E se divirta muito! Não esquece de tirar fotos e de me ligar, ok?"
" Tá bom, mãe! E não vem com essa de chorar porque são aos as dois dias, ok?" Rio e ela me olha sorrindo.
"Nova York é um ótimo lugar para seguir seu coração, hein?" Ela aponta com o queixo para a Camila, que abraçava o seu pai fortemente enquanto ele falava várias coisas em seu ouvido.
"Por que você cismou com isso, mãe?"
"Porque eu conheço o filho que tenho e porque reconheço olhares de amor. E é isso que vocês trocam!" Ela sorri e logo a Camila vem para abraça-la.
"Se cuida garoto!" Chaster fala se aproximando e me dando um abraço. "Mande fotos da Camila pra mim, por que ela do jeito que é apressadinha nem isso vai fazer." Ele respira fundo. "Só se cuida e cuide dela, ok?"
"Pode deixar, Chaster! Vamos, mila?"
"Sim!" Ela sorri e dá um último abraço nos dois.
"Boa viagem! Divirtam-se!" Minha mãe grita e então entramos no aeroporto.
Como os garotos já estavam na fila, foi rápido para despacharmos as malas e fazermos o check-in. Logo na sala de embarque encontramos toda a galera da escola.
Depois de esperar aproximadamente uma hora, somos chamados para entrar no voo. A Camila estava muito animada. Andava dando pulinhos e falava dando gargalhadas. Todos davam risada com ela.
E naquele momento eu estava adorando a presença do Jackson, pois ele não desgrudava da Camila e isso fazia impossível ela ficar sozinha com o James.
Quando entramos, demos sorte, ou azar de nossos assentos serem todos pertos. O meu do lado da Camila. Estava sentado eu, o Spencer e a Camila. E logo do nosso lado, apenas sendo separado por um pequeno corredor, a Lola, o James e o Jack. Eu estava do lado da Mila, então eu estava feliz.
"Camila, troca de lugar comigo?" Lola fala e o meu coração para.
"Aí Lola, eu não gosto de ficar no meio.
"Não se preocupa, eu pulo para o lado." James fala, o que me faz revirar os olhos.
"Beleza, pode ser então!" Ela sorri e se levanta, passando sem a intenção, sua bunda na minha cara. Antes que a Lola pudesse sentar na cadeira do canto, pulo para ela.
"Ué, por que sentou aí?"
"Não gosto de ficar no meio." Forço um sorriso e olho para o lado e lá estava a Camila me olhando, com apenas um corredor apertado de distância.
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