Capítulo 15| James Berry.
1 semana se passou desde o segundo pior dia da minha vida. Depois daquilo, eu não falava mais com ele. Todas as vezes que ele tentava, eu o ignorava ou era seca. Estava difícil ser assim, aliás, eu sentia aquele frio na barriga e aquele desejo todas as vezes que eu o via. Mas não podia continuar assim.
Hoje, eu decidi que tenho que seguir em frente. Que tenho que cuidar de mim e superar isso. Tentar conhecer pessoas novas e não ter medo de me apaixonar porque... não é porque com ele deu errado, que com todos irão dar.
Coloco uma calça jeans branca toda rasgada, um cropped branco e por cima um casaco preto. Faço uma leve maquiagem e as mesmas ondas no cabelo de sempre e desço as escadas. Comprimento meu pai e a Clara e dou graças a deus pelo Peter não estar lá. Pego uma maçã e saio de casa indo para a escola.
Nessa uma semana eu estava acabada, devastada, mas agora não. Sem lágrimas e sem tristeza!
Estaciono minha bicicleta e entro na escola e o Jack vem todo sorridente até mim.
"Me resolvi com a Mia!"
"O que? Ela apareceu?"
"Ela tinha ido passar um tempo com sua família e por problemas pessoais se desconectou de tudo! Ficou apenas curtindo lá com eles. Ela pediu desculpas, mas disse que precisava desse tempo sabe?" Ele fala com um sorriso bobo no rosto.
A garota sumiu por mais de um mês sem dar notícia nenhuma, fazendo ele de otário e ele vai perdoa-la?
"E custava fazer uma ligação?" Pergunto fazendo o sorriso dele sumir, o que me faz sentir culpada. "Mas né, se ela estava com a família e voltou... dá para entender!" Tento concertar o que disse e ele sorri novamente. Começamos a caminhar até o meu armário conversando.
"E ela veio hoje?" Pergunto torcendo para a resposta ser não.
"Sim, está quase chegando! Falando nisso vou lá fora esperar ela, tudo bem?"
"Sim!" Faço um sim com a cabeça e engulo seco quando ele vai embora.
Ciumes do caralho!
Estava abrindo o meu armário quando um garoto alto, com os olhos azuis, praticamente cinzas e com um cabelo castanho claro se aproxima de mim.
"Camila?" Franzo a testa. Ele não me era estranho... conheço ele de álbum lugar. "É o James, seu amigo de infância! Que estava no seu aniversário!"
James Berry, meu primeiro crush da vida está aqui bem na minha frente.
"Meu deus, James! Quanto tempo!" Lhe dou um abraço forte. Éramos melhores amigos quando crianças. "O que está fazendo aqui?"
"Me mudei para cá com meus pais ontem! E cara, eu não fazia ideia que você morava aqui!" Ele fala com um lindo sorriso no rosto.
"Estou aqui a pouco tempo, também! Alguns meses apenas!" Termino de pegar as coisas e fecho o meu armário.
"Você não tem noção o quanto que eu estou feliz em te ver! Senti muito a tua falta e não tinha a menor ideia de como falar com você!" Começamos a andar pelos corredores.
"Depois que minha mãe morreu eu me desliguei de tudo..." falo forçando um sorriso e então Jack e a Mia se aproximam. " Vem cá, vou te apresentar para os meus amigos." Seguro sua mão e puxo ele até os dois. "Jack, esse é um amigo de infância meu, o James! James esse é o Jackson, meu melhor amigo! E essa é a Mia, namorada dele!" Ele vai até o Jack e o cumprimenta.
"É um prazer, James Berry!"
"Jackson King!" Os dois sorriem, o que me faz sorrir também. "Mila estamos indo pra sala de artes, agora! Nos vemos no almoço?"
"Sim, claro! Até depois!" Sorrio e então os dois saem.
Quando olho para o lado contrário, vejo o Peter passando, me fuzilando com o olhar. Aquilo me causa calafrios.
"Quem é esse garoto?" Ele pergunta tirando minha concentração do Peter.
"Ele é..." O amor da minha vida! "Meu meio irmão! Meu pai se casou com a mãe dele, por isso nos mudamos para cá!" Forço um sorriso e então vamos até a sala de aula. Chegando lá, me sento no canto e ele senta atrás de mim.
"Você tem que ir lá em casa qualquer dia! Direto os meus pais falam de você!" Abro um sorriso.
"Sério? Eles são uns amores! Meu pai também fala de você as vezes. Quando estávamos nos mudando de cidade em cidade e eu não tinha amigos, ele diversas vezes tentou te achar, mas havíamos perdido todos os números!"
"Que merda, Camila! Não existe rede social não?" Ele dá risada e eu rio também.
"Eu não usava essas coisas e muito menos o meu pai!" Falo cínica e então a professora entra na sala seguida pelo Peter e pela Lola.
Nossos olhares novamente se cruzam, era como se eles se procurassem em meio a todos e quando se encontravam, paralisavam.
Tudo aquilo me deixava confusa, por que era visível que ele não gostava mais de mim. Era visível que ele estava com outra e que tudo o que aconteceu entre a gente já acabou. Mas seus olhos diziam o contrário. Dizia que ainda havia amor. E aquilo doía em mim.
Na hora do almoço, sento com o James e com o Jack. Mia senta com suas amigas na mesa ao lado, o que eu achava ótimo. Eu fiquei muito feliz, pois os dois estavam se dando muito bem, não paravam de rir e conversar.
Eu estava quase acabando de comer, quando a diretora da escola sobe no mini palquinho que havia no refeitório para a apresentação de projetos e pega um microfone.
"Atenção de todos aqui, por favor! Obrigada!" A mulher de cabelos grisalhos com um sorriso no rosto começa a falar. "Esse ano, pela primeira vez teremos um evento novo aqui na escola. Um show de talentos. Mas não será qualquer show de talentos, virão assistir vocês olheiros de faculdades de música, um representante de Julliard estará aqui também. Então essa é uma ótima oportunidade para quem quer seguir essa carreira. Poderão se apresentar cantando, tocando qualquer instrumento e dançando também. Quem quiser e souber, pode fazer os três. O show de talentos será no dia do baile da primavera, ou seja, dentro de um mês. Até lá, quem quiser participar tem que vir até a minha sala e preencher a inscrição. Lembrando que as vagas são limitadas. As inscrições começam amanhã. Espero ver vocês arrasando! Uma boa aula a todos!" Todos aplaudem e então ela desce do palco.
Meus olhos estavam brilhando com esse discurso.
"Tua chance, Mila! Você sempre gostou de cantar e dançar!" James fala.
"Verdade e a tua voz é linda!" Jackson fala e então eu sorrio.
"Seria legal, mas eu duvido que eu entraria em Julliard. É impossível!" Falo dando a última garfada e então me levanto para cortar aquele assunto e para levar a bandeja.
Seria incrível participar, mas eu tenho muita vergonha. Não daria certo. Não quero pressão em cima de mim.
As duas últimas aulas passam voando. Aula de literatura sempre passa rápido, eu adoro! Quando termina, ao sair do colégio me despeço do Jack e da Mia e vou até minha bicicleta com o James. Ele também estava com a dele e se ofereceu para me acompanhar até em casa.
"E sua madrasta é legal?" Ele pergunta enquanto caminhamos lado a lado.
"Ela é incrível. Um amor de pessoa! Eu adoro ela, sério! Sem falar que ela faz muito bem para o meu pai."
"Nossa que bom. Que bom que vocês superaram tudo aquilo, sabe? Que estão seguindo em frente." Suspiro fundo e concordo com a cabeça. "E o teu irmão? Ele é legal?"
"É... sim!" Começo a pedalar mais rápido indo bem na frente dele. "Você não me alcança!" Solto uma risada alta e começo a correr mais rápido. Fiz tudo isso para tentar mudar de assunto.
"Você que pensa, Camila!" Ele também solta uma risada e então começamos a apostar corrida quando enfim chego em frente à minha casa antes dele e desço da bicicleta.
"Ganhei, seu panaca!"
Ele saí da bicicleta ofegante e se escora na árvore suando horrores.
"Você corre demais, Camila! Posso entrar para tomar um copo de água?" Ele não estava nem conseguindo falar direito.
"Claro, James! Que pergunta boba!" Rio e então entramos. Dou graças a deus pelo Peter ainda não ter chego e então vamos até a cozinha.
Pego a jarra de água na geladeira e um copo no armário e o sirvo. Me escoro na mesa e fico o encarando.
Última vez que eu havia o visto ele era mais baixo que eu, tinha os dentes tortos e era magrelo. Hoje ele é alto, forte e tem o sorriso perfeito. Sem falar que ele parou de usar aquele cabelo tijelinha ridículo! Caralho, ele tá um gato!
"O que foi? Por que tá me olhando?" O sorriso se forma em seu rosto depois de perguntar.
"Você mudou muito, James Berry!"
"Olha só para você, Camila Revers! Você tá uma..." ele me olha de cima a baixo me fazendo corar.
"Uma o que?" Pergunto tímida.
"Uma gostosa! Com todo o respeito, é claro! Mas você tá linda, sério! Uma bunda incrível!" Ele ri e então eu envergonhada do vários tapas nele enquanto dou risada.
"Idiota!"
"Idiota só por que te elogiei, Camilinha? Só por isso sou um idiota?" Ele segura minha cintura e começa a fazer cócegas me fazendo gritar. Assim que ele me solta, ficamos alguns segundos nos olhando rindo, até que somos interrompidos pelo celular dele que toca. "É minha mãe! Tenho que ajudar ela a arrumar as coisas. Nos vemos amanhã?"
"Claro!" Sorrio e então saímos da cozinha.
Ao entrar na sala, Peter estava acabando de entrar pela porta da frente. No instante em que ele nos vê, ele paralisa. Fica parado ali na frente da porta.
Minha reação quase foi a mesma, pois tudo dentro de mim congelou. Mas tive que fingir que nada aconteceu.
"Daí irmão! Sou o James!" Ele estende a mão e o Peter nem sequer move um músculo, deixando o James totalmente sem graça.
Reviro os olhos e puxo sua mão. "Vem, vamos!" Assim que ele fecha a porta eu bufo e cruzo os braços. "Não liga para ele, ele é babaca assim mesmo!"
"Percebi mesmo. Mas não tem problema! Até amanhã, Mila!" Ele deposita um beijo na minha testa e sobe na bicicleta saindo.
Minha vontade era de não entrar em casa, mas eu não tinha escolha. Quando entro, Peter está exatamente no mesmo lugar em que ele estava antes de sairmos, o que me assusta. Passo reto por ele e então ele segura meu braço.
"Preciso conversar com você." Sua voz serena me causa arrepios. Me viro lentamente o olhando. "Quem era aquele garoto?"
"Um amigo de infância. Se mudou para cá ontem e está estudando com a gente. Era isso o que você queria perguntar? Está respondido!" Me solto e começo a subir as escadas.
"Não, não era isso!" Paro exatamente onde eu estou e me viro para ele de braços cruzados. "Acho que você deveria se inscrever."
"Que? Pra que?" Eu não fazia ideia do que ele estava falando.
"Para o show de talentos. Você é boa, sua voz é linda, se daria muito bem!" Ele falar aquilo me surpreende.
Desde o dia em que ele começou a namorar, essa foi a primeira conversa que ele puxou que não fosse sobre o que aconteceu entre nós e aquilo me surpreendeu. Fiquei até sem reação.
"Eu... eu não sei! Nunca subi em um palco antes e nunca cantei para uma multidão. No dia do baile, ainda! Não acho que seja uma boa ideia!" Solto um suspiro o olhando.
"Faz parte ter medos, mas também faz parte superá-los. Pode ser sua chance de entrar em Julliard, Camila! Não deve desperdiça-la!" Ele se aproxima enquanto fala.
"Não sou boa o suficiente, Peter. Deve ter pessoas muito mais talentosas do que eu lá! Jamais olhariam para mim." Me sento no degrau da escada.
"Você chama mais atenção do que pensa, Camila!" Ele se senta do meu lado e olha no fundo dos meus olhos.
Aquelas palavras entram na minha mente. Eu não entendia ele. Ele começa a se aproximar de mim e então o meu coração acelera de uma forma absurda. Quando estamos a centímetros de distância, viro o rosto olhando para frente. Fazer aquilo doeu no meu coração, mas não, eu não podia.
"Você não pode fazer isso. Você tem uma namorada!" Falo isso sem olhar ele e então me levanto indo rapidamente para o quarto. Chegando lá, fito o teto e algumas lágrimas escorrem. Por que ele tentou me beijar? Por que se importa tanto se me deixou? Eu não entendo.
Depois de tomar um banho e colocar o meu pijama, me sento na cama com o meu notebook e começo a pesquisar sobre Julliard e realmente é incrível. Várias celebridades musicais estudaram lá. Seria incrível ganhar uma bolsa.
Eu estava toda concentrada, quando alguém bate na porta e coloca apenas a cabeça para dentro, era a Clara.
"Camilinha? Posso entrar?"
"Claro! Entra, fique à vontade." Abro um sorriso e deixo o notebook de lado.
"O que está fazendo?" Ela pergunta e se senta na minha frente.
"Eu estava pesquisando sobre Julliard."
"Julliard? Uau, lá é incrível! Quer estudar lá?" Ela fica toda entusiasmada.
"Não. Na verdade não sei! Seria incrível, mas eu não passaria. Vai acontecer um show de talentos na escola e vão olheiros de diversas faculdades lá e um representante de Julliard vai assistir também."
"E você já se inscreveu?"
"Não. Não sei se devo. Sou muito envergonhada. Não acho que eu conseguiria!" Solto uma leve risadinha e então ela segura a minha mão.
"Pode ser que sim, pode ser que não... mas você só vai saber se tentar, Mila! E sabe de uma coisa? Teu pai me contou que o sonho da sua mãe era que você cantasse que nem ela! Por isso que desde pequena, ela te ensinou as coisas." Sinto meus olhos marejarem e então sorrio.
"Não acredito que ele nunca me contou isso. Que incrível!" Ela abre um sorriso e me abraça.
"Pensa bem, linda! Seja maior que esse seu medo! Tua mãe ficará muito orgulhosa! E eu e o teu pai também!"
"Obrigada, Clara! De verdade, obrigada por tudo!" Falo ainda durante o abraço e então me afasto.
"Não tem que me agradecer, Camila! Somos uma família agora e famílias se ajudam sempre!" Ela alisa o meu cabelo, exatamente do jeito que minha mãe fazia e isso me faz sorrir. "Jajá desça para a janta, ok?"
"Pode deixar!" Sorrio e então ela saí.
Será que eu me inscrevo? Se eu me inscrever vou precisar compor uma música e também criar uma coreografia.
Depois de alguns minutos, Clara grita para eu ir jantar. Eu estava com um pijama bizarro, mas eu achava muito fofo. Ele era um macacão que vestia o corpo inteiro e imitava um urso, tinha até a toquinha com as orelhinhas. Era da minha mãe e só agora está servindo para mim.
Ao descer as escadas me deparo com a mesa cheia, para o meu choque. Naquele mesmo instante fiquei com vergonha de estar vestida daquela maneira. Lá estava além do meu pai, da Clara e do Peter, a Lola e o James. O James?
"Filha!" Meu pai fala vindo até mim. "Encontrei ele no mercado está tarde e o convidei para jantar! Como ele cresceu, né? Já a minha filha continua baixinha igual!" Todos dão risada, exceto o Peter. Que permanece sério o tempo todo.
"Vem, vamos comer!" Me sento ao lado do James, frente a frente com o Peter. "Que legal ter a mesa cheia!" Meu pai diz com um sorriso no rosto.
"Então Lola, quem diria hein? Que vocês dois iriam namorar!" Clara pergunta e então a Lola sorri. Ela estava sendo tão falsa. Mas ela atua bem, só quem a conhece que sabe da sua mentira. Clara não faz ideia do quão venenosa ela é.
"Nossa, sim! Nós apenas seguimos os nossos corações, não é mesmo amor?" Ele abre um leve sorriso e volta a comer. "Fomos feitos um para o outro."
Não pude esconder minha cara séria. Fico encarando o prato enquanto ela fala e percebo o olhar do Peter sobre mim.
"O amor é lindo mesmo!" Clara fala apaixonada olhando para o meu pai e logo em seguida volta a olhar pra mim. "E ele Mila? Teu namorado também?"
Eu e o James nos olhamos com os olhos arregalados.
"Não! Não... somos apenas amigos!" Falo meio nervosa.
"É... desde a infância!" Ele complementa.
"Eu e o Peter também éramos amigos e olha para nós agora... namoramos!" Lola fala me fazendo engolir seco.
"Uma coisa não tem nada haver com a outra. A amizade de vocês se baseava em sexo e a minha com o James se baseia em lealdade e companheirismo." O sorrisinho some da boca dela e então o Peter muda a cara.
"Nunca foi só sexo... se fosse, não estaríamos namorando." Ele fala de uma forma tão arrogante que sinto uma pontada no peito.
"Então nunca foi amizade. Amigos não fazem isso." Falo encarando-o seriamente.
"Bom... Já chega crianças!" Meu pai fala e então olho para o prato. "Por que se mudou para cá, James?"
"Minha mãe foi transferida para ganhar o dobro do salário, então nós viemos. Cheguei ontem!"
"Que bacana! Que bacana! É bom ter uma lembrança da infância presente, né Cami?" Quando ele diz o meu nome volto para o mundo real.
"Hã? Ah, sim sim sim! A verdade é que é muito bom! Eu fiquei muito feliz de te ver de novo!" Falo com um sorriso no rosto olhando para ele.
Assim que todos terminam de comer, Clara e o meu pai tiram todos os pratos e saem indo para a cozinha.
"Que bom que você veio!" Falo para o James que sorri e então se levanta.
"Fiquei feliz também! Eu vou no banheiro, já venho!" Ele se retira me deixando apenas com a Lola e com o Peter na sala.
"Que roupa é essa Camilinha?" Lola pergunta na intenção de me provocar, o que me faz revirar os olhos.
"Não estão vendo? Não precisa explicar!" Bufo e me levanto da mesa.
"Parece uma criança!" Ela tenta me ofender, mas não consegue. Nada que saía daquela boca imunda me ofenderia.
"Na verdade parece que ela acabou de sair do zoológico. Da creche do zoológico!" Peter fala aquilo dando risada e aquilo skm me machuca. Reviro os olhos novamente, tirando a toalha na mesa, tentando ignorar a presença dos dois, ignorar o que eles falavam.
"Por que você não coloca para a caridade, Camila? Para crianças! Daí sim seria legal!" Aquela voz dele me zoando, me fez voltar no tempo em que ele me odiava. Eu não suportava aquilo.
"Porque era da minha mãe, Peter!" Falo grossa e ele fica sério. Diferente da Lola que ri.
"Me desculpe, mas que mau gosto que ela tem!" Ela fala cínica e então eu reviro os olhos.
Logo o James chega atrás de mim.
"Caralho! Que roupa massa! Tem até um rabinho! Eu adorei! Você tá muito linda!"
Ele ter falado aquilo naquele momento foi a melhor coisa, pois o Peter estava olhando. E ao invés de me zoar, James me elogiou.
"Obrigada, James! Era da minha mãe, ela adorava usar no frio." Falo com um sorriso enorme no rosto, quando olho para eles, Peter voltou a ficar sério.
Vou até o sofá com o James e assim que ele se senta eu me deito com a cabeça em suas pernas.
Começamos a conversar sobre o passado e ali ficamos por horas. Demos altas risadas sobre como éramos ridículos na época e sobre o tanto que as coisas mudaram.
A Lola foi embora logo em seguida daquilo e o Peter subiu para o quarto, parecia estar bravo. Quando deu meia noite, James decide ir embora.
Me despeço dele com um abraço e ele pega sua bicicleta e saí.
Entro em casa trancando a porta e me deito ali no sofá da sala e acabo adormecendo ali mesmo.
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